domingo, 21 de março de 2010

Construção civil em busca de mão de obra

Marta Nogueira, Jornal do Brasil

Rio- Pelo menos 400 mil vagas para a construção civil devem ser abertas no país até o fim do ano, quase o dobro do número de trabalhadores absorvidos em 2009, de acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon). Profissionais qualificados do setor já estão em falta no mercado. A descoberta do pré-sal, o anúncio dos eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas e o momento favorável para a economia brasileira aqueceram a atividade.

Empresas e autoridades se perguntam se será possível preencher esta necessidade e movimentam ações para tentar abastecer o mercado. Ano passado, apenas no estado do Rio, houve expansão de 11.071 novas vagas no mercado de trabalho da construção civil. Das admissões, 7% foram preenchidas por candidatos ao primeiro emprego.

– Mesmo sendo um ano com fortes problemas em consequência da crise, a necessidade por novos trabalhadores não foi inibida – disse o chefe da divisão dos estudos econômicos das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Guilherme Mercês. As vagas com carteira assinada foram principalmente na construção de rodovias, ferrovias, obras urbanas e de edifícios e instalações elétricas.

O vice-presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis (Secovi-RJ), Leonardo Schneider, lembra que a demanda começou a aquecer em 2008. Com a chegada da crise, muitos investidores buscaram a compra como investimento conservador.

Já em 2009, inúmeros itens influenciaram a situação, como o aumento do crédito, redução da Selic, programas de incentivo por busca de moradias – como o Minha Casa Minha Vida – e a valorização de algumas regiões com a instalação de Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs).

– Além disso, as construtoras estão capitalizadas e cheias de contratos assinados – avalia Schneider.

Mesmo com um cenário tão positivo, os especialistas das áreas não deixam de se preocupar. O presidente da comissão de desenvolvimento urbano da Associação dos Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), José Conde Caldas, afirma que em 39 anos na profissão, nunca passou por um problema tão alarmante.

– Devemos alcançar a marca de 800 mil unidades construídas este ano. O recorde histórico havia sido 600 mil, em 1982 – disse Caldas. Ele, que também é presidente da construtora Concal e tem a expectativa de lançar R$ 350 milhões em imóveis no Rio, ressalta que ter uma empresa bem avaliada não significa ficar imune aos problemas para contratar mão de obra. – Antes, a gente mandava buscar no Nordeste, agora, eles estão construindo lá tanto quanto a gente.

O diretor-executivo do Sinduscon, Antônio Carlos Gomes, destaca que o governo e grandes empresas estão buscando uma saída. O Serviço Social da Construção Civil do Rio de Janeiro (Seconci-Rio) lançou o projeto de Plano de Qualificação Setorial que busca atrair homens, dos 18 aos 35 anos, que desejam ter uma profissão e ingressar na indústria da construção civil.

O curso, que é totalmente gratuito, tem duração de cinco dias. Em 2009, foram treinados 300 candidatos, dos quais 50% foram colocados no mercado.

– A previsão para este ano é de 500 vagas – disse a coordenadora de Relações Institucionais do Seconci, Ana Cláudia Gomes.

JB 20/03/2010

sexta-feira, 12 de março de 2010

Brasil é o 13º no mundo em economia do turismo

O World Travel & Tourism Council – entidade que reúne os maiores empresários de turismo no mundo – divulgou hoje (11), durante a ITB, uma das maiores e mais importantes feiras de turismo do mundo, que acontece em Berlim, o estudo anual “Viagens e Turismo: Impacto Econômico”. O estudo é feito em cooperação com a Oxford Economics, com dados coletados em 181 países.

O Brasil aparece com destaque, em 13º lugar no ranking de países, que leva em conta vários indicadores do setor – importância do turismo para o PIB, geração de empregos, divisas geradas por turistas internacionais e investimentos públicos e privados.

“O Brasil permanecer na 13ª posição em um ano de crise mundial é positivo. Os dados do WTTC reforçam a imagem internacional que temos hoje. O mundo vê nosso país como um dos mais promissores, pelo bom desempenho da nossa economia, pelos investimentos que acontecem para a Copa e as Olimpíadas, e pelo grande potencial de desenvolvimento que tem o turismo, tanto doméstico quanto internacional”, avalia o ministro Luiz Barretto, do Turismo, que está em Berlim para participar da ITB.

O Brasil ainda está entre os 10 primeiros países que devem produzir o maior volume em termos absolutos de PIB do turismo (10º lugar); na geração de empregos (diretos e indiretos) do setor (7º); na geração de empregos diretos no setor (5º); na rapidez de crescimento dos investimentos no setor (5º).

O estudo prevê ainda uma recuperação gradual do setor, com crescimento de 0,5% no PIB de Viagens e Turismo no mundo, após uma retração de 4,8% em 2009.

“Tanto os dados de 2010 quanto as previsões para o período de dez anos indicam que o Brasil vem se afirmando como um dos grandes emergentes do turismo global, principalmente na geração de empregos e de divisas com o turismo internacional, dois itens essenciais para contribuir com o desenvolvimento do País”, afirma Jeanine Pires, presidente da Embratur, Instituto Brasileiro de Turismo.

Tendências para 2020

Nas previsões de desempenho para o setor em dez anos, o Brasil está entre os 10 primeiros em cinco categorias:

- Velocidade de crescimento das receitas geradas com turismo internacional entre 2010 e 2020 – 3º

- Geração de empregos em termos absolutos no setor (diretos e indiretos) – 5º

- Geração de empregos diretos – 4º

- Volume de investimentos no setor – 9º

- Velocidade de crescimento de investimentos – 4º

12/03/2010 - Portal Brasil

quarta-feira, 10 de março de 2010

Exportações brasileiras se recuperam e sobem mais de 20% em fevereiro



Portal Brasil

As exportações do agronegócio brasileiro indicam uma recuperação do agronegócio após a crise financeira internacional, com crescimento de 20,6% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (10), pelo Ministério da Agricultura.

O valor das vendas externas atingiu US$ 4,4 bilhões, no mês passado e o superávit da balança comercial alcançou a cifra de US$ 3,4 bilhões. Carne de frango, carne bovina, açúcar, farelo de soja e produtos florestais foram os itens que mais contribuíram para que as exportações subissem 20,6% em fevereiro, comparando com período igual em 2009.

“O mês de fevereiro marca o início de uma recuperação das vendas externas do agronegócio, com a maioria dos grupos de produtos apresentando taxas de crescimento positivas, depois de vários meses de queda com retração do valor exportado em 10% no ano de 2009”, explica o diretor de Promoção Internacional do Agronegócio, Eduardo Sampaio.

O crescimento da receita da carne bovina in natura de 42,6% no período (de US$ 186 milhões para US$ 265 milhões) é um dos destaques dos embarques do segundo mês do ano. No total, as exportações de carnes bovina, suína e de frango aumentaram 24,5%, passando de US$ 781 milhões em fevereiro de 2009 para US$ 973 milhões no mês passado.

Farelo de soja, com ganho de 39% no valor exportado, foi o item mais importante na composição do desempenho do complexo (grão, farelo e óleo), em fevereiro de 2010, que aumentou 17,4%, totalizando US$ 582 milhões. O complexo sucroalcooleiro manteve resultado positivo com elevação de 47,8% na receita exportada no mês passado em relação ao mesmo período de 2009, atingindo US$ 729 milhões. O valor dos embarques de açúcar cresceu 50,9% e do etanol, 22%.

Destinos - As exportações no período subiram para a maioria dos blocos econômicos e regiões com destaque para Europa Oriental (76,3%), Oriente Médio (40,1%) e Ásia (32,8%). Os resultados positivos também foram registrados considerando a análise por país. As vendas externas para Rússia (86,7%), Índia (153,5%), Irã (185%), Tailândia (375,6%), Marrocos (81,5%) e China (37,4%) são as mais expressivas. (Laila Muniz)

Acesse mais informações sobre a Balança Comercial do Agronegócio e o Resumo de Fevereiro.

Fonte:

Ministério da Agricultura

Em um ano, indústria cresce 16% em todas as regiões avaliadas pelo IBGE


Na comparação entre janeiro de 2010 com janeiro de 2009, o País cresceu 16,0%, revela pesquisa divulgada nesta quarta-feira (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A atividade industrial neste período cresceu em todas as 14 regiões observadas. De acordo com documento do IBGE, esse movimento refletiu “a ampliação do ritmo produtivo e a baixa base de comparação, por conta das férias coletivas e das paralisações não programadas em vários setores em janeiro de 2009”.

Com avanços acima da média nacional destacaram-se: Espírito Santo (48,5%), Amazonas (33,9%), Minas Gerais (28,8%), Bahia (23,6%), Rio Grande do Sul (20,9%), Goiás (19,8%) e Ceará (16,7%). As demais altas foram em São Paulo (15,6%), região Nordeste (11,5%), Rio de Janeiro (10,7%), Paraná (10,4%), Santa Catarina (7,9%), Pará (5,8%) e Pernambuco (1,2%).

Já em janeiro deste ano, na comparação com dezembro de 2009, a produção industrial brasileira cresceu em 13 das 14 regiões monitoradas pelo IBGE. As regiões que registraram os maiores avanços foram Espírito Santo (5,6%), Ceará e Pernambuco (ambos com 5,4%) e Paraná (4,0%). Somente no Amazonas (0,0%) a produção industrial permaneceu estável. A média do País foi de 1,1%.

Também de dezembro último para janeiro de 2010 houve crescimento da atividade acima da média nacional no Nordeste (3,7%), no Rio Grande do Sul (3,2%), em São Paulo, no Pará (3,0%), na Bahia (2,5%), em Goiás (2,2%) e em Minas Gerais (1,7%). Ainda com aumento, porém igual ou inferior à média do País, aparecem Santa Catarina (1,1%) e Rio de Janeiro (0,3%).

Houve aceleração evidente também no confronto do último trimestre de 2009 com janeiro de 2010, ambas as comparações contra igual período do ano anterior: 13 dos 14 locais mostraram altas, acompanhando o índice nacional, que passou de 5,8% no quarto trimestre do ano passado para 16,0% em janeiro. Nesse tipo de confronto, Espírito Santo, que acentua a expansão de 18,6% no quarto trimestre de 2009 para 48,5% em janeiro, Amazonas (4,5% para 33,9%) e Minas Gerais (de 6,8% para 28,8%) apontaram os maiores ganhos, enquanto Pernambuco (de 4,7% para 1,2%) assinalou a única redução no ritmo de crescimento.

Portal Brasil

segunda-feira, 8 de março de 2010

Analistas apostam que Selic aumentará só em abril

Economia

Agência Brasil

BRASÍLIA - Os analistas do mercado financeiro esperam que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) eleve a taxa básica de juros, a Selic, em 0,5 ponto percentual em abril deste ano. Atualmente a taxa básica está em 8,75% ao ano e a expectativa é de que suba para 9,25% no próximo mês.

Na reunião marcada para os próximos dias 16 e 17, os analistas consultados pelo BC esperam que a taxa permaneça no atual patamar.

O Copom eleva a taxa básica quando considera que a economia está aquecida e que a trajetória de inflação é de alta. O BC persegue a meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Para este e o próximo ano, a meta é de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Na projeção dos analistas, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de referência para a meta de inflação, deve fechar 2010 em 4,99% e 2011 em 4,50%.

A Selic é a taxa praticada nas operações de curtíssimo prazo entre bancos e remunera empréstimos que o governo toma, por meio do lançamento de títulos. Essa taxa também influencia nos juros cobrados nos empréstimos ofertados pelas instituições financeiras aos seus clientes.

JB-- 08/03/2010


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