segunda-feira, 30 de maio de 2011

Diretor do BC prevê inflação 'próxima a zero' daqui a três meses


PEDRO SOARES
DO RIO

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, previu nesta segunda-feira que a inflação vai ficar "próxima a zero nos próximos dois a três meses".

O motivo, diz, é a tendência já demonstrada de "inflexão" dos preços dos alimentos. "A tendência é de acomodação", disse.

Para Mendes, a pressão dos alimentos foi responsável por acelerar a inflação desde o final de 2010 em razão da alta dos preços internacionais das commodities.

Tal tendência, porém, já mostra uma "dinâmica" diferente, segundo Mendes. Isso, diz, já mexeu com as expectativas futuras de inflação e levou analistas a estimarem taxas mais baixas do que há alguns meses.

Segundo Mendes, o principal instrumento para conter a demanda --e consequentemente a inflação-- é a taxa de juros. As chamadas medidas macroprudenciais são expedientes "adicionais" e têm como objetivo primeiro "controlar o mercado de crédito", com mecanismos como compulsórios mais elevados.

Tais medidas, porém, "ajudam também a controlar a demanda".

Outro foco do BC, diz o diretor, é "limitar o endividamento das famílias" com medidas como a elevação do percentual de pagamento mínimo do cartão de crédito --que foi fixado em 15% agora, mas será elevado para 20% da fatura ao final do ano.

30/05/2011 - 15h05



quinta-feira, 26 de maio de 2011

Tablets terão maior exigência de conteúdo nacional

Renata Veríssimo

O início da produção de tablets (computadores em formato de prancheta, como o iPad da Apple) no Brasil está sendo considerado pelo governo como a “ponta do iceberg de uma política industrial muito ambiciosa”. Em entrevista, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, disse que as exigências que serão colocadas para que as empresas recebam as reduções de tributos previstas em lei trarão para o País uma indústria de componentes e semicondutores.

Ele previu que o Brasil poderá se transformar em plataforma de exportação de produtos de alta tecnologia para todo o continente em quatro ou cinco anos. Isso porque o Processo Produtivo Básico (PPB) estabelecerá um porcentual de utilização de conteúdos nacionais na montagem dos tablets mais rigoroso do que o exigido da indústria de notebooks. A proposta do PPB foi encaminhada ontem à Casa Civil. Para obrigar as empresas a trazerem fábricas de componentes para o Brasil, o MDIC também criará um PPB para os celulares de alta tecnologia (smartphones).

Pimentel informou ainda que, dentro da nova política industrial que deve ser anunciada em junho, o governo dará estímulos para associações de empresas estrangeiras com grupos nacionais para instalação de fábrica no Brasil. Os estímulos poderão ser por meio de incentivos fiscais e concessão de financiamentos do governo.

O ministro antecipou que o PPB exigirá que 50% dos displays (telas) sejam nacionais a partir de 2014. No caso dos carregadores de baterias que serão utilizados nesses equipamentos, metade terá que ser fabricada no Brasil já em 2012 e atingirá 80% em 2013. O índice de nacionalização para as placas de rede sem fio será de 50% em 2013 e terá de chegar a 80% em 2014. De imediato, será exigido que metade das placas-mãe utilizadas nos tablets terão de ser produzidas no País, passando para 80% em 2012 e alcançando 95% em 2013.

“É uma exigência pesada de conteúdo nacional”, avaliou Pimentel. O cumprimento dessas exigências garante às empresas a isenção de PIS e Cofins e a redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de 15% para 3%. Doze empresas já manifestaram o interesse de produzir tablets no Brasil.

Pedido

As empresas foram liberadas, temporariamente, de utilizar baterias e gabinetes produzidos no Brasil. A decisão do governo atende a pedido da taiwanesa Foxconn, que irá produzir os iPads, da Apple, no Brasil. Segundo o ministro, seria impossível produzir esses componentes neste momento no País, mas isso será negociado futuramente.

Pimentel disse que um dos pontos mais importantes é que o PPB obrigará a Foxconn a trazer uma fábrica de displays para o Brasil. “Seremos o primeiro país do mundo a receber uma fábrica de displays fora da Ásia”, disse. Os displays representam cerca de metade do custo dos tablets.

“Estamos praticando os novos fundamentos da nova política industrial. “Não queremos que as empresas venham aqui só para montar. A transferência tecnológica será muito forte”, declarou o ministro. Para Pimentel, o ambiente econômico brasileiro deve garantir o sucesso da política de atração de indústrias de alta tecnologia.

Apesar de ter construído um marco legal há alguns anos, o Brasil nunca conseguiu atrair as fábricas. O ministro argumentou que o País se tornou confiável para investimentos. Além disso, a inclusão social obtida nos últimos anos, do ponto de vista do capital, significa a criação de mercado consumidor. “Se soubermos dosar bem as coisas, vamos virar um País de ponta”, declarou. “Neste momento não temos (mão de obra disponível), mas teremos. Vamos ter dificuldades localizadas, mas conseguiremos resolver.”

agenciaestado

domingo, 22 de maio de 2011

Preços de etanol e gasolina seguem em queda, diz ANP


Na terceira semana de maio, preço médio da gasolina comum teve redução de 1,28%; já o preço médio do etanol hidratado teve queda de 6,55%
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Kelly Lima, da Agência Estado

RIO - Os preços do etanol e da gasolina comum mantiveram a trajetória de queda na terceira semana de maio, informou nesta sexta-feira, 20, a Agência Nacional do Petróleo (ANP). Em pesquisa semanal, a reguladora apurou que na média nacional o preço médio da gasolina "C" comum, que contém 25% de etanol anidro, foi de R$ 2,861 por litro, apresentando uma redução de 1,28%, em relação à semana anterior, queda superior a que ocorreu na segunda semana do mês, que foi de 0,55%.

Já o preço médio do etanol hidratado no País caiu 6,65%, para R$ 2,076 por litro, no mesmo período. A redução foi superior à ocorrida na segunda semana do mês, quando o preço recuou 3,47% em relação à primeira semana do mês.

Ainda segundo a ANP, em São Paulo, a queda dos preços médios de revenda foi de 9,53% para o etanol. Para a gasolina, a queda do preço médio foi de 1,36%. Em Brasília, entre a terceira semana de maio e a segunda as reduções dos preços dos combustíveis ao consumidor final foram de 4,77% para o etanol e de 2,52% para a gasolina. No Rio de Janeiro, a queda dos preços médios de revenda foi de 4,49% para o etanol. Para a gasolina, a queda do preço médio foi de 1,16%.
Entre os Estados do Nordeste, os destaques foram a redução dos preços médios de revenda ocorridas na Bahia, de 11,05% para etanol e de 6,18% para a gasolina; no Rio Grande do Norte, de 4,6% para o etanol e de 3,25% para a gasolina; no Maranhão, de 3,29% para o etanol e de 2,08% para a gasolina e no Ceará, de 3,13% para o etanol e de 1,96% para a gasolina.

Na Região Sul, a queda do preço médio ao consumidor final foi de 0,31% para a gasolina e de 8,66% para o etanol hidratado. Na região, pode-se destacar as reduções dos preços médios de revenda ocorridas no Rio Grande do Sul, de 11,50% para etanol e de 2,32 para a gasolina, e no Paraná, de 8,17% para o etanol e de 1,68% para a gasolina.

Segundo a ANP, a tendência para as próximas semanas é que os preços mantenham-se em queda, tanto para a gasolina, quanto para o etanol hidratado, considerando o início da safra da cana de açúcar e a diminuição do volume de estoque antigo adquirido a preços mais elevados. O levantamento de preços da ANP é realizado, semanalmente, em mais de 8 mil postos revendedores em todo o País.

20 de maio de 2011

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Internet influencia compra de 62% dos consumidores, aponta Google

GABRIEL BALDOCCHI

ENVIADO ESPECIAL A BOGOTÁ
 
O poder da internet para influenciar consumidores tem impacto econômico superior do que a capacidade da rede de gerar compras virtuais. A conclusão a que chegou o Google a partir de suas pesquisas na América Latina é usada como estratégia de negociação com seus anunciantes.

"O comércio eletrônico é muito importante, mas não é a pedra regular na internet", afirmou o diretor do Google na Argentina, Alejandro Zuzenberg, durante conferência da empresa para a América Latina.
Em pesquisas feitas nos mercados da América Latina, a empresa apurou que 62% dos consumidores consultam informações on-line antes de fazer uma compra. Eles procuram indicações em sites de buscas e nas redes sociais.
Nesse universo, 32% dos consumidores conversam ou compartilham informações antes de comprar.
Com base nos dados, a empresa mostra que a internet mudou a decisão da compra do ponto de venda para a rede. A conclusão tem mais força em setores como o de eletrônicos, em que nove em cada dez consumidores consultam a internet antes de adquirir um produto.
"Esse é o ponto que trabalhamos com nossos clientes", afirmou Zuzenberg.
Os dados da pesquisa mostram ainda que 83% dos usuários que buscaram informações na internet confiavam na opinião dos usuários da rede para as compras, com uma procura de quatro a sete opiniões.
Zuzenberg disse ainda que as empresas devem usar a publicidade em mídias tradicionais para disparar as buscas no ambiente virtual. Um movimento que deve ser trabalhado com iniciativas no ambiente on-line.
"O que encontramos é que quem mais investe em publicidade [tradicional] mais tem busca on-line. É o complemento de ambas que funciona melhor."
O repórter GABRIEL BALDOCCHI viajou a convite do Google.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Inflação em 2011 não ultrapassará o teto da meta, garante Mantega

Ministro da Fazenda diz que não há nenhum relaxamento do governo em relação à alta dos preços

Daniela Amorim e Sabrina Valle, da Agência Estado

RIO - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda-feira, 16, que não há nenhum relaxamento do governo em relação à inflação. O ministro participa do XXIII Fórum Nacional, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio, cujo tema este ano é "Visão de Brasil desenvolvido para participar da competição do século: China, Índia e Brasil".
"Estamos sempre atentos para manter a inflação dentro dos limites. Temos certeza absoluta de que em 2011 a inflação estará dentro da meta, do limite superior da meta, aliás, como tem estado nos últimos cinco anos", afirmou Mantega.
Mantega disse ainda que há uma nítida tendência de queda nos preços dos combustíveis, o que vai ajudar a desacelerar a inflação e mantê-la dentro da meta do governo.
"Os combustíveis subiram porque subiu o etanol. Pegamos um período de entressafra, mas agora com o início da safra houve uma expansão da oferta. O preço foi reduzido primeiro ao produtor, demora um tempo para chegar à bomba, mas agora já está chegando ao consumidor.
Portanto, teremos uma deflação no combustível, que é o segundo vilão dessa história inflacionária", afirmou Mantega, lembrando ainda que a queda dos preços das commodities no mercado externo também ajudará a frear a inflação no País.
Segundo ele, a alta dos preços das commodities é uma das principais pressões sobre a inflação oficial desde o ano passado. "No Brasil existem problemas quando sobe essa inflação de commodities, mas, por outro lado, é um dos países mais bem preparados para enfrentar essa situação, porque produzimos petróleo e porque também somos um grande produtor de alimentos. Por isso, também temos vantagens quando sobem os preços dessas commodities. Então essa é uma moeda que tem duas faces", afirmou.
Segundo o ministro, a boa notícia foi a queda no último mês dos preços de todas as commodities. "Portanto, a trajetória é descendente. Tivemos um alívio da inflação por parte das commodities", comemorou.

Surto inflacionário mundial

O ministro disse que há um surto inflacionário mundial, causado principalmente por esta alta nos preços das commodities. Mas ressaltou que, em vários países, a inflação foi maior do que no Brasil. "Na China a inflação subiu muito mais, assim como na Índia e na Rússia. Se comparados aos emergentes, estamos numa situação razoável", ponderou Mantega, apontando como culpados pela inflação mundial a falta de oferta de produtos, os problemas climáticos e a crise política no Oriente Médio e no Norte da África. "Mas também, não menos importante, está a especulação financeira, o excesso de liquidez no mundo provocado pela política de expansão monetária de países desenvolvidos".
Para Mantega, um dos fatores que determinam a longevidade do crescimento do País é o controle da inflação. "Com inflação alta é difícil manter um crescimento sustentável", disse.
Estadão 16 de maio de 2011 -16h 40

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Escritório de projetos mobiliza R$ 7,2 bilhões para infraestrutura

AGNALDO BRITO
DE SÃO PAULO
 
Com dois anos de vida, a EBP (Estruturadora Brasileira de Projetos) -escritório focado em empreendimentos para o setor público e criado por nove grandes bancos comerciais e de investimento- deve mobilizar pelo menos R$ 7,2 bilhões em capital para infraestrutura no país.
A iniciativa foi idealizada com o propósito de vencer o crônico problema brasileiro da falta de projetos de interesse público com qualidade para fazer girar as concessões. O modelo começa a desengavetar iniciativas.
Com dez empreendimentos em carteira, a empresa comemora o primeiro negócio posto em pé: o estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, palco da Copa do Mundo de 2014. O projeto, com valor de R$ 608 milhões, foi modelado, leiloado e contratado num prazo de 14 meses.
Além do Mineirão, outros negócios devem sair em breve. Entre eles está a concessão da BR-101 no Espírito Santo, de hospital e rodoviária na capital mineira, da estrutura logística para conexão dos centros de compra popular em São Paulo (25 de março e Brás) e do saneamento básico na zona oeste do Rio e na região metropolitana de Vitória.
Só esses dois projetos de saneamento podem mobilizar mais de R$ 3,5 bilhões e universalizar coleta e tratamento de esgoto nas duas áreas. São negócios de peso, como de peso é o grupo que criou a EBP.
O capital da empresa é dividido em nove partes iguais, assim composto: BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Banco Votorantim, Citibank, Santander, Banco Espírito Santo e HSBC.
A empresa nasceu com capital de R$ 30 milhões disponível para bancar estudos e consultorias. Segundo o diretor-geral, Hélcio Tokeshi, a empresa ainda dispõe de R$ 100 milhões para usar em novos empreendimentos que serão assumidos pela EBP.
Resposta ao vácuo de desenvolvimento de projetos de infraestrutura, a EBP começou quase como um conceito. Virou um negócio que em 2011 começa a ter retorno.
Para os bancos, o benefício é indireto. Um projeto concedido é sempre um potencial tomador de crédito, embora quem assuma o empreendimento não tenha a obrigação de recorrer a nenhuma das instituições que são sócias da EBP.
A companhia opera quase como uma extensão dos governos, ao assumir a confecção do projeto, da engenharia à estrutura financeira, dos estudos técnicos ambientais à definição do leilão.
"Um governo não tem como manter um time de especialistas para desenvolver um grande projeto de interesse de um Estado ou de uma prefeitura. Custaria caro e essas equipes ficariam ociosas", diz Tokeshi.

10 PESSOAS
Apesar de mobilizar bilhões de reais, a EBP é uma empresa minúscula. Tem dez pessoas, comandadas pelo economista Hélcio Tokeshi, egresso da consultoria McKinsey & Company. É esse grupo que gerencia a rede de técnicos e especialistas que põe os projetos em pé.

domingo, 12 de dezembro de 2010

China diz que manterá o yuan estável em uma 'taxa razoável'

Governo da China disse neste domingo que o país não deve buscar 'cegamente' uma taxa de crescimento mais elevada


Nalu Fernandes - Agência Estado


O governo chinês disse, neste domingo, após conferência econômica, que dará maior prioridade para manter os preços estáveis. Em comunicado divulgado por meio da agência oficial de notícias Xinhua, hoje, a China reiterou que irá implementar política fiscal "ativa" e política monetária "prudente" no próximo ano. A política fiscal será utilizada para manter crescimento estável e melhorar a estrutura da economia, segundo o documento.

O comunicado segue-se a uma conferência de três dias para a área econômica, uma reunião de alto nível dos líderes de política econômica

A China também gerenciará liquidez para manter estabilidade geral e ajudar na reestruturação econômica, citou o comunicado. Mais crédito será direcionado para áreas rurais e pequenas e médias empresas, disse o comunicado.

O documento reiterou o posicionamento frequentemente repetido sobre o yuan, dizendo que continuará aprimorando o mecanismo de taxa de câmbio e que manterá o yuan basicamente estável em uma taxa razoável.

O país também afirmou que irá garantir um ambiente econômico saudável e estável no próximo ano, ao dizer que buscará melhor relação entre manter um crescimento estável e relativamente rápido, reestruturação econômica e gerenciamento das expectativas de inflação.

Apreciação do yuan

Uma apreciação mais rápida do yuan prejudicaria os exportadores chineses, afirmou, neste domingo, o vice-diretor do órgão regulador de política cambial do país, sugerindo que é improvável que a China permita que sua moeda aprecie em um ritmo mais acelerado.

"As companhias chinesas não suportam isso", afirmou Deng Xianhong, vice-diretor da Administração Estatal para Câmbio (Safe, na sigla em inglês), à Dow Jones, ao ser questionado se a China permitiria apreciação mais rápida do yuan para combater a inflação.

O atual sistema cambial trabalha em favor de prevenir que os exportadores locais sofram demasiadamente com uma apreciação do yuan, acrescentou Deng, ao conversar com a agência internacional de notícias nos bastidores de um fórum.

Tanto exportações quanto importações avançaram para níveis recordes em novembro e o superávit comercial teve leve estreitamento para um patamar ainda elevado de US$ 22,9 bilhões, mantendo pressão sobre Pequim para permitir um ritmo mais acelerado de apreciação do yuan.

O índice de preços ao consumidor também avançou 5,1% ante o ano anterior em novembro, marcando o ritmo mais rápido em dois anos e deflagrando manifestações de economistas para que Pequim adote medidas para limitar a inflação, incluindo elevação da taxa de juro e apreciação mais rápida do yuan.

Emprego

O governo da China disse, ainda, que o país não deve buscar "cegamente" uma taxa de crescimento mais elevada, mas, em vez disso, deveria priorizar tarefas como a estabilização de preços e expansão do emprego.

A China deveria "dar mais atenção para qualidade e resultados do crescimento, dar mais atenção ao estímulo do emprego e à melhoria de vida das pessoas", disse o governo, em um comunicado divulgado pela agência oficial de notícias Xinhua.

A China irá adotar uma política mais "proativa" na área de emprego no próximo ano, disse o comunicado, fazendo do emprego uma "prioridade do desenvolvimento econômico". A China também irá expandir a demanda doméstica, consumo e importações, e usará importações para promover reestruturação e equilíbrio da economia, segundo o documento.

Especulação imobiliária

A China continuará restringindo a especulação no setor de imóveis nos próximos cinco anos, disse Qin Hong, vice-diretor do centro de pesquisa política do Ministério de Desenvolvimento Urbano e Rural. Qin, não forneceu detalhes, enquanto falava em um fórum.

A China adotou várias medidas neste ano para restringir a especulação imobiliária e bolhas de preços de ativos, incluindo elevação de pagamentos iniciais, aumento das taxas de hipotecas e restrição de financiamento para compras adicionais de residências.

As informações são da Dow Jones.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Mercado eleva expectativa de crescimento do PIB em 2010 para 7,34%

Pesquisa Focus do Banco Central reduziu expectativa de inflação em 2011 para 4,85% após duas altas seguidas

Fernando Nakagawa, da Agência Estado

BRASÍLIA - Na primeira pesquisa Focus divulgada após o anúncio do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2010, analistas elevaram a estimativa para o crescimento da economia neste ano. De acordo com o levantamento divulgado nesta segunda-feira, 6, a previsão para a expansão do PIB neste ano avançou de 7,09% para 7,34%. Com o aumento, o número esperado passa a ficar acima da previsão vista há um mês, quando estava em 7,12%.

Para 2011, analistas mantiveram os números e, de acordo com a pesquisa, a mediana das previsões para o aumento do PIB no próximo ano seguiu em 4,50% pela 39ª semana consecutiva.

Na mesma pesquisa, foi mantida pela quarta vez seguida a expectativa para a expansão da produção industrial de 2011 em 5%. Para 2010, a aposta de crescimento industrial caiu de 11,47% para 11,37%, ante 11,70% de um mês atrás.

O levantamento do BC também mostra que a mediana das previsões para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2011 manteve-se em 39,50%. Para 2010, o número subiu ligeiramente, de 40,73% para 40,80%. Há um mês, analistas previam 39,50% para 2011 e 40,73% para 2010.

Inflação

Após duas altas seguidas, o mercado financeiro reduziu a expectativa para o IPCA em 2011. De acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda, a mediana das projeções caiu de 4,87% para 4,85%, retomando uma direção para o centro da meta de inflação para o próximo ano, de 4,50%. Apesar da redução, o número atual ainda está acima da estimativa verificada há um mês, quando estava em 4,80%.

Para 2010, a estimativa para o IPCA não sofreu alteração após duas semanas seguidas de redução dos números. Nesta semana, a mediana das projeções manteve-se em 5,07%. Há um mês, o mercado esperava alta de 5,19% para o índice.

Em trajetória diferente das estimativas para 2011 e 2010, a projeção suavizada para o IPCA nos próximos 12 meses subiu pela segunda vez seguida, e passou de 4,99% para 5,03%. Há um mês, estava em 5,00%.

No grupo dos analistas que mais acertam as estimativas na pesquisa do BC, o chamado Top 5, a mediana das previsões para o IPCA em 2011 seguiu em 4,97%, acima dos 4,75% previstos há um mês. Para 2010, esse grupo manteve a previsão de IPCA de 5,18%, superior à previsão de 5,11% verificada há quatro semanas.

Entre todos os analistas ouvidos pelo BC, a mediana das estimativas para o IPCA de agosto de 2010 teve leve ajuste, de 0,17% para 0,16%, na sétima redução consecutiva. Há um mês, o número estava em 0,30%. Para setembro de 2010, a expectativa segue em 0,36% pela sexta pesquisa seguida.

Na mesma pesquisa, a previsão para o IPC-Fipe em 2011 subiu de 4,53% para 4,55%, acima do mesmo patamar verificado há um mês, quando estava em 4,50%. Para 2010, a previsão caiu de 4,99% para 4,90%, ante 5,04% de quatro semanas atrás.

Selic

O mercado manteve a previsão de que o juro básico da economia, a taxa Selic, não vai sofrer alteração até o fim do ano. Na primeira pesquisa Focus realizada pelo Banco Central após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na semana passada, analistas mantiveram a previsão de que a Selic seguirá em 10,75% ao ano até o fim de 2010. Essa expectativa era já vista na semana passada e indicava a aposta do mercado de que o BC não alteraria o juro na reunião da última quarta-feira, o que se confirmou.

Para 2011, o mercado manteve a expectativa de que deve haver retomada do ciclo de alta do juro, com a volta da Selic para 11,50% ao fim do próximo ano. Essa previsão é repetida há três semanas.

Na mesma pesquisa, a expectativa para a Selic média no decorrer de 2011 caiu ligeiramente, de 10,63% para 10,60%, ante 11,79% de um mês atrás. Para 2010, a previsão de juro médio manteve-se em 10,03%. Há quatro semanas, a estimativa estava em 10,13%.
Conta corrente
O mercado manteve a previsão para o déficit em transações correntes em 2011. De acordo com a pesquisa Focus, a mediana das estimativas para o saldo negativo das contas externas no próximo ano seguiu em US$ 58,00 bilhões. Para 2010, a previsão piorou ligeiramente e aumentou de US$ 49,96 bilhões para US$ 50 bilhões. Há um mês, o mercado esperava déficits de US$ 58 bilhões para 2011 e de US$ 49 bilhões para 2010.

Para a balança comercial, a previsão de superávit em 2011 subiu de US$ 8,18 bilhões para US$ 8,68 bilhões. Para 2010, a estimativa de saldo positivo manteve-se em US$ 15 bilhões. Quatro semanas atrás, as estimativas para cada um desses dois anos estavam em US$ 9,11 bilhões e US$ 15 bilhões, respectivamente.
Na mesma pesquisa, o mercado manteve a previsão de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2011em US$ 38,00 bilhões, ante US$ 39,25 bilhões de um mês atrás. Para 2010, a previsão foi mantida em US$ 30,00 bilhões, frente a US$ 32,00 bilhões de um mês atrás.
IGP-DI
As estimativas para os IGPs em 2011 não sofreram alteração em relação à semana passada. De acordo com o levantamento, a mediana das previsões para o IGP-DI no próximo ano seguiu em 5% pela 18ª semana consecutiva. Para o IGP-M, a estimativa permaneceu em 5,01%, ante 5% de um mês atrás.
Para 2010, as previsões oscilaram sem rumo único. Para o IGP-DI, a previsão teve queda, de 8,49% para 8,43%. Já para o IGP-M, a previsão subiu de 8,56% para 8,71%. Há um mês, analistas esperavam, respectivamente, aumento de 8,43% e 8,50% para cada um dos dois índices em 2010.
Para os preços administrados - as tarifas públicas - a expectativa de alta em 2011 manteve-se em 4,80%. Para 2010, a aposta seguiu em 3,55%. Há um mês, analistas acreditavam que a alta do conjunto de preços administrados seria de 4,73% em 2011 e de 3,60% em 2010.

domingo, 15 de agosto de 2010

Lucro do BNDES no primeiro semestre tem alta de 408,6%


JANAINA LAGE
DO RIO

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) registrou lucro de R$ 3,6 bilhões no primeiro semestre. O resultado representa alta de 408,6% em relação a igual período do ano passado e foi impulsionado pela recuperação de créditos no valor de R$ 2 bilhões.

Segundo Vânia Borgerth, chefe do departamento de Contabilidade e Relações com Investidores, parte do crescimento do lucro pode ser atribuída à base fraca de comparação.

No primeiro semestre do ano passado, logo após a explosão da crise econômica mundial, o banco separou recursos para se proteger de um eventual aumento da inadimplência de parte dos clientes. Como essa perspectiva não se confirmou e houve uma melhora do cenário, não foi necessário repetir a operação neste ano. A inadimplência ficou estável em 0,20% da carteira de crédito.

A carteira de crédito do banco chegou a R$ 317 bilhões. O BNDES se tornou responsável por 20,5% da oferta nacional de crédito em junho, com crescimento de 11,7% no total de ativos em relação ao fim de 2009.

Borgerth destaca que com a queda nas taxas cobradas nos empréstimos, a tendência é de redução nos ganhos, a menos que o banco compense esse efeito com maior volume de operações.

O resultado do banco com participações em empresas por meio da BNDESPar foi de R$ 2 bilhões no primeiro semestre. Em igual período do ano passado, o desempenho havia sido de R$ 1,3 bilhão. O aumento foi resultado na melhora das condições de mercado, o que possibilitou operações de giro da carteira, com a venda de ações.

Folha online
13/08/2010

terça-feira, 13 de julho de 2010

PIB brasileiro deve crescer 7,3% neste ano, estima Anbima

Economia 


SÃO PAULO, 13 de julho de 2010 - O Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da Associação Brasileira das Entidades de Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima) voltou a revisar para cima a projeção para a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, passando de 6,9% em maio para 7,3% em junho. Já a projeção para o próximo ano manteve-se estável (variação positiva de 4,5%).

O Comitê estima uma inflação efetiva de 5,60% este ano, inferior a divulgada no mês passado (5,80%). Ainda segundo a entidade, a balança comercial deve fechar 2010 em US$ 16,4 bilhões, as transações correntes negativas em US$ 48 bilhões, os investimentos estrangeiros diretos em US$ 35 bilhões.

No mesmo boletim, a Anbima projeta reservas internacionais na casa de US$ 259,5 bilhões ao fim do ano e a taxa de risco-Brasil em 200 pontos.

(SSB - Agência IN)

domingo, 11 de julho de 2010

Turismo vai crescer o dobro do PIB

Pesquisa da FGV com 80 maiores companhias revela que o setor vai ampliar em 14,6% os negócios em 2010, enquanto o PIB cresce 7%

Márcia De Chiara, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - Impulsionado pela abundante oferta de crédito de longo prazo, com parcelamento que chega a dois anos, e pelo crescimento do emprego e da renda no mercado interno, o setor de turismo vai crescer neste ano num ritmo acelerado, que é o dobro do projetado para o Produto Interno Bruto (PIB).

Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) com as 80 principais companhias do setor no País revela que a expectativa é de que o volume de negócios ligados ao turismo aumente, em média, 14,6% este ano em relação a 2009. Em igual período, o PIB deve crescer cerca de 7%.

"A taxa de crescimento do turismo será recorde neste ano", afirma o ministro do Turismo, Luiz Barretto, ponderando que a atividade ainda responde por pequena fatia do PIB, 2,8%, mas tem potencial enorme de crescimento. Além das melhores condições econômicas do País, ele ressalta que eventos importantes vão acelerar o volume de negócios, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas.

A pesquisa, feita a pedido do ministério e que consultou nove segmentos do turismo, de empresas de transporte aéreo a locadoras de automóveis e hotéis, mostra que, no geral, 92% das companhias esperam neste ano crescimento nas vendas em relação a 2009, 7% estabilidade e apenas 1% queda.

Os segmentos que projetam os maiores acréscimos nos volumes de negócios são empresas aéreas (21,2%), operadoras de viagem (18,3%), turismo receptivo, que inclui bares e restaurantes (17,9%) e locadoras de automóveis (15%). Segundo a enquete, três desses quatro segmentos projetam os maiores reajustes de preços para o período.

Só no primeiro semestre, o volume de desembarques aéreos domésticos cresceu cerca 30% na comparação com igual período de 2009, nas contas do ministro. Isso mostra que, com mais dinheiro e o câmbio favorável – na sexta-feira, o dólar fechou cotado a R$ 1,76, o menor nível em dois meses –, o brasileiro está tomando gosto pelas viagens, Depois de estrear nos cruzeiros na temporada de verão, eles estão fazendo hoje a primeira viagem ao exterior. O destino é a vizinha Argentina, observa Barretto, pela proximidade geográfica e semelhança da língua.

Tango

"Eu sempre gostei de tango", disse o aposentado Paulo Zanatto, de 84 anos, que embarcou na última quinta-feira com as filhas, o genro e os netos, para Buenos Aires. É a sua primeira viagem de avião e também a primeira vez que vai para fora do País.

"Quando a economia vai bem, as pessoas fazem turismo", afirma o diretor de Assuntos Internacionais da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), Leonel Rossi Júnior. De acordo com o executivo, hoje a nova classe média responde por 7% das vendas do setor.

"Nos últimos 5 anos, 30 milhões de brasileiros entraram para o mercado de consumo. Nos próximos 5 anos, irão ingressar mais 40 milhões, quase uma Espanha inteira", prevê Valter Patriani, presidente da CVC Turismo, maior operadora das Américas. De olho nesse potencial para vendas de pacotes turísticos, a empresa acaba de inaugurar uma loja em Boa Vista, Roraima, o último Estado onde a companhia não estava presente.

Para este mês, a CVC está com a maior oferta de pacotes em períodos de férias, desde a fundação da empresa, há 38 anos. Entre viagens aéreas, rodoviárias e cruzeiros internacionais, serão cerca de 280 mil lugares nesta temporada. Junto com o volume recorde de ofertas estão as promoções, com descontos que chegam 30%. "Só vende porque tem promoção", diz Patriani.

Além do corte no preço, o parcelamento impulsiona o crescimento. A Caixa Econômica Federal, o banco que mais financia o setor, tem um cartão de crédito específico para o turista. O parcelamento do pagamento dos gastos relacionados, da passagem à entrada ao parque temático, pode ser quitado em 24 meses. Isso significa que o turista leva dois períodos consecutivos de férias para se ver livre da dívida.

Fábio Lenza, vice-presidente de Pessoa Física da Caixa, diz que hoje há 1,6 milhão de cartões de crédito para turismo e o limite soma R$ 900 milhões. "Até dezembro, a meta é ter 1,8 milhão de cartões e o limite de crédito deve chegar a R$ 1 bilhão", prevê. Ele conta que neste ano, cresceu 21% o uso do cartão em relação a 2009 e o valor médio das transações também aumentou

terça-feira, 6 de julho de 2010

BNDES aprova financiamentos de R$ 3,9 bi para indústria naval

DE SÃO PAULO

O BNDES aprovou financiamentos que somam R$ 3,9 bilhões para a indútria naval brasileira. O maior, de R$ 2,6 bilhões, por liberado para que a Transpetro adquira sete navios-tanque da Estaleiro Atlântico Sul. Paralelamente, o banco aprovou crédito de R$ 1,3 bilhão ao Estaleiro, que utilizará os recursos para financiar parte da produção das sete embarcações.

Segundo o BNDES, o financiamento aprovado à Transpetro corresponderá a 90% do valor do investimento a partir da conclusão e entrega dos navios.

Os dois projetos serão realizados com recursos do FMM (Fundo da Marinha Mercante) e fazem parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo federal.

Ainda de acordo com o BNDES, o projeto deverá gerar cerca de 4.000 empregos durante a fase de construção das embarcações.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

País está próximo de atingir o pleno emprego, segundo economistas25/06/2010

Cenário pode se confirmar ainda este ano, com um desemprego próximo de 6% nas principais regiões metropolitanas do Brasil

O forte ritmo de crescimento da economia nos últimos meses e o desempenho vigoroso do mercado de trabalho no Brasil, com a conseqüente redução do nível de desemprego, deve alçar o País a um cenário de pleno emprego.

Segundo especialistas ouvidos pelo iG, esse quadro está próximo de se concretizar. Com uma taxa de desemprego na faixa entre 5% e 6% esse cenário pode se confirmar, afirmam os analistas, entre o fim de 2010 e o primeiro semestre de 2011. Hoje, o desemprego nas principais regiões metropolitanas do País é de 7,5%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Com uma taxa de crescimento econômico de mais de 5%, chegaremos a um desemprego de 6%, que é o pleno emprego. Isso pode acontecer ainda este ano”, avalia o professor de relações do trabalho na Universidade de São Paulo (USP), José Pastore.

O País só viveu situação semelhante no início dos anos 70, durante o período que ficou conhecido como “Milagre Brasileiro”, lembra o economista João Paulo dos Reis Veloso, que foi o titular do Ministério do Planejamento de 1969 a 1979. Naquele período, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu na faixa de 10% ao ano, por quatro anos consecutivos, de 1970 a 1973.

“Toda a década de 70 foi de expansão muito rápida no emprego porque o País vinha de um período de crescimento desde os anos 50. Mas a diferença é que antes havia um rápido crescimento do PIB e baixo crescimento do emprego. A partir de 1968 houve um grande crescimento do PIB e do emprego. No fim dos anos 70, a taxa de desemprego aberto estava em cerca de 2%”, acrescenta Reis Veloso.

Segundo Pastore, o desempenho da economia brasileira tem mostrado força e continuará assim até o fim de 2010, impulsionando a geração de postos de trabalho. “A menos que aconteça algo imprevisível, como um forte esfriamento da demanda interna, a trajetória de queda no desemprego não se confirmaria. Algo impensável no momento”, observa.

Janine Berg, especialista em Emprego do Escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, acredita que para que o Brasil atinja o patamar de pleno emprego e mantenha o quadro por um período longo é necessário que o País cresça a uma taxa de 6% ao ano, pelos próximos cinco a seis anos. “Mas essa trajetória está sujeita a variações. No longo prazo não é suficiente só gerar empregos. É necessário qualificar melhor. Pessoas com mais qualificação tendem a ser menos afetadas pelo desemprego”, diz.

O pleno emprego não significa o fim do desemprego, mas ocorre quando o nível de trabalhadores sem emprego se situa em uma faixa que os especialistas definem como friccional, ou seja, quando o trabalhador fica fora do mercado de trabalho por um curto período de tempo, entre 30 e 60 dias.

Isso ocorreu nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, quando houve uma forte expansão na produção e o desemprego oscilava na faixa de 2%. Na avaliação dos especialistas, o período de governo do presidente Bill Clinton, de 1993 a 2001, também podem ser considerados como de pleno emprego. Naquele momento, a taxa de desemprego entre os americanos chegou a ser de 4%.

Segundo os analistas, um fator que demonstra a proximidade de um cenário de pleno emprego no País é a maior pressão por aumentos salariais. Para José Pastore, isso já está ocorrendo em alguns setores. “Os aumentos estão acima da inflação e da produtividade em várias categorias. Já está faltando mão de obra qualificada e não-qualificada”, diz. De acordo com dados do Dieese, 93% dos pisos salariais, em diversas categorias profissionais, tiveram reajustes acima da inflação no ano passado.

domingo, 20 de junho de 2010

China anuncia flexibilização gradual do yuan

É necessário aguardar se anúncio vai bastar para acalmar os críticos da subvalorização da moeda chinesa

Agência Estado e Reuters

PEQUIM - A China irá flexibilizar gradualmente o yuan, informou o banco central do país neste sábado, 19, indicando que está pronto para acabar com 23 meses de câmbio fixo que ficou sob intensa pressão mundial. A autoridade monetária reiterou várias das suas declarações anteriores sobre o yuan, inclusive que manterá um sistema de flutuação administrada para a divisa referenciada contra uma cesta de moedas.

"É desejável prosseguir adiante com a reforma no regime da taxa de câmbio RMB e aumentar a flexibilidade", afirmou Banco Popular da China, em comunicado no seu website. O yuan também é chamado de renminbi, ou RMB. O comunicado não cita qualquer medida específica que será tomada e afirma que "atualmente não há nenhuma base para grandes oscilações ou mudanças na taxa de câmbio do yuan".

O BC chinês descartou uma valorização de uma só vez ou maior apreciação como muitos críticos esperavam, afirmando que "não havia base para grandes flutuações ou mudanças" na taxa de câmbio. Entretanto, ficou claro que a China pretende com seu anúncio - publicado em inglês ao mesmo tempo que em chinês - marcar o fim da rigidez de facto da cotação do yuan em relação do dólar, que tem sido defendida como uma "política especial" para proteger a economia da crise financeira global.

Ainda é preciso esperar se o anúncio será suficiente para apaziguar os críticos, especialmente os parlamentares norte-americanos, que dizem que uma moeda chinesa subvalorizada dá uma vantagem comercial injusta. "A economia global está se recuperando gradualmente. A recuperação e a retomada da economia chinesa se tornou mais sólida com a estabilidade econômica reforçada", disse o banco central chinês no comunicado em seu website.

Repercussão

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, afirmou em um comunicado que o país saúda a decisão da China de aumentar a flexibilidade da taxa de câmbio do yuan, na primeira reação dos EUA ao comunicado do banco central chinês.

"Saudamos a decisão da China de aumentar a flexibilidade de sua taxa de câmbio", disse o comunicado. "A implementação daria uma contribuição positiva para um crescimento econômico forte e equilibrado. Estamos ansiosos para continuar nosso trabalho com a China no G-20 e bilateralmente para reforçar a recuperação."

O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, afirmou que o comunicado do banco central chinês foi um "progresso muito bem-vindo". Segundo ele, o retorno para uma política de flutuação administrada da moeda - sistema utilizado antes da crise financeira global - permitirá que o yuan aumente em valor. Isso, por sua vez, "ajudará o rendimento das famílias chinesas e proverá os incentivos necessários para reorientar o investimento para as indústrias", destacou Strauss-Kahn.

Comunicado é vago
A China deve dar mais detalhes sobre sua nova política cambial ou os parlamentares norte-americanos irão pressionar mais com planos para elevar barreiras comerciais, disse o senador democrata Charles Schumer neste sábado.

"Este comunicado vago e limitado é a resposta típica da China a pressões", afirmou o senador, que é membro da liderança democrata em um esforço para liberar os Estados Unidos a utilizarem compensações contra países com taxas de câmbio "fundamentalmente desalinhadas".

"Enquanto não houver informações mais específicas sobre o quão rápido o país vai deixar a sua moeda valorizar-se e em quanto, não podemos ter nenhuma boa sensação de que os chineses vão começar a jogar pelas regras", disse Schumer, em comunicado.

(com informações da Dow Jones)

Câmbio fixo torna China ''competitiva''

- O Estado de S.Paulo




Há 23 meses os chineses não mexem na sua taxa de câmbio. O período remete a meados de agosto de 2008. Um mês depois, o planeta mergulharia em sua pior crise econômica desde a Grande Depressão nos anos 30.

Ao manter fixa a taxa de câmbio entre iuan e dólar, a China estava, na prática, desvalorizando sua moeda ante todas as demais. Enquanto isso, a produtividade nos setores chineses de exportação disparava; combinado à desvalorização da moeda, isso tornou os bens chineses baratos, o que prejudica outros exportadores que perdem competitividade.

Por isso a queixa global contra a China. A última veio do presidente Barack Obama (EUA), que anteontem, em carta ao G-20, pediu "ajustes".

Relação é definida por economistas como ''neocolonialista''


20 de junho de 2010
O Estado de S.Paulo

A América Latina vende commodities para a China e recebe manufaturas. Os economistas definem o comércio como "neocolonialismo" e temem que prejudique as contas externas da região.

"É uma relação do século XIX", disse o economista Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Maurício Mesquita Moreira. "Temos um desafio importante para evitar a deterioração da qualidade do intercâmbio", disse o presidente do Conselho Empresarial Brasil - China, Sérgio Amaral.

A China representa 7,5% das exportações da América Latina. Excluindo o México, que não é rico em commodities, chega a 11,5%, mais alto que o peso da economia chinesa no PIB global, que é de 8,5%.

Mas a influência do país asiático na economia da região é muito maior. As commodities respondem por 48% das exportações latino-americanas. E os chineses dominam esse mercado. A China compra 55% do minério de ferro, 71% do milho e 49% da carne de porco do mundo.

"A China determina o preço das commodities. Isso significa que metade da exportação da América Latina é influenciada diretamente pelo que ocorre por lá", diz o economista do JP Morgan, Júlio Callegari.

A principal vantagem que a relação com a China traz para a América Latina é a alta nos preços de exportação. Se essas variações fossem excluídas, o superávit obtido minguaria. Entre 2005 e 2009, os latinos-americanos acumularam ganhos de US$ 480 bilhões no comércio com os chineses - US$ 400 bilhões só com alta de preços.

Déficits. Os preços das commodities estão nas alturas e, ainda assim, a tendência é de déficit para a América Latina. Isso ocorre porque as importações de produtos chineses crescem ainda mais rápido. O superávit da América Latina com a China, excluído o México, saiu de US$ 4,5 bilhões em 2005 para um déficit de US$ 7 bilhões em 2008. Voltou a ser superávit em 2009 por causa da crise (US$ 5,3 bilhões), mas a tendência é de resultados negativos em 2010.

China empresta US$ 50 bi para a América Latina

Com financiamentos generosos, país aumenta influência na região, como fez na África, e garante o suprimento de matérias-primas
20 de junho de 2010
Raquel Landim - O Estado de S.Paulo

Depois da invasão chinesa na África, agora é a vez da América Latina. A China despejou mais de US$ 50 bilhões na região em empréstimos nos últimos 18 meses, aponta levantamento do JP Morgan. A maior parte são créditos garantidos com entrega de petróleo.

Companhias estatais e bancos chineses estão investindo pesado na região. A presença da China se expande por três vias: comércio, investimento e empréstimos. Os objetivos do gigante são garantir matérias-primas, vender produtos e diversificar suas reservas internacionais.

A Venezuela, do presidente Hugo Chávez, lidera com US$ 28 bilhões em créditos chineses. Em abril, foi selado um acordo de US$ 20 bilhões, a poucos meses de eleições legislativas.

Depois estão Brasil e Argentina, com US$ 10 bilhões cada. O Equador recebeu US$ 2,7 bilhões. No caso brasileiro, é uma linha de crédito para a Petrobrás. A estatal informa que utilizou US$ 7 bilhões.

"A magnitude desses acordos é surpreendente", disse Julio Callegari, economista do JP Morgan. Os acordos são fechados com o Banco de Desenvolvimento da China e com a PetroChina.

A América Latina ganhou relevância como fornecedora de petróleo para a China. Em 2009, a região vendeu 5,8% do petróleo importado pelo país, mais que o dobro dos 2,4% de 2004.

"Existe uma liquidez gigantesca na China, que se transformou em fonte de financiamento fácil para outros", disse o sócio da Strategus Consult, Renato Amorim. "Também houve um amadurecimento dos mecanismos de financiamento chineses. Eles aprenderam a investir fora."

A enxurrada de dólares chineses é bem-vinda, porque significa dinheiro barato que ajuda países com dificuldade para viabilizar financiamentos de longo prazo. Mas o movimento também preocupa. "É um braço da política externa chinesa", disse o economista do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Maurício Mesquita Moreira.

O principal temor é o chamado "capitalismo de Estado". Muitos bancos e empresas chinesas são estatais ou contam com apoio do governo. Por isso, não se guiam só por lucro, mas também por decisões políticas.

Laços estreitos. Os laços entre América Latina e China se estreitaram. Nos últimos cinco anos, as exportações para o país mais que duplicaram no Peru e mais que triplicaram no Brasil, Chile, Colômbia, Equador e Venezuela. A China já ultrapassou os EUA como o maior parceiro comercial do Brasil e do Chile.

O governo chinês está estimulando as empresas a adquirir ativos na África e na América Latina. Em 2009, a China respondeu por 18% do investimento estrangeiro no continente latino-americano, mas ainda é pouco. Em 2008, os chineses aplicaram US$ 43 bilhões na Ásia, US$ 5,5 bilhões na África e US$ 3,7 bilhões na América Latina.

No Brasil, dois grandes negócios foram anunciados recentemente: a State Grid comprou sete concessionárias de energia por US$ 1,7 bilhão, e a Sinochem comprou 40% de um campo de petróleo por US$ 3 bilhões. No mês que vem, o presidente do Banco da Indústria e Comércio da China (ICBC, o maior banco do mundo) estará no Brasil. "É um momento de virada. Deve vir mais investimento e crédito", disse o CEO para as Americas do Standard Bank, Eduardo Centola. O ICBC tem 20% do capital do Standard Bank. Ele explica que o foco do investimento chinês não é só a busca de matérias-primas, mas também novos mercados. Com a crise, EUA e Europa vão crescer menos, e a China precisa diversificar os clientes.

Desafios. Para o Brasil, a invasão chinesa na América Latina impõe desafios. O primeiro é a concorrência em mercados quase cativos. Um exemplo ocorreu no mês passado. Construtoras brasileiras estiveram no Chile para tentar participar das obras de reconstrução das áreas atingidas pelo terremoto que devastou o país. Chegaram tarde. Os chineses já haviam estado por lá com financiamentos imbatíveis.

"A competição com a China na América Latina vai se acirrar. É mais uma razão para elevar nossa competitividade", disse o secretário de Comércio Exterior, Welber Barral.

O segundo desafio é a compra de recursos naturais brasileiros pelos chineses. O País não possui legislação específica para investimentos estrangeiros em setores estratégicos.

sábado, 19 de junho de 2010

Exportações já somam US$ 72,09 bi de janeiro a maio de 2010


Por Carolina Cascão
Vista geral do porto de Sepetiba, no Rio de Janeiro, estado que mais exportou no Sudeste
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou os números referentes à balança comercial de todos os estados, entre janeiro e maio deste ano. No total, as exportações brasileiras alcançaram US$ 72,09 bilhões, valor 30% maior que o registrado nos cinco primeiros meses de 2009. Segundo a coordenadora do Centro de Estudos do Setor Externo do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) /Fundação Getulio Vargas (FGV), Lia Valls Pereira, a comparação com os baixos valores de 2009 associados à recessão mundial, explicam um aumento das exportações para todas as regiões, exceto África. “A economia mundial começou a se recuperar no final de 2009. E o destaque, com crescimento de 47%, é a América Latina e o Caribe. É importante ressaltar que as exportações de janeiro a maio de 2010 já superam o valor de 2008, período de auge das exportações associado à alta dos preços das commodities. O valor em 2008 foi de US$ 72,05 bilhões”, explica.

As exportações do Nordeste cresceram 57% em comparação de janeiro a maio de 2009 -, registrando o melhor desempenho regional. Os embarques nordestinos representaram US$ 6,55 bilhões. Dos nove estados que compõem a região, apenas dois, Sergipe e Piauí, registraram queda nos embarques internacionais. O Sudeste, de acordo com o MDIC, é onde se registra o maior número de exportações, contribuindo com 55% do total nacional. Seus quatro estados representaram US$ 40,28 bilhões e os oriundos do Rio de Janeiro cresceram 105% -, um registro de US$ 7,93 bilhões. Em seguida vem Espírito Santo (+60%), com US$ 3,73 bilhões, Minas Gerais (+33%), com US$ 9,80 bilhões e São Paulo (+21%), US$ 18,79 bilhões. De acordo com a especialista da FGV, a população é beneficiada com esses resultados positivos pois a exportação requer produção e, logo, gera emprego: “Esse seria o benefício direto que varia conforme o setor”, disse Lia Valls.

O MDIC divulgou também a balança comercial dos 2.147 municípios que fizeram comércio com outros países entre janeiro e maio de 2010. De acordo com levantamento feito pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as dez cidades que mais exportaram no período foram Angra dos Reis (RJ), com embarques de US$ 3,82 bilhões, São Paulo (SP), com US$ 2,44 bilhões, Santos (SP), com US$ 1,92 bilhão, Parauapebas (PA), com US$ 1,81 bilhão, São José dos Campos (SP), US$ 1,77 bilhão, Paranaguá (PR), 1,73 bilhão Macaé (RJ), US$ 1,73 bilhão, São Bernardo do Campo (SP), US$ 1,46 bilhão, Vitória (ES), US$ 1,36 bilhão e Itabira (MG), com US$ 1,29 bilhão
Brasilia confidencial- 14/06/2010

terça-feira, 15 de junho de 2010

Brasil terá maior crescimento agrícola do mundo até 2019

Brasil
Daniela Fernandes -De Paris para a BBC Brasil

Brasil deve ampliar participação em produtos que já exporta

A produção agrícola do Brasil deverá registrar o maior crescimento mundial, de mais de 40% até 2019, na comparação com o período entre 2007 e 2009, segundo um relatório conjunto da Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgado nesta terça-feira.
“É no Brasil que a alta da produção agrícola será, de longe, a mais rápida”, afirma o documento Perspectivas Agrícolas 2010-2019, divulgado pelas duas organizações.
De acordo com o relatório, a agricultura russa deve crescer 26% até 2019. Os setores agrícolas da China e da Índia também devem registrar um aumento significativo nesse período, de 26% e 21%, respectivamente.
Já a produção agrícola da União Europeia deve registrar uma expansão de menos de 4% até 2019, segundo o relatório, que classifica o desempenho como “estagnado”.
“O aumento da produção agrícola mundial deverá ser menos rápido durante a próxima década do que nos últimos dez anos, mas ela deverá, no entanto, permitir o crescimento de 70% da produção mundial de alimentos até 2050, como exige o crescimento demográfico previsto”, afirma o relatório.

Etanol
O documento demonstra que o Brasil deve ampliar ainda mais suas atividades em setores agrícolas onde já atua com destaque. Um deles é o da produção de etanol, que deve crescer 7,5% por ano no Brasil no período entre 2010 e 2019.
“O Brasil, com sua indústria baseada na produção de etanol a partir da cana-de-açúcar, deverá ser o principal exportador mundial. Uma parte dessas exportações deve transitar pelos países do Caribe com destino aos Estados Unidos para se beneficiar de condições preferenciais de importação”, diz o relatório.
Segundo a FAO e a OCDE, “o aumento do comércio internacional de etanol vai resultar quase totalmente do crescimento das exportações brasileiras”.
O documento afirma ainda que “40% do aumento da produção mundial de etanol deve ser realizado graças ao aumento da produção baseada na cana-de-açúcar, principalmente do Brasil, para atender a demanda doméstica brasileira e americana”.

Oleaginosas
Outro setor agrícola em que o Brasil deverá ter maior destaque é o dos oleaginosos (soja, milho, óleos vegetais). Durante a próxima década, 70% do aumento das exportações mundiais de grãos oleaginosos devem vir do Brasil.
As exportações brasileiras do produto devem passar de 26% do total mundial em 2010 a 35% em 2019, diz o relatório.
“O Brasil deverá se tornar o primeiro exportador mundial de grãos oleaginosos, ultrapassando os Estados Unidos em 2018.”
O país também deverá ampliar sua posição, já forte, no mercado mundial de açúcar, representando 50% do comércio internacional na próxima década.
O Brasil terá ainda um papel significativo no aumento do comércio mundial de carnes, contribuindo “sozinho com 63% das exportações de países que não integram a OCDE e com um terço das exportações mundiais”, diz o relatório.
O documento afirma também que os preços dos produtos agrícolas voltaram a cair, após os níveis recordes atingidos há dois anos, durante a crise alimentar, mas ressalta que “é pouco provável” que eles voltem aos níveis médios da década passada.
Os preços médios devem permanecer mais elevados e as preocupações em relação à segurança alimentar persistem, afirmam as duas organizações.
Elas preveem que as cotações médias do trigo e dos cereais serão, nos próximos dez anos, entre 15% e 40% superiores às do período entre 1997 e 2006.

BBC- Brasil

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Exportações do Nordeste já crescem 57% neste ano


10/06/2010 - Portal Brasil

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou nesta quinta-feira (10) os números referentes à balança comercial das 27 unidades da Federação entre os meses de janeiro a maio de 2010. Os dados estão disponíveis para consulta na página eletrônica do MDIC.
O destaque do documento são as exportações do Nordeste, que cresceram 57% na comparação com os cinco primeiros meses de 2009. Os embarques nordestinos somaram US$ 6,551 bilhões. Foi o melhor desempenho entre as regiões do País.

O Sudeste continuou sendo a região brasileira que mais exportou, contribuindo com 55% do total nacional. Juntos, os estados da região embarcaram US$ 40,280 bilhões. O Rio de Janeiro teve um crescimento de 105% dos embarques internacionais, exportando um total de US$ 7,938 bilhões.
A região Sul teve crescimento de 16% em comparação com os primeiros cinco meses de 2009. O principal destaque foi o Paraná, cujos embarques internacionais cresceram 17,85%, valor muito próximo do desempenho do Rio Grande do Sul (17,11%). As exportações de Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina somaram, respectivamente, US$ 5,228 bilhões, US$ 5,650 bilhões e US$ 2,906 bilhões.

Os quatro estados do Centro-Oeste apresentaram acréscimo nas exportações. Mato Grosso do Sul se destacou com acréscimo de 55% nas vendas internacionais em relação ao valor registrado de janeiro a maio de 2009. Os embarques da região somaram US$ 6,404 bilhões, crescimento de 15%.
As exportações do Norte cresceram 3%. Dos sete estados da região, dois (Pará e Roraima) tiveram queda nos embarques internacionais, com -1,4% e -1,2%, respectivamente. O Acre registrou aumento de 70% das suas vendas ao mercado externo; seguido do Amazonas 40%; Tocantins 38%; Rondônia 15% e Amapá 4%.

No total, as exportações brasileiras alcançaram US$ 72,093, valor 30% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.Para Empreendedor Estudante Imprensa Trabalhador Sobre Cidadania Cultura Economia Educação Esporte Geografia História Meio ambiente O Brasil Saúde Turismo Navegue por Notícias Vídeos Infográficos Mini-sites Serviços

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