sábado, 7 de abril de 2012

Bancos vão debater juro menor com governo

TONI SCIARRETTADE SÃO PAULO

Pressionados pela concorrência de Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, que reduziram agressivamente as taxas de juros aos clientes, os bancos privados vão pleitear ajuda do governo para terem "condições de mercado" para também trabalhar com taxas menores.
Entre as propostas que serão apresentadas ao governo estão a redução nos impostos, regras mais rígidas para recuperar o dinheiro emprestado ao cliente inadimplente e mudanças no chamado Cadastro Positivo de informações de "bons pagadores".
Representando Itaú, Bradesco e Santander, os três maiores bancos privados, o presidente da Febraban (federação dos bancos), Murilo Portugal, deve ser reunir na próxima semana com autoridades do Ministério da Fazenda e do Banco Central para discutir como gerenciar os custos com inadimplência, impostos, depósito compulsório e encargos governamentais, que dificultam a redução dos juros aos clientes.

Editoria de Arte/Folhapress
Portugal deve ir a Brasília na terça, mas o encontro com autoridades do governo ainda não foi confirmado.
Segundo estudo do BC, o risco de calote é o principal fator justificado pelos bancos para explicar a "gordura" entre as taxas que oferecem para captar dinheiro dos clientes e aquela que cobram nos empréstimos --o chamado "spread" bancário, que a presidente Dilma Rousseff considerou "difícil de explicar tecnicamente".
Em 2010, data do último estudo do BC, 28,7% do "spread" vinha da inadimplência, seguido por 21,9% de impostos diretos.
Para reduzir o risco de inadimplência, os bancos apostam no chamado Cadastro Positivo, com informações sobre "bons pagadores", que só pode ser utilizado e compartilhado com autorização dos clientes.
Com essa limitação, os bancos não estão conseguindo utilizá-lo para mitigar o risco de calote. Desde 2004, os bancos e o governo trabalharam para reduzir os custos com depósito compulsório, contribuição ao FGC (Fundo Garantidor de Créditos), além de subsídios cruzados e encargos.
Esses custos desceram de 9,4% para 4,08%, entre 2004 e 2010. A margem líquida de ganho dos bancos, porém, subiu de 20,25% para 32,73%.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Inflação oficial no 1º trimestre é a menor em 12 anos, diz IBGE

LUCAS VETTORAZZO
DO RIO

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) registrou inflação de 0,21% em março, divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (5). A taxa é inferior à verificada em fevereiro passado (0,45%), completando o segundo mês seguido de queda do indicador.
Em março de 2011, o índice havia sido de 0,79%, valor 0,51 ponto percentual maior que o verificado no terceiro mês deste ano.
Editoria de Arte/Folhapress

No acumulado do ano, o índice oficial de inflação do país atingiu 1,22%, metade do verificado no primeiro trimestre do ano passado, quando a taxa foi de 2,44%. No acumulado em 12 meses, a taxa atingiu 5,24%, abaixo do teto da meta do governo de 6,5% para este ano.
O IPCA de março é o menor desde julho de 2011, quando ficou em 0,16%. No acumulado de 12 meses, o índice registrou sua variação mais baixa desde de outubro de 2010, quando foi de 5,20%. A taxa para o primeiro trimestre é também a menor para o período desde 2000 (0,97%).
O índice oficial de inflação desacelerou de fevereiro para março em razão da queda no grupo de educação, que registrou variação de 0,54% em março, contra avanço de 5,62% um mês antes.
A educação caiu por conta da questão sazonal de início de ano. As taxas de matrícula, reajustadas ano a ano, contribuem significativamente para o aumento da inflação no grupo. Ao final de fevereiro, essas taxas deixam de ser cobradas.
"A redução do IPCA se deve principalmente ao menor impacto da educação. Alguns serviços importantes tiveram variações menores, como habitação e despesas pessoais", afirmou a gerente de Coordenação dos Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.
À exceção dos grupos alimentação e transportes, que subiram na comparação mensal, a maior parte dos demais grupos apurados pelo IBGE registrou queda e parte, deflação. Os grupos com deflação foram comunicação (-0,36%), artigos de residência (-0,40) e vestuário (-0,61%).
Comunicação teve impacto da queda das tarifas telefônicas nas ligações de telefones fixos para móveis. Artigos de residência caíram por conta do gasto menor com eletrodomésticos, que tiveram seus preços baixados por conta da redução do IPI para a linha branca, promovida pelo governo. Já vestuário, os preços de roupas foram impactados pelo aumento da importação de produtos chineses, que pressionam o valor dos produtos nacionais.
Sem apresentar deflação, mas com quedas consideradas importantes pelo IBGE, os grupos habitação e despesas pessoas caíram por conta de redução de preços de aluguéis e com empregadas domésticas, respectivamente.
Os aluguéis saíram de uma variação de 1,19% em fevereiro e atingiram 0,45% em março. O custo com empregadas domésticas saiu de uma variação de 1,78% em fevereiro para 1,38% em março.
ALTAS
O grupo alimentação, que vinha apresentando queda desde de dezembro, subiu de 0,19% em fevereiro para 0,25% em março. Eulina explicou que a alta é pontual e ocorreu mais por conta das festas de Páscoa, quando as pessoas consomem mais peixes, frutas e ovos.
Transportes foi o segundo grupo que apresentou alta, saindo de deflação de 0,33% para inflação de 0,16%. O motivo para isso, explicou Eulina, foi que o etanol tem apresentado leve aumento de preço, por conta da entressafra, quando se tem uma menor oferta do produto.
O álcool, por sua vez, pressiona o preço da gasolina. Eulina afirmou que a greve de caminhoneiros em São Paulo, no início do mês, não teve impacto na inflação dos transportes. Os preços das passagens aéreas, que apresentaram queda em fevereiro, voltaram a se recuperar.

domingo, 1 de abril de 2012

Movelsul Brasil 2012 obtém resultados de negócios acima das expectativas

Apex- Brasil
A Movelsul Brasil 2012, feira de móveis realizada nesta semana em Bento Gonçalves (RS), se encerrou hoje (30/3).A expectativa dos organizadores é de que os negócios fechados no evento girem em torno de US$ 360 milhões – 10% a mais do que o previsto inicialmente. O aumento é reflexo da medida anunciada na segunda-feira (26/3) pelo governo federal, que suspendeu por mais três meses o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para móveis.


Em um balanço preliminar da Movelsul Brasil (que recebeu, até ontem, 29.980 visitantes), o presidente da Feira, João Paulo Pompermayer, anunciou que o foco em produtos para atender aos consumidores da classe média brasileira foi bem-sucedido e será mantido nas próximas edições do evento. “Traçamos metas audaciosas, que foram plenamente alcançadas. Apesar das dificuldades no mercado externo, com a política cambial e os altos custos de produção no país, mostramos que é perfeitamente possível que nossos móveis sejam competitivos, com diferenciais de design, alta produtividade e mão de obra qualificada” , afirmou.

Projeto Comprador: importadores elogiam qualidade e design do móvel brasileiro. Esta edição da Movelsul Brasil contou com número recorde de países estrangeiros e de importadores participantes. No Projeto Comprador promovido pelos projetos Orchestra Brasil e Brazilian Furniture 

( parcerias da Apex-Brasil com as entidades
Sindmóveis e Sindimam, respectivamente), 33 importadores de 18 países participaram de mais de 300 reuniões nos estandes de expositores inscritos.






















O volume de negócios projetado a partir desses encontros deve alcançar US$ 35 milhões ao longo dos próximos 12 meses.

Além disso, mais de 70 compradores de outros 20 países visitaram espontaneamente a Movelsul Brasil, totalizando 38 nacionalidades diferentes.

Para o importador argentino Ariel Grynfeld, da empresa Muebles Paris, integrante do Projeto Comprador, a qualidade e o design dos móveis brasileiros vêm aumentando significativamente nos últimos dez anos. “Os preços também estão bem competitivos”, completa.

Para o comprador Santiago Moussany, diretor do Grupo Eldom, do Uruguai (também participante do Projeto Comprador), o Brasil pode vir a ser o principal fornecedor de móveis para a América Latina. “China e Malásia estão atuando fortemente nos nossos países, mas os produtos deles não têm design tão elaborado, o acabamento é bem mais rústico, e a madeira não tem a mesma qualidade. Além disso, notamos um forte investimento das empresas brasileiras na tecnologia de produção”, comenta.

 Movelsul Brasil

A Movelsul Brasil expôs os lançamentos das principais indústrias nacionais para escritório, cozinha, dormitórios, área de serviço, banheiro, copa e salas de jantar e estar; estofados e colchões; eletros e tapetes. A Feira é a maior do setor moveleiro na América Latina e a primeira voltada ao mercado da classe média. Para mais informações sobre a Feira e seus projetos,acesse:  www.movelsul.com.br.



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