quarta-feira, 14 de abril de 2010

Política de juros não é 'excessivamente conservadora', diz Meirelles

Presidente do BC vê tendência de queda dos juros nos últimos anos.

Juro é consequência de "previsibilidade, estabilidade e boa administração".
Alexandro Martello

Do G1, em Brasília

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse nesta quarta-feira (14) que a política monetária (definição da taxa básica de juros da economia) não é "excessivamente conservadora".

"A inflação orbitou em torno do centro da meta [de inflação] nos últimos anos, como deve ser. Não é uma política monetária excessivamente conservadora. E isso fez com que colaborássemos com a maior estabilização da economia", disse Meirelles durante audiência pública na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Dívida Pública, no Congresso Nacional.

De acordo com Meirelles, a taxa básica de juros sobe e desce dependendo dos ciclos da economia. "Mas tem uma tendência de queda nos últimos anos, o que mostra que a estabilização da economia e as medidas tomadas na hora certa geram uma tendência de queda dos juros", disse ele.

Na avaliação do presidente do Banco Central, a taxa de juros é consequência de uma maior "previsibilidade, estabilidade e de uma boa administração". "Ela vem caindo nos últimos anos, o que tem reflexo nos juros pagos na dívida líquida do setor público", declarou.

Atualmente, os juros básicos da economia brasileira estão em 8,75% ao ano, os mais baixos da história. Em termos reais (após o abatimento da inflação prevista para os próximos 12 meses), porém, são os juros mais altos do mundo.

A expectativa do mercado é de que os juros voltem a subir ainda neste mês, para 9,25% ao ano, e avancem para até 11,25% ao ano no fim de 2010. Tanto o BC, quanto o mercado, preveem que a inflação fique acima de 5% neste ano, para uma meta central de inflação de 4,5%.

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