domingo, 30 de maio de 2010

Analistas já veem o País em pleno emprego

Desemprego de 6,7%, dessazonalizado, já provoca pressões inflacionárias

30 de maio de 2010
Leia a notícia
Fernando Dantas - O Estado de S.Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ter sido modesto quando disse na semana passada que o Brasil se aproxima do pleno emprego. Para diversos analistas, o País, na verdade, já ultrapassou a marca do "pleno emprego" na visão econômica.

Nessa definição, o termo não significa que todo mundo que procura trabalho seja bem-sucedido. Na verdade, trata-se de uma taxa de desemprego mínima a partir da qual começam a faltar trabalhadores em diversas funções, levando à alta de salários, mas também a pressões de custos, que atiçam a inflação.

Assim, se a comemoração do presidente em relação ao pleno emprego é justificada, por outro lado esse é mais um sinal de que a economia pode estar vivendo um período de superaquecimento em pleno ano eleitoral, criando riscos inflacionários.

O pleno emprego é um indicador difícil de estimar, que varia muito de analista para analista. Mas o atual nível da taxa de desemprego livre de influências sazonais, de 6,7% em abril, está abaixo ou bem abaixo da maioria das estimativas de nível de pleno emprego obtidas pelo Estado - que correspondem a níveis de desemprego entre 6,5% e 8,5%.

Essas taxas de desemprego referem-se à Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com indicadores do mercado de trabalho das regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife. Os bancos recalculam a série eliminando os fatores sazonais, com resultados que são praticamente os mesmos.

"Já caímos abaixo do pleno emprego, em termos econômicos", diz Cristiano Souza, economista do Santander. A estimativa da instituição é de que a "taxa neutra", ou "taxa não inflacionária" de desemprego - a definição mais precisa usada hoje para pleno emprego - seja de 8%. Na verdade, bem no meio do intervalo de 7,5% a 8,5% calculado pelo próprio Banco Central (BC), no início de 2008, para o indicador.

Riscos

Uma taxa de desemprego abaixo do nível correspondente ao pleno emprego provoca escassez de mão de obra em muitos setores e alta dos custos salariais, o que vem ocorrendo na construção civil. A população empregada no setor cresceu 10,6% na comparação de abril de 2010 com o mesmo mês de 2009, enquanto a população empregada como um todo crescia 4,3%. Dessa forma, no mesmo período, a renda média real da construção aumentou 13,4%, comparado com uma alta de 2,3% para todos os trabalhadores. "São as taxas mais fortes entre todos os setores", nota Aurélio Bicalho, economista do Itaú Unibanco.

Desde o início da atual série da PME, em março de 2002, o desemprego caiu quase pela metade em termos dessazonalizados, saindo de 12,3% para 6,8% em abril de 2010. O movimento acelerou-se a partir de 2006, quando o desemprego médio no ano ficou em 10%. Para 2010, o Banco Santander projeta um desemprego médio de 6,8%, e o Bradesco, de 7,1% - ou seja, bem abaixo do nível de 8,1% em 2009, e mesmo da taxa média de 7,9% em 2008, um ano de forte desempenho da economia.

Até o fim de 2010, as previsões variam de uma ligeira alta no desemprego em relação a abril até uma queda expressiva. Uma das projeções mais fortes é a de Fábio Ramos, da Quest, gestora de recursos do ex-ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros.

Ramos prevê, baseado nos resultados sobre emprego formal do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que a taxa de desemprego dessazonalizada atinja 6% em dezembro deste ano. Itaú Unibanco, Bradesco e Santander têm projeções para dezembro que variam de 6,6% a 7%. No caso do Bradesco, a previsão é para a média do último trimestre.

"Se o fluxo de criação de vagas formais no Caged continuar na atual cadência, a taxa pode cair até para menos de 6% no fim do ano", diz Ramos, referindo-se ao desemprego dessazonalizado. Ele acha mais provável, porém, que o ritmo de criação de vagas formais caia do nível dos últimos meses, em torno de 200 mil, para algo mais próximo a 150 mil - o que o economista considera compatível com a previsão de desemprego de 6% no fim do ano.

Bradesco e Itaú apostam que o mercado de trabalho continuará aquecido até o fim de 2010, mas num ritmo menos explosivo que o do primeiro trimestre. Bicalho, do Itaú Unibanco, observa que os números do emprego no momento refletem a atividade econômica muito acelerada do último trimestre de 2009 e do primeiro deste ano, para a qual o banco prevê crescimento de 3% (ou 12,6% em termos anualizados). O economista acha que, a partir de agora, a economia deve crescer a 1% ou pouco mais por trimestre, o que seria suficiente para manter o desemprego próximo a 7% até o fim do ano.

No Departamento Econômico do Bradesco, nota-se que o mercado de trabalho exuberante faz com que mais pessoas que estavam à margem busquem emprego, aumentando a população economicamente ativa. Isso, por sua vez, pode reduzir o ritmo da queda do desemprego. O crescimento da população economicamente ativa saltou de 1,4% em dezembro (ante mesmo mês do ano anterior) para 2,5% em abril.

"Esperamos que a melhora no mercado de trabalho continue, mas de forma mais lenta, já que o número de pessoas procurando emprego deverá aumentar, em conformidade com as notícias favoráveis", diz Octavio de Barros, diretor de Pesquisa Macroeconômica do Bradesco.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

OCDE melhora previsão de crescimento do Brasil e do mundo

Crescimento será puxado pela Ásia, afirma OCDE
Daniela Fernandes
De Paris para a BBC Brasil

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reviu para cima suas previsões de crescimento da economia mundial e também do Brasil neste ano e em 2011, segundo um relatório divulgado nesta quarta-feira.

De acordo com o documento "Perspectivas Econômicas da OCDE", a economia brasileira deverá crescer 6,5% em 2010 e 5% em 2011.

Em novembro passado, a organização, com sede em Paris, havia previsto que o PIB brasileiro cresceria 4,8% neste ano e 4,5% em 2011.

O documento divulgado nesta quarta-feira também prevê que a inflação brasileira atingirá 6,2% em 2010 e 5% em 2011.

Segundo as novas estimativas da OCDE, a economia mundial vai crescer neste ano mais rápido do que o previsto anteriormente, mas o alto endividamento dos países desenvolvidos e o superaquecimento das economias dos mercados emergentes representam fatores de risco crescentes à retomada econômica global.

A organização subiu suas previsões de crescimento da economia mundial para 4,6% em 2010 e 4,5% em 2011.

Em novembro, a OCDE havia previsto que a economia mundial cresceria 3,4% neste ano e 3,7% em 2011, após uma retração de 0,9% em 2009.

A organização prevê que o crescimento do comércio mundial vai permanecer “robusto” nos próximos dois anos, com aumento de 10,6% em 2010 e 8,4% em 2011, impulsionado pela forte expansão contínua do comércio das economias asiáticas, do Brasil e da Rússia.

“O crescimento vigoroso observado na China e em outras economias emergentes contribui para tirar os países desenvolvidos da recessão. No entanto, os riscos de superaquecimento e de inflação se acentuam paralelamente nas economias emergentes”, afirma o documento divulgado nesta quarta-feira.

“Uma recaída após uma forte fase de expansão não deve ser excluída, exigindo um endurecimento muito mais acentuado das políticas monetárias, com aumento das taxas de juros em certos países não membros da OCDE, como a China e a Índia, para conter as pressões inflacionárias e reduzir o risco da bolha especulativa sobre o preço dos ativos”, afirma a organização.

“Como consequência, o crescimento desses países desaceleraria, com efeitos negativos sobre as outras regiões”, diz a OCDE.

Segundo a OCDE, a economia chinesa deve crescer 11% neste ano e quase 10% em 2011.

“Trata-se de um momento crítico para a economia mundial. Esforços internacionais coordenados permitiram impedir uma forte recessão, mas continuamos confrontados a enormes desafios”, afirmou o secretário-geral da OCDE, José Angél Gurria.

“Inúmeros países da OCDE devem, ao mesmo tempo, apoiar uma retomada do crescimento econômico, que continua frágil, e adotar um modelo fiscal mais duradouro”, disse Gurria.

Nos últimos dias, vários países europeus, como a Grécia, Espanha, Itália, Alemanha, França e Portugal, adotaram pacotes de austeridade para reduzir seus elevados déficits orçamentários, o que dificulta a retomada do crescimento econômico nesses países.

A organização também alerta para a instabilidade nos mercados mundiais causada pelos elevados déficits dos países europeus.

“A crise da dívida soberana colocou em evidência a necessidade, para a zona euro, de consolidar sua arquitetura institucional e operacional para dissipar as dúvidas em relação à viabilidade, a longo prazo, da união monetária”, diz o relatório.

A organização reviu ligeiramente para cima o crescimento econômico da zona euro para 1,2% em 2010 e 1,8% em 2011. A previsão anterior era, respectivamente, de 0,9% e de 1,7%.

O PIB dos Estados Unidos deverá crescer 3,2% neste ano e também em 2011, de acordo com a OCDE, que havia previsto em novembro um crescimento de 2,5% da economia americana em 2010 e de 2,8% em 2011.

A OCDE também afirma que nos últimos dois anos o número de desempregados nos 31 países da OCDE aumentou em 16 milhões. Segundo o documento, a taxa de desemprego atingiu provavelmente atualmente seu nível mais alto, de 8,5% em média nos países da OCDE.

A estimativa é de que a taxa de desemprego deverá diminuir “lentamente no curto prazo”.

OCDE aumenta expectativa de crescimento do Brasil

NOTA
Economia
SÃO PAULO, 26 de maio de 2010 - A economia brasileira está mostrando uma capacidade de recuperação maior que a esperada há alguns meses, e por isso a Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou a previsão de crescimento do país para 6,5% em 2010 e 5% em 2011.

Os números aparecem no relatório semestral de perspectivas publicado nesta terça-feira pela entidade. Em comparação com a previsão de novembro do ano passado, a expectativa para 2010 está 1,7 ponto mais alta, enquanto a de 2011 subiu cinco décimos.

(Redação - Agência IN)

FB-- 26/05/2010



segunda-feira, 24 de maio de 2010

Balança comercial: saldo de US$ 546 milhões na terceira semana do mês


Agência Brasil

BRASÍLIA - A balança comercial brasileira registrou saldo positivo de US$ 546 milhões na terceira semana do mês (entre os dias 17 e 23), com média diária de US$ 109,2 milhões.

As exportações somaram US$ 3,970 bilhões, com média diária de US$ 794 milhões, e as importações, US$ 3,424 bilhões, com média diária de US$ 684,8 milhões. O saldo acumulado no ano, porém, ainda é a metade do registrado no ano passado se comparada com a média por dia útil.

Até o dia 23 , o saldo mensal acumula US$ 2,015 bilhões, com média diária de US$ 134,3 milhões, resultado que representa crescimento de 2,4% em comparação com igual período do ano passado.

No ano, o saldo comercial chegou a US$ 4,189 bilhões, com média diária de US$ 43,6 milhões, queda de mais da metade (50,3%) do registrado em mesmo período do ano passado.

Às 15 h, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgará no site o detalhamento das informações sobre as exportações e importações brasileiras na terceira semana de maio de 2010.

12:15 - 24/05/2010



segunda-feira, 17 de maio de 2010

Do atraso ao reconhecimento: agricultura familiar é maior categoria produtiva do Brasil

Por: Rachel Duarte, do Sul21
Publicado em 14/05/2010,

4,3 milhões de propriedades agrícolas são responsáveis por 70% da produção de feijão e por 11% do PIB brasileiro (Foto: Eduardo Seidl. Sul21)

Hoje são cerca de 20 milhões de trabalhadores na agricultura familiar brasileira. O setor, que era visto como uma área de atraso e pobreza, passou a produzir além de alimentos, artesanato, moda e cultura. “O Brasil mudou muito. O setor que era desconsiderado antes, agora está fortalecido”, disse o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, nesta quinta-feira (13), durante abertura da Feira Nacional de Agricultura e Reforma Agrária - Brasil Rural Contemporâneo. Mais do que dados frios, o desenvolvimento do setor é comprovado pela inserção da produção nos mercados e a criação de novos setores de atividade.

A agricultura familiar, nos últimos 10 anos, foi impulsionada por políticas públicas e atualmente vive um novo momento. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), 4,3 milhões de propriedades agrícolas familiares são responsáveis por 70% da produção de feijão e 34% do arroz – alimentos básicos da dieta dos brasileiros. Representa 11% do Produto Interno Bruto (PIB) do País.

No Rio Grande do Sul, os números também são significativos: 378,5 mil unidades familiares são responsáveis pela atividade de 81% dos trabalhadores rurais. O setor é responsável por 54% do valor bruto da produção gaúcha e representa 10% da produção nacional. Segundo o professor do programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural (PGDR) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Sérgio Schneider, o desenvolvimento do RS é mais rápido do que em outras regiões e isso acontece devido a qualificação dos produtores oriundos de países da Europa. “Aqui, diferente do nordeste, por exemplo, há muita colonização. As famílias traziam a tecnologia e o conhecimento de fora, o que tornou mais qualificada a produção”, explica.

Schneider levanta um paradoxo sobre a agricultura familiar a e agricultura empresarial, que na verdade se complementam, já que as regiões têm características diferentes. Como exemplo, ele cita a monocultura e a baixa densidade demográfica que não permite a pluralidade da produção em determinados Estados. “A forma de ocupação é mais densa aqui no RS. Isso gera maior consumo de insumos, maiores bens de consumo e a matéria-prima básica se torna barata”, argumenta. Ele comenta a evolução da agricultura familiar, que hoje tem capacidade de comercialização direta, não apenas de forma atesanal. "Antes eles produziam para suas próprias famílias. Agora eles passaram a vender seu próprio produto, com o seu preço. É uma autonomia e uma inserção no mercado", salienta.

Para o produtor de queijo de Minas Gerais, Luciano Carvalho Machado, a produção centenária da sua família é a mais popular atividade econômica no seu Estado e o seu crescimento dependeu de apoio do governo. “Sozinho a gente não teria conseguido. Existe política local, mas, o mais caro é a análise química dos queijos e para isso temos financiamento do governo federal”, disse. Há sete anos ele participa da feira da MDA e conta que o evento também contribui com a divulgação do seu produto. O expositor vizinho, porém de outro extremo do país, Marcelo Kobiraki, comercializa noz macadâmia por necessidade de sobrevivência no mercado. Descendente de japoneses vindos para o Brasil produzir café, a colheita da sua família queimou e desde 2000 eles buscaram na planta exótica uma fonte de renda. “Apesar do desconhecimento de muitos, o Brasil é um dos maiores produtores desta iguaria, que tem grande parte da produção exportada”, comentou.

A Feira reúne 350 empreendimentos familiares de todas as regiões do País, além da anfitriã Região Sul. Serão mais de 200 toneladas de produtos a serem comercializados, além de uma vasta programação cultural. O Brasil Rural Contemporâneo é um evento do Governo Federal realizado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), com patrocínio do Sebrae, do Banco do Brasil, do BNDES, do Banco do Nordeste, da Petrobras, da Itaipu Binacional, do Banco da Amazônia, da Eletrobrás, da Ubrabio, da Anfavea e da Itambé. E conta com apoio do Instituto Latinoamerica para o Desenvolvimento da Educação, Ciência, Arte e Cultura.

Mais investimentos – Na abertura da feira, o ministro Cassel anunciou o investimento de R$ 110 milhões do governo federal no Programa de Aquisição de Alimentos. O valor será para que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) adquira leite dos produtores brasileiros. Para os agricultores familiares dos Rio Grande do Sul serão R$ 40 milhões . O total de recursos disponíveis para o Programa este ano chega a R$ 720 milhões – o maior volume já disponibilizado desde que o PAA foi criado, em 2003. No ano passado, o programa beneficiou 160 mil famílias de agricultores familiares.

“É uma medida do Governo Federal em tempo hábil para recolher o leite e manter o preço. Entrar no mercado na hora certa, com preço justo, dá estabilidade para todo mundo: para quem produz e para quem consome”, completou.

No caso da cadeia do leite, o Programa de Aquisição de Alimentos também serve para colaborar na regulação de preço, ajudando a conter as quedas na cotação do produto, principalmente nos períodos de safra. Cada produtor gaúcho poderá comercializar até R$ 8 mil reais, por meio de suas cooperativas.

Segundo o ministro, o leite será destinado para os programas sociais do governo federal, como merenda escolar, presídios e populações em condições emergenciais.

Fonte: Sul21

domingo, 16 de maio de 2010

Brasil inicia um novo ciclo de forte expansão, diz Mantega

Economia nacional

O Brasil superou Não Apenas Uma crise Financeira Internacional, hum Iniciou Como ciclo de Expansão Que o levará UM Superar muitas das economias européias, Afirmou o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, em Uma entervista Este domingo AO Jornal Espanhol "El País".

"Estamos UM Iniciando novo ciclo de Expansão Deverra Que Ser Mais Forte Que o anterior (de 2003 a 2008)", Afirmou Mantega entrevista ª UM Incluída em suplemento Dedicado AO Brasil com o Título "O Novo Líder Visto de Perto", Como vésperas da REUNIÃO DE Cúpula Europa-América Latina nd Próxima terça-feira, em Madri.

QUANDO o entrevistador perguntou se situam considerações realistas Como Projeções Que o Brasil Como a quarta quinta OU econômica Potência do Mundo Dentro de 15 a 20 anos, Mantega respondeu: "Ainda temos NÓS UM grande potencial de Crescimento, Que Superar PoDE ósmio 6%, enquanto Que Não Uma Europa Mais UO Crescer Que consegue 2% a 2,5% ".

"Só É preciso desenhar Uma curva n vamos ver Que Superar Pará Pará Para muitos Países da Europa em breve" Disse.

Mantega Que Admitiu "a Economia Brasileira ESTÁ, de fato, reaquecida, COM UM PIB Que Deverra Aumentar Entre" 5,5% e 6% em 2010 ", indicou Mas Que o Banco Central já" subiu de Taxas de Juros evitar Parágrafo Uma Aceleração Maior "EO Governo" CORREÇÕES eventuais excessos ante fara ".

Mantega Que Ainda Afirmou Grandes potências Como Denominado Emergentes do grupo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), dinamizaram Que Uma Economia, nascida Apesar da crise Nos Estados Unidos e Europa afundou Que hum, Que Tem Seu Poder softwares Antigos Aumentar Fundo Monetário Internacional (FMI) EO Banco Mundial (BM).

"O Brasil emprestou EAo FMI UE $ 14 bilhões Desde o ano Passado e vamos colocar Também Dinheiro Para o resgate da Grécia. Nsa Se Parágrafo chamaram Dar Soluções Para a crise, É nesses peso normal Que Nosso Organismos UM Seja proporcional Nossa Contribuição", Afirmou .

Mantega Admitiu Que essas Instituições Já Estão os SO OS Dando Direção nessa Passos, em Referência à Medida adotada em abril Pelo Banco Mundial de Apenas Uma Transferência de 3,13% de SEUS Direitos »Transição de voto Para os Países em Desenvolvimento e em denominados".

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará ª cúpula UE-Mercosul e, Na Quarta-feira, número falará Seminário Sobre o Brasil, Organizado Pelos Jornais El País e Valor Econômico.

Fonte Portal Terra-

sábado, 15 de maio de 2010

EUROPA EM TRANSIÇÃO

António Campos

Ao contrário do que acontece na América Latina, onde a crise tem levado à coordenação e à integração dos governos dos principais países da região (como tem demonstrado em vários momentos no Mercosul, Unasul, Alba, o Urupabol, a recente conferência de Cancun), a mesma crise na Europa está contribuindo para a sua desintegração. Na verdade, os mais países fortes (Alemanha, França), estão descarregando sobre os outros o peso da crise para tentar manter a estabilidade política e social que estão comprometidos de qualquer maneira. Em contraste, os países médios como a Espanha ou Itália, sofrem com a crise pois é o acumular dos problemas não resolvidos em anos anteriores. E os pequenos países, como a Grécia ou Portugal, ou outros mais distantes (Letónia, Lituânia, Estónia, Islândia, por exemplo) estão-se afundando sob o peso do desemprego, o crescimento da emigração, as dívidas impagáveis (mas brutalmente reivindicados pelo financeiros alemães e holandeses, os ingleses são os principais beneficiários das datas de empréstimos a governos e indivíduos).

A base do problema é que a união da União Europeia começou por ser uma capital europeia e de Governo e de uma moeda imposta, e é uma federação democrática de nações. O mesmo problema foi agravado quando o capital financeiro imposto sobre os recém-chegados à União Europeia ou países candidatos à adesão absurda e brutal das políticas neo-liberais que tinham que aplicar uma força, mesmo à custa de tornear os números e empurrar o resultado para frente, como fez o grego, usurários de direito do banco Goldman Sachs. E formou um núcleo duro da União Europeia (Franco) e do grupo de Inglês chamado depreciativamente de suínos (pige)(porcos, pois as iniciais de Portugal, Itália, Grécia e Espanha), que acrescenta a multidão de candidatos que serão expulsos da UE (como proposto pelo primeiro-ministro alemão, Angela Merkel), por não serem capazes de reduzir a sua dívida pública, inferior a três por cento ou incapazes de pagar suas dívidas.

Além disso, muitos países, incluindo Espanha, Bélgica, Ucrânia, Países Bálticos e Itália, têm grandes minorias nacionais e são, na realidade multilingues e estados multinacionais. A crise nas articulações põe em causa a estrutura nacional do Estado, que normalmente é centralizada, enquanto o capital financeiro e, politicamente, as instituições da UE, em Bruxelas, exercem um forte poder de atracção para as nações mais ricas, sobre as capitais do Estado-nação em crise. Assim, a crise económica e social que coloca os trabalhadores contra o capital, adiciona uma crise nacional onde há ainda espaço para o racismo e a xenofobia. Isso constata-se entre valões e flamengos na Bélgica, o norte da Itália é racista e anti-centralista virada a sul, a maioria dos italianos e os espanhóis estão a cair nas garras do ódio aos estrangeiros e imigrantes, Le Pen em França, as forças de reconquista, com base em racismo e localismo, parte dos ucranianos (do Ocidente) é contra a outra vai (a Russified oriental) no mesmo sentido nos países bálticos.

A questão das nacionalidades deformadas distorce a luta social e dá uma base muito perigosa para movimentos de massa reaccionários e fascistas.Felizmente, até agora, são por sua própria natureza, relutantes em se apresentar como a grandeza do objectivo lendário de uma nação unida sob o ataque da plutocracia internacional como o fizeram na década de 30, o Mikado, o fascismo e o nazismo, mas são um factor poderoso, contra a unidade das vítimas do sistema e na busca de uma solução anticapitalista. As soluções europeias propostas e até os sindicatos e a social-democracia são a aceitação por parte da esquerda tradicional dos critérios de Maastricht impostas pelas grandes empresas e a falta de forças socialistas anti-capitalistas com uma envergadura que permite a disputa da hegemonia cultural política e do capitalismo, também estão actuando na mesma direcção.

A Europa está como um pântano, o que é uma zona de transição entre o continente da dominação total do passado e do actual capital financeiro do outro lado, cuja forma e proximidade não sequer são vislumbradas.

Há bases para o protesto popular crescer e superar o desespero, a desmoralização e a apatia que actualmente caracterizam a situação na maioria das regiões da Europa, onde ninguém quer ou pode manter sua vida anterior, mas ninguém vê como superar a crise . Na Islândia, formando assembleias e comités populares e impondo um referendo popular, o povo decidiu não pagar as dívidas dos bancos suportados pelos ricos e os especuladores, mas que os leva a ser excluídos da UE. Na Grécia, as manifestações e greves ocorrem gritando para não pagar a plutocracia. Ou seja, há potencial para a massa de auto-organização e à execução de uma alternativa política ao capitalismo. É possível confrontar as partes, as instituições, a repressão do estado, começar a organizar uma frente unida de oposição às exigências do capital financeiro, uma força democrática. Mas é também a possibilidade de uma revolução conservadora, racista, fascista. As eleições francesas mostram que os eleitores da direita clássica ou vão para a extrema-direita, ou abster-se, mas também onde o novo partido ao lado do anti-capitalista Frente de Esquerda, ambos foram reforçados enquanto isolamento sectário que enfraquece toda a esquerda da social-democracia para que esta possa ser a espinha dorsal da oposição.

Guillermo Almeyra
http://www.rebelion.org/noticia.php?id=102710
Traduzido e adptado do espanhol

Crise voltou mais forte na Europa por irresponsabilidade, diz Lula

MARCELO NINIO
enviado especial a Moscou

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta sexta-feira a irresponsabilidade de alguns governos, que acabou por resultar na volta "mais forte" da crise em alguns países da Europa.

"Com a crise da Europa, e sobretudo da Grécia, fica muito claro que foi feito muito pouco para resolver os problemas da crise. E me parece que ela volta mais forte em alguns países do que em 2008, por pura irresponsabilidade, por falta de controle do sistema financeiro", disse Lula, em encontro empresarial na Rússia.

O presidente afirmou que o Bric --grupo que reúne o Brasil, a Rússia, Índia e China-- reagiu com firmeza à crise financeira e não foi enfraquecido pela recessão. "Se não fossem os bancos públicos reforçados, os empresários brasileiros sabem que, certamente, teríamos mais dificuldades de segurar a crise", disse.

Antes, em entrevista coletiva ao lado do presidente russo, Dmitri Medvedev, Lula defendeu a necessidade de buscar formas de aumentar o uso de suas próprias moedas no comércio bilateral.

Nesta manhã, o euro atingiu a mínima em 18 meses ante o dólar (ao ser negociado a US$ 1,2433), dando continuidade a um movimento de desvalorização resultante da crise de dívida da Grécia. Recentemente, o papel do dólar como moeda global foi questionado, após a divisa norte-americana sofrer com a crise financeira global.

"Não existe nenhuma explicação de por que estamos tratando de comércio abdicando... e utilizando uma terceira moeda quando poderíamos fortalecer a nossa moeda", disse Lula aos jornalistas.

Brasil e Argentina já negociam em moeda local e o governo brasileiro busca acordos com os demais integrantes do Mercosul para também realizar as trocas comerciais com suas próprias moedas.

Reuters e Agência Brasil

Folha Online -14/05/2010

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Balança comercial da primeira semana de maio tem superávit de US$ 517 milhões


No acumulado do ano, exportações estão 25,8% maiores que as registradas no mesmo período de 2009 e chegam a US$ 58,393 bilhões

A primeira semana de maio de 2010, com cinco dias úteis (1º a 9), fechou com saldo comercial (diferença entre as exportações e importações) positivo de US$ 517 milhões e média diária de US$ 103,4 milhões. Na comparação pelo valor médio diário, o resultado foi 61,2% maior que o de abril último e 21,2% menor que o de maio de 2009.

No mesmo período, foram exportados US$ 4,003 bilhões (média diária de US$ 800,6 milhões) e importados US$ 3,486 bilhões (média diária de US$ 697,2 milhões), resultando em uma corrente de comércio de US$ 7,489 bilhões (média diária de US$ 1,497 bilhão). O resultado semanal das exportações é o segundo melhor do ano, perdendo apenas para a quinta semana de abril, quando foram exportados US$ 827,2 milhões.

Pelo critério médio diário, as exportações da primeira semana de maio foram 5,6% maiores que as de abril deste ano, devido ao aumento nas vendas de produtos semimanufaturados (+19,6%) e básicos (+10,7%), enquanto decresceram as de manufaturados (-4,4%).

Na comparação com a média diária de maio de 2009, o aumento foi de 33,6%, tendo havido aumento nas três categorias de produto. Cresceram as exportações de semimanufaturados (+60,7%) - celulose, ouro em forma semimanufaturada, ferro fundido, couros e peles, açúcar em bruto e ferro-ligas; básicos (+44,6%) - petróleo, minério de ferro, carne bovina e de frango, soja em grão e café em grão; e manufaturados (+14,5%) - óxidos e hidróxidos de alumínio, suco de laranja, autopeças, automóveis de passageiros, bombas e compressores e aviões.

Nas importações, em relação a abril deste ano, o acréscimo foi de 0,5%, devido a produtos químicos orgânicos/inorgânicos (+89%), equipamentos elétricos e eletrônicos (+57,2%), equipamentos mecânicos (+37,1%), veículos automóveis e partes (+34,6%), instrumentos de ótica e precisão (+31,4%), plásticos e obras (+20,6%) e siderúrgicos (+12,6%). Na comparação com maio de 2009, também pela média diária, o aumento das importações foi de 49%, devido a equipamentos elétricos e eletrônicos (+88,1%), químicos orgânicos/inorgânicos (+84,4%), veículos automóveis e partes (+63,3%), siderúrgicos (+57%), combustíveis e lubrificantes (+53,5%) e instrumentos de ótica e precisão (+50,1%).

Ano

No acumulado do ano, com 86 dias úteis, o superávit foi de US$ 2,692 bilhões (média diária de US$ 31,3 milhões), resultado que é 62,8% menor que o verificado no mesmo período de 2009. Nas exportações, o número chegou a US$ 58,393 bilhões (média diária de US$ 679 milhões), enquanto nas importações chegou a US$ 55,701 bilhões (média diária de US$ 647,7 milhões). Na comparação pela média diária, com o mesmo período do ano passado, as exportações cresceram 25,8% e as importações 42,1%, enquanto a corrente de comércio teve acréscimo de 33,3%

Fonte- MDIC

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Investimentos na indústria naval ajudam a gerar emprego, diz Lula

Agência Brasil
BRASÍLIA

Ao comentar o lançamento do primeiro navio petroleiro construído no Brasil nos últimos 13 anos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, dia 10, que investir na indústria naval vai ajudar o país a gerar empregos.

Em seu programa semanal Café com o Presidente, ele lembrou que, na década de 70, o Brasil era o segundo país na produção de navios, perdendo apenas para o Japão e com um total de 50 mil trabalhadores no setor. Em 2000, o número de operários caiu para 1.900 e, atualmente, voltou a subir para 45 mil.

- Alguns diziam que, nesse mundo globalizado, o Brasil não deveria produzir navio, deveria comprar da Coréia, da China, porque era mais barato. E nós defendíamos a idéia de que era preciso comprar aqui, primeiro para que a gente não perdesse a nossa tecnologia - disse, ao destacar a geração de empregos sobretudo na indústria siderúrgica.

O nome do navio – João Cândido – foi dado em homenagem ao marinheiro que liderou a Revolta da Chibata em 1895. Segundo Lula, o petroleiro tem duas vezes e meia o tamanho do Maracanã, no Rio de Janeiro. De acordo com o presidente, outros dois navios já foram projetados – Celso Furtado, em homenagem ao economista brasileiro, e Zumbi dos Palmares.

- Temos muito estaleiro. Temos estaleiro no Rio de Janeiro, em Pernambuco, no Rio Grande, no Rio Grande do Sul, estamos fazendo estaleiro na Bahia, no Ceará e vamos fazer estaleiro onde for necessário porque, com isso, o Brasil ganha muito - disse. “Nós estamos construindo uma poderosa estrutura para termos uma poderosa indústria naval neste país. Nós queremos ser exportadores de sondas, de plataformas e de navios”, completou.

JB-10/05/2010

------------------------------------------------------------------

domingo, 9 de maio de 2010

Críse na Grécia e os Movimentos Sociais na Europa



O que é importante entender é que a crise não é um fenômeno natural, os bancos, o capital financeiro, foram eles que provocaram a crise financeira, e agora ele querem mais, e nos dizemos não, eles quem provocou a crise terá de pagá-la, e não as pessoas ou a sociedade. Disse Alexis Tsipras, presidente do Synaspismos da Grécia, e Francisco Louçã, do Broco de Esquerda do Portugal

sábado, 8 de maio de 2010

Indústria : produção sobe em 12 estados do país

Jornal do Brasil

DA REDAÇÃO - Entre fevereiro e março, 12 dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia estatística (IBGE) apresentaram crescimento dos índices regionais de produção industrial. O destaque de incremento ficou com o Paraná: 18,6%. A média nacional de crescimento ficou em 3%.

Em seguida, está Amazonas (10,1%), Pernambuco (4,4%), Rio Grande do Sul (4,1%) e Santa Catarina (3,7%), que cresceram acima da média nacional (2,8%). Completam a lista de locais com taxas positivas: Minas Gerais (2,8%), Espírito Santo (2,2%), Rio de Janeiro e região Nordeste (ambos com 1,8%), Bahia (0,9%), Pará (0,7%) e São Paulo (0,6%). Apenas Ceará (-0,3%) e Goiás (-6,8%) apresentaram recuos neste indicador.

Aceleração
Em comparação a março de 2009, as 14 regiões registraram taxas positivas, que refletem a aceleração no ritmo da produção e também a base de comparação retraída, decorrente dos efeitos da crise econômica internacional. As variações oscilaram entre os 45% do Espírito Santo e os 7% do Pará. Acima da média nacional (19,7%), além do Espírito Santo, destacaram-se Amazonas (39,9%), Pernambuco (25,3%), Paraná e Goiás (ambos com 23,7%) e Minas Gerais (22,4%). Os demais resultados positivos foram: São Paulo (18,4%), Santa Catarina (17,9%), Rio Grande do Sul (16,4%) região Nordeste (14,6%), Ceará (14,4%), Rio de Janeiro (11,4%), Bahia (9,5%) e Pará (7%).

Os 14 estados pesquisados avançaram no primeiro trimestre de 2010, frente ao último de 2009, com destaque para as expansões de Goiás (13,7%), Amazonas (11,6%), Pernambuco (7,6%) e Espírito Santo (7,1%).

Houve crescimento generalizado também na comparação 1º trimestre de 2010 com o mesmo período de 2009. Acima da média nacional (18,1%) estiveram Espírito Santo (44,1%), Amazonas (32,3%), Goiás (26,7%) e Minas Gerais (25,3%). São Paulo cresceu exatos 18,1%.

22:21 - 07/05/2010
-----------------------------------------------------------------

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Poupança capta R$ 1,7 bi em abril, maior entrada para o mês desde 2007

Paula Cleto
Valor


BRASÍLIA - As cadernetas de poupança fecharam abril com captação líquida de R$ 1,696 bilhão, de acordo com os dados divulgados hoje pelo Banco Central. Foi a maior entrada líquida para um mês de abril desde 2007, quando a captação líquida foi de R$ 2,046 bilhões.

No mês passado, os depósitos nessa modalidade de investimento somaram R$ 88,722 bilhões e superaram os saques, que totalizaram R$ 87,025 bilhões.

No acumulado de janeiro a abril, a captação líquida da poupança atingiu R$ 5,94 bilhões, o maior resultado para o período na série histórica iniciada em 1995. Foram R$ 353,67 bilhões em depósitos e R$ 347,72 bilhões em saques.

No ano passado, em meio aos efeitos da crise econômica, a poupança teve uma perda líquida de R$ 941,5 milhões em abril e de R$ 1,523 bilhão no quadrimestre.

Esses números incluem as cadernetas operadas no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e também a poupança rural. O sistema creditou rendimentos, equivalentes à variação da Taxa Referencial (TR) mais 0,5% ao mês, de R$ 1,593 bilhão no mês e de R$ 6,15 bilhões no acumulado do ano.

Com isso, o patrimônio total da poupança subiu a R$ 331,17 bilhões no fim de abril. As cadernetas operadas no SBPE, com maior parcela da captação destinada ao financiamento habitacional, terminaram abril com saldo de R$ 262,305 bilhões e a poupança rural, voltada ao crédito agrícola, acumulou patrimônio de R$ 68,869 bilhões.

Mais da metade da captação líquida do mês ocorreu nas cadernetas administradas pela Caixa Econômica Federal. Segundo as informações da instituição, a entrada líquida do mês foi de R$ 996,3 milhões, o equivalente a 59% do total. O saldo da poupança operada pela Caixa é de R$ 112,5 bilhões, correspondentes a 34% do patrimônio de todo o mercado.

Valor -06/05/2010

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Governo encarece importação de autopeças e cria empresa para exportação

GABRIEL BALDOCCHI
da Sucursal de Brasília

O governo anunciou nesta quarta-feira algumas medidas para incentivar a exportação de produtos nacionais. Entre elas está a suspensão do desconto no Imposto de Importação de autopeças. Atualmente as montadoras têm uma redução de 40% na importação.

A eliminação valerá por seis meses. "As importações de autopeças vem crescendo rapidamente e o setor passou de superavitário para deficitário. O déficit em 2009 foi de US$ 2,5 bilhões. O redutor foi implementado há 10 anos, em um contexto diferente do atual", informou o Ministério da Fazenda.

As medidas incluem ainda a devolução de 50% de créditos tributários acumulados em até 30 dias e a criação do EximBrasil, uma agência para financiar as vendas externas.

A diminui do tempo para devolução dos créditos tributários atende à principal reivindicação dos empresários como forma de aumentar as vendas para fora do país. Pelas regras anteriores, o prazo para a devolução dos créditos demoravam de dois a cinco anos.

O novo prazo vai passar a valer apenas para as novas exportações e não incidirá nos estoques de créditos acumulados antes. As devoluções correspondem a 50% dos créditos declarados de PIS, Cofins e IPI.

Para poder usar o benefício, as empresas precisarão ter ao menos 30% da receita total gerada pelas exportações, ter um histórico de exportações mínimo de quatro anos e ser tributada pelo lucro real.

De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, como os créditos vão ser pagos antes de checagem, será preciso cautela para evitar fraudes. A exigência de que as empresas adotem nota fiscal eletrônica busca diminuir isso risco.

Balança

A balança comercial brasileira --diferença entre exportações e importações-- fechou abril com superavit de US$ 1,283 bilhão, ante resultado de US$ 3,693 bilhões registrado no mesmo mês do ano passado. O desempenho foi 65,3% inferior nesse comparativo, considerando a média diária de comércio. É o menor saldo para abril desde 2002.

O saldo em abril foi resultado de exportações de US$ 15,161 bilhões e importações que somaram US$ 13,878 bilhões ao longo do mês.

Apesar do saldo menor, decorrente do crescimento das compras do exterior a um ritmo maior que a recuperação das vendas, a corrente de comércio --soma das duas operações-- chegou a US$ 29,039 bilhões em abril, 38,6% superior ao resultado do mesmo mês em 2009, que foi de US$ 20,951 bilhões.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Mercado vê inflação de 5,42% e crescimento de 6,06% do PIB neste ano

da Reuters

O mercado brasileiro elevou ligeiramente suas previsões para a inflação e o crescimento neste ano, de acordo com o relatório Focus divulgado nesta segunda-feira. A mediana das projeções para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) passou para alta de 5,42%, ante 5,41% na semana anterior, na 15ª alta consecutiva.

O prognóstico para 2011 foi mantido em 4,80%. A estimativa para a taxa básica de juros, a Selic (atualmente em 9,5% ao ano) no fim do ano permaneceu em 11,75% e no fim de 2011 continuou em 11,25%.

A estimativa para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano foi elevada para 6,06%, ante 6%. Para 2011, ela permaneceu em 4,5%.

O mercado também elevou os cenários para outros índices de inflação em 2010, colocando o IGP-DI (Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna) e o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) em, respectivamente, 8,05% e 8,28%, ante 8,01% e 8,03% na semana anterior.

A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) subiu para 5,53%, ante 5,50%.
Comércio exterior
A projeção para o superavit da balança comercial neste ano subiu para US$ 12,24 bilhões, ante US$ 12 bilhões na semana anterior, e para 2011 foi mantido em US$ 5 bilhões.

O cenário para o câmbio foi mantido neste ano e no próximo, em, respectivamente, R$ 1,80 e R$ 1,85.

domingo, 2 de maio de 2010

BNDES aprova financiamento de R$ 766 milhões para metrô paulistano


Téo Takar
Valor

SÃO PAULO - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 766 milhões à Companhia de Metropolitano de São Paulo para a expansão da rede de metrô da cidade. Segundo o BNDES, trata-se de um dos maiores financiamentos aprovados pela instituição para transporte público urbano.
Os recursos serão usados na ampliação da Linha 5 (Lilás) do metrô paulistano em 11,5 quilômetros, ligando a Estação Largo Treze de Maio até a Estação Chácara Klabin - onde a Linha 5 cruzará com a Linha 2 (verde) -, interligando os bairros de Santo Amaro e Vila Mariana, respectivamente. A obra deve ser concluída até 2013.

O financiamento do BNDES corresponde a 13% do investimento total do projeto, de R$ 6 bilhões, e se soma a empréstimos do Banco Mundial (Bird) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), além de contrapartida do governo do Estado de São Paulo.

O dinheiro do BNDES será aplicado na construção da via permanente, cujos investimentos atingem R$ 3,47 bilhões (57% do total). O projeto vai gerar cerca de 10 mil empregos diretos durante a fase de implantação, além de mais de 11 mil empregos indiretos nas fases de implantação e operação.
Valor- 30-04/2010

domingo, 25 de abril de 2010

Meirelles: Brasil está preparado para déficit de conta corrente

Economia

Portal Terra

WASHINGTON - O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, disse neste sábado, em Washington, que a questão de déficit de conta corrente preocupa, mas que o Brasil está bem preparado para reagir a isso e fazer reajustes, graças ao sistema de câmbio flutuante.

"Em 2008, o Brasil demonstrou que está bem preparado para lidar com crises. Saímos mais fortes da crise", disse Meirelles. "Saímos da crise com US$ 240 milhões em reservas e, antes dela, tínhamos US$ 205 milhões", completou.

O chefe da autoridade monetária do país disse que a necessidade de uma reforma financeira global foi a principal pauta do encontro do G20, realizado no dia anterior. Segundo Meirelles, há discordância quanto à aplicação de taxas às instituições financeiras. "Os emergentes acreditam que não contribuíram com a crise e, portanto não precisam adotar estas regras".

Além disso, de acordo com o presidente do BC, o Brasil já conta com mecanismos rigorosos de controle das transações financeiras realizadas no país.

"As reformas têm de ser basicamente para ter melhor qualidade e quantidade de capital, garantindo colchões de liquidez, transparência das operações e registros de derivativos, como já temos no Brasil", afirmou ele.

No encontro do G20, também foi discutida em profundidade a função do Fundo Monetário Internacional (FMI) de fazer a análise da visão macroeconômica dos países e usar mecanismos de monitoramento da economia mundial.

Quanto à situação da Grécia, Meirelles disse que ela serve de alerta para um problema dos países da Comunidade Europeia: a falta de um mecanismo de defesa no caso de crises.

O presidente do BC afirmou que o dólar desvalorizado é de fato um problema importante e que é o resultado do desiquiilíbrio mundial entre consumidores e poupadores.

Meirelles também reafirmou o compromisso do BC em satisfazer as metas de inflação. "Se enganam aqueles que acham que o Banco Central será leniente em relacao à inflação e o Banco será enérgico durante todo processo", disse Meirelles.

JB-24/04/2010

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Política de juros não é 'excessivamente conservadora', diz Meirelles

Presidente do BC vê tendência de queda dos juros nos últimos anos.

Juro é consequência de "previsibilidade, estabilidade e boa administração".
Alexandro Martello

Do G1, em Brasília

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse nesta quarta-feira (14) que a política monetária (definição da taxa básica de juros da economia) não é "excessivamente conservadora".

"A inflação orbitou em torno do centro da meta [de inflação] nos últimos anos, como deve ser. Não é uma política monetária excessivamente conservadora. E isso fez com que colaborássemos com a maior estabilização da economia", disse Meirelles durante audiência pública na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Dívida Pública, no Congresso Nacional.

De acordo com Meirelles, a taxa básica de juros sobe e desce dependendo dos ciclos da economia. "Mas tem uma tendência de queda nos últimos anos, o que mostra que a estabilização da economia e as medidas tomadas na hora certa geram uma tendência de queda dos juros", disse ele.

Na avaliação do presidente do Banco Central, a taxa de juros é consequência de uma maior "previsibilidade, estabilidade e de uma boa administração". "Ela vem caindo nos últimos anos, o que tem reflexo nos juros pagos na dívida líquida do setor público", declarou.

Atualmente, os juros básicos da economia brasileira estão em 8,75% ao ano, os mais baixos da história. Em termos reais (após o abatimento da inflação prevista para os próximos 12 meses), porém, são os juros mais altos do mundo.

A expectativa do mercado é de que os juros voltem a subir ainda neste mês, para 9,25% ao ano, e avancem para até 11,25% ao ano no fim de 2010. Tanto o BC, quanto o mercado, preveem que a inflação fique acima de 5% neste ano, para uma meta central de inflação de 4,5%.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Cenário Econômico: Crédito deve atingir 70% do PIB em 2014, prevê BNDES

Cenário Econômico: Crédito deve atingir 70% do PIB em 2014, prevê BNDES

Crédito deve atingir 70% do PIB em 2014, prevê BNDES


No ano passado, financiamentos chegaram a 45% do PIB, diz banco.

Expansão deve continuar nos próximos 4 anos, segundo superintendente.


Da Agência Estado

A expansão do crédito no Brasil fará com que o volume de financiamentos no país alcance 70% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014.

A projeção é de estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), divulgado nesta terça-feira (13).

Segundo o banco, o estímulo ao crédito, usado como ferramenta no esforço anticíclico do governo durante a crise, fez com que o saldo das operações de crédito passasse de 37,4% do PIB em 2008 para 45% do PIB no ano passado.

O estudo, realizado pelo superintendente da Área de Pesquisa e Acompanhamento Econômico do BNDES, Ernani Torres Filho, registra que, em 2004, o crédito era calculado em 23,1% do PIB.

Para ele, os efeitos positivos da expansão do crédito na manutenção da atividade econômica interna durante a crise "criou condições para que esse mercado não só sustente a trajetória de crescimento dos últimos anos mas também venha a evoluir, ao longo dos próximos quatro anos, em direção a uma maior oferta de empréstimos de prazos mais longos, hoje ainda muito concentrada em instituições oficiais".

De acordo com a projeção feita pelo BNDES no estudo, o crédito deve alcançar 49,5% do PIB este ano e 54,2% em 2011, numa trajetória crescente até 2014, quando deverá alcançar 70%. O crédito para pessoa física é o que deve ter maior crescimento, passando de 17,1% do total este ano para 23,7% em 2010. A participação do financiamento para a habitação também deve crescer, segundo o BNDES, de 3,3% para 9,6% nos próximos quatro anos.

Segundo Torres Filho, mais da metade da expansão do crédito entre 2004 e 2008 veio do endividamento das famílias, que, apesar da crise, mantiveram o poder de compra com o crescimento da renda e o baixo impacto no nível de emprego. Para o economista do BNDES, essa expansão do crédito se dá por meio de "um sistema bancário de robusto e pouco alavancado".
________________________________________________________