domingo, 14 de fevereiro de 2010

Zona do euro precisa de condução economica mais forte

Membro do BC europeu defende reforma nas estruturas econômicas da região
A fragilidade da economia e das finanças públicas na zona do euro demonstra a necessidade de ampliar e fortalecer o amplo gerenciamento econômico na região, disse neste sábado (13) o membro do conselho do BCE (Banco Central Europeu) Mario Draghi.

- O euro está sólido - afirmou Draghi em uma reunião de operadores do mercado em Nápoles.

Ele pediu, entretanto, que a União Europeia amplie e reforme suas estruturas econômicas "com o mesmo vigor que dedicou ao longo dos anos para consolidar os orçamentos governamentais".

Draghi disse que os investidores vão comprar novos títulos emitidos pela Grécia - onde a crise da dívida causou nervosismo nos mercados nas últimas semanas -, desde que o governo "ajuste seu orçamento com determinação, com monitoramento cuidadoso da Comissão Europeia e do BCE."

Mais amplamente, ele disse que todos os governos deveriam esclarecer como planejam controlar seu resultados negativos nas contas e as dívidas que cresceram durante a recessão de 2008 e a primeira metade de 2009.

A recuperação econômica da zona do euro é frágil e não há riscos de inflação a médio prazo, disse Draghi, que também é o dirigente do Banco da Itália.

A perspectiva favorável para os preços, contudo, é acompanhada por uma hesitante recuperação econômica no bloco de 16 nações, comentou Draghi, que é cotado como um possível sucessor do chefe do BCE, Jean-Claude Trichet, quando o mandato dele expirar, em novembro de 2011.

- O retorno ao crescimento é frágil, particularmente na área do euro.

A economia na zona do euro cresceu apenas 0,1% no último trimestre de 2009, segundo dados divulgados na sexta-feira (12), desacelerando fortemente em relação ao 0,4% de expansão no trimestre anterior.

Draghi afirmou que os bancos da Itália estão sadios e, tendo fortalecido sua base financeira, estão "bem posicionados para lidar com a situação internacional".

Copyright Thomson Reuters 2009

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