terça-feira, 13 de julho de 2010

PIB brasileiro deve crescer 7,3% neste ano, estima Anbima

Economia 


SÃO PAULO, 13 de julho de 2010 - O Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da Associação Brasileira das Entidades de Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima) voltou a revisar para cima a projeção para a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, passando de 6,9% em maio para 7,3% em junho. Já a projeção para o próximo ano manteve-se estável (variação positiva de 4,5%).

O Comitê estima uma inflação efetiva de 5,60% este ano, inferior a divulgada no mês passado (5,80%). Ainda segundo a entidade, a balança comercial deve fechar 2010 em US$ 16,4 bilhões, as transações correntes negativas em US$ 48 bilhões, os investimentos estrangeiros diretos em US$ 35 bilhões.

No mesmo boletim, a Anbima projeta reservas internacionais na casa de US$ 259,5 bilhões ao fim do ano e a taxa de risco-Brasil em 200 pontos.

(SSB - Agência IN)

domingo, 11 de julho de 2010

Turismo vai crescer o dobro do PIB

Pesquisa da FGV com 80 maiores companhias revela que o setor vai ampliar em 14,6% os negócios em 2010, enquanto o PIB cresce 7%

Márcia De Chiara, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - Impulsionado pela abundante oferta de crédito de longo prazo, com parcelamento que chega a dois anos, e pelo crescimento do emprego e da renda no mercado interno, o setor de turismo vai crescer neste ano num ritmo acelerado, que é o dobro do projetado para o Produto Interno Bruto (PIB).

Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) com as 80 principais companhias do setor no País revela que a expectativa é de que o volume de negócios ligados ao turismo aumente, em média, 14,6% este ano em relação a 2009. Em igual período, o PIB deve crescer cerca de 7%.

"A taxa de crescimento do turismo será recorde neste ano", afirma o ministro do Turismo, Luiz Barretto, ponderando que a atividade ainda responde por pequena fatia do PIB, 2,8%, mas tem potencial enorme de crescimento. Além das melhores condições econômicas do País, ele ressalta que eventos importantes vão acelerar o volume de negócios, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas.

A pesquisa, feita a pedido do ministério e que consultou nove segmentos do turismo, de empresas de transporte aéreo a locadoras de automóveis e hotéis, mostra que, no geral, 92% das companhias esperam neste ano crescimento nas vendas em relação a 2009, 7% estabilidade e apenas 1% queda.

Os segmentos que projetam os maiores acréscimos nos volumes de negócios são empresas aéreas (21,2%), operadoras de viagem (18,3%), turismo receptivo, que inclui bares e restaurantes (17,9%) e locadoras de automóveis (15%). Segundo a enquete, três desses quatro segmentos projetam os maiores reajustes de preços para o período.

Só no primeiro semestre, o volume de desembarques aéreos domésticos cresceu cerca 30% na comparação com igual período de 2009, nas contas do ministro. Isso mostra que, com mais dinheiro e o câmbio favorável – na sexta-feira, o dólar fechou cotado a R$ 1,76, o menor nível em dois meses –, o brasileiro está tomando gosto pelas viagens, Depois de estrear nos cruzeiros na temporada de verão, eles estão fazendo hoje a primeira viagem ao exterior. O destino é a vizinha Argentina, observa Barretto, pela proximidade geográfica e semelhança da língua.

Tango

"Eu sempre gostei de tango", disse o aposentado Paulo Zanatto, de 84 anos, que embarcou na última quinta-feira com as filhas, o genro e os netos, para Buenos Aires. É a sua primeira viagem de avião e também a primeira vez que vai para fora do País.

"Quando a economia vai bem, as pessoas fazem turismo", afirma o diretor de Assuntos Internacionais da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), Leonel Rossi Júnior. De acordo com o executivo, hoje a nova classe média responde por 7% das vendas do setor.

"Nos últimos 5 anos, 30 milhões de brasileiros entraram para o mercado de consumo. Nos próximos 5 anos, irão ingressar mais 40 milhões, quase uma Espanha inteira", prevê Valter Patriani, presidente da CVC Turismo, maior operadora das Américas. De olho nesse potencial para vendas de pacotes turísticos, a empresa acaba de inaugurar uma loja em Boa Vista, Roraima, o último Estado onde a companhia não estava presente.

Para este mês, a CVC está com a maior oferta de pacotes em períodos de férias, desde a fundação da empresa, há 38 anos. Entre viagens aéreas, rodoviárias e cruzeiros internacionais, serão cerca de 280 mil lugares nesta temporada. Junto com o volume recorde de ofertas estão as promoções, com descontos que chegam 30%. "Só vende porque tem promoção", diz Patriani.

Além do corte no preço, o parcelamento impulsiona o crescimento. A Caixa Econômica Federal, o banco que mais financia o setor, tem um cartão de crédito específico para o turista. O parcelamento do pagamento dos gastos relacionados, da passagem à entrada ao parque temático, pode ser quitado em 24 meses. Isso significa que o turista leva dois períodos consecutivos de férias para se ver livre da dívida.

Fábio Lenza, vice-presidente de Pessoa Física da Caixa, diz que hoje há 1,6 milhão de cartões de crédito para turismo e o limite soma R$ 900 milhões. "Até dezembro, a meta é ter 1,8 milhão de cartões e o limite de crédito deve chegar a R$ 1 bilhão", prevê. Ele conta que neste ano, cresceu 21% o uso do cartão em relação a 2009 e o valor médio das transações também aumentou

terça-feira, 6 de julho de 2010

BNDES aprova financiamentos de R$ 3,9 bi para indústria naval

DE SÃO PAULO

O BNDES aprovou financiamentos que somam R$ 3,9 bilhões para a indútria naval brasileira. O maior, de R$ 2,6 bilhões, por liberado para que a Transpetro adquira sete navios-tanque da Estaleiro Atlântico Sul. Paralelamente, o banco aprovou crédito de R$ 1,3 bilhão ao Estaleiro, que utilizará os recursos para financiar parte da produção das sete embarcações.

Segundo o BNDES, o financiamento aprovado à Transpetro corresponderá a 90% do valor do investimento a partir da conclusão e entrega dos navios.

Os dois projetos serão realizados com recursos do FMM (Fundo da Marinha Mercante) e fazem parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo federal.

Ainda de acordo com o BNDES, o projeto deverá gerar cerca de 4.000 empregos durante a fase de construção das embarcações.
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