domingo, 27 de dezembro de 2009

Industrial diz que país está preparado para crescimento sustentável

Economia


Daniel Lima, Agência Brasil

BRASÍLIA - O Brasil termina 2009 preparado para estabelecer uma base de crescimento sustentável no próximo ano. A perspectiva é do presidente da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy.

- De como começou a ano, com crise, [o resultado conseguido neste fim de ano] só pode ser positivo - disse lembrando que a expectativa não era nada boa.

Ele lembrou que 2009 chegou com os analistas prevendo uma situação caótica na economia mundial, com reflexo no Brasil. As consequências, porém, não foram tão graves como se imaginou e consequentemente os problemas foram amenizados no Brasil.

O empresário, no entanto, acredita que mesmo diante das dificuldades provocadas pela crise, o país preparou o ambiente para que sejam estabelecidas as bases de um crescimento sustentável do ano que vem em diante.

Godoy alerta, porém, para os problemas na área de infraestrutura. De acordo com ele, nesta base de crescimento um dos problemas que terão que ser resolvidos é a agilização dos investimentos em infraestrutura.

- Isso está impedindo que deslanchemos a economia de uma forma definitiva - reclamou.

Outro problema é a competição com a China pela importância que o gigante asiático tem em diversos setores, principalmente no industrial, e o volume das vendas chinesas ao Brasil, que tem crescido cada vez mais.

Para Godoy é preciso adotar medidas que resolvam isso, além de compensar o desequilíbrio do câmbio, outro problema que o Brasil terá que resolver com a forte valorização do real frente ao dólar.

- Então, são medidas que nós temos que fazer para compensar esse desequilíbrio no câmbio que nós temos aqui. Investimento em logística, diminuição de custo tributário, enfim diminuição do custo Brasil para poder equilibrar esse jogo.

Mesmo com a reclamação, o Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior informou que as exportações até novembro para a China cresceram este ano 20%. Enquanto as importações caíram 22,74% em comparação ao mesmo período do ano passado.

JB-26/12/2009

Economia brasileira crescerá mais de 5% em 2010, afirma Meirelles

Agência Brasil

O PIB (Produto Interno Bruto), soma dos bens e serviços produzidos no país, deve crescer acima de 5% em 2010, na avaliação do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Ele participou nesta quinta-feira de entrevista a emissoras de rádio durante o programa "Bom Dia, Ministro".

Para Meirelles, 2009 termina do jeito esperado e 2010 terá crescimento, "ancorado na geração de emprego e aumento do crédito". Ele enfatizou que o crescimento se dará com a inflação sob controle.

De acordo com Meirelles, caso surja pressão sobre os preços, o Banco Central está preparado para "tomar uma decisão a tempo e a hora".

"O Banco Central está sempre alerta para o risco de inflação. Existe sempre a possibilidade de algum descompasso entre a capacidade de produzir e o consumo", disse.

Meirelles acrescentou que os Estados Unidos tiveram de manter uma política monetária, com taxas de juros muito baixas, o que gera muito dinheiro em circulação. Segundo ele, essa situação leva desequilíbrio aos preços e à moeda. "Estamos tomados todos os cuidados para evitar que venha algum desequilíbrio para o Brasil", afirmou.

Ele lembrou, porém, que as projeções dos analistas do mercado financeiro indicam inflação dentro da meta de 4,5% para 2010, com limite inferior de 2,5% e superior de 6,5%. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é o escolhido pelo governo para acompanhar a meta.

Segundo Meirelles, o crescimento do crédito no próximo ano será equilibrado. "Haverá aumento saudável. Estamos tomando todas as providências normativas e de fiscalização para evitar que haja desequilíbrio", disse. Há analistas que esperam crescimento do crédito em relação ao PIB acima de 50% em 2010.

Meirelles evitou comentar a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), divulgada hoje. Na reunião, o comitê decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, em 8,75% ao ano. "Temos uma política de governança de não comentar a ata, principalmente no dia de divulgação. Estamos no momento em que os analistas estão lendo a ata. Acho importante não perturbar essa leitura", disse.

Folha- 17/12/2009

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Governo deve destinar R$ 2 bilhões em apoio ao café no próximo ano

AGRONEGÓCIOS


Agência EstadoPanoramaBrasil

SÃO PAULO - O Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), deve aplicar aproximadamente R$ 2 bilhões em apoio à cafeicultura no próximo ano. A informação é de Lucas Ferreira, diretor do Departamento de Café do Mapa. Segundo ele, o recurso será investido nas oito linhas de crédito contempladas este ano.
Ainda de acordo com dados do Ministério da Agricultura, o Funcafé, contratou R$ 1,9 bilhão para apoiar a cafeicultura este ano. Deste montante, R$ 1,5 bilhão já foi liberado às instituições financeiras. Do total, R$ 292 milhões foram para o financiamento de custeio e R$ 398 milhões para a colheita.

A estocagem totalizou R$ 441 milhões e o financiamento para aquisição de café (FAC) somou R$ 299 milhões.

Para financiar a cédula do produtor rural (CPR), foram liberados R$ 35 milhões. Para a recuperação das lavouras atingidas por granizo foram utilizados recursos da ordem de R$ 27 milhões. Já para o reescalonamento de dívidas do setor foram aplicados R$ 36 milhões. Para a linha especial para cooperativas de crédito da cafeicultura foram usados R$ 27 milhões.
"Os recursos beneficiaram toda a cadeia produtiva do café, além de ser a real demanda apresentada pelos produtores, cooperativas, exportadores e demais agentes do agronegócio que têm acesso aos créditos do Funcafé", disse Ferreira.
Na semana passada, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que a safra 2009/2010 de café deve alcançar 39,5 milhões de toneladas de sacas de 60 quilos. Em setembro a Conab havia estimado uma produção de 39 milhões de sacas para o período. Vale lembrar que a colheita da temporada 2009/2010 foi encerrada.

Na ocasião, Reinhold Stephanes, ministro da Agricultura, considerou um exagero as projeções que já começam a aparecer no mercado de que a safra 2010/2011 de café poderá atingir a marca de 55 milhões de sacas. "É uma irresponsabilidade dizer que vai chegar a 55 milhões", afirmou Stephanes.

"Não quero antecipar, mas com certeza ficará longe desse número", previu o ministro.

Na safra 2009/2010, a produção de café arábica correspondeu a 73,1% da produção total do País. Minas Gerais segue como a maior região produtora do grão, com 19,6 milhões de sacas - o equivalente a 68,08% do total nacional.

Este ano foi um ano de bianualidade negativa: a cada dois anos é esperada redução da colheita de café por conta da característica produtiva do grão.
DCI- 23/12/09

Petrobras assina memorando de entendimentos com a Petrochina

 INDÚSTRIA


PanoramaBrasil

RIO DE JANEIRO - A Petrobras, sua subsidiária Petrobras Biocombustível S.A. (PBio) e a estatal chinesa Petrochina International Company Limited, celebraram um Memorando de Entendimentos (MOU),com prazo de vigência de seis meses, cujo objetivo é a realização de estudos conjuntos para avaliar a viabilidade técnica e econômica do desenvolvimento de projetos de produção de etanol no Brasil, em parceria entre a Petrochina e a PBio, e projetos de exportação de etanol para a China, em parceria entre a Petrochina e a Petrobras.

Devido à necessidade de adoção da mistura de etanol à gasolina em uma maior parte do território chinês e à falta de condições para abastecer aquele mercado exclusivamente com produção local, a China pretende não só buscar suprimento mas também investir em produção própria do produto no Brasil. Neste sentido, a Petrochina considera a Petrobras o parceiro natural para tais empreendimentos, devido ao excelente relacionamento comercial entre ambas as empresas e à possibilidade de sinergias.

DCI- 23/12/09

Crise Econômica Mundial



Editado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Brasília, 22 de Dezembro de 2009

Leia os principais trechos da entrevista do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ao programa Bom Dia Ministro, que é transmitido ao vivo para emissoras de rádio em todo o Brasil.

O Brasil trabalhou sério, de forma correta e com bastante esforço nos últimos anos para crescer a taxas maiores, criar mais empregos e, também, estar mais preparado para enfrentar crises como esta.

No passado, crises muito menores traziam consequências dramáticas para o País e para a população brasileira. Desta vez entramos na crise crescendo a taxas elevadas. O consumo da população, a produção e o investimento cresciam a quase 20% ao ano, com a inflação estabilizada. Além disso, o País estava com mais de US$ 200 bilhões de reservas internacionais. Tudo isso fez com que enfrentássemos esta situação mais fortalecidos.

Ao mesmo tempo, durante o colapso financeiro soubemos reagir de forma rápida e eficaz. O Banco Central (BC) atacou os canais da crise. Assim, o BC ofertou empréstimos em dólar e substituiu, na prática, o Sistema Financeiro Internacional, que tinha deixado de financiar os exportadores e os bancos brasileiros. Usamos os depósitos compulsórios para prover recursos para bancos pequenos e médios que estavam deixando de oferecer financiamento em muitos setores importantes. Atuamos fortemente nisso, nos chamados derivativos, que estavam em crise em função de todo esse desequilíbrio e de uma série de outras questões.

Em seguida o governo começou com a isenção do IPI. No momento em que o governo tirou o IPI do automóvel, por exemplo, impulsionou a economia. Quando o comprador foi ao revendedor, em dezembro, atraído pela queda do IPI, já havia crédito, o mercado já estava funcionando normalmente, que não aconteceu em outros países. As ações tomadas pelo Brasil neste período são consideradas exemplares. Órgãos multilaterais, como o FMI, bancos de compensações internacionais e analistas independentes classificam a nossa atuação como modelo a ser seguido. O que devemos fazer agora é manter uma política monetária responsável, fiscal e cambial à frente, também responsáveis para o Brasil continuar na trajetória de sucesso.

Dívida Externa

O Brasil, de fato, teve como um dos grandes problemas, durante todas as nossas vidas, a chamada dívida externa. Quem de nós viveu no Brasil numa época em que não ouviu falar em algum momento da crise da dívida externa? Um dia, pesquisando sobre o assunto, verifiquei que o nosso problema de dívida externa, na realidade, começou na independência. Em 1822, como parte da negociação da independência, o País assumiu uma dívida externa de Portugal. O Brasil sempre viveu um problema da dívida externa elevada, não só o governo, mas também as empresas. Na medida em que havia uma crise internacional qualquer, tínhamos dificuldade de renegociar, de continuar tomando empréstimos e enfrentávamos problemas internos graves em função da dívida. Nos últimos anos fizemos um grande trabalho de recuperação e reforma da economia brasileira que, entre outras coisas, fez com que pudéssemos acumular reservas e pagar dívidas. Para termos uma ideia, o País era um devedor do FMI, devia uns US$30 bilhões de dólares. Pré-pagamos outros credores e, portanto, acumulamos reservas e, em 2006, o País se tornou um credor líquido internacional pela primeira vez na história. Isso significa que agora este é um problema do passado.

Crédito

A previsão de crescimento para o mercado de crédito no ano de 2010 é bastante positiva. Cresceu a taxas elevadas antes da crise, durante a crise caiu bastante, agora já se recuperou e a essa altura está em expansão. O custo do crédito também está caindo e o volume aumentando, que é a trajetória correta. Não há dúvida de que a taxa de juros na ponta do empréstimo ainda é elevada, já foi muito mais no passado, está caindo como resultado da estabilização da economia brasileira e a tendência é que continue a cair. Com a estabilização da economia brasileira, isto é, com a inflação controlada e, também com as reservas internacionais, poderemos assegurar, nos próximos anos, uma continuidade desse processo. Basta mantermos as políticas adequadas. Agora, em termos de volume, o total de crédito concedido aumentou, está bastante forte, saudável e retomando um padrão de normalidade que prevalecia antes da crise.

Taxa Selic

O BC tem uma política de governança, como a maior parte dos bancos centrais do mundo, de não fazer previsões sobre as próprias ações. Isto é, quais serão as decisões tomadas no que diz respeito à taxa Selic. O importante é que se olhe as previsões de inflação para o ano de 2010. Elas fornecem dados importantes para tomar a decisão sobre as medidas necessárias. O BC evidentemente se baseia nas próprias projeções. Mas as projeções feitas pelos analistas também são olhadas por todos e são importantes. O relatório Focus do Banco Central indica uma inflação que está consistente com a meta em 2010.


Inflação e estabilidade dos preços

O BC tem um compromisso com uma meta de inflação de 4,5% e toma todas as medidas necessárias para que seja atingida. A meta tem um intervalo de tolerância que pode variar e temos conseguido cumpri-la. Tomaremos todas as providências necessárias, seja no controle das taxas base do BC, seja por meio da fixação da política monetária adequada, e também, com a política de câmbio flutuante bem administrada. Em resumo, o importante é que a população pode ficar tranquila de que o BC tem os mecanismos e o comprometimento para manter a estabilidade de preços durante 2010.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Taxa de desemprego no Brasil recua para 7,4% em novembro



SÃO PAULO, 18 de dezembro de 2009 - A taxa de desocupação no Brasil recuou para 7,4% em novembro deste ano, ante 7,5% observada no mês anterior e face a 7,6% em novembro de 2008, de acordo com informações da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O rendimento real habitual registrou ligeira retração, passando de R$ 1.354,74 em outubro deste ano para R$ 1.353,60 em novembro. No entanto houve um crescimento de 2,2% na comparação com igual mês do ano anterior, cuja rendimento estava em R$ 1.324,67.

De acordo com levantamento, por grupamentos de atividade foi verificado estabilidade na comparação com outubro e, em relação a novembro do ano passado. Houve variação significativa apenas nos serviços prestados às empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (3,9%). O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado (9,6 milhões) também não se alterou nem em relação a outubro deste ano, nem em relação a novembro de 2008.

O IBGE informou ainda que o contingente de ocupados no agregado das seis regiões metropolitanas (21,6 milhões) também ficou estável tanto na comparação com mensal quanto anual. Dentre as regiões metropolitanas, houve variação significativa apenas em Salvador, onde a população ocupada cresceu 3,6% na comparação anual.


(Redação - Agência IN)

JB- 18/12/2009
--------------------------------------------------------------------------------

Produção de petróleo no Brasil cresce 7,9% em novembro



Agência Brasil

RIO - A produção média diária de petróleo e gás natural da Petrobras nos campos do país em novembro foi de 2.309.567 milhões de barris de óleo equivalente (boe), volume 6,6% maior que o produzido no mesmo mês do ano passado - 2.167.236 milhões de barris de petróleo equivalente por dia.

Os dados divulgados pela estatal indicam que somente a produção de petróleo, sem levar em consideração a extração de gás, cresceu 7,9% nos últimos 12 meses, enquanto a produção de gás natural manteve-se no mesmo nível de novembro de 2008 e de outubro de 2009 - 50,7 milhões de metros cúbicos/dia.

Considerando apenas a produção nos campos nacionais, porém, houve redução de 0,5% - o equivalente a menos 9.800 barris por dia - em relação ao volume extraído em outubro.

Segundo a Petrobras, essa pequena variação deveu-se, principalmente, ao encerramento do teste de longa duração (TLD) no campo de Cachalote, no mar do Espírito Santo, conduzido com a utilização da unidade de produção FPSO Seilllean. A empresa esclareceu, porém, que o campo de Cachalote voltará a produzir em meados de 2010, quando será instalado na área outra unidade de produção.


JB- 18/12/2009

--------------------------------------------------------------------------------

Combustível: China deve comprar derivado do Brasil

Jornal do Brasil

DA REDAÇÃO - Depois da decisão da China de reduzir a tarifa sobre as importações de álcool de 30% para 5%, a medida pode se aplicar ao etanol, na opinião de especialistas, podendo abrir caminho para importações do biocombustível do Brasil.

Analistas, contudo, não esperam grandes compras devido à falta de capacidade de misturar o biocombustível à gasolina, mesmo que as importações sejam viáveis. O Brasil, maior exportador mundial de etanol, tem pressionado a China para importar o biocombustível brasileiro como um complemento à produção limitada do país.

– A tarifa baixa parece tornar as importações viáveis. Mas estamos estudando se há outras restrições – disse um analista.

O Ministério das Finanças informou na quarta-feira que a taxa de importação sobre o álcool e outras bebidas desnaturadas vai cair para 5% a partir de 1º de janeiro de 2010.

Para outro especialista, a redução da tarifa – parte do compromisso de Pequim de reduzir as taxas gerais de importação como membro da Organização Mundial de Comércio – não vai resultar em grandes importações em breve.

– A redução pode levar a importações de uma maneira indireta, o que será a tendência futura. Mas não esperamos que as importações aconteçam dentro de um curto período de tempo – disse.

Ele afirmou que os compradores têm de construir instalações de mistura, atualmente sob controle de empresas estatais. Pequim determina o uso de gasolina misturada com etanol apenas em cerca de um terço das províncias chinesas.

A China não permitirá nenhuma grande expansão de produção de etanol à base de grãos devido a preocupações com a segurança alimentar, e a expansão da produção de biocombustível utilizando outras matérias-primas é restrita devido à quantidade limitada de terras e de recursos hídricos.

O governo quer misturar 2 milhões de toneladas de etanol na gasolina até 2010 e 10 milhões até 2020, como parte de esforços para ajudar a reduzir as emissões de gases do efeito estufa. Já autoridades da indústria duvidam que a meta poderá ser cumprida com as atuais instalações, que só podem produzir cerca de 1,35 milhão de toneladas.

Exportações de etanol brasileiro para a China são improváveis no curto prazo, uma vez que a safra de cana está acabando no centro-sul e os estoques do combustível estão apertados. Mas a notícia é vista como positiva num período mais longo, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

Com agências

JB- 18/12/2009

domingo, 13 de dezembro de 2009

Brasil deve terminar ano com inflação próxima de 4%

SÃO PAULO, 10 de dezembro de 2009 - O Brasil deverá terminar 2009 com inflação próxima a 4%, taxa Selic em torno dos atuais 8,75%, dólar na casa de R$ 1,75 e crescimento do PIB atingindo 1,0%, estima Equifax, líder mundial em informação e inteligência para decisão e gestão empresarial. Para 2010 estima-se o aumento da inflação devido ao aquecimento da economia e o consequente aumento da demanda. Este aumento será mais intenso nos setores de serviços já que não há concorrência das importações.

No que diz respeito ao setor externo, o saldo da balança comercial deverá fechar o ano de 2009 com superávit de US$ 26 bilhões. As exportações poderão chegar a US$ 150 bilhões e as importações a US$ 124 bilhões. Embora o resultado da balança comercial em 2009 tenha sido superior ao de 2008, a soma das exportações mais as importações (corrente de comércio) cairá cerca de US$ 90 bilhões, devido aos efeitos da crise sobre o comércio exterior. No início do próximo ano espera-se uma pequena melhora no saldo da balança comercial, contudo com uma corrente de comércio bastante superior a de 2009.


Ainda em 2009 o total de investimentos diretos estrangeiros no Brasil deve chegar a US$ 20 bilhões, volume bastante inferior ao registrado em 2008, US$ 45 bilhões. No entanto, considerando a situação de crise financeira internacional, o volume líquido alcançado em 2009 foi bastante satisfatório. "A economia brasileira tem conseguido se sobressair no cenário internacional, a ponto de conseguir atrair mais investimentos estrangeiros e desfrutar de uma posição de destaque no quadro político e econômico mundial", diz Alcides Leite coordenador do Centro de Conhecimento Equifax.

(Simone e Silva Bernardino - Agência IN)

JB - 10/12/2009
________________________________________________________