sábado, 21 de janeiro de 2012

Economia Solidária

Estudo realizado pela BBC de Madri, indica o renascimento de velhas práticas como o escambo, e o surgimento outras formas de comercio, sempre com o objetivo de driblar a baixa circulação de produtos em razão da crise econômica Europeia.


Os chamados swap shops, mercado onde a transação não envolve moeda, ganha força através das redes sociais. Este é apenas um dos exemplos dentre outros adotadas pelos consumidores e comerciantes.

O surgimento de tais modalidades de comercio, fortalecem um tipo de economia solidária, faz girar os produtos, e ao mesmo tempo, fortalece o consumo “responsável”. Há casos, onde os lojistas oferecem os produtos gratuitamente. Veja mais detalhes sobre o tema.....

domingo, 15 de janeiro de 2012

BNDES dará R$ 23 bilhões à infraestrutura neste ano

Para sustentar a taxa de crescimento, grandes obras de energia, logística e transporte terão quase 28% a mais do que em 2011

Alexandre Rodrigues, de O Estado de S. Paulo- Economia

RIO - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai aumentar este ano o financiamento de grandes obras de infraestrutura, que o governo quer acelerar como forma de sustentar a taxa de investimentos na economia em meio à instabilidade internacional.

Em entrevista ao Estado, o diretor de Infraestrutura e Insumos Básicos do BNDES, Roberto Zurli, disse que o banco se prepara para despejar R$ 23 bilhões em projetos de energia, logística e transportes em 2012, quase 28% a mais do que o emprestado em 2011.

No ano passado, os projetos de infraestrutura consumiram pouco mais de R$ 18 bilhões, o que já representou uma alta de 15% em relação a 2010.

O desempenho fez o setor tomar a liderança da indústria no desembolso total do banco em 2011, ainda não divulgado, de cerca de R$ 140 bilhões. Apesar da retração de 17% do crédito total do BNDES em relação aos R$ 168 bilhões de 2010, a atuação do banco na infraestrutura continua em crescimento.

"A infraestrutura tem uma demanda crescente e é um motor importante no crescimento do País. Há uma demanda firme de longo prazo", afirmou o diretor. Além de contar com o caixa do BNDES, o governo tem como estimular os investimentos com o calendário de leilões de concessão e a execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que tem no banco de fomento o principal financiador por meio de um programa com vigência até 2014.

Segundo Zurli, o setor de energia elétrica seguirá liderando os desembolsos. Em 2011, o setor ficou com 76% das liberações para infraestrutura com o início das liberações de créditos, como os das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, e o da planta nuclear de Angra 3, no Rio. O banco também concedeu um empréstimo-ponte de R$ 1 bilhão para a construção da Usina de Belo Monte, no Pará, cujo financiamento o diretor espera ter aprovado até março. Até lá, o BNDES pode aprovar uma nova operação intermediária, diz o executivo.

"Há essa possibilidade de um ponte adicional para não prejudicar o ritmo das obras, que estão em ritmo acelerado. Tempo é dinheiro para esses projetos", justificou. Segundo Zurli, a solução do licenciamento ambiental e a reestruturação acionária do consórcio deixaram apenas detalhes burocráticos para a aprovação do crédito. "Não há dúvidas quanto ao projeto em si."

A operação será a maior já aprovada pelo BNDES, que poderá financiar até 80% da obra orçada em mais de R$ 20 bilhões. O último recorde foi o crédito de Jirau, de R$ 7,2 bilhões.

Outras áreas. Apesar do foco em energia, o BNDES espera aumentar este ano o crédito em outras áreas, como as de portos, ferrovias e rodovias. O BNDES já conversa com os grupos que se articulam para disputar Guarulhos, Brasília e Viracopos no leilão de fevereiro para financiar os investimentos nos aeroportos.

No radar do banco também está a nova tentativa de licitação do Trem de Alta Velocidade (TAV) que vai ligar Campinas, São Paulo e Rio este ano.

Mesmo com a gradativa redução do reforço do caixa do BNDES com empréstimos do Tesouro, Zurli diz que o banco está confortável para seguir como principal financiador de grandes projetos de longo prazo em infraestrutura, cuja superação de gargalos pode estimular investimentos em outros setores.

Somando o crédito para grandes projetos às operações indiretas de menor porte para aquisição de máquinas, equipamentos e veículos, a infraestrutura respondeu por 41% de todas as liberações do BNDES até outubro, R$ 42,6 bilhões, enquanto a indústria ficou com 31%, R$ 32,07 bilhões. Em 2010, sob impacto do aporte do BNDES na capitalização da Petrobrás, a indústria liderou com 47% dos recursos do banco.

O BNDES ainda financia investimentos em infraestrutura urbana, como saneamento e mobilidade, mas essas operações são agrupadas na diretoria de Inclusão Social. Também ficam nessa área os financiamentos para estádios e hotéis para a Copa do Mundo de 2014, que já têm mais de R$ 3 bilhões contratados.



segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Brasil ganhou 1,1 milhão de microempreendedores formais em 2011


Economia
Carolina Dall'Olio, do Estadão PME

Para regularizar sua atividade, profissional paga no máximo R$ 36,10 por mês; mas metade está inadimplente

Em 2011, o Brasil ganhou 1,1 milhão de empreendedores formais – 300 mil só no Estado de São Paulo. Este é o número de profissionais que trabalham por conta própria e aderiram ao programa Microeempreendedor Individual (MEI) no ano passado. Desde o início do regime, em julho de 2009, cerca de 1,9 milhão de profissionais já se formalizaram.

Ao contribuir com, no máximo, R$ 36,10 mensais, o empreendedor tem acesso a diversos benefícios. Consegue regularizar sua atividade, recebe cobertura previdenciária e pode tomar crédito. Mas mesmo diante do baixo valor da contribuição, 50% dos empreendedores não pagam a taxa regularmente.

“Ainda não sabemos ao certo qual é o motivo da inadimplência. Pode ser falta de organização ou de recursos. Ou até mesmo falta de informação”, admite Julio César Durante, gerente de Políticas Públicas do Sebrae-SP. “Mas o governo e o Sebrae estão trabalhando para esclarecer melhor como funciona o programa e quais são os compromissos e benefícios que os empreendedores têm ao se formalizar.”

O processo de formalização não é cobrado e a inscrição pode ser feita online. O empreendedor fica isento do pagamento de taxas para abertura da empresa e recebe consultoria contábil gratuita.

Depois de formalizado, entretanto, o trabalhador terá de pagar uma taxa mensal equivalente a 5% do valor do salário mínimo (ou R$31,10) para a contribuição previdenciária, além de R$ 1 para contribuição do ICMS (se a atividade for industrial ou comerciária) ou R$ 5 (para o setor de serviços).

Caso queira contratar um empregado (é permitido que o MEI tenha apenas um funcionário), o empreendedor pagará 3% do valor do salário mínimo para a Previdência e 8% para o FGTS, totalizando R$ 68,42. O empregado contribui com 8% do seu salário para a Previdência.

Perfil

No Estado de São Paulo, entre os 300 mil novos MEIs, os maiores grupos trabalham no setor de serviços pessoais e beleza (48 mil empreendedores), comércio varejista de roupas (39 mil) e comércio ambulante de alimentos (6,5 mil).

A cabeleireira Alessandra Miquelina Arcanjo de Freitas, de 33 anos, é uma das novas empreendedoras formalizadas. Ela atende as clientes em sua casa, no bairro de São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo.

“Fui me formalizar para ter mais segurança. Porque se eu ficar doente e precisar parar de trabalhar, posso receber o benefício da Previdência”, conta Alessandra. “Além disso, quero estruturar melhor o meu negócio”, diz a cabeleireira, que fez um curso para aprender técnicas de corte e tintura e agora sonha em abrir um salão. “Os clientes eu já tenho.”

Desde 1º de janeiro de 2012, o teto para enquadramento dos empreendedores no MEI ficou maior. A presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que aumentou de R$ 36 mil por ano (R$ 3 mil por mês) para R$ 60 mil anuais, ou R$ 5 mil mensais, o limite de faturamento para os trabalhadores do regime.

Além da ampliação do faturamento dos MEIs, ocorreram ainda outras mudanças. Agora já é possível fazer, pelo site, a alteração e baixa da empresa, entrega de guias de recolhimento do FGTS, INSS e demais obrigações fiscais, além de poder solicitar restituições de pagamentos feitos à Receita Federal, por erro ou valor indevido. Hoje, 400 atividades profissionais podem se formalizar dentro do regime.

Mesmo diante das novidades, o Sebrae-SP estabeleceu uma meta mais tímida para 2012: a entidade espera que 150 mil empreendedores se formalizem no Estado este ano.

GEM 2010: maior número de empreendedores por oportunidade

O Brasil é o país que possui a maior taxa de empreendedores em estágio inicial entre os 17 países que participaram da pesquisa 2010

O Brasil é o país que possui a maior taxa de empreendedores em estágio inicial entre os 17 países que participaram da pesquisa 2010

Desde 2003 os empreendedores por oportunidade são maioria no Brasil, sendo que a relação oportunidade X necessidade tem sido superior a 1,4 desde 2007. No entanto, apesar das condições macroeconômicas estarem favorecendo o empreendedorismo no Brasil, ainda é preciso evoluir significativamente nas condições ligadas às políticas de apoio ao empreendedor.

Entre os 17 países membros do G20 que participaram da pesquisa em 2010, o Brasil é o que possui a maior Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial (TEA), 17,5%, seguido pela China, com 14,4% e a Argentina com 14,2%.

Essa é a maior TEA desde que a pesquisa GEM é realizada no país, demonstrando a tendência de crescimento da atividade empreendedora.

Nos países do BRIC, o Brasil tem a população mais empreendedora, com 17,5% de empreendedores em estágio inicial, a China teve 14,4%, a Rússia 3,9%, enquanto a Índia não participou da pesquisa nos últimos 2 (dois) anos.

Sendo que, em 2008, a TEA da Índia foi de 11,5%. O que se observa no Brasil em 2010 é que o crescimento da TEA é resultado do maior número de empreendedores de negócios novos. Os empreendedores nascentes no Brasil mantiveram-se na mesma proporção que em 2009, permanecendo acima da média do período em que a pesquisa foi realizada.

Oportunidade e necessidade

No Brasil, desde 2003 os empreendedores por oportunidade são maioria, sendo que a relação oportunidade X necessidade tem sido superior a 1,4 desde o ano de 2007.

Em 2010 o Brasil novamente supera a razão de dois empreendedores por oportunidade para cada empreendedor por necessidade, o que já havia ocorrido em 2008.

Em 2010, para cada empreendedor por necessidade havia outros 2,1 que empreenderam por oportunidade. Este valor é semelhante à média dos países que participaram do estudo este ano, que foi de 2,2 empreendedores por oportunidade para cada um por necessidade.

Gênero

A mulher brasileira é historicamente uma das que mais empreende no mundo. Apenas em Gana as mulheres atingiram TEAs mais altas que os homens, entre todos os 59 (cinquenta e nove) países participantes da pesquisa em 2010.

Em 2010, entre os empreendedores iniciais, 50,7% são homens e 49,3% mulheres, mantendo o equilíbrio entre gêneros no empreendedorismo nacional. Entre os 21,1 milhões de empreendedores brasileiros, 10,7 milhões pertencem ao sexo masculino e 10,4 milhões ao feminino.

Faixa etária

Em 2010, no Brasil todas as faixas etárias tiveram aumentos nas taxas de empreendedorismo. Verificou-se que a faixa etária que obteve a mais alta taxa é aquela que vai dos 25 aos 34 anos com 22,2%.

Isto quer dizer que entre os brasileiros com idades entre 25 e 34 anos, 22,2% estavam envolvidos em algum empreendimento em 2010. Neste ponto o Brasil segue a mesma tendência dos grupos de demais países analisados, nos quais esta é a faixa etária que prevalece.

Conclusões

Apesar das condições macroeconômicas estarem favorecendo o empreendedorismo no Brasil (notadamente ambiente mais estável, com inflação controlada e crescimento econômico), ainda precisa evoluir significativamente nas condições mais ligadas às políticas de apoio ao em- preendedor.

O Brasil não apenas apresenta condições desfavoráveis sobre vários aspectos, mas notadamente no que tange a serviços governamentais e institucionais, como também está em desvantagem quando comparado com as condições oferecidas pelos demais países.

Reforçando assim, a necessidade de se pensar em ações que de fato permitam que o potencial empreendedor dado pela conjuntura favorável do país seja plenamente aproveitado.

Essas foram algumas das conclusões da Pesquisa Gem 2010. Quer saber mais? Leia:

FONTE- SEBRAE

domingo, 8 de janeiro de 2012

Brasil entra em 2012 como preferido dos investidores

Na primeira semana do ano, País capta US$ 2,6 bilhões no exterior


Leandro Modé, de O Estado de S. Paulo


SÃO PAULO - A primeira semana de 2012 comprovou que o Brasil mantém o posto de queridinho dos investidores globais. Bastou uma pausa nas preocupações com a Europa para o País se destacar. Nos cinco primeiros dias úteis do ano, o Tesouro Nacional e duas empresas privadas captaram juntos US$ 2,6 bilhões no mercado externo. Se fosse mantido pelas outras 51 semanas do ano, seria um ritmo três vezes superior ao de 2011, quando as emissões atingiram US$ 38,5 bilhões.

Trata-se apenas de um cálculo indicativo, pois ninguém se arrisca a estimar por quanto tempo essa janela de oportunidade vai se manter aberta. A razão? As turbulências na Europa. Executivos alertam que, de fevereiro a abril, os países que tiram o sono dos investidores - Espanha, Itália, Portugal e Grécia - terão altos volumes de dívida para refinanciar. Ou seja, um leilão malsucedido de italianos ou espanhóis seria suficiente para azedar o clima.

"Em termos relativos, o Brasil está melhor do que a maioria dos europeus, inclusive a França", observou o diretor executivo da Ashmore Brasil, Eduardo Câmara. "Mas, para o País nadar de braçada, é preciso que a situação europeia seja definida." A Ashmore é uma gestora internacional especializada em emergentes, com ativos de US$ 60 bilhões.

Quando Câmara fala em nadar de braçada, refere-se à possibilidade de o otimismo deste início de 2012 se espraiar para outros mercados, como o de ações. Por enquanto, o segmento em que o Brasil aparece bem é o de emissão de dívidas.

Como lembra o vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Alberto Kiraly, esse é o mercado que costuma reagir primeiro quando a confiança melhora.

Por isso, ao menos por ora, não se espera que a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) seja inundada de recursos externos - a despeito da entrada de mais de R$ 600 milhões de dinheiro estrangeiro entre 2 e 4 de janeiro.

"Vamos ver se se trata de um movimento mais duradouro e amplo quando empresas de menor porte também acessarem o mercado", ponderou a diretora-geral da Fator Administração de Recursos, Roseli Machado.

O Estado apurou que muitas empresas estão na fila aguardando oportunidade de levantar dinheiro. Entre elas, Itaú, Banco do Brasil e Petrobrás. Um executivo disse ter mandatos de várias empresas de menor porte. "Estamos observando as condições de preço para levar o negócio para as companhias aprovarem."

Diferenças

A melhora do mercado de dívida neste início de 2012 passa pelo que ocorreu no mundo no segundo semestre do ano passado. Os mercados foram tomados por grandes incertezas sobre a Europa. Algumas delas: o euro acabará? Algum país dará calote? Nesse ambiente, muitos investidores venderam seus ativos para ficar com dinheiro em caixa.

"No planejamento para 2012, perceberam que precisavam arriscar um pouco para obter retornos melhores. É uma espécie de efeito calendário", explicou o principal executivo do banco Santander na área de emissões internacionais, Eduardo Borges.

Há também um fator conjuntural que sustentou a relativa tranquilidade da primeira semana do ano: dados econômicos dos EUA melhores que o esperado. Em dezembro, por exemplo, o país criou 200 mil empregos, acima dos 155 mil estimados.

Nesse contexto, a economia brasileira se sobressai. "A principal diferença entre o Brasil e o resto do mundo é a expectativa de crescimento maior aqui", afirmou Kiraly, da Anbima. O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima crescimento de 1,9% para as economias avançadas neste ano e 6,1% para as emergentes. Para o Brasil, 3,6%.

Câmara, da Ashmore, observa ainda que os papéis do governo brasileiro são hoje considerados mais seguros do que títulos semelhantes da maioria dos países europeus. Em grande medida, isso ocorre por causa da situação fiscal. A relação entre dívida líquida e PIB, por exemplo, deve encerrar este ano perto de 37%. Na Itália, está em 100%, na Grécia, em 117%, e em Portugal, 83%.

O estrategista do banco WestLB Luciano Rostanho acrescenta que o País tem reservas internacionais de US$ 351 bilhões, valor que supera a dívida externa do governo. Por isso, o País tem tudo para se manter no pódio entre os preferidos dos investidores. Resta saber se as condições da economia global vão permitir que essas possibilidades sejam aproveitadas em sua plenitude.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Otimismo do brasileiro aumenta em dezembro, segundo Ipea


O otimismo das famílias brasileiras em relação à realidade socioeconômica do país aumentou em dezembro, segundo o IEF (Índice de Expectativas das Famílias) divulgado nesta quinta-feira (5). O indicador passou de 63,7, em novembro, para 67,2. O valor é igual ao do mês de janeiro, o maior verificado em 2011.

Em dezembro de 2010, o indicador registrou 64,6 pontos.

O Ipea faz o levantamento mensalmente em 3.810 domicílios, em mais de 214 cidades. Na escala do Ipea, a pontuação acima de 60 pontos indica otimismo; abaixo de 40, pessimismo.

A alta na taxa foi causada pelo decréscimo de confiança das famílias brasileiras nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, superior ao acréscimo apresentado pelas outras duas regiões.

O Centro-Oeste é a região com a maior expectativa positiva: passou de 68,9 pontos, em novembro, para 77,4 pontos em dezembro. Em seguida vem a região Sul (70,3), depois Sudeste (66,9), Nordeste (64,1) e Norte (62,4).

Em relação ao consumo de bens duráveis, 57,4% das famílias acreditam que agora é um bom momento para adquiri-los (ante 55,6% no indicador de novembro), enquanto isso, 39,2% afirmam não ser um momento ideal (ante 40,6%, em novembro).

A região Centro-Oeste é a líder nesta questão, com 69,1% das famílias otimistas (ante 63,5%), seguida pelas regiões Sudeste e Nordeste com 61,1% e 60,7%, respectivamente.

A região Norte apresenta o maior percentual de pessimismo: 63,7% das famílias não acreditam que este seja um bom momento para adquirir bens de consumo. Enquanto no Centro-Oeste, região de menor percentual, a taxa é de 23,5%.

ENDIVIDAMENTO

A pesquisa levanta ainda o grau de endividamento familiar: no Brasil, 8% das famílias estão muito endividadas (ante 8,22% no mês anterior) e 56,1% declaram não ter dívidas, ante 55,59% em novembro.

A maior parte das família muito endividadas fica no Nordeste (14,6%), seguida pelo Norte (6,3%), Sul (5,6%), Sudeste (6%). As famílias do Centro-Oeste declaram não estar muito endividadas.

As famílias que declaram não ter dívidas estão mais concentradas no Centro-Oeste (90,9%), seguida pelo Sudeste (67,2%), depois Sul (55,5%), Nordeste (37,2%) e, por fim, Norte (31,3%).

Aproximadamente 13,2% das famílias brasileiras pretendem pagar as contas atrasadas em sua totalidade, baixa na expectativa em relação a novembro (18,13%). Enquanto isso, 47,8% das famílias pretendem pagar parcialmente as contas (ante 45,62%) e 36,6% não terão condições de pagar as contas atrasadas nesse mês, ante 33,81%.

MERCADO DE TRABALHO

Cerca de 78,9% dos responsáveis pelos domicílios no país sentem-se seguros em sua ocupação atual.

A região em que os responsáveis pelos domicílios se sentem mais seguros em suas ocupações é a Norte, com 94,2%, superior ao registrado em novembro (91,6%). A segunda com maior nível de segurança na ocupação do responsável pelo domicílio é região Sul (86%). Em seguida aparece a região Centro-Oeste, com leve queda de 85,7%, em novembro, para 83,6% em dezembro.

  Folha- 04/01/20112  CADERNO PODER

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

ONU: preços de alimentos devem recuar com desaceleração global


Os preços de alimentos não vão subir drasticamente em 2012 como em anos recentes e uma queda acentuada também não é esperada como resultado da desaceleração da economia, disse o novo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

José Graziano da Silva, o brasileiro que substituiu Jacques Diof, do Senegal, na liderança da FAO, disse que a volatilidade dos mercados de alimentos deve continuar diante da instabilidade econômica e das flutuações dos mercados. "Os preços não vão subir como nos últimos dois, três anos, mas também não vão cair. Pode haver algumas reduções, mas não drásticas", disse Graziano.

Ele disse que não espera que a desaceleração econômica na Europa impacte o fundo da FAO para projetos, mas afirmou que o fato deve aumentar o número de pessoas passando fome no mundo.


Reuters News

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Previsão de crescimento da economia brasileira em 2012 cai para 3,30%


Projeções da pesquisa Focus, elaborada pelo Banco Central, também pioraram para o setor industrial

Agencia Estado
BRASÍLIA - A previsão para o crescimento da economia brasileira em 2012 voltou a cair. Pesquisa semanal realizada pelo Banco Central junto aos analistas de mercado, a Focus, mostra que a expectativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) - índice que mede o tamanho e a evolução da economia - caiu de 3,40% para 3,30%. Há um mês, o mercado previa expansão mais forte da economia, de 3,48% neste ano.

Para o ano passado - dado que será conhecido apenas em algumas semanas, os números também caíram novamente. De acordo com o levantamento, a mediana das expectativas para a expansão do PIB em 2011 recuou de 2,90% para 2,87%, ante os 3,09% registrados quatro semanas antes.

Em linha com a economia mais fraca, as projeções para o desempenho do setor industrial também pioraram. Para 2011, a expectativa de expansão do segmento caiu de 0,82% para 0,78%. Há um mês, o mercado apostava em avanço industrial de 0,94% no ano passado. Para 2012, os números não foram alterados e analistas mantiveram a previsão de crescimento de 3,43%, ante 3,46% de um mês atrás.

Na pesquisa, a expectativa para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o tamanho da economia em 2011 manteve-se em 38,50% do PIB pela quarta semana consecutiva. Mas para 2012 a previsão recuou de 37,50% para 37,35%, ante 38% de um mês atrás.

Câmbio

Analistas mantiveram as previsões para o patamar do dólar na pesquisa semanal Focus realizada pelo Banco Central (BC) junto aos analistas do mercado financeiro. No primeiro levantamento divulgado em 2012, a previsão para a taxa de câmbio no fim do ano seguiu em R$ 1,75 pela 12ª semana consecutiva.

Para o câmbio médio, a previsão em 2012 avançou de R$ 1,78 para R$ 1,79. Há um mês, as apostas para o dólar médio estavam em R$ 1,75

IGP-M

Economistas voltaram a elevar as previsões para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) em 2012. De acordo com a primeira pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central (BC) no ano, a mediana das estimativas para o índice que reajusta a maioria dos contratos de aluguel subiu para 5,07% para 5,08%. Já a previsão para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) não teve alteração e seguiu em 4,99%. Há um mês, analistas apostavam em altas de 5,29% para o IGP-M e de 5,24% para o
IGP-DI.

A aposta para o IGP-DI em 2011 - que será conhecido na próxima semana - caiu de 5,28% para 5,22% na quarta redução consecutiva. Há quatro semanas, analistas esperavam alta de 5,75%.

A pesquisa também mostrou que a previsão para o IPC-Fipe em 2012 subiu de 5,20% para 5,22%. Há um mês, a expectativa dos analistas era de alta de 5,18% para o índice que mede a inflação ao consumidor na cidade de São Paulo.

Economistas mantiveram ainda a estimativa para o aumento em 2012 do conjunto dos preços administrados - as tarifas públicas - de 4,50% pela sétima semana seguida. Para 2011, a expectativa de alta seguiu em 6,10%, ante 6% de um mês atrás.

Fernando Nakagawa

02 de janeiro de 2012   9h 06


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