sábado, 31 de março de 2012

Novo acordo automotivo com México é oficializado; veja regras

DE SÃO PAULO
A revisão do acordo automotivo entre Brasil e México, fechado neste mês, foi oficilializado nesta sexta-feira, com a publicação no "Diário Oficial da União". Foram estabelecidas cotas de exportação de veículos por três anos. Depois disso, os dois países devem retornar ao regime de livre comércio. O México poderá exportar US$ 1,45 bilhão em veículos ao Brasil até a 18 de março de 2013. De 19 de março de 2013 a 18 de março de 2014, esse valor subirá para US$ 1,56 bilhão. Na sequência, de 19 de março de 2014 a 18 de março de 2015, a cota passará para US$ 1,64 bilhão. Depois dessa data, não haverá mais limite para a exportação. Além disso, Brasil e México concordaram que os mexicanos aumentem a proporção de peças da América Latina em seus carros de 30% atualmente para 40% em um prazo de cinco anos, sendo: 30% a partir de 19 de março de 2012; 35% após 19 de março de 2013; e 40% a . partir de 19 de março de 2016. Segundo o texto, entre 19 de março de 2015 e 18 de março de 2016 os dois países examinarão a possibilidade de aumentar essa proporção para 45%



















PERCENTUAL


No Brasil, esse percentual é de 65%. Como desde dezembro do ano passado os carros importados pagam 30 pontos percentuais a mais de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para entrar no mercado brasileiro, o raciocínio do governo é: de que adianta barrar a entrada de importados se os mexicanos, que não estão sujeitos à alta do imposto, exigem um percentual tão menor do que o Brasil? O Brasil pediu a revisão do acordo automotivo depois que as exportações de carros do México saltaram cerca de 70% em 2011. As concessões do México ficaram próximas daquelas que eram solicitadas pelo Brasil. No ano passado, os mexicanos exportaram US$ 2,4 bilhões em automóveis ao mercado brasileiro. A disputa estava deixando as relações entre as duas maiores economias da América Latina tensas, em um ambiente de cada vez mais medidas de protecionismo. Os países desistiram de incluir no acordo automotivo com o México veículos pesados. O texto publicado nesta sexta-feira afirma que Brasil e México farão "consultas relativas a veículos pesados, para atingir acesso recíproco e a homologação de normas técnicas e ambientais".

domingo, 11 de março de 2012

Gastos mundiais com turismo terão aumento de 2,8% em 2012

Silvio Cioffi/Folhapress- Cruzamento de avenidas em Tóquio;  turismo no
 Japão  deve se recuperar totalmente da catástrofe  de Fukushima
DA FRANCE PRESSE-  O volume de negócios que o turismo gerará neste ano terá um aumento de 2,8%, levemente superior ao da economia mundial (2,5%), segundo o Conselho Mundial de Viagem e Turismo (WTTC), que destaca perspectivas sombrias no Oriente Médio e na Europa, enquanto a África do Norte se recupera progressivamente.

"O crescimento dos gastos dos turistas será levemente superior ao da economia", que deve ficar situado nos 2,5%, disse o WTTC, em suas previsões publicadas por ocasião do Salão do Turismo, que é realizado em Berlim.

A Ásia registrará o maior crescimento, com 6,7%, graças às maiores rendas da população da China e da Índia, que se traduz pelo aumento do turismo interno.
O organismo prevê a recuperação total do mercado japonês, que foi prejudicado pela catástrofe de Fukushima, no primeiro semestre deste ano, o que permitirá recuperar o mesmo nível de rendas que tinha em 2010.

A África do Norte mostra sinais de recuperação depois de um 2011 marcado pelas revoluções na Tunísia, Egito e Líbia, que espantaram o turismo.

A Síria, segundo destino mais importante no Oriente Médio depois da Arábia Saudita, verá seus rendimentos caírem mais de 20%, prevê o organismo, e a região inteira vai sofrer pelas "revoltas e a violência em alguns países".

Na Europa, as perspectivas são bastante sombrias, com uma queda esperada de 0,3% na União Europeia devido às medidas de austeridade adotadas em vários países, e um crescimento de 0,3% para o continente em seu conjunto, sustentado pela Rússia e Polônia.

No total, o turismo deverá contribuir para a economia mundial com US$ 2 trilhões este ano (frente ao US$ 1,9 trilhão de 2011) e superar pela primeira vez os 100 milhões de empregados no setor, segundo o WTTC.

Folha de São Paulo- Turismo
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