quarta-feira, 26 de maio de 2010

OCDE melhora previsão de crescimento do Brasil e do mundo

Crescimento será puxado pela Ásia, afirma OCDE
Daniela Fernandes
De Paris para a BBC Brasil

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reviu para cima suas previsões de crescimento da economia mundial e também do Brasil neste ano e em 2011, segundo um relatório divulgado nesta quarta-feira.

De acordo com o documento "Perspectivas Econômicas da OCDE", a economia brasileira deverá crescer 6,5% em 2010 e 5% em 2011.

Em novembro passado, a organização, com sede em Paris, havia previsto que o PIB brasileiro cresceria 4,8% neste ano e 4,5% em 2011.

O documento divulgado nesta quarta-feira também prevê que a inflação brasileira atingirá 6,2% em 2010 e 5% em 2011.

Segundo as novas estimativas da OCDE, a economia mundial vai crescer neste ano mais rápido do que o previsto anteriormente, mas o alto endividamento dos países desenvolvidos e o superaquecimento das economias dos mercados emergentes representam fatores de risco crescentes à retomada econômica global.

A organização subiu suas previsões de crescimento da economia mundial para 4,6% em 2010 e 4,5% em 2011.

Em novembro, a OCDE havia previsto que a economia mundial cresceria 3,4% neste ano e 3,7% em 2011, após uma retração de 0,9% em 2009.

A organização prevê que o crescimento do comércio mundial vai permanecer “robusto” nos próximos dois anos, com aumento de 10,6% em 2010 e 8,4% em 2011, impulsionado pela forte expansão contínua do comércio das economias asiáticas, do Brasil e da Rússia.

“O crescimento vigoroso observado na China e em outras economias emergentes contribui para tirar os países desenvolvidos da recessão. No entanto, os riscos de superaquecimento e de inflação se acentuam paralelamente nas economias emergentes”, afirma o documento divulgado nesta quarta-feira.

“Uma recaída após uma forte fase de expansão não deve ser excluída, exigindo um endurecimento muito mais acentuado das políticas monetárias, com aumento das taxas de juros em certos países não membros da OCDE, como a China e a Índia, para conter as pressões inflacionárias e reduzir o risco da bolha especulativa sobre o preço dos ativos”, afirma a organização.

“Como consequência, o crescimento desses países desaceleraria, com efeitos negativos sobre as outras regiões”, diz a OCDE.

Segundo a OCDE, a economia chinesa deve crescer 11% neste ano e quase 10% em 2011.

“Trata-se de um momento crítico para a economia mundial. Esforços internacionais coordenados permitiram impedir uma forte recessão, mas continuamos confrontados a enormes desafios”, afirmou o secretário-geral da OCDE, José Angél Gurria.

“Inúmeros países da OCDE devem, ao mesmo tempo, apoiar uma retomada do crescimento econômico, que continua frágil, e adotar um modelo fiscal mais duradouro”, disse Gurria.

Nos últimos dias, vários países europeus, como a Grécia, Espanha, Itália, Alemanha, França e Portugal, adotaram pacotes de austeridade para reduzir seus elevados déficits orçamentários, o que dificulta a retomada do crescimento econômico nesses países.

A organização também alerta para a instabilidade nos mercados mundiais causada pelos elevados déficits dos países europeus.

“A crise da dívida soberana colocou em evidência a necessidade, para a zona euro, de consolidar sua arquitetura institucional e operacional para dissipar as dúvidas em relação à viabilidade, a longo prazo, da união monetária”, diz o relatório.

A organização reviu ligeiramente para cima o crescimento econômico da zona euro para 1,2% em 2010 e 1,8% em 2011. A previsão anterior era, respectivamente, de 0,9% e de 1,7%.

O PIB dos Estados Unidos deverá crescer 3,2% neste ano e também em 2011, de acordo com a OCDE, que havia previsto em novembro um crescimento de 2,5% da economia americana em 2010 e de 2,8% em 2011.

A OCDE também afirma que nos últimos dois anos o número de desempregados nos 31 países da OCDE aumentou em 16 milhões. Segundo o documento, a taxa de desemprego atingiu provavelmente atualmente seu nível mais alto, de 8,5% em média nos países da OCDE.

A estimativa é de que a taxa de desemprego deverá diminuir “lentamente no curto prazo”.

OCDE aumenta expectativa de crescimento do Brasil

NOTA
Economia
SÃO PAULO, 26 de maio de 2010 - A economia brasileira está mostrando uma capacidade de recuperação maior que a esperada há alguns meses, e por isso a Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou a previsão de crescimento do país para 6,5% em 2010 e 5% em 2011.

Os números aparecem no relatório semestral de perspectivas publicado nesta terça-feira pela entidade. Em comparação com a previsão de novembro do ano passado, a expectativa para 2010 está 1,7 ponto mais alta, enquanto a de 2011 subiu cinco décimos.

(Redação - Agência IN)

FB-- 26/05/2010



segunda-feira, 24 de maio de 2010

Balança comercial: saldo de US$ 546 milhões na terceira semana do mês


Agência Brasil

BRASÍLIA - A balança comercial brasileira registrou saldo positivo de US$ 546 milhões na terceira semana do mês (entre os dias 17 e 23), com média diária de US$ 109,2 milhões.

As exportações somaram US$ 3,970 bilhões, com média diária de US$ 794 milhões, e as importações, US$ 3,424 bilhões, com média diária de US$ 684,8 milhões. O saldo acumulado no ano, porém, ainda é a metade do registrado no ano passado se comparada com a média por dia útil.

Até o dia 23 , o saldo mensal acumula US$ 2,015 bilhões, com média diária de US$ 134,3 milhões, resultado que representa crescimento de 2,4% em comparação com igual período do ano passado.

No ano, o saldo comercial chegou a US$ 4,189 bilhões, com média diária de US$ 43,6 milhões, queda de mais da metade (50,3%) do registrado em mesmo período do ano passado.

Às 15 h, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgará no site o detalhamento das informações sobre as exportações e importações brasileiras na terceira semana de maio de 2010.

12:15 - 24/05/2010



segunda-feira, 17 de maio de 2010

Do atraso ao reconhecimento: agricultura familiar é maior categoria produtiva do Brasil

Por: Rachel Duarte, do Sul21
Publicado em 14/05/2010,

4,3 milhões de propriedades agrícolas são responsáveis por 70% da produção de feijão e por 11% do PIB brasileiro (Foto: Eduardo Seidl. Sul21)

Hoje são cerca de 20 milhões de trabalhadores na agricultura familiar brasileira. O setor, que era visto como uma área de atraso e pobreza, passou a produzir além de alimentos, artesanato, moda e cultura. “O Brasil mudou muito. O setor que era desconsiderado antes, agora está fortalecido”, disse o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, nesta quinta-feira (13), durante abertura da Feira Nacional de Agricultura e Reforma Agrária - Brasil Rural Contemporâneo. Mais do que dados frios, o desenvolvimento do setor é comprovado pela inserção da produção nos mercados e a criação de novos setores de atividade.

A agricultura familiar, nos últimos 10 anos, foi impulsionada por políticas públicas e atualmente vive um novo momento. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), 4,3 milhões de propriedades agrícolas familiares são responsáveis por 70% da produção de feijão e 34% do arroz – alimentos básicos da dieta dos brasileiros. Representa 11% do Produto Interno Bruto (PIB) do País.

No Rio Grande do Sul, os números também são significativos: 378,5 mil unidades familiares são responsáveis pela atividade de 81% dos trabalhadores rurais. O setor é responsável por 54% do valor bruto da produção gaúcha e representa 10% da produção nacional. Segundo o professor do programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural (PGDR) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Sérgio Schneider, o desenvolvimento do RS é mais rápido do que em outras regiões e isso acontece devido a qualificação dos produtores oriundos de países da Europa. “Aqui, diferente do nordeste, por exemplo, há muita colonização. As famílias traziam a tecnologia e o conhecimento de fora, o que tornou mais qualificada a produção”, explica.

Schneider levanta um paradoxo sobre a agricultura familiar a e agricultura empresarial, que na verdade se complementam, já que as regiões têm características diferentes. Como exemplo, ele cita a monocultura e a baixa densidade demográfica que não permite a pluralidade da produção em determinados Estados. “A forma de ocupação é mais densa aqui no RS. Isso gera maior consumo de insumos, maiores bens de consumo e a matéria-prima básica se torna barata”, argumenta. Ele comenta a evolução da agricultura familiar, que hoje tem capacidade de comercialização direta, não apenas de forma atesanal. "Antes eles produziam para suas próprias famílias. Agora eles passaram a vender seu próprio produto, com o seu preço. É uma autonomia e uma inserção no mercado", salienta.

Para o produtor de queijo de Minas Gerais, Luciano Carvalho Machado, a produção centenária da sua família é a mais popular atividade econômica no seu Estado e o seu crescimento dependeu de apoio do governo. “Sozinho a gente não teria conseguido. Existe política local, mas, o mais caro é a análise química dos queijos e para isso temos financiamento do governo federal”, disse. Há sete anos ele participa da feira da MDA e conta que o evento também contribui com a divulgação do seu produto. O expositor vizinho, porém de outro extremo do país, Marcelo Kobiraki, comercializa noz macadâmia por necessidade de sobrevivência no mercado. Descendente de japoneses vindos para o Brasil produzir café, a colheita da sua família queimou e desde 2000 eles buscaram na planta exótica uma fonte de renda. “Apesar do desconhecimento de muitos, o Brasil é um dos maiores produtores desta iguaria, que tem grande parte da produção exportada”, comentou.

A Feira reúne 350 empreendimentos familiares de todas as regiões do País, além da anfitriã Região Sul. Serão mais de 200 toneladas de produtos a serem comercializados, além de uma vasta programação cultural. O Brasil Rural Contemporâneo é um evento do Governo Federal realizado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), com patrocínio do Sebrae, do Banco do Brasil, do BNDES, do Banco do Nordeste, da Petrobras, da Itaipu Binacional, do Banco da Amazônia, da Eletrobrás, da Ubrabio, da Anfavea e da Itambé. E conta com apoio do Instituto Latinoamerica para o Desenvolvimento da Educação, Ciência, Arte e Cultura.

Mais investimentos – Na abertura da feira, o ministro Cassel anunciou o investimento de R$ 110 milhões do governo federal no Programa de Aquisição de Alimentos. O valor será para que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) adquira leite dos produtores brasileiros. Para os agricultores familiares dos Rio Grande do Sul serão R$ 40 milhões . O total de recursos disponíveis para o Programa este ano chega a R$ 720 milhões – o maior volume já disponibilizado desde que o PAA foi criado, em 2003. No ano passado, o programa beneficiou 160 mil famílias de agricultores familiares.

“É uma medida do Governo Federal em tempo hábil para recolher o leite e manter o preço. Entrar no mercado na hora certa, com preço justo, dá estabilidade para todo mundo: para quem produz e para quem consome”, completou.

No caso da cadeia do leite, o Programa de Aquisição de Alimentos também serve para colaborar na regulação de preço, ajudando a conter as quedas na cotação do produto, principalmente nos períodos de safra. Cada produtor gaúcho poderá comercializar até R$ 8 mil reais, por meio de suas cooperativas.

Segundo o ministro, o leite será destinado para os programas sociais do governo federal, como merenda escolar, presídios e populações em condições emergenciais.

Fonte: Sul21

domingo, 16 de maio de 2010

Brasil inicia um novo ciclo de forte expansão, diz Mantega

Economia nacional

O Brasil superou Não Apenas Uma crise Financeira Internacional, hum Iniciou Como ciclo de Expansão Que o levará UM Superar muitas das economias européias, Afirmou o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, em Uma entervista Este domingo AO Jornal Espanhol "El País".

"Estamos UM Iniciando novo ciclo de Expansão Deverra Que Ser Mais Forte Que o anterior (de 2003 a 2008)", Afirmou Mantega entrevista ª UM Incluída em suplemento Dedicado AO Brasil com o Título "O Novo Líder Visto de Perto", Como vésperas da REUNIÃO DE Cúpula Europa-América Latina nd Próxima terça-feira, em Madri.

QUANDO o entrevistador perguntou se situam considerações realistas Como Projeções Que o Brasil Como a quarta quinta OU econômica Potência do Mundo Dentro de 15 a 20 anos, Mantega respondeu: "Ainda temos NÓS UM grande potencial de Crescimento, Que Superar PoDE ósmio 6%, enquanto Que Não Uma Europa Mais UO Crescer Que consegue 2% a 2,5% ".

"Só É preciso desenhar Uma curva n vamos ver Que Superar Pará Pará Para muitos Países da Europa em breve" Disse.

Mantega Que Admitiu "a Economia Brasileira ESTÁ, de fato, reaquecida, COM UM PIB Que Deverra Aumentar Entre" 5,5% e 6% em 2010 ", indicou Mas Que o Banco Central já" subiu de Taxas de Juros evitar Parágrafo Uma Aceleração Maior "EO Governo" CORREÇÕES eventuais excessos ante fara ".

Mantega Que Ainda Afirmou Grandes potências Como Denominado Emergentes do grupo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), dinamizaram Que Uma Economia, nascida Apesar da crise Nos Estados Unidos e Europa afundou Que hum, Que Tem Seu Poder softwares Antigos Aumentar Fundo Monetário Internacional (FMI) EO Banco Mundial (BM).

"O Brasil emprestou EAo FMI UE $ 14 bilhões Desde o ano Passado e vamos colocar Também Dinheiro Para o resgate da Grécia. Nsa Se Parágrafo chamaram Dar Soluções Para a crise, É nesses peso normal Que Nosso Organismos UM Seja proporcional Nossa Contribuição", Afirmou .

Mantega Admitiu Que essas Instituições Já Estão os SO OS Dando Direção nessa Passos, em Referência à Medida adotada em abril Pelo Banco Mundial de Apenas Uma Transferência de 3,13% de SEUS Direitos »Transição de voto Para os Países em Desenvolvimento e em denominados".

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará ª cúpula UE-Mercosul e, Na Quarta-feira, número falará Seminário Sobre o Brasil, Organizado Pelos Jornais El País e Valor Econômico.

Fonte Portal Terra-

sábado, 15 de maio de 2010

EUROPA EM TRANSIÇÃO

António Campos

Ao contrário do que acontece na América Latina, onde a crise tem levado à coordenação e à integração dos governos dos principais países da região (como tem demonstrado em vários momentos no Mercosul, Unasul, Alba, o Urupabol, a recente conferência de Cancun), a mesma crise na Europa está contribuindo para a sua desintegração. Na verdade, os mais países fortes (Alemanha, França), estão descarregando sobre os outros o peso da crise para tentar manter a estabilidade política e social que estão comprometidos de qualquer maneira. Em contraste, os países médios como a Espanha ou Itália, sofrem com a crise pois é o acumular dos problemas não resolvidos em anos anteriores. E os pequenos países, como a Grécia ou Portugal, ou outros mais distantes (Letónia, Lituânia, Estónia, Islândia, por exemplo) estão-se afundando sob o peso do desemprego, o crescimento da emigração, as dívidas impagáveis (mas brutalmente reivindicados pelo financeiros alemães e holandeses, os ingleses são os principais beneficiários das datas de empréstimos a governos e indivíduos).

A base do problema é que a união da União Europeia começou por ser uma capital europeia e de Governo e de uma moeda imposta, e é uma federação democrática de nações. O mesmo problema foi agravado quando o capital financeiro imposto sobre os recém-chegados à União Europeia ou países candidatos à adesão absurda e brutal das políticas neo-liberais que tinham que aplicar uma força, mesmo à custa de tornear os números e empurrar o resultado para frente, como fez o grego, usurários de direito do banco Goldman Sachs. E formou um núcleo duro da União Europeia (Franco) e do grupo de Inglês chamado depreciativamente de suínos (pige)(porcos, pois as iniciais de Portugal, Itália, Grécia e Espanha), que acrescenta a multidão de candidatos que serão expulsos da UE (como proposto pelo primeiro-ministro alemão, Angela Merkel), por não serem capazes de reduzir a sua dívida pública, inferior a três por cento ou incapazes de pagar suas dívidas.

Além disso, muitos países, incluindo Espanha, Bélgica, Ucrânia, Países Bálticos e Itália, têm grandes minorias nacionais e são, na realidade multilingues e estados multinacionais. A crise nas articulações põe em causa a estrutura nacional do Estado, que normalmente é centralizada, enquanto o capital financeiro e, politicamente, as instituições da UE, em Bruxelas, exercem um forte poder de atracção para as nações mais ricas, sobre as capitais do Estado-nação em crise. Assim, a crise económica e social que coloca os trabalhadores contra o capital, adiciona uma crise nacional onde há ainda espaço para o racismo e a xenofobia. Isso constata-se entre valões e flamengos na Bélgica, o norte da Itália é racista e anti-centralista virada a sul, a maioria dos italianos e os espanhóis estão a cair nas garras do ódio aos estrangeiros e imigrantes, Le Pen em França, as forças de reconquista, com base em racismo e localismo, parte dos ucranianos (do Ocidente) é contra a outra vai (a Russified oriental) no mesmo sentido nos países bálticos.

A questão das nacionalidades deformadas distorce a luta social e dá uma base muito perigosa para movimentos de massa reaccionários e fascistas.Felizmente, até agora, são por sua própria natureza, relutantes em se apresentar como a grandeza do objectivo lendário de uma nação unida sob o ataque da plutocracia internacional como o fizeram na década de 30, o Mikado, o fascismo e o nazismo, mas são um factor poderoso, contra a unidade das vítimas do sistema e na busca de uma solução anticapitalista. As soluções europeias propostas e até os sindicatos e a social-democracia são a aceitação por parte da esquerda tradicional dos critérios de Maastricht impostas pelas grandes empresas e a falta de forças socialistas anti-capitalistas com uma envergadura que permite a disputa da hegemonia cultural política e do capitalismo, também estão actuando na mesma direcção.

A Europa está como um pântano, o que é uma zona de transição entre o continente da dominação total do passado e do actual capital financeiro do outro lado, cuja forma e proximidade não sequer são vislumbradas.

Há bases para o protesto popular crescer e superar o desespero, a desmoralização e a apatia que actualmente caracterizam a situação na maioria das regiões da Europa, onde ninguém quer ou pode manter sua vida anterior, mas ninguém vê como superar a crise . Na Islândia, formando assembleias e comités populares e impondo um referendo popular, o povo decidiu não pagar as dívidas dos bancos suportados pelos ricos e os especuladores, mas que os leva a ser excluídos da UE. Na Grécia, as manifestações e greves ocorrem gritando para não pagar a plutocracia. Ou seja, há potencial para a massa de auto-organização e à execução de uma alternativa política ao capitalismo. É possível confrontar as partes, as instituições, a repressão do estado, começar a organizar uma frente unida de oposição às exigências do capital financeiro, uma força democrática. Mas é também a possibilidade de uma revolução conservadora, racista, fascista. As eleições francesas mostram que os eleitores da direita clássica ou vão para a extrema-direita, ou abster-se, mas também onde o novo partido ao lado do anti-capitalista Frente de Esquerda, ambos foram reforçados enquanto isolamento sectário que enfraquece toda a esquerda da social-democracia para que esta possa ser a espinha dorsal da oposição.

Guillermo Almeyra
http://www.rebelion.org/noticia.php?id=102710
Traduzido e adptado do espanhol

Crise voltou mais forte na Europa por irresponsabilidade, diz Lula

MARCELO NINIO
enviado especial a Moscou

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta sexta-feira a irresponsabilidade de alguns governos, que acabou por resultar na volta "mais forte" da crise em alguns países da Europa.

"Com a crise da Europa, e sobretudo da Grécia, fica muito claro que foi feito muito pouco para resolver os problemas da crise. E me parece que ela volta mais forte em alguns países do que em 2008, por pura irresponsabilidade, por falta de controle do sistema financeiro", disse Lula, em encontro empresarial na Rússia.

O presidente afirmou que o Bric --grupo que reúne o Brasil, a Rússia, Índia e China-- reagiu com firmeza à crise financeira e não foi enfraquecido pela recessão. "Se não fossem os bancos públicos reforçados, os empresários brasileiros sabem que, certamente, teríamos mais dificuldades de segurar a crise", disse.

Antes, em entrevista coletiva ao lado do presidente russo, Dmitri Medvedev, Lula defendeu a necessidade de buscar formas de aumentar o uso de suas próprias moedas no comércio bilateral.

Nesta manhã, o euro atingiu a mínima em 18 meses ante o dólar (ao ser negociado a US$ 1,2433), dando continuidade a um movimento de desvalorização resultante da crise de dívida da Grécia. Recentemente, o papel do dólar como moeda global foi questionado, após a divisa norte-americana sofrer com a crise financeira global.

"Não existe nenhuma explicação de por que estamos tratando de comércio abdicando... e utilizando uma terceira moeda quando poderíamos fortalecer a nossa moeda", disse Lula aos jornalistas.

Brasil e Argentina já negociam em moeda local e o governo brasileiro busca acordos com os demais integrantes do Mercosul para também realizar as trocas comerciais com suas próprias moedas.

Reuters e Agência Brasil

Folha Online -14/05/2010

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Balança comercial da primeira semana de maio tem superávit de US$ 517 milhões


No acumulado do ano, exportações estão 25,8% maiores que as registradas no mesmo período de 2009 e chegam a US$ 58,393 bilhões

A primeira semana de maio de 2010, com cinco dias úteis (1º a 9), fechou com saldo comercial (diferença entre as exportações e importações) positivo de US$ 517 milhões e média diária de US$ 103,4 milhões. Na comparação pelo valor médio diário, o resultado foi 61,2% maior que o de abril último e 21,2% menor que o de maio de 2009.

No mesmo período, foram exportados US$ 4,003 bilhões (média diária de US$ 800,6 milhões) e importados US$ 3,486 bilhões (média diária de US$ 697,2 milhões), resultando em uma corrente de comércio de US$ 7,489 bilhões (média diária de US$ 1,497 bilhão). O resultado semanal das exportações é o segundo melhor do ano, perdendo apenas para a quinta semana de abril, quando foram exportados US$ 827,2 milhões.

Pelo critério médio diário, as exportações da primeira semana de maio foram 5,6% maiores que as de abril deste ano, devido ao aumento nas vendas de produtos semimanufaturados (+19,6%) e básicos (+10,7%), enquanto decresceram as de manufaturados (-4,4%).

Na comparação com a média diária de maio de 2009, o aumento foi de 33,6%, tendo havido aumento nas três categorias de produto. Cresceram as exportações de semimanufaturados (+60,7%) - celulose, ouro em forma semimanufaturada, ferro fundido, couros e peles, açúcar em bruto e ferro-ligas; básicos (+44,6%) - petróleo, minério de ferro, carne bovina e de frango, soja em grão e café em grão; e manufaturados (+14,5%) - óxidos e hidróxidos de alumínio, suco de laranja, autopeças, automóveis de passageiros, bombas e compressores e aviões.

Nas importações, em relação a abril deste ano, o acréscimo foi de 0,5%, devido a produtos químicos orgânicos/inorgânicos (+89%), equipamentos elétricos e eletrônicos (+57,2%), equipamentos mecânicos (+37,1%), veículos automóveis e partes (+34,6%), instrumentos de ótica e precisão (+31,4%), plásticos e obras (+20,6%) e siderúrgicos (+12,6%). Na comparação com maio de 2009, também pela média diária, o aumento das importações foi de 49%, devido a equipamentos elétricos e eletrônicos (+88,1%), químicos orgânicos/inorgânicos (+84,4%), veículos automóveis e partes (+63,3%), siderúrgicos (+57%), combustíveis e lubrificantes (+53,5%) e instrumentos de ótica e precisão (+50,1%).

Ano

No acumulado do ano, com 86 dias úteis, o superávit foi de US$ 2,692 bilhões (média diária de US$ 31,3 milhões), resultado que é 62,8% menor que o verificado no mesmo período de 2009. Nas exportações, o número chegou a US$ 58,393 bilhões (média diária de US$ 679 milhões), enquanto nas importações chegou a US$ 55,701 bilhões (média diária de US$ 647,7 milhões). Na comparação pela média diária, com o mesmo período do ano passado, as exportações cresceram 25,8% e as importações 42,1%, enquanto a corrente de comércio teve acréscimo de 33,3%

Fonte- MDIC

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Investimentos na indústria naval ajudam a gerar emprego, diz Lula

Agência Brasil
BRASÍLIA

Ao comentar o lançamento do primeiro navio petroleiro construído no Brasil nos últimos 13 anos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, dia 10, que investir na indústria naval vai ajudar o país a gerar empregos.

Em seu programa semanal Café com o Presidente, ele lembrou que, na década de 70, o Brasil era o segundo país na produção de navios, perdendo apenas para o Japão e com um total de 50 mil trabalhadores no setor. Em 2000, o número de operários caiu para 1.900 e, atualmente, voltou a subir para 45 mil.

- Alguns diziam que, nesse mundo globalizado, o Brasil não deveria produzir navio, deveria comprar da Coréia, da China, porque era mais barato. E nós defendíamos a idéia de que era preciso comprar aqui, primeiro para que a gente não perdesse a nossa tecnologia - disse, ao destacar a geração de empregos sobretudo na indústria siderúrgica.

O nome do navio – João Cândido – foi dado em homenagem ao marinheiro que liderou a Revolta da Chibata em 1895. Segundo Lula, o petroleiro tem duas vezes e meia o tamanho do Maracanã, no Rio de Janeiro. De acordo com o presidente, outros dois navios já foram projetados – Celso Furtado, em homenagem ao economista brasileiro, e Zumbi dos Palmares.

- Temos muito estaleiro. Temos estaleiro no Rio de Janeiro, em Pernambuco, no Rio Grande, no Rio Grande do Sul, estamos fazendo estaleiro na Bahia, no Ceará e vamos fazer estaleiro onde for necessário porque, com isso, o Brasil ganha muito - disse. “Nós estamos construindo uma poderosa estrutura para termos uma poderosa indústria naval neste país. Nós queremos ser exportadores de sondas, de plataformas e de navios”, completou.

JB-10/05/2010

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domingo, 9 de maio de 2010

Críse na Grécia e os Movimentos Sociais na Europa



O que é importante entender é que a crise não é um fenômeno natural, os bancos, o capital financeiro, foram eles que provocaram a crise financeira, e agora ele querem mais, e nos dizemos não, eles quem provocou a crise terá de pagá-la, e não as pessoas ou a sociedade. Disse Alexis Tsipras, presidente do Synaspismos da Grécia, e Francisco Louçã, do Broco de Esquerda do Portugal

sábado, 8 de maio de 2010

Indústria : produção sobe em 12 estados do país

Jornal do Brasil

DA REDAÇÃO - Entre fevereiro e março, 12 dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia estatística (IBGE) apresentaram crescimento dos índices regionais de produção industrial. O destaque de incremento ficou com o Paraná: 18,6%. A média nacional de crescimento ficou em 3%.

Em seguida, está Amazonas (10,1%), Pernambuco (4,4%), Rio Grande do Sul (4,1%) e Santa Catarina (3,7%), que cresceram acima da média nacional (2,8%). Completam a lista de locais com taxas positivas: Minas Gerais (2,8%), Espírito Santo (2,2%), Rio de Janeiro e região Nordeste (ambos com 1,8%), Bahia (0,9%), Pará (0,7%) e São Paulo (0,6%). Apenas Ceará (-0,3%) e Goiás (-6,8%) apresentaram recuos neste indicador.

Aceleração
Em comparação a março de 2009, as 14 regiões registraram taxas positivas, que refletem a aceleração no ritmo da produção e também a base de comparação retraída, decorrente dos efeitos da crise econômica internacional. As variações oscilaram entre os 45% do Espírito Santo e os 7% do Pará. Acima da média nacional (19,7%), além do Espírito Santo, destacaram-se Amazonas (39,9%), Pernambuco (25,3%), Paraná e Goiás (ambos com 23,7%) e Minas Gerais (22,4%). Os demais resultados positivos foram: São Paulo (18,4%), Santa Catarina (17,9%), Rio Grande do Sul (16,4%) região Nordeste (14,6%), Ceará (14,4%), Rio de Janeiro (11,4%), Bahia (9,5%) e Pará (7%).

Os 14 estados pesquisados avançaram no primeiro trimestre de 2010, frente ao último de 2009, com destaque para as expansões de Goiás (13,7%), Amazonas (11,6%), Pernambuco (7,6%) e Espírito Santo (7,1%).

Houve crescimento generalizado também na comparação 1º trimestre de 2010 com o mesmo período de 2009. Acima da média nacional (18,1%) estiveram Espírito Santo (44,1%), Amazonas (32,3%), Goiás (26,7%) e Minas Gerais (25,3%). São Paulo cresceu exatos 18,1%.

22:21 - 07/05/2010
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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Poupança capta R$ 1,7 bi em abril, maior entrada para o mês desde 2007

Paula Cleto
Valor


BRASÍLIA - As cadernetas de poupança fecharam abril com captação líquida de R$ 1,696 bilhão, de acordo com os dados divulgados hoje pelo Banco Central. Foi a maior entrada líquida para um mês de abril desde 2007, quando a captação líquida foi de R$ 2,046 bilhões.

No mês passado, os depósitos nessa modalidade de investimento somaram R$ 88,722 bilhões e superaram os saques, que totalizaram R$ 87,025 bilhões.

No acumulado de janeiro a abril, a captação líquida da poupança atingiu R$ 5,94 bilhões, o maior resultado para o período na série histórica iniciada em 1995. Foram R$ 353,67 bilhões em depósitos e R$ 347,72 bilhões em saques.

No ano passado, em meio aos efeitos da crise econômica, a poupança teve uma perda líquida de R$ 941,5 milhões em abril e de R$ 1,523 bilhão no quadrimestre.

Esses números incluem as cadernetas operadas no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e também a poupança rural. O sistema creditou rendimentos, equivalentes à variação da Taxa Referencial (TR) mais 0,5% ao mês, de R$ 1,593 bilhão no mês e de R$ 6,15 bilhões no acumulado do ano.

Com isso, o patrimônio total da poupança subiu a R$ 331,17 bilhões no fim de abril. As cadernetas operadas no SBPE, com maior parcela da captação destinada ao financiamento habitacional, terminaram abril com saldo de R$ 262,305 bilhões e a poupança rural, voltada ao crédito agrícola, acumulou patrimônio de R$ 68,869 bilhões.

Mais da metade da captação líquida do mês ocorreu nas cadernetas administradas pela Caixa Econômica Federal. Segundo as informações da instituição, a entrada líquida do mês foi de R$ 996,3 milhões, o equivalente a 59% do total. O saldo da poupança operada pela Caixa é de R$ 112,5 bilhões, correspondentes a 34% do patrimônio de todo o mercado.

Valor -06/05/2010

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Governo encarece importação de autopeças e cria empresa para exportação

GABRIEL BALDOCCHI
da Sucursal de Brasília

O governo anunciou nesta quarta-feira algumas medidas para incentivar a exportação de produtos nacionais. Entre elas está a suspensão do desconto no Imposto de Importação de autopeças. Atualmente as montadoras têm uma redução de 40% na importação.

A eliminação valerá por seis meses. "As importações de autopeças vem crescendo rapidamente e o setor passou de superavitário para deficitário. O déficit em 2009 foi de US$ 2,5 bilhões. O redutor foi implementado há 10 anos, em um contexto diferente do atual", informou o Ministério da Fazenda.

As medidas incluem ainda a devolução de 50% de créditos tributários acumulados em até 30 dias e a criação do EximBrasil, uma agência para financiar as vendas externas.

A diminui do tempo para devolução dos créditos tributários atende à principal reivindicação dos empresários como forma de aumentar as vendas para fora do país. Pelas regras anteriores, o prazo para a devolução dos créditos demoravam de dois a cinco anos.

O novo prazo vai passar a valer apenas para as novas exportações e não incidirá nos estoques de créditos acumulados antes. As devoluções correspondem a 50% dos créditos declarados de PIS, Cofins e IPI.

Para poder usar o benefício, as empresas precisarão ter ao menos 30% da receita total gerada pelas exportações, ter um histórico de exportações mínimo de quatro anos e ser tributada pelo lucro real.

De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, como os créditos vão ser pagos antes de checagem, será preciso cautela para evitar fraudes. A exigência de que as empresas adotem nota fiscal eletrônica busca diminuir isso risco.

Balança

A balança comercial brasileira --diferença entre exportações e importações-- fechou abril com superavit de US$ 1,283 bilhão, ante resultado de US$ 3,693 bilhões registrado no mesmo mês do ano passado. O desempenho foi 65,3% inferior nesse comparativo, considerando a média diária de comércio. É o menor saldo para abril desde 2002.

O saldo em abril foi resultado de exportações de US$ 15,161 bilhões e importações que somaram US$ 13,878 bilhões ao longo do mês.

Apesar do saldo menor, decorrente do crescimento das compras do exterior a um ritmo maior que a recuperação das vendas, a corrente de comércio --soma das duas operações-- chegou a US$ 29,039 bilhões em abril, 38,6% superior ao resultado do mesmo mês em 2009, que foi de US$ 20,951 bilhões.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Mercado vê inflação de 5,42% e crescimento de 6,06% do PIB neste ano

da Reuters

O mercado brasileiro elevou ligeiramente suas previsões para a inflação e o crescimento neste ano, de acordo com o relatório Focus divulgado nesta segunda-feira. A mediana das projeções para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) passou para alta de 5,42%, ante 5,41% na semana anterior, na 15ª alta consecutiva.

O prognóstico para 2011 foi mantido em 4,80%. A estimativa para a taxa básica de juros, a Selic (atualmente em 9,5% ao ano) no fim do ano permaneceu em 11,75% e no fim de 2011 continuou em 11,25%.

A estimativa para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano foi elevada para 6,06%, ante 6%. Para 2011, ela permaneceu em 4,5%.

O mercado também elevou os cenários para outros índices de inflação em 2010, colocando o IGP-DI (Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna) e o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) em, respectivamente, 8,05% e 8,28%, ante 8,01% e 8,03% na semana anterior.

A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) subiu para 5,53%, ante 5,50%.
Comércio exterior
A projeção para o superavit da balança comercial neste ano subiu para US$ 12,24 bilhões, ante US$ 12 bilhões na semana anterior, e para 2011 foi mantido em US$ 5 bilhões.

O cenário para o câmbio foi mantido neste ano e no próximo, em, respectivamente, R$ 1,80 e R$ 1,85.

domingo, 2 de maio de 2010

BNDES aprova financiamento de R$ 766 milhões para metrô paulistano


Téo Takar
Valor

SÃO PAULO - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 766 milhões à Companhia de Metropolitano de São Paulo para a expansão da rede de metrô da cidade. Segundo o BNDES, trata-se de um dos maiores financiamentos aprovados pela instituição para transporte público urbano.
Os recursos serão usados na ampliação da Linha 5 (Lilás) do metrô paulistano em 11,5 quilômetros, ligando a Estação Largo Treze de Maio até a Estação Chácara Klabin - onde a Linha 5 cruzará com a Linha 2 (verde) -, interligando os bairros de Santo Amaro e Vila Mariana, respectivamente. A obra deve ser concluída até 2013.

O financiamento do BNDES corresponde a 13% do investimento total do projeto, de R$ 6 bilhões, e se soma a empréstimos do Banco Mundial (Bird) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), além de contrapartida do governo do Estado de São Paulo.

O dinheiro do BNDES será aplicado na construção da via permanente, cujos investimentos atingem R$ 3,47 bilhões (57% do total). O projeto vai gerar cerca de 10 mil empregos diretos durante a fase de implantação, além de mais de 11 mil empregos indiretos nas fases de implantação e operação.
Valor- 30-04/2010

domingo, 25 de abril de 2010

Meirelles: Brasil está preparado para déficit de conta corrente

Economia

Portal Terra

WASHINGTON - O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, disse neste sábado, em Washington, que a questão de déficit de conta corrente preocupa, mas que o Brasil está bem preparado para reagir a isso e fazer reajustes, graças ao sistema de câmbio flutuante.

"Em 2008, o Brasil demonstrou que está bem preparado para lidar com crises. Saímos mais fortes da crise", disse Meirelles. "Saímos da crise com US$ 240 milhões em reservas e, antes dela, tínhamos US$ 205 milhões", completou.

O chefe da autoridade monetária do país disse que a necessidade de uma reforma financeira global foi a principal pauta do encontro do G20, realizado no dia anterior. Segundo Meirelles, há discordância quanto à aplicação de taxas às instituições financeiras. "Os emergentes acreditam que não contribuíram com a crise e, portanto não precisam adotar estas regras".

Além disso, de acordo com o presidente do BC, o Brasil já conta com mecanismos rigorosos de controle das transações financeiras realizadas no país.

"As reformas têm de ser basicamente para ter melhor qualidade e quantidade de capital, garantindo colchões de liquidez, transparência das operações e registros de derivativos, como já temos no Brasil", afirmou ele.

No encontro do G20, também foi discutida em profundidade a função do Fundo Monetário Internacional (FMI) de fazer a análise da visão macroeconômica dos países e usar mecanismos de monitoramento da economia mundial.

Quanto à situação da Grécia, Meirelles disse que ela serve de alerta para um problema dos países da Comunidade Europeia: a falta de um mecanismo de defesa no caso de crises.

O presidente do BC afirmou que o dólar desvalorizado é de fato um problema importante e que é o resultado do desiquiilíbrio mundial entre consumidores e poupadores.

Meirelles também reafirmou o compromisso do BC em satisfazer as metas de inflação. "Se enganam aqueles que acham que o Banco Central será leniente em relacao à inflação e o Banco será enérgico durante todo processo", disse Meirelles.

JB-24/04/2010

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Política de juros não é 'excessivamente conservadora', diz Meirelles

Presidente do BC vê tendência de queda dos juros nos últimos anos.

Juro é consequência de "previsibilidade, estabilidade e boa administração".
Alexandro Martello

Do G1, em Brasília

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse nesta quarta-feira (14) que a política monetária (definição da taxa básica de juros da economia) não é "excessivamente conservadora".

"A inflação orbitou em torno do centro da meta [de inflação] nos últimos anos, como deve ser. Não é uma política monetária excessivamente conservadora. E isso fez com que colaborássemos com a maior estabilização da economia", disse Meirelles durante audiência pública na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Dívida Pública, no Congresso Nacional.

De acordo com Meirelles, a taxa básica de juros sobe e desce dependendo dos ciclos da economia. "Mas tem uma tendência de queda nos últimos anos, o que mostra que a estabilização da economia e as medidas tomadas na hora certa geram uma tendência de queda dos juros", disse ele.

Na avaliação do presidente do Banco Central, a taxa de juros é consequência de uma maior "previsibilidade, estabilidade e de uma boa administração". "Ela vem caindo nos últimos anos, o que tem reflexo nos juros pagos na dívida líquida do setor público", declarou.

Atualmente, os juros básicos da economia brasileira estão em 8,75% ao ano, os mais baixos da história. Em termos reais (após o abatimento da inflação prevista para os próximos 12 meses), porém, são os juros mais altos do mundo.

A expectativa do mercado é de que os juros voltem a subir ainda neste mês, para 9,25% ao ano, e avancem para até 11,25% ao ano no fim de 2010. Tanto o BC, quanto o mercado, preveem que a inflação fique acima de 5% neste ano, para uma meta central de inflação de 4,5%.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Cenário Econômico: Crédito deve atingir 70% do PIB em 2014, prevê BNDES

Cenário Econômico: Crédito deve atingir 70% do PIB em 2014, prevê BNDES

Crédito deve atingir 70% do PIB em 2014, prevê BNDES


No ano passado, financiamentos chegaram a 45% do PIB, diz banco.

Expansão deve continuar nos próximos 4 anos, segundo superintendente.


Da Agência Estado

A expansão do crédito no Brasil fará com que o volume de financiamentos no país alcance 70% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014.

A projeção é de estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), divulgado nesta terça-feira (13).

Segundo o banco, o estímulo ao crédito, usado como ferramenta no esforço anticíclico do governo durante a crise, fez com que o saldo das operações de crédito passasse de 37,4% do PIB em 2008 para 45% do PIB no ano passado.

O estudo, realizado pelo superintendente da Área de Pesquisa e Acompanhamento Econômico do BNDES, Ernani Torres Filho, registra que, em 2004, o crédito era calculado em 23,1% do PIB.

Para ele, os efeitos positivos da expansão do crédito na manutenção da atividade econômica interna durante a crise "criou condições para que esse mercado não só sustente a trajetória de crescimento dos últimos anos mas também venha a evoluir, ao longo dos próximos quatro anos, em direção a uma maior oferta de empréstimos de prazos mais longos, hoje ainda muito concentrada em instituições oficiais".

De acordo com a projeção feita pelo BNDES no estudo, o crédito deve alcançar 49,5% do PIB este ano e 54,2% em 2011, numa trajetória crescente até 2014, quando deverá alcançar 70%. O crédito para pessoa física é o que deve ter maior crescimento, passando de 17,1% do total este ano para 23,7% em 2010. A participação do financiamento para a habitação também deve crescer, segundo o BNDES, de 3,3% para 9,6% nos próximos quatro anos.

Segundo Torres Filho, mais da metade da expansão do crédito entre 2004 e 2008 veio do endividamento das famílias, que, apesar da crise, mantiveram o poder de compra com o crescimento da renda e o baixo impacto no nível de emprego. Para o economista do BNDES, essa expansão do crédito se dá por meio de "um sistema bancário de robusto e pouco alavancado".

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Cenário Econômico: IGP-M em queda na primeira prévia de abril

Cenário Econômico: IGP-M em queda na primeira prévia de abril

IGP-M em queda na primeira prévia de abril


JB Online

RIO - O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) variou 0,27%, na primeira prévia de abril. Para o mesmo período de apuração no mês anterior, a variação foi de 0,95%. O primeiro decêndio do IGP-M de abril compreendeu o intervalo entre os dias 21 e 31 do mês de março.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou variação de 0,13%, no primeiro decêndio de abril. No mesmo período do mês de março, a taxa foi de 1,22%. A taxa de variação do índice referente a Bens Finais recuou de 0,56% para 0,49%. Contribuiu para este movimento o subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 0,70% para 0,49%. No estágio dos Bens Intermediários, a taxa de variação passou de 1,27% para 0,04%. A maior contribuição para esta desaceleração partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 1,60% para -0,07%.

O índice referente a Matérias-Primas Brutas registrou variação de -0,26%. No mês anterior, a taxa foi de 2,13%. Os itens que mais contribuíram para a trajetória de desaceleração deste grupo foram: laranja (29,34% para -12,73%), cana-de-açúcar (2,62% para -0,78%) e minério de cobre (38,16% para -13,17%). Com taxas em sentido ascendente, destacam-se: leite in natura (4,11% para 10,08%), algodão (em caroço) (-0,59% para 8,75%) e bovinos (0,49% para 2,05%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou, no primeiro decêndio de abril, taxa de variação de 0,28%. No mesmo período do mês anterior, a taxa foi de 0,43%. Três das sete classes de despesa componentes do índice registraram decréscimos em suas taxas de variação, com destaque para Transportes (0,60% para -0,63%). Os itens que mais contribuíram para estes movimentos foram: álcool combustível (3,05% para -12,81%) e gasolina (0,95% para -0,74%).

Também apresentaram recuos em suas taxas de variação os grupos: Habitação (0,35% para 0,25%) e Educação, Leitura e Recreação (0,12% para 0,05%). Nestes grupos, vale mencionar os itens: empregados domésticos (2,75% para 0,61%) e livros em geral (1,72% para 0,87%), respectivamente.

Em sentido oposto, apresentaram aceleração os grupos: Vestuário (-1,28% para -1,04%), Despesas Diversas (-0,13% para 0,04%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,24% para 0,31%) e Alimentação (0,96% para 1,01%). Nestes grupos, merecem destaque os itens: roupas (-2,26% para -1,36%), mensalidade para TV por assinatura (-1,31% para -0,07%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,14% para 0,15%) e laticínios (1,00% para 3,15%), respectivamente.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou, no primeiro decêndio de abril, taxa de 1,12%. No primeiro decêndio de março, a taxa foi de 0,45%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,56%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,64%. O índice que representa o custo da Mão de Obra apresentou variação de 1,73%, no primeiro decêndio de abril. Na apuração referente ao mesmo período do mês anterior, o índice variou 0,24%.


08:33 - 12/04/2010

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domingo, 21 de março de 2010

Construção civil em busca de mão de obra

Marta Nogueira, Jornal do Brasil

Rio- Pelo menos 400 mil vagas para a construção civil devem ser abertas no país até o fim do ano, quase o dobro do número de trabalhadores absorvidos em 2009, de acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon). Profissionais qualificados do setor já estão em falta no mercado. A descoberta do pré-sal, o anúncio dos eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas e o momento favorável para a economia brasileira aqueceram a atividade.

Empresas e autoridades se perguntam se será possível preencher esta necessidade e movimentam ações para tentar abastecer o mercado. Ano passado, apenas no estado do Rio, houve expansão de 11.071 novas vagas no mercado de trabalho da construção civil. Das admissões, 7% foram preenchidas por candidatos ao primeiro emprego.

– Mesmo sendo um ano com fortes problemas em consequência da crise, a necessidade por novos trabalhadores não foi inibida – disse o chefe da divisão dos estudos econômicos das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Guilherme Mercês. As vagas com carteira assinada foram principalmente na construção de rodovias, ferrovias, obras urbanas e de edifícios e instalações elétricas.

O vice-presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis (Secovi-RJ), Leonardo Schneider, lembra que a demanda começou a aquecer em 2008. Com a chegada da crise, muitos investidores buscaram a compra como investimento conservador.

Já em 2009, inúmeros itens influenciaram a situação, como o aumento do crédito, redução da Selic, programas de incentivo por busca de moradias – como o Minha Casa Minha Vida – e a valorização de algumas regiões com a instalação de Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs).

– Além disso, as construtoras estão capitalizadas e cheias de contratos assinados – avalia Schneider.

Mesmo com um cenário tão positivo, os especialistas das áreas não deixam de se preocupar. O presidente da comissão de desenvolvimento urbano da Associação dos Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), José Conde Caldas, afirma que em 39 anos na profissão, nunca passou por um problema tão alarmante.

– Devemos alcançar a marca de 800 mil unidades construídas este ano. O recorde histórico havia sido 600 mil, em 1982 – disse Caldas. Ele, que também é presidente da construtora Concal e tem a expectativa de lançar R$ 350 milhões em imóveis no Rio, ressalta que ter uma empresa bem avaliada não significa ficar imune aos problemas para contratar mão de obra. – Antes, a gente mandava buscar no Nordeste, agora, eles estão construindo lá tanto quanto a gente.

O diretor-executivo do Sinduscon, Antônio Carlos Gomes, destaca que o governo e grandes empresas estão buscando uma saída. O Serviço Social da Construção Civil do Rio de Janeiro (Seconci-Rio) lançou o projeto de Plano de Qualificação Setorial que busca atrair homens, dos 18 aos 35 anos, que desejam ter uma profissão e ingressar na indústria da construção civil.

O curso, que é totalmente gratuito, tem duração de cinco dias. Em 2009, foram treinados 300 candidatos, dos quais 50% foram colocados no mercado.

– A previsão para este ano é de 500 vagas – disse a coordenadora de Relações Institucionais do Seconci, Ana Cláudia Gomes.

JB 20/03/2010

sexta-feira, 12 de março de 2010

Brasil é o 13º no mundo em economia do turismo

O World Travel & Tourism Council – entidade que reúne os maiores empresários de turismo no mundo – divulgou hoje (11), durante a ITB, uma das maiores e mais importantes feiras de turismo do mundo, que acontece em Berlim, o estudo anual “Viagens e Turismo: Impacto Econômico”. O estudo é feito em cooperação com a Oxford Economics, com dados coletados em 181 países.

O Brasil aparece com destaque, em 13º lugar no ranking de países, que leva em conta vários indicadores do setor – importância do turismo para o PIB, geração de empregos, divisas geradas por turistas internacionais e investimentos públicos e privados.

“O Brasil permanecer na 13ª posição em um ano de crise mundial é positivo. Os dados do WTTC reforçam a imagem internacional que temos hoje. O mundo vê nosso país como um dos mais promissores, pelo bom desempenho da nossa economia, pelos investimentos que acontecem para a Copa e as Olimpíadas, e pelo grande potencial de desenvolvimento que tem o turismo, tanto doméstico quanto internacional”, avalia o ministro Luiz Barretto, do Turismo, que está em Berlim para participar da ITB.

O Brasil ainda está entre os 10 primeiros países que devem produzir o maior volume em termos absolutos de PIB do turismo (10º lugar); na geração de empregos (diretos e indiretos) do setor (7º); na geração de empregos diretos no setor (5º); na rapidez de crescimento dos investimentos no setor (5º).

O estudo prevê ainda uma recuperação gradual do setor, com crescimento de 0,5% no PIB de Viagens e Turismo no mundo, após uma retração de 4,8% em 2009.

“Tanto os dados de 2010 quanto as previsões para o período de dez anos indicam que o Brasil vem se afirmando como um dos grandes emergentes do turismo global, principalmente na geração de empregos e de divisas com o turismo internacional, dois itens essenciais para contribuir com o desenvolvimento do País”, afirma Jeanine Pires, presidente da Embratur, Instituto Brasileiro de Turismo.

Tendências para 2020

Nas previsões de desempenho para o setor em dez anos, o Brasil está entre os 10 primeiros em cinco categorias:

- Velocidade de crescimento das receitas geradas com turismo internacional entre 2010 e 2020 – 3º

- Geração de empregos em termos absolutos no setor (diretos e indiretos) – 5º

- Geração de empregos diretos – 4º

- Volume de investimentos no setor – 9º

- Velocidade de crescimento de investimentos – 4º

12/03/2010 - Portal Brasil

quarta-feira, 10 de março de 2010

Exportações brasileiras se recuperam e sobem mais de 20% em fevereiro



Portal Brasil

As exportações do agronegócio brasileiro indicam uma recuperação do agronegócio após a crise financeira internacional, com crescimento de 20,6% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (10), pelo Ministério da Agricultura.

O valor das vendas externas atingiu US$ 4,4 bilhões, no mês passado e o superávit da balança comercial alcançou a cifra de US$ 3,4 bilhões. Carne de frango, carne bovina, açúcar, farelo de soja e produtos florestais foram os itens que mais contribuíram para que as exportações subissem 20,6% em fevereiro, comparando com período igual em 2009.

“O mês de fevereiro marca o início de uma recuperação das vendas externas do agronegócio, com a maioria dos grupos de produtos apresentando taxas de crescimento positivas, depois de vários meses de queda com retração do valor exportado em 10% no ano de 2009”, explica o diretor de Promoção Internacional do Agronegócio, Eduardo Sampaio.

O crescimento da receita da carne bovina in natura de 42,6% no período (de US$ 186 milhões para US$ 265 milhões) é um dos destaques dos embarques do segundo mês do ano. No total, as exportações de carnes bovina, suína e de frango aumentaram 24,5%, passando de US$ 781 milhões em fevereiro de 2009 para US$ 973 milhões no mês passado.

Farelo de soja, com ganho de 39% no valor exportado, foi o item mais importante na composição do desempenho do complexo (grão, farelo e óleo), em fevereiro de 2010, que aumentou 17,4%, totalizando US$ 582 milhões. O complexo sucroalcooleiro manteve resultado positivo com elevação de 47,8% na receita exportada no mês passado em relação ao mesmo período de 2009, atingindo US$ 729 milhões. O valor dos embarques de açúcar cresceu 50,9% e do etanol, 22%.

Destinos - As exportações no período subiram para a maioria dos blocos econômicos e regiões com destaque para Europa Oriental (76,3%), Oriente Médio (40,1%) e Ásia (32,8%). Os resultados positivos também foram registrados considerando a análise por país. As vendas externas para Rússia (86,7%), Índia (153,5%), Irã (185%), Tailândia (375,6%), Marrocos (81,5%) e China (37,4%) são as mais expressivas. (Laila Muniz)

Acesse mais informações sobre a Balança Comercial do Agronegócio e o Resumo de Fevereiro.

Fonte:

Ministério da Agricultura

Em um ano, indústria cresce 16% em todas as regiões avaliadas pelo IBGE


Na comparação entre janeiro de 2010 com janeiro de 2009, o País cresceu 16,0%, revela pesquisa divulgada nesta quarta-feira (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A atividade industrial neste período cresceu em todas as 14 regiões observadas. De acordo com documento do IBGE, esse movimento refletiu “a ampliação do ritmo produtivo e a baixa base de comparação, por conta das férias coletivas e das paralisações não programadas em vários setores em janeiro de 2009”.

Com avanços acima da média nacional destacaram-se: Espírito Santo (48,5%), Amazonas (33,9%), Minas Gerais (28,8%), Bahia (23,6%), Rio Grande do Sul (20,9%), Goiás (19,8%) e Ceará (16,7%). As demais altas foram em São Paulo (15,6%), região Nordeste (11,5%), Rio de Janeiro (10,7%), Paraná (10,4%), Santa Catarina (7,9%), Pará (5,8%) e Pernambuco (1,2%).

Já em janeiro deste ano, na comparação com dezembro de 2009, a produção industrial brasileira cresceu em 13 das 14 regiões monitoradas pelo IBGE. As regiões que registraram os maiores avanços foram Espírito Santo (5,6%), Ceará e Pernambuco (ambos com 5,4%) e Paraná (4,0%). Somente no Amazonas (0,0%) a produção industrial permaneceu estável. A média do País foi de 1,1%.

Também de dezembro último para janeiro de 2010 houve crescimento da atividade acima da média nacional no Nordeste (3,7%), no Rio Grande do Sul (3,2%), em São Paulo, no Pará (3,0%), na Bahia (2,5%), em Goiás (2,2%) e em Minas Gerais (1,7%). Ainda com aumento, porém igual ou inferior à média do País, aparecem Santa Catarina (1,1%) e Rio de Janeiro (0,3%).

Houve aceleração evidente também no confronto do último trimestre de 2009 com janeiro de 2010, ambas as comparações contra igual período do ano anterior: 13 dos 14 locais mostraram altas, acompanhando o índice nacional, que passou de 5,8% no quarto trimestre do ano passado para 16,0% em janeiro. Nesse tipo de confronto, Espírito Santo, que acentua a expansão de 18,6% no quarto trimestre de 2009 para 48,5% em janeiro, Amazonas (4,5% para 33,9%) e Minas Gerais (de 6,8% para 28,8%) apontaram os maiores ganhos, enquanto Pernambuco (de 4,7% para 1,2%) assinalou a única redução no ritmo de crescimento.

Portal Brasil

segunda-feira, 8 de março de 2010

Analistas apostam que Selic aumentará só em abril

Economia

Agência Brasil

BRASÍLIA - Os analistas do mercado financeiro esperam que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) eleve a taxa básica de juros, a Selic, em 0,5 ponto percentual em abril deste ano. Atualmente a taxa básica está em 8,75% ao ano e a expectativa é de que suba para 9,25% no próximo mês.

Na reunião marcada para os próximos dias 16 e 17, os analistas consultados pelo BC esperam que a taxa permaneça no atual patamar.

O Copom eleva a taxa básica quando considera que a economia está aquecida e que a trajetória de inflação é de alta. O BC persegue a meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Para este e o próximo ano, a meta é de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Na projeção dos analistas, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de referência para a meta de inflação, deve fechar 2010 em 4,99% e 2011 em 4,50%.

A Selic é a taxa praticada nas operações de curtíssimo prazo entre bancos e remunera empréstimos que o governo toma, por meio do lançamento de títulos. Essa taxa também influencia nos juros cobrados nos empréstimos ofertados pelas instituições financeiras aos seus clientes.

JB-- 08/03/2010


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domingo, 14 de fevereiro de 2010

Brasil está livre de crise da Europa

Países atingidos pelo desemprego na eurozona devem manter os investimentos
A crise econômica que atinge a Europa não irá custar o emprego dos brasileiros, nem causar um impacto nos investimentos dos países no Brasil, segundo analistas ouvidos pelo R7. A perspectiva é que ocorra um movimento contrário, com o direcionamento de investimentos do exterior para o mercado brasileiro - na tentativa de recuperar as perdas geradas em outros mercados.

Por exemplo, uma fábrica europeia que tenha filial no Brasil pode gerar lucro aqui e mandar o dinheiro para o exterior. Essa movimentação é comum e ajuda a salvar as empresa europeias da crise, segundo Ricardo Tadeu Martins, gerente de pesquisa da Planner Corretora.

- Recursos de lá pra cá, na questão de investimentos sempre foram boas oportunidades, buscavam outras áreas. Portugal e Espanha tendem a buscar investimentos fora do país. Se a situação interna não está boa, a empresa pode buscar rentabilidade fora de seu mercado.

As relações comerciais entre o Brasil, Chile e Estados Unidos são mais fortalecidas do que a dos países da Europa, o que acaba diminuindo o reflexo da crise, segundo Tadeu Martins. Ele afirma que a Bovespa pode até ser um pouco atingida, com a queda das ações de empresas europeias, mas nada que irá causar um "desastre".

- A zona do euro pode atrapalhar a recuperação, mas não é a grande detonadora do cenário internacional. No ano passado estávamos em situação complicada, mas saímos.

A Europa foi a última a sair da crise porque não tem a força do mercado brasileiro, que há meses vive a expansão da classe média. Para Frederico Turolla, professor do mestrado em gestão internacional da ESPM e sócio da consultoria Pesco, o Brasil não está tão ameaçado com a crise na eurozona.

- O Brasil fez o dever de casa e se tornou protegido. O que vem pela frente não é tranquilo, mas não é desesperador.

O risco de calote nos países da eurozona já é maior que no Brasil, segundo os dados que avaliam a medida de risco no pagamento das dívidas entre os país, chamado de CDS (do inglês, credit default swap). Por exemplo, um banco empresta dinheiro para um país e, ao mesmo tempo, compra um CDS de um investidor. Se o tal país não honrar seu compromisso, o banco vai ao investidor cobrar o prejuízo.

No auge da crise global, em outubro de 2008, o prêmio do Brasil chegou a 355 pontos - ou seja, o investidor que comprava seguro contra eventual inadimplência brasileira pagava 3,55 pontos porcentuais a mais de juros sobre o CDS dos Estados Unidos, referência do mercado. Na mesma época, o CDS de Portugal era de 85 pontos, da Espanha, 82, da Irlanda, 113, da Itália, 117, e da Grécia, 134 pontos. Nesta semana, esses valores eram, respectivamente, de 150 (Brasil), 227, 165, 169, 155 e 415 pontos.

R7- 09/02/2010

Zona do euro precisa de condução economica mais forte

Membro do BC europeu defende reforma nas estruturas econômicas da região
A fragilidade da economia e das finanças públicas na zona do euro demonstra a necessidade de ampliar e fortalecer o amplo gerenciamento econômico na região, disse neste sábado (13) o membro do conselho do BCE (Banco Central Europeu) Mario Draghi.

- O euro está sólido - afirmou Draghi em uma reunião de operadores do mercado em Nápoles.

Ele pediu, entretanto, que a União Europeia amplie e reforme suas estruturas econômicas "com o mesmo vigor que dedicou ao longo dos anos para consolidar os orçamentos governamentais".

Draghi disse que os investidores vão comprar novos títulos emitidos pela Grécia - onde a crise da dívida causou nervosismo nos mercados nas últimas semanas -, desde que o governo "ajuste seu orçamento com determinação, com monitoramento cuidadoso da Comissão Europeia e do BCE."

Mais amplamente, ele disse que todos os governos deveriam esclarecer como planejam controlar seu resultados negativos nas contas e as dívidas que cresceram durante a recessão de 2008 e a primeira metade de 2009.

A recuperação econômica da zona do euro é frágil e não há riscos de inflação a médio prazo, disse Draghi, que também é o dirigente do Banco da Itália.

A perspectiva favorável para os preços, contudo, é acompanhada por uma hesitante recuperação econômica no bloco de 16 nações, comentou Draghi, que é cotado como um possível sucessor do chefe do BCE, Jean-Claude Trichet, quando o mandato dele expirar, em novembro de 2011.

- O retorno ao crescimento é frágil, particularmente na área do euro.

A economia na zona do euro cresceu apenas 0,1% no último trimestre de 2009, segundo dados divulgados na sexta-feira (12), desacelerando fortemente em relação ao 0,4% de expansão no trimestre anterior.

Draghi afirmou que os bancos da Itália estão sadios e, tendo fortalecido sua base financeira, estão "bem posicionados para lidar com a situação internacional".

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domingo, 7 de fevereiro de 2010

Dívida da Europa pauta agenda do G7 no Canadá

Euro, moeda mais utilizada no continente, caiu para o menor valor desde maio

A crescente dívida europeia tornou-se na sexta-feira o ponto principal da agenda de um encontro de líderes financeiros do G7 no Canadá, em meio a temores de que os problemas fiscais da Grécia estejam se espalhando.

O ministro das Finanças do Canadá, Jim Flaherty, anfitrião do encontro, afirmou que ele e seus colegas estavam conversando sobre os problemas da Europa antes mesmo de o encontro começar, com particular preocupação sobre a situação da Grécia.

As bolsas mundiais caíram ao nível mais baixo em três meses na sexta-feira com a intensificação das preocupações sobre uma potencial ajuda e uma desestabilização da zona do euro. A moeda europeia caiu ao seu menor valor desde maio, em relação ao dólar. Flaherty pediu cautela:

- Eu acho que temos de ser muito cuidadosos sobre o potencial colapso das economias domésticas e da persistência de alguns ativos tóxicos em alguns bancos.

Países da zona do euro, como Grécia, Espanha e Portugal, estão sob crescente pressão para provar que deixarão as contas públicas sob controle em meio a temores dos mercados financeiros com a possibilidade de a situação de um país se espalhar para outros.

O presidente do Banco Central europeu, Jean-Claude Trichet, negou especulações nos mercados financeiros de que o BCE possa realizar reuniões de emergência neste fim de semana sobre a crise. O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, disse que o euro permaneceria estável apesar dos problemas individuais das nações.

Kathleen Stephansen, diretora e economista chefe da Aladdin Capital Holdings LLC, disse que os representantes precisam mostrar comprometimento.

- Eu não acho que eles devem planejar uma ajuda, mas precisam mostrar que estão comprometidos em resolver esses assuntos. Precisamos ver uma demonstração de unidade em apoiar as medidas tomadas pelos vários governos... Dizer nada sobre elas seria negativo.

Os organizadores do encontro disseram que não haverá comunicado emitido ao final das reuniões, em parte um reflexo da diminuída importância do G7. O grupo foi substituído como o principal fórum de discussão da economia pelo G20, que inclui China, Brasil e outros países em desenvolvimento.


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G7-06-02-2010

Risco Europa já é maior que o do Brasil

Economia

Investidores temem calote de Portugal, Espanha, Irlanda, Itália e Grécia


O crescente temor sobre a situação fiscal de vários países europeus - que voltou a castigar os mercados globais ontem -, aliado à melhora das condições macroeconômicas brasileiras nos últimos anos, transformou em realidade algo impensável há não muito tempo: os investidores temem mais um calote de Portugal, Espanha, Irlanda, Itália e Grécia do que do Brasil. É o que revelam os dados da medida de risco mais usada no mercado global atualmente. Trata-se do prêmio expresso nas negociações de um instrumento derivativo chamado de CDS (do inglês, credit default swap). Em uma definição coloquial, o CDS pode ser traduzido como um seguro anticalote.

Exemplo prático: um banco empresta dinheiro para um país e, ao mesmo tempo, compra um CDS de um investidor. Se o tal país não honrar seu compromisso, o banco vai ao investidor cobrar o prejuízo. No auge da crise global, em outubro de 2008, o prêmio do Brasil chegou a 355 pontos - ou seja, o investidor que comprava seguro contra eventual inadimplência brasileira pagava 3,55 pontos porcentuais a mais de juros sobre o CDS dos Estados Unidos, referência do mercado.

Na mesma época, o CDS de Portugal era de 85 pontos, da Espanha, 82, da Irlanda, 113, da Itália, 117, e da Grécia, 134 pontos. Ontem, esses valores eram, respectivamente, de 150 (Brasil), 227, 165, 169, 155 e 415 pontos.

A economista-chefe do banco ING, Zeina Latif, diz que o Brasil está fortalecido.

- Há duas explicações para a melhora do risco brasileiro em comparação com o desses países: de um lado, o Brasil saiu fortalecido da crise e tem boas perspectivas de crescimento; de outro, essas nações europeias enfrentam enorme desafio fiscal.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

G7
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