A inflação tem caído gradativamente ao longo dos últimos meses |
Na semana passada, o mercado global teve um dos períodos de maior volatilidade da história após o rebaixamento da nota de dívida americana pela Standard & Poor’s e em meio à preocupação com um agravamento da crise da dívida na Europa. Os investidores também temem uma possível volta à recessão da economia global. Isso, no entanto, poderia reduzir os preços das commodities, o que é uma boa notícia para a inflação brasileira. Além disso, o BC tende a ser mais cauteloso em meio a uma crise, por isso a redução na estimativa do mercado para o juro.
A meta do governo para a inflação nos dois anos tem centro em 4,5% e tolerância de dois pontos percentuais. A estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano passou de 3,94% na semana passada para 3,93%. Em 2012, a previsão continua de 4%. A estimativa para a Selic neste ano e no próximo se manteve estável a 12,50%. As instituições Top 5 de médio prazo, as que mais acertam as projeções, também preveem taxa básica de juros (Selic) estável a 12,50% até o final do ano que vem pelo menos, de acordo com a mediana das estimativas.
O prognóstico para a taxa de câmbio no final deste ano permaneceu em R$ 1,60 por dólar. A projeção no final de 2012 foi mantida em R$ 1,65.
PIB em queda
A estimativa de analistas do mercado financeiro consultados pelo BC para o crescimento da economia neste ano caiu ligeiramente pela segunda semana seguida. A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 3,94% para 3,93%. Para 2012, a estimativa continua em 4%.
Ainda segundo o boletim Focus, a expectativa para o crescimento da produção industrial passou de 3,01% para 3%, este ano, e permanece em 4,30%, em 2012. A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB foi mantida em 39,10%, este ano, e em 38%, em 2012.
A expectativa para a cotação do dólar ao final de 2011 continua em R$ 1,60, neste ano, e em R$ 1,65, em 2012. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) permanece em US$ 22 bilhões, neste ano, e foi ajustada de US$ 10,65 bilhões para US$ 10,85 bilhões, em 2012.
Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa diminuiu de US$ 59 bilhões para US$ 57,97 bilhões, em 2011, e de US$ 68,90 bilhões para US$ 68,25 bilhões, no próximo ano.
A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) permanece em US$ 55 bilhões, este ano, e em US$ 50 bilhões, em 2012.
15/8/2011 13:20, Por Redação - de Brasília
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