sexta-feira, 12 de junho de 2009

BRIC definirá ações contra crise na semana que vem

AE - Agencia Estado
_ BRASÍLIA - Os países que formam o chamado grupo BRIC - Brasil, Rússia, Índia e China - devem aprovar, em sua reunião de cúpula, na próxima terça-feira, na cidade russa de Ecaterimburgo, uma declaração conjunta com as medidas que consideram indispensáveis para a retomada do crescimento sustentável da economia mundial. A declaração será apresentada no próximo encontro dos 20 países mais desenvolvidos (G-20), no segundo semestre deste ano, possivelmente na Itália.
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As informações são do porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach. A programação do governo brasileiro para a reunião da próxima terça-feira, a ser elaborada pelo Ministério das Relações Exteriores, ainda não está pronta. A conclusão desse trabalho depende de informações do país organizador do encontro, que é a Rússia. O Itamaraty informou hoje que divulgará a programação no domingo.
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O porta-voz da Presidência informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acha possível conseguir um pacto na Cúpula dos BRIC, para que o grupo de países tenha uma participação maior em todos os temas da agenda internacional. "E tenha um poder de influência maior sobre o equacionamento de várias questões internacionais, tais como a crise internacional pela qual nós estamos passando no momento", afirmou Baumbach.
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Além da crise econômica e financeira global, serão discutidos na reunião da próxima terça-feira, segundo o porta-voz, o panorama geral da política e do comércio internacionais, o diálogo do BRIC no futuro com o G-8 (sete países mais industrializados do mundo, mais a Rússia) e a reforma das instituições financeiras internacionais, além das questões de segurança alimentar e energética, mudança do clima e assistência ao desenvolvimento. Na noite da próxima terça, Lula participará de jantar de trabalho oferecido pelo presidente da Federação Russa, Dmitri Medvedev, e em seguida, às 22h30, partirá para Astana, no Casaquistão.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Russia escolhe frigoríficos para importar carne suína do Brasil

Na próxima semana, a Rússia publicará a lista com os frigoríficos de Santa Catarina habilitados para exportação de suínos. A afirmação é do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes que fez um relato, nesta tarde, sobre a missão oficial brasileira ao país ocorrida entre os dias 2 e 8 de junho. Na última quarta-feira (3) em reunião com a ministra da Agricultura da Rússia, Elena Skinnik, Stephanes anunciou a decisão do governo russo de habilitar os estabelecimentos catarinenses.
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Durante a viagem, o ministro Reinhold Stephanes discutiu ainda com as autoridades russas ampliação das cotas por elas estipuladas para exportação de carnes brasileiras de aves e suínos. “Estou encaminhando uma nota para o presidente Luiz Inácio Lula da silva sobre essa negociação, já que ele vai se reunir com o chefe de estado russo, Dmitry Medvedey, no próximo dia 16”, disse. A intenção, conforme Stephanes, é que o aumento dessas cotas passe a vigorar a partir de 2010.
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Atualmente, o Brasil está inserido numa cota anual de exportação de carnes para a Rússia que inclui outros países. Em 2008, esta quantidade foi fixada em 193 mil toneladas para suínos e de 68 mil toneladas para carne de frango. Já em 2009, este valor caiu para 177,5 mil toneladas para suínos e 12,4 mil toneladas para frangos. Apenas Estados Unidos e União Europeia têm cotas exclusivas estabelecidas por aquele governo.
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O ministro também participou nos dias 6 e 7 de junho do Fórum Mundial de Grãos, em São Petersburgo. O evento abordou a economia mundial e o aumento da produção agrícola para atender a demanda internacional.
_ Editado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da RepúblicaNº 823 - Brasília, 10 de Junho de 2009

Fecomércio prevê retomada para o próximo trimestre

NOTAS _
São Paulo - A Fecomércio acredita que, no próximo trimestre, a expectativa da atividade econômica será melhor, uma vez que o consumo caiu, mas a confiança do consumidor em relação à economia aumentou em abril. Segundo a Federação, o Produto Interno Bruto (PIB) não apresentou resultado pior porque o setor de serviços, que inclui os bancos, cresceu moderadamente, atenuando a situação. Abram Szajman, presidente da Fecomércio, diz que o consumo das famílias colaborou fundamentalmente para que não houvesse uma queda maior.
DCI - Comercio -10/06/09 -

Brasil, Rússia, Índia e China irão debater reservas em dólar

INTERNACIONAL 10/06/09 -Agência Estado Bloomberg PEQUIMWASHINGTON - Hu Jintao, presidente da China, participará do primeiro encontro de cúpula entre Brasil, Rússia, Índia e China (Bric) que acontecerá na Rússia no dia 16, terça-feira. Hu viajará no domingo para Ekaterinburgo, no oeste da Rússia, onde será realizado o encontro. Ele permanece no país até dia 18. A viagem envolve, além da reunião dos países do Bric, uma visita de Estado e reuniões regionais de segurança, disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Qin Gang.Em maio do ano passado, foi realizado um encontro similar dos países do BRIC, mas contando apenas com a participação de ministros de relações exteriores. Hu deixará a Rússia no dia 18 em direção a Eslováquia e a Croácia para visitas de Estado.
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Na entrevista concedida pelo Ministério de Relação Exteriores da China para divulgar a viagem de Hu, o vice-ministro de Relações Exteriores da China, He Yafei, afirmou ser necessário aprofundar as discussões sobre a ideia de uma supermoeda soberana, acrescentando que atualmente tais discussões estão em nível acadêmico e entre peritos.
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A Rússia e a China sugeriram anteriormente que os Direitos Especiais de Saque emitidos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) poderiam eventualmente substituir o dólar como moeda de reserva global. Mas as ponderações feitas por He indicam que Pequim não prevê aplicação de tais ideias no curto prazo. O presidente do Banco do Povo da China, Zhou Xiaochuan, discutiu a criação de uma super moeda soberana em um ensaio que veio a público em maio, pouco antes da reunião do G-20 em abril.
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He reiterou que a China é a favor de uma relativa estabilidade cambial entre as maiores moedas de reserva, o que conduz a um sistema monetário global mais racional e diversificado. Ele acrescentou que a China propõe melhora nos mecanismos para emissão e administração de moedas de reserva internacional.
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Recentemente, a China pediu ao FMI para melhorar o monitoramento das nações que emitem moedas de reserva, particularmente daquelas utilizadas como moeda de reserva. Tais comentários vêm à tona em meio a preocupações de que o aumento no déficit fiscal dos Estados Unidos, em decorrência dos planos de estímulo do governo norte-americano, poderá eventualmente produzir inflação, enfraquecer o dólar e minar o valor dos investimentos chineses na moeda.
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"Temos ouvido do governo chinês - em privado - preocupação substancial, contínua e crescente", afirmou o deputado republicano Mark Kirk após viagem à China, que incluiu conversas com funcionários do governo chinês e com presidente do banco central, Zhou Xiaochuan."É claro que a China gostaria de diversificar seus investimentos em relação ao dólar", disse o congressista no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.
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A avaliação de Kirk difere dos comentários feitos pelo secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, na semana passada, sobre sua visita à China, de que os líderes chineses manifestaram confiança sobre o futuro da economia dos EUA, atingida por uma recessão. A China é o maior credor dos EUA, com US$ 700 bilhões investidos em títulos do Tesouro norte-americano. O país lançou, no início deste ano, a ideia de substituir o dólar por uma cesta de moedas como unidade de referência global.
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Segundo Kirk, os líderes chineses criticaram fortemente a política de alívio quantitativo do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). O alívio quantitativo é uma forma de inundar o sistema financeiro com dinheiro, que os chineses classificaram como impressão de dinheiro imaginário.
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Ontem, Dominique Strauss-Kahn, diretor-geral do FMI, afirmou que os bônus do Fundo são um investimento seguro. A declaração foi feita assim que a China anunciou a intenção de comprar US$ 50 bilhões desses papéis. "Estes novos bônus são outro instrumento de investimento seguro e com um rendimento razoável para os países-membros", disse Strauss-Kahn, declarando-se "agradecido às autoridades chinesas por seu forte apoio ao sistema financeiro internacional". A China é o segundo país, depois da Rússia, a oficializar seu interesse em contribuir para o refinanciamento do FMI.
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Carros
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As vendas de veículos de passageiros na China subiram 47% em maio, seu maior salto desde fevereiro de 2006, uma vez que os cortes de impostos e os subsídios do governo ajudaram a ampliar a liderança do país sobre os EUA como o maior mercado automobilístico do mundo. O total das vendas de veículos subiu 34%, para 1,12 milhão de unidades.
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Hu Jintao, presidente da China, participa do 1º encontro de cúpula de Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC), na Rússia no dia 16.

Selic tem taxa de um dígito pela 1ª vez na história, a 9,25%

Copom surpreende mercado e mantém ritmo de corte de juros, reduzindo a Selic em um ponto porcentual
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Agência Estado _
SÃO PAULO - O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu cortar a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto porcentual, de 10,25% ao ano para 9,25% ao ano, sem viés. A decisão foi tomada por 6 votos a favor de 1 ponto e dois votos, pela redução de 0,75 ponto porcentual. É a primeira vez desde que a Selic foi criada, em 1986, que ela fica em um dígito.
_ Na reunião anterior, em 29 de abril, o corte também havia sido de 1 ponto porcentual. Em 11 de março, a redução dos juros foi mais agressiva, de 1,5 ponto, e na primeira reunião do ano, em 21 de janeiro, a taxa caíra 1 ponto. Neste ano, portanto, o juro básico acumula uma redução de 4,5 pontos porcentuais.
_ Em nota à imprensa divulgada após a decisão, o BC sinaliza que deve reduzir o ritmo dos cortes nas próximas reuniões. "Levando em conta que mudanças da taxa básica de juros têm efeitos sobre a atividade econômica e sobre a dinâmica inflacionária que se acumulam ao longo do tempo, o Comitê concorda que qualquer flexibilização monetária adicional deverá ser implementada de maneira mais parcimoniosa", diz o texto.
_ Na nota, o BC afirma que "acompanhará atentamente a evolução do cenário prospectivo para a inflação até a sua próxima reunião, para então definir os próximos passos da estratégia de política monetária".
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_ Surpresa
_ A maioria dos economistas do mercado financeiro acreditava que o BC teria uma postura menos agressiva na decisão desta quarta, porém ainda de corte na taxa básica de juros. Conforme levantamento feito pela Agência Estado com 60 instituições, antes das divulgações do relatório de emprego nos EUA e do PIB no Brasil, mais da metade, ou 41, trabalhava com uma expectativa de redução de 0,75 ponto porcentual, contra um grupo de 16 instituições que ainda via espaço para uma redução de um ponto porcentual na Selic e apenas três economistas com estimativa mais conservadora, de diminuição de 0,50 ponto porcentual.
_ Na terça-feira, após a divulgação do PIB do primeiro trimestre - com taxa negativa, mas não tão ruim quanto as previsões -, o mercado eliminou apostas mais agressivas de corte de juros (de 1 ponto porcentual) e fez as fichas convergirem para a de redução de 0,75 ponto porcentual. Mas acabou sendo surpreendido pelo BC.
_ O Copom voltará a se reunir para decidir sobre a taxa básica de juros nos dias 21 e 22 de julho deste ano. A ata com as explicações da decisão de hoje será divulgada pelo Banco Central na quinta-feira da próxima semana (dia 18 de junho).
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Leia a seguir a íntegra do comunicado do Copom sobre a decisão de política monetária:
_ "Tendo em vista as perspectivas para a inflação em relação à trajetória de metas, o Copom decidiu reduzir a taxa Selic para 9,25% ao ano, sem viés, por seis votos a favor e dois votos pela redução da taxa Selic em 0,75 ponto porcentual. Levando em conta que mudanças da taxa básica de juros têm efeitos sobre a atividade econômica e sobre a dinâmica inflacionária que se acumulam ao longo do tempo, o Comitê concorda que qualquer flexibilização monetária adicional deverá ser implementada de maneira mais parcimoniosa. O Copom acompanhará atentamente a evolução do cenário prospectivo para a inflação até a sua próxima reunião, para então definir os próximos passos da estratégia de política monetária.
_ Brasília, 10 de junho de 2009"

terça-feira, 9 de junho de 2009

Demanda do consumidor por crédito cresce 2,5% em maio

SÃO PAULO - O Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito registrou crescimento de 2,5% em maio de 2009 na comparação com o mês anterior, perfazendo a terceira variação mensal positiva consecutiva (em abril houve alta de 10,8% e, em março, de 5,8%).
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Segundo a empresa, tal movimento consolida a trajetória iniciada em março, de reativação da demanda do consumidor por crédito, que pode ser explicada pela melhora gradual das condições da oferta de crédito às pessoas físicas por parte do sistema financeiro (aumento dos prazos médios e custos mais baixos para o tomador final) bem como pela queda do dólar, aumentando a confiança dos consumidores na economia sinalizada por pesquisas especializadas nesta área.
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Não obstante a recuperação que se observa na margem da demanda do consumidor por crédito, as variações anuais, isto é, comparadas com os mesmos meses do ano anterior, ainda encontram-se em território negativo, segundo a Serasa. Em maio de 2009, o nível da demanda do consumidor por crédito recuou 13,6% em relação ao patamar observado em maio de 2008. No acumulado do ano (janeiro a maio de 2009), a procura dos consumidores por crédito encontra-se 8,0% abaixo do nível verificado no acumulado dos primeiros cinco meses de 2008.
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Na abertura regional, o maior crescimento da demanda dos consumidores por crédito em maio foi observado na Região Nordeste (alta de 5,4%), seguida de perto pelas Regiões Sudeste (+3,3%) e Centro-Oeste (+2,5%). As Regiões Norte (-2,8%) e Sul (-0,8%) acusaram quedas em maio na procura dos consumidores destas regiões por crédito. No acumulado do ano, todas as regiões ainda apresentam queda na procura dos consumidores por crédito. A maior delas é verificada na Região Nordeste (-11,7%), seguida pela Sudeste (-7,9%), Sul (-7,2%), Norte (-5,4%) e Centro-Oeste (-5,1%).
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A elevação da procura dos consumidores por crédito em maio foi liderada pelas camadas de mais alto rendimento mensal da população. Os consumidores com renda pessoal mensal superior a R$ 10 mil elevaram sua demanda por crédito em 11,3% no mês de maio e os consumidores com rendimento entre R$ 5 mil e R$ 10 mil apresentaram alta de 4,5% na procura por crédito. O maior acesso a informação via noticiário especializado dando conta de sinais de recuperação do cenário econômico doméstico pode explicar essa liderança.
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DCI-BANCOS 09/06/09 Agência Estado

Moagem de cana-de-açúcar é 61,83% maior nesta safra

Nota __ São Paulo - Condições favoráveis para a colheita da cana-de-açúcar desde o início da safra 2009/2010, em toda a região centro-sul do País, aceleram o ritmo de moagem, atingindo o volume de 72,68 milhões de toneladas, que comparados com o acumulado da safra anterior de 44,91 milhões de toneladas, representam um acréscimo de 61,83%.
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Essa moagem representa até essa data 13,21% do estimado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) em sua previsão inicial. Até 15 de maio, ainda não haviam iniciado a moagem 65 unidades produtoras, das quais 22 das novas unidades previstas.
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A unidade da Usina Colombo, no Município de Santa Albertina (SP), foi a primeira das novas unidades a iniciar a moagem.
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DCI- 09/06/09

Caixa anuncia redução de juros de até 16,4%

BRASÍLIA - A Caixa Econômica Federal anunciou nesta terça-feira (9) que vai operar nova tabela de juros na próxima segunda-feira (15) e acenou com uma redução de até 16,4% no crédito comercial. As reduções contemplam oito linhas de crédito para pessoa física e dez modalidades pessoa jurídica (empresas).
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Para pessoa física, o destaque é a queda de juros na linha de créditos conveniados INSS, que baixa de 0,88% para 0,85% ao mês, numa redução de 3,4%. O banco também reduziu as taxas do penhor, de 2,10% para 2,08%, e vai cobrar juros a partir de 1,19% no financiamento de veículos.
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O Cartão Turismo Parcelado também teve reduzida a taxa mínima de 2,9% para 2,4% ao mês e máxima, de 3,8% para 3,3%. No caso do crédito pessoal, a taxa mínima diminui de 3,85% para 3,80% e a máxima, de 4,31% para 4,26%. A taxa mínima do cheque especial também cai de 1,27% para 1,20%.
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Segundo a presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho, o banco vem se mantendo com as menores taxas de juros do mercado. “Nossa atuação aponta claramente que estamos cumprindo nossa missão de banco público, ampliando a oferta de crédito e reduzindo os juros com sustentabilidade”, disse.
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De acordo com o vice-presidente de Finanças, Márcio Percival, a diretoria da Caixa analisou o comportamento das curvas futuras de juros e resolveu reduzir as taxas de vários produtos às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, iniciada hoje (9).
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Percival entende que “as novas taxas irão contribuir para a expansão do crédito e do consumo, necessárias para a retomada dos níveis de crescimento, emprego e renda”. Foi por esse motivo, segundo o vice-presidente que o banco reduziu para até 16,42% a taxa máxima do GiroCaixa para o segmento de micro e pequenas empresas e também promoveu a redução da taxa do cheque Empresa Caixa, conveniado em folha de pagamento, que passa de 5,13% para 5,09% ao mês.
DCI. 09/06/09 POLÍTICA ECONÔMICA- Agência Brasil

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Linha de crédito destina R$ 200 milhões para turismo

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Empresas prestadoras de serviços turísticos cadastradas no Ministério do Turismo terão crédito de R$ 200 milhões para financiar investimentos e capital de giro de pequenos empreendimentos. A linha especial de crédito - Giro Setorial Turismo -, lançada nesta segunda-feira (8), conta com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), aprovados na última reunião ao Conselho Deliberativo do fundo. Para o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o turismo é uma vocação forte e estratégica para o Brasil, o que pode garantir muitos empregos.
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“O setor de serviços é o que mais cresceu nos últimos anos na geração de empregos. É um setor que tem força, tem pujança, é um dos mais vinculados, por meio de restaurantes, bares, hotéis, transportes, tudo é vinculado ao turismo”, disse.
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Micro, pequenas, médias e grandes empresas do setor poderão tomar emprestados até R$ 5 milhões, a serem pagos em até 36 meses, incluído o prazo de carência de até 18 meses. O limite de crédito tem o objetivo de pulverizar os recursos e atender ao maior número de empresas possível. Para ter direito aos recursos do FAT, as empresas precisam se cadastrar no Ministério do Turismo. O Cadastramento pode ser feito online pelo site http://www.cadastur.turismo.gov.br/
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Os empréstimos poderão ter dois tipos de taxas de juros: uma pós-fixada, que não poderá ultrapassar a TJLP acrescida de até 2,8% ao ano, e outra prefixada, que será de 8,5% ao ano. A linha será operada pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal .
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A linha de crédito é mais uma ação do governo federal para estimular empresas a manter os níveis de emprego e renda no setor. Desde março, o Ministério do Turismo vem colocando em prática medidas estratégicas para incentivar a oferta e a demanda turística brasileira. Alguns exemplos são a promoção de destinos nacionais, o crediário Caixa Fácil para o Turismo, que financia viagens em até 24 meses, e a abertura da terceira temporada do programa Viaja Mais Melhor Idade.
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Editado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da RepúblicaNº 821 - Brasília, 8 de Junho de 2009

Banco Central prevê recessão maior na zona do euro e mantém juro

FRANKFURT LONDRES - Em um dia de decisão sobre as taxas de juros na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) elevou significativamente, para 4,6%, sua previsão de recessão na zona euro em 2009. O BCE apostava até então em um recuo do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,7% em 2009. Para 2010, a instituição de Frankfurt também elevou suas previsões: ela espera agora um recuo do PIB de 0,3%, contra um crescimento nulo até então. Sobre a inflação na zona euro, o BCE abaixou levemente sua previsão, de 0,4% para 0,3%.
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Para 2010, o BCE manteve sua previsão de 1%. No mesmo dia, o Banco Central Europeu manteve a taxa básica de juro da zona do euro no recorde de baixa de 1%, como já era esperado pelo mercado. O BCE também manteve a taxa de depósito, em 0,25%, e a taxa de empréstimos, em 1,75%. Já o Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra (BOE - autoridade monetária britânica) informou ontem que, pelo terceiro mês consecutivo, decidiu deixar inalterada a taxa básica de juros no Reino Unido no mínimo histórico de 0,5%.
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A medida não surpreendeu os analistas, que já tinham previsto uma manutenção dos juros e estavam mais interessados em saber se o banco central quer colocar mais dinheiro em circulação, para reativar o mercado creditício e estimular a economia da região. Sobre isso, a instituição afirmou ontem que não reforçará seu programa de alívio quantitativo da economia, cujo orçamento é de mais de 125 bilhões de libras (143 bilhões de euros).
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O programa foi ativado depois que a taxa de juros neste país ficou em 0,5% em março, após seis quedas consecutivas com as quais o banco central tentou amortecer o impacto da crise financeira na economia nacional. No entanto, após comprovar que esta medida não estava conseguindo reaquecer a economia nem impulsionar a recuperação do mercado creditício, o Banco da Inglaterra decidiu emitir dinheiro para injetar liquidez no mercado, fato inédito em sua história. Essa estratégia contemplava, em um primeiro momento, a emissão de 75 bilhões de libras (86,25 bilhões de euros) para a compra de títulos.
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Rússia
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O banco central da Rússia reduziu sua taxa básica de juro pela terceira vez em seis semanas. O BC cortou o juro em 0,50 ponto percentual, para 11,5%. Uma pesquisa mostrou que os analistas previam redução para 11,5% até o fim de junho e para 11% até o fim do ano. A Rússia iniciou em abril o processo de afrouxamento monetário.
DCI- 05/06/2009- Internacional- Agência Estado

Risco Brasil cai 1,12% e fecha aos 266 pontos

_ SÃO PAULO - Considerado um dos principais termômetros da confiança dos investidores na economia brasileira, o EMBI+, calculado pelo Banco JP Morgan Chase, fechou a segunda-feira aos 266 pontos. Foi uma queda de 1,12% perante os 269 pontos do encerramento de sexta.
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Sobre o EMBI+ Brasil
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O Emerging Markets Bond Index - Brasil é um índice que reflete o comportamento dos títulos da dívida externa brasileira. Corresponde à média ponderada dos prêmios pagos por esses títulos em relação a papéis de prazo equivalente do Tesouro dos Estados Unidos, tido como o país mais solvente do mundo, de risco praticamente nulo. O indicador mensura o excedente que se paga em relação à rentabilidade garantida pelos bônus do governo norte-americano. Significa dizer que a cada 100 pontos expressos pelo risco Brasil, os títulos do país pagam uma sobretaxa de 1% sobre os papéis dos EUA.
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Basicamente, o mercado usa o EMBI+ para medir a capacidade de um país honrar os seus compromissos financeiros. A interpretação dos investidores é de que quanto maior a pontuação do indicador de risco, mais perigoso fica aplicar no país. Assim, para atrair capital estrangeiro, o governo tido como "arriscado" deve oferecer altas taxas de juros para convencer os investidores externos a financiar sua dívida - ao que se chama prêmio pelo risco.
(Valor Online)

De março para abril, emprego industrial recua 0,7%

Em abril, o emprego industrial recuou 0,7% frente ao mês anterior, na série ajustada sazonalmente, sétima taxa negativa consecutiva, período em que acumulou perda de 6,6%. No confronto com abril de 2008, a taxa de -5,6% do pessoal ocupado é a menor da série histórica, iniciada em 2001. O índice de média móvel trimestral mantém sequência de seis taxas negativas, com ritmo de queda menos acentuado em abril (-0,9%) do que nos dois meses anteriores (-1,5% em fevereiro e -1,2% em março). E o número de horas pagas na indústria, em abril, recuou 0,4% frente ao mês anterior, na série livre dos efeitos sazonais, sétimo resultado negativo consecutivo (acumulando perda de 7,1%).
Fonte: IBGE

domingo, 7 de junho de 2009

Queda do PIB vai repercutir na Selic

Domingo, 07/06/2009 Versão Impressa Sérgio Gobetti
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Dólar e poupança preocupam, mas índice pode ampliar corte do juro

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O futuro do câmbio e da poupança tornou-se o principal fator de preocupação do governo nas discussões sobre os rumos da taxa de juros que precedem a reunião do Conselho de Política Monetária (Copom). Mas a decisão dos diretores do Banco Central, considerando um espectro de redução da Selic entre 0,5 e 1 ponto porcentual, dependerá do tamanho da queda do Produto Interno Bruto (PIB), a ser anunciado na manhã da próxima terça-feira, um dia antes da votação do Copom.
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O governo e o mercado já sabem que a economia encolheu pelo segundo trimestre consecutivo no início deste ano, configurando o que os economistas chamam de "recessão técnica". Mas as estimativas do Ministério da Fazenda e do BC são de uma queda de "apenas" 1,7% na comparação entre o primeiro trimestre de 2009 e o último de 2008. Se confirmar-se um tombo maior, de 3% a 4%, como preveem alguns modelos de prognóstico "informais" utilizados pelos técnicos da equipe econômica, a pressão para que o Copom reduza a Selic em 1 ponto porcentual será muito maior.
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No momento, o principal fator levantado por economistas para defender uma queda mais forte da taxa de juros é a valorização do real em relação ao dólar. Na quinta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, levou ao presidente Lula um comparativo mostrando que a moeda brasileira foi a que mais se valorizou ante a moeda americana nos últimos quatro meses (18,1%, ante 10,7% do euro e 0,1% do yuan chinês).
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Os dados foram apresentados ao presidente Lula com o intuito de mostrar que a situação cambial é preocupante para o setor exportador, ao contrário do que tem sugerido o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. O ministro da Fazenda também é contrário a medidas mais radicais de controle da taxa de câmbio, mas quer compensar o movimento cambial com uma redução mais forte da taxa de juros.
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Embora os dados indiquem que o recente ingresso de dólares no Brasil não foi puxado pelos títulos públicos, mas pela Bolsa de Valores e pelos investimentos estrangeiros diretos, os técnicos da Fazenda avaliam que, se a taxa de juros já estivesse mais baixa, isso poderia ter provocado um contrapeso aos demais fatores que puxam o dólar para baixo.
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Meirelles, ao contrário, rejeita por princípio qualquer utilização da política monetária para objetivos cambiais e prefere outro instrumento para conter a valorização do real: a compra de moeda estrangeira pelo Banco Central para ampliar as reservas internacionais.
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Os técnicos da Fazenda, entretanto, começam a questionar o prosseguimento dessa estratégia agora que as reservas superam os US$ 205,4 bilhões. O argumento é que, se o Brasil atravessou o pior da crise sem perder reservas, não necessitaria de mais dólares. A principal razão do questionamento é o custo fiscal da medida. Cada vez que compra um dólar, o BC precisa emitir títulos públicos para ter os reais necessários à troca. E o problema é que os dólares depositados nas reservas internacionais e aplicados em títulos americanos e europeus rendem ao Brasil muito menos do que custam os títulos da dívida interna atrelados à taxa Selic.
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Nesse ponto, a queda da taxa Selic contribuiria para reduzir o custo do endividamento e da aquisição das reservas. O problema para uma queda mais forte dos juros, admitem os próprios economistas da Fazenda, é o piso criado pela remuneração da caderneta de poupança.
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Se o Copom reduzir a Selic de 10,25% para 9,25%, por exemplo, a avaliação é de que o governo seria pressionado a antecipar uma solução para o diferencial dos rendimentos financeiros no Brasil, provavelmente reduzindo o imposto sobre aplicações em fundos. Por uma série de motivos, os técnicos da Fazenda não simpatizam com a proposta de reduzir o IR dos fundos de investimento e prefeririam adotar uma solução estrutural definitiva para o problema da caderneta de poupança.
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Por isso, uma redução de apenas 0,5 ou 0,75 ponto porcentual permitiria à equipe econômica continuar adiando por mais tempo o anúncio de medidas para evitar a migração dos fundos para a poupança. E essa deve ser a decisão do Copom, se a queda no PIB não for pior do que o previsto oficialmente. A aposta da maioria dos integrantes do próprio governo é que a queda será de 0,75 ponto, embora haja uma torcida por algo mais acentuado.

Rodada de Negócios supera meta e negocia R$ 12 milhões

DCI- 05/06/09 COMÉRCIO EXTERIOR Agência Sebrae
MOSSORÓ - Pequenos produtores rurais do município de Mossoró, no Rio Grande do Norte, vão exportar, nos próximos 12 meses, manga e melão para países da Europa e para a Argentina. O fornecimento dessas frutas irá gerar negócios na ordem de aproximadamente R$ 12 milhões. A renegociação entre os dois lados foi feita durante Rodada de Negócios Internacional realizada pelo Sebrae/RN. O encontro comercial faz parte da '6ª edição da Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada, a Expofruit 2009, que acontece até esta sexta-feira (5), em Mossoró.
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O valor negociado superou a meta estabelecida pelos organizadores do evento, de R$ 10 milhões. O valor estimado seria a soma dos negócios fechados tanto na Rodada de Negócios Internacional quanto na Rodada de Negócios Nacional, que começa a ser realzada no começo da noite desta sexta-feira (5). “O resultado foi extremamente positivo, tendo em vista que já conseguimos superar a meta estipulada com a realização de apenas uma das rodadas, que foi a internacional”, explica a coordenadora das rodadas de negócios do Sebrae/RN, Maíza Pessoa.
_ Participaram da Rodada de Negócios Internacional 11 importadores, vindos da Argentina, Espanha, Canadá, Holanda, Grã-Bretanha, Inglaterra e Argentina, e 25 empresas brasileiras produtoras e exportadoras dos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Ceará, Piauí e São Paulo. As rodadas de negócios são eventos de curta duração desenvolvidos por meio de reuniões de negócios entre empresários que demandam e ofertam produtos e serviços, acontecendo em locais determinados e em horários pré-determinados.
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Ubiratan Carvalho de Oliveira, representante da Cooperativa de Desenvolvimento Agroindustrial Potiguar (Coodap), da Comunidade Pau Branco, localizada em Mossoró, foi uma das empresas ofertantes que conseguiu fechar contrato no valor de R$ 240 mil com a empresa holandesa JoyFruit Europe B.V. A cooperativa irá fornecer, por um ano, o melão potiguar. Atualmente a Coodap, que conta com 20 produtores, já exporta melão e outras frutas para a Holanda, de onde são distribuídas para demais países da União Européia. Na safra passada, o volume de negócio exportado foi de R$ 150 mil.
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“Passamos a exportar depois que começamos trabalhar em parceria com o Sebrae. A partir da participação em feiras, em capacitações, é que adquirimos conhecimento e conseguimos fazer os primeiros contatos com compradores estrangeiros”, explica Ubiratan. Mas ainda, segundo ele, exportar permanece sendo tarefa difícil. “Ainda hoje enfrentamos dificuldades para atender às exigências de certificações, além do alto custo dos insumos, e as questões da logística e das pragas nas plantações”, afirma.
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Expofruit 2009
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A Expofruit 2009, que trouxe este ano como tema, ‘Fruta. Um pedaço do Brasil que gira o mundo’, teve sua abertura oficial na noite da quinta-feira (4). O evento contou com a presença da diretoria do Sebrae no Rio Grande do Norte, parlamentares, representantes do governo, universidades e entidades parceiras. Na ocasião, o superintendente do Sebrae/RN, José Ferreira de Melo Neto, agradeceu o empenho de todos da Casa e dos parceiros para a realização da Expofruit, considerada a maior feira de fruticultura do País.
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“A Expofruit é uma vitrine. Aqui estão presentes todos os envolvidos na cadeia produtiva da fruticultura. Desde representantes de empresas de navegação até empresas que produzem software, além, claro, do pequeno produtor rural, que é quem faz a roda girar. Neste momento em que a economia do mundo passa por dificuldades, nós devemos nos fortalecer ainda mais, para discutir inovação, tecnologia e abrir novos mercados. E essa feira é uma ótima oportunidade para isso”, disse.
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Ainda com a temática da crise financeira internacional, o vice-governador do Estado do Rio Grande do Norte, Iberê Paiva Ferreira de Souza, enfatizou que não adianta discutir os efeitos da crise de forma isolada, mas com os elos da cadeia produtiva dos setores. “Crises sempre vão existir. O que temos que fazer é um esforço empresarial para nos protegermos. É preciso investimento em tecnologia e capacitação para que possamos melhorar nossos produtos e mercados, e a Expofruit tem um papel fundamental para impulsionar a cadeia da fruticultura nesses aspectos”, afirmou.

Exportação Para o Mercado Asiático- rumo a China

Política comercial do governo brasileiro com vista em ampliar as transações entre o Brasil e os países asiáticos, em especial a China, ganha reforço do setor produtivo. Indústria do setor Coureiro Calçadista de Franca desenvolvem produtos e estratégias especiais para entrar na acirrada competitividade dos produtos chineses. Notícia veiculada na imprensa local, demonstram as iniciativas dos empresários locais afim de ocupar espaço no maior mercado consumidor asiático. Vejam a seguir na integra as publicações.

Gina Mardones Comércio da Franca ANSIOSO - Téti Brigagão deve viajar à China para assinar o contrato de mais de 32 mil pares Fernanda Bufonida Redação
Os calçados fabricados pela Sândalo devem percorrer distâncias mais longas a partir do mês de agosto. Acostumados a aterrissar na Europa e nos Estados Unidos, 32 mil pares de sapatos da empresa francana mudarão de curso e vão invadir a China. Se tudo der certo, o negócio será de mais de US$ 1 milhão. Outra empresa francana, a Anatomic Gel, que já havia exportado pequenas quantidades para a China, agora deve abrir uma rede de lojas naquele país, com mais de 50 mil pares. Juntas, as duas devem exportar quase US$ 3 milhões em calçados. Será a primeira exportação expressiva da história do município para o gigante asiático.
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De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, o ano em que Franca vendeu mais calçados aos chineses foi 2007 - US$ 155 mil - comercialização realizada pela Calçados Anatomic Gel. (Leia mais na página A-5.) Pelo levantamento, ao longo dos últimos 20 anos, as exportações para a China aparecem esporadicamente e não ultrapassam US$ 15 mil.
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Mesmo habituados a fechar negócios com mais de 20 países e com cerca de 30% da produção voltada para a exportação, os diretores da Sândalo foram surpreendidos em setembro do ano passado com o pedido de modelos femininos de alto valor agregado - em média US$ 33, o par. "Quando vi a quantidade e o valor, quase cai de costas. É claro que fiquei desconfiado e foram dez meses de negociações para ter certeza de que o negócio era real. As garantias estão no próprio contrato: transferência imediata de 30% do total a ser pago e os outros 70% do pagamento serão através de carta de crédito de um banco de primeira linha", contou Téti Brigagão, diretor de marketing da Sândalo.
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A oportunidade partiu de uma grande importadora - cujo nome é mantido em sigilo por razões comerciais - da província de Hebei, no Norte do País, e chegou à Sândalo através de um agente de negócios do Rio Grande do Sul.
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Sem capacidade para produzir os milhares de pares no município, a empresa francana terá que contar com os serviços de uma de suas fábricas licenciadas em Jaú (SP) e outra no Estado gaúcho. Os oito modelos que serão produzidos pela empresa francano foram escolhidos pelo comprador e fogem ao estilo brasileiro. "Eles são diferentes em quase tudo. Num deles, por exemplo, é utilizado couro de coelho e o corte tem de ser artesanal", contou o empresário.
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Há alguns anos, a Sândalo tem toda sua produção terceirizada. As mesmas empresas que fazem os modelos masculinos vão fazer o serviço de corte e pesponto dos femininos que serão comercializados do outro lado do mundo. "Quando a primeira parte é bem feita, as chances do calçado ficar perfeito são maiores. Por isso, corte e pesponto ficam aqui. Só a montagem e o acabamento serão feitos fora. Isso porque as empresas que realizarão o serviço tem as formas ideais", explicou Téti.
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Na próxima semana, o calçadista embarca para Pequim onde assinará o contrato. "Eles exigiram que um de nós fosse até lá. Vou aproveitar a viagem para tentar descobrir novos clientes na China e ainda passar em Dubai, na Arábia Saudita, para visitar um grande comprador que temos por lá", contou o calçadista animado.
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Para o consultor calçadista Zdenek Pracuch a iniciativa de abertura do mercado chinês não deveria causar surpresa. "O que surpreende é a demora para que isso acontecesse. A China foi atingida pela recessão do mesmo modo que o resto do mundo, mas continuou crescendo em função do imenso mercado interno e da aplicação da enorme poupança em obras de infraestrutura". Segundo ele, o que deveria interessar aos calçadistas francanos na verdade é como entrar no mercado chinês. "A classe média daquele país, estimada em 200 milhões de pessoas, não para de crescer.
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Imaginem uma classe média igual ou mais do que toda a população brasileira! E a classe dos 'novos ricos' chineses está fascinada com mercadorias do Ocidente. É uma excelente oportunidade", completou Pracuch.
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NA DISPUTA

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Anatomic Gel adota estilo agressivo dos chineses _
Cassiano Lazarini/Comércio da Franca

INVESTINDO - José Rosa Jacometti aposta na abertura de lojas próprias para lucrar com o mercado chinês
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Apesar da iniciativa pioneira, a Sândalo não é única que planeja investir no mercado asiático. A Anatomic Gel está com tudo acertado para assinar contrato de criação de uma rede lojas próprias na China. Com o negócio, a empresa prevê a exportação de 50 mil pares, a US$ 35 cada. Ou seja, mais de US$ 1,7 milhão no total.
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José Rosa Jacometti, proprietário da empresa, dá o negócio como certo e espera apenas pela Francal para levar o novo parceiro comercial para conhecer seu depósito em Londres. "O encontro está marcado para duas semanas após a feira. A ideia é agressiva, mas já vi funcionar. A previsão é começar com 5 lojas e chegar a 32 unidades até meados do ano que vem. A maioria deve ser instalada em shoppings. Eles venderão exclusivamente nossa marca e ficarão com 30%", disse o empresário.
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Jacometti afirma que foi a experiência que o fez optar por uma forma diferente de entrar no mercado chinês. "Já fiz negócios com a China. A cultura deles é muito diferente. Eles são muito instáveis. Compram, param, copiam nossos modelos, depois voltam a importar", disse ele.O histórico de exportações da Anatomic Gel para a China aparecem na estatística do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Os dados, tabulados pelo Sindifranca (Sindicato da Indústria Calçadista de Franca), mostram que a empresa foi a responsável pelas exportações em 2007 - US$ 155 mil -, a maior feita por uma empresa do município para o gigante asiático até hoje.
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CURIOSIDADE
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Ao contrário da Sândalo, que produzirá produtos de acordo com as especificações do comprador, a Anatomic Gel planeja entrar no mercado asiático com modelos de linha própria, que comercializa na Europa. "A proximidade com meu distribuidor de Londres agilizará o abastecimento das lojas", disse Jacometti.Por conta da demanda o empresário já planeja aumentar a fabricação de sapatos de numeração menor. "Os chineses têm pé pequeno e seguem a numeração europeia, indo do 35 ao 42 apenas", explicou.

Missão comercial brasileira à África Subsaariana começa na próxima segunda-feira

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Chefiada pelo ministro Miguel Jorge, a delegação conta com aproximadamente 90 empresários e representantes de entidades setoriais de mais de dez segmentos
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Começa nesta segunda-feira (8/6) a missão comercial brasileira a quatro países da África Subsaariana, chefiada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. A primeira cidade a ser visitada é Acra, capital de Gana (8/6); seguida de Dacar - no Senegal (dia 9); depois Lagos (Nigéria), dias 10 e 11, finalizando a viagem em Malabo (Guiné Equatorial), no dia 12. Seminários, feiras, fóruns e reuniões de negócios integram a programação.
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A missão comercial conta com a presença de cerca de 90 empresários e líderes de entidades dos segmentos de alimentos e bebidas, máquinas e equipamentos, tecnologia da informação, têxteis, calçados, energia, defesa, infra-estrutura e mineração, além de representantes do Governo Brasileiro.
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A finalidade é promover o aumento do comércio e dos investimentos bilaterais e explorar possibilidades de cooperação entre os setores produtivos do Brasil com esses quatro países da África Subsaariana. Organizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a missão tem apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE), da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
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Esta é a segunda das três missões comerciais brasileiras à África previstas, pelo MDIC, para este ano. A primeira foi realizada em janeiro para o Norte do continente, com visitas aos seguintes países: Marrocos, Líbia, Argélia e Tunísia. A terceira missão ocorrerá no segundo semestre para a África do Sul e países vizinhos.
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Senegal
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Além das atividades relacionadas à Missão Comercial à África Subsaariana, a programação no Senegal prevê ainda mais duas ações simultâneas durante a visita da delegação brasileira: o Fórum Brasil-África Subsaariana: Empreendedorismo para o Desenvolvimento, coordenado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE), que será aberto pelo ministro Miguel Jorge; e a Exposição Brasil Agri-Solutions, feira promovida pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), com representantes dos setores brasileiros de máquinas e implementos agrícolas, máquinas e equipamentos para biocombustíveis e alimentos industrializados.
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De janeiro a abril deste ano, o Senegal foi o 86ª destino das exportações brasileiras, uma posição acima, na comparação com igual período de 2008. As vendas brasileiras para o país, nesses quatro meses, totalizaram US$ 37,6 milhões, cifra 17,4% menor que a registrada no mesmo período de 2008, quando as vendas alcançaram US$ 45,5 milhões. Os produtos brasileiros embarcados para o Senegal, nesse período, foram, principalmente, bens industrializados (72,1%) e produtos básicos (27,8%). As importações brasileiras de produtos do Senegal, de janeiro a abril de 2009, somaram US$ 278 mil, sendo que a pauta foi composta de 98% de produtos básicos e 2% de bens industrializados. Nos quatro primeiros meses de 2008, as exportações senegalesas para o Brasil chegaram a US$ 3,2 milhões.
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Gana
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As exportações brasileiras para Gana, de janeiro a abril de 2009, somaram US$ 56,6 milhões, valor 51,3% menor que o registrado em igual período de 2008, quando as vendas brasileiras para o País chegaram a US$ 116,2 milhões. Os produtos brasileiros embarcados para Gana, nesse período, foram, principalmente, bens industrializados (84,1%) e os produtos básicos representaram 15,9% da pauta. Os destaques da pauta foram: açúcar refinado (38%), carne de frango (15%), fio-máquina e barras de ferro ou aço (10,9%). Os embarques brasileiros para Gana representaram 0,13% do total exportado pelo Brasil, nesses primeiros quatro meses de 2009.
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A pasta de cacau ganense foi o principal produto comprado por empresas brasileiras no primeiro quadrimestre deste ano e respondeu por 95% do total das vendas do país para o Brasil. As importações brasileiras provenientes de Gana, nesse período, caíram 83% em relação ao mesmo período do ano passado, ao saírem de US$ 8,5 milhões para US$ 1,47 milhão, em 2009.
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Nigéria
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Nos primeiros quatro meses deste ano, a Nigéria foi 34ª destino das exportações brasileiras e o quarto maior entre os países da África. Nesse período, as vendas brasileiras para empresas nigerianas totalizaram US$ 266 milhões, uma redução de 39,7% na comparação com igual período de 2008 (US$ 441 milhões). A pauta exportadora para a Nigéria foi constituída, principalmente, por produtos industrializados (89,7%) e básicos somaram (10,2%). Os principais itens vendidos para o país foram: açúcar de cana (28,7%), gasolina (10,8%) e álcool etílico (8,6%). ]
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As compras brasileiras de petróleo nigeriano representaram 99,7% das importações nos quatro primeiros meses de 2009. As compras brasileiras de produtos do país, somaram, no período, US$ 989 milhões, valor 45,7% menor que o verificado no mesmo período de 2008 (US$ 1,82 bilhão). O saldo comercial (diferença entre os valores exportados e importados) ficou deficitário em US$ 723 milhões para o Brasil. No mesmo período de 2008, o déficit registrado foi de US$ 1,382 bilhão. A corrente comercial (soma das operações de exportação e importação) chegou a US$ 1,255 bilhão, uma redução de 44,6% em relação à cifra registrada no ano passado (US$ 2,263 bilhões).
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Guiné Equatorial
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De janeiro a abril de 2009, as exportações brasileiras para Guiné Equatorial registraram US$ 12,7 milhões, cifra 5,1% inferior à verificada no mesmo período de 2008, quando as vendas brasileiras para o País chegaram a US$ 13,4 milhões. Os produtos brasileiros embarcados para Guiné Equatorial, nesse período, foram compostos de 68,7% de bens industrializados e 31,3% de produtos básicos. Os principais produtos brasileiros exportados foram: carne de frango (19%), itens de ferro fundido, ferro ou aço (11,1%) e lácteos (9,1%).
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As importações brasileiras provenientes de Guiné Equatorial, no primeiro quadrimestre deste ano, chegaram a US$ 103,6 milhões, contra US$ 115,8 milhões registrados em igual período de 2008, o que representou uma variação negativa de 10,5%. Os produtos comprados de Guiné Equatorial, nesse período, foram óleos brutos de minerais betuminosos (71,1%) e petróleo em bruto (28,9%).
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No ano, até abril, o saldo bilateral ficou deficitário em US$ 90,9 milhões para o Brasil. No mesmo período de 2008, esse déficit chegou a US$ 102,4 milhões. O fluxo comercial (soma dos valores exportados e importados) apresentou redução de 10%, passando de US$ 129,2 milhões de janeiro a abril do ano passado para US$ 116,3 milhões em 2009.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Aline Cruz Mouraaline

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Maioria das empresas brasileiras prefere lucro a ações sustentáveis

_ Valor Online 04/06/2009
_ SÃO PAULO - Os empresários brasileiros ainda preferem manter a rentabilidade de seus negócios a investir em ações de preservação do meio ambiente, mas começam a ficar mais divididos nesse assunto. Pesquisa aplicada em 36 países pela Grant Thornton Internacional revela que, no Brasil, 47% dos empresários consultados não abririam mão do lucro em nome de ações verdes.É grande, no entanto, a fatia de empresas preocupadas com a questão: 43% afirmaram que estariam dispostos a diminuir a margem em favor de melhores práticas ambientais.Na média global, 51% das 7.200 empresas consultadas adotariam ações de preservação ambiental em detrimento dos lucros. Outros 36% optaram pela rentabilidade dos negócios e 13% não souberam responder. No Brasil, 10% dos 150 empresários ouvidos no país também não responderam.Segundo Wanderley Ferreira, sócio da Terco Grant Thornton, que representa o grupo no Brasil, o aumento da preocupação dos consumidores tem pressionado as empresas a adotarem posturas mais responsáveis, tendência que, na avaliação dele, deve aumentar. Também pesa sobre o empresariado as incertezas sobre as matérias-primas e a sustentabilidade de seus negócios no longo prazo.Considerando os países emergentes, a fatia de empresários atentos à questão ambiental também é significativa. Na China, 64% foram favoráveis à atuação ambiental ainda que isso signifique aperto nos lucros. No Chile o percentual é o maior da América Latina, com 89%, seguido de Turquia (83%) Argentina (80%), México (60%) e Índia (44%). Um percentual mais modesto que o do Brasil foi observado na Rússia, onde 36% se mostram favoráveis a praticas verdes. Ainda assim, a fatia é maior do que os 33% do país que afirmaram preferir manter os lucros.Nos Estados Unidos, país fortemente criticado no mundo pelo pouco envolvimento em preservação ambiental, o empresariado ficou mesmo dividido, com 46% de um lado e 46% de outro. Na União Europeia, 46% se dizem favoráveis a ações ambientais, mas 43% ficariam com a opção de manter a rentabilidade.Um outra questão proposta ao grupo envolve a avaliação de cada empresário sobre se a comunidade empresarial do país se preocupa ou não com o meio ambiente. Na média global, 30% responderam positivamente. No caso do Brasil, 34% disseram que há preocupação nesse sentido, mas na América Latina a média ficou em 14%, bem abaixo da fatia de 61% que responderam positivamente entre países nórdicos.
(Valor Online)

Caixa reduz juros nos financiamentos habitacionais

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BRASÍLIA - A Caixa Econômica Federal informou hoje que reduziu os juros nos empréstimos habitacionais. Segundo a instituição, as taxas para os financiamentos com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) estarão entre 8,2% e 11,5% ao ano, acrescidos de TR e passam a valer a partir da próxima segunda-feira. Segundo o banco, as novas regras podem reduzir o valor das prestações em até 10,58%.Para os empréstimos enquadrados no Sistema Financeiro da Habitação (SFH) - imóveis com valor de até R$ 500 mil - a redução chega a 1 ponto percentual. Para unidades habitacionais avaliadas em até R$ 150 mil, as taxas serão de 8,9% ao ano na opção de pagamento via boleto bancário; de 8,4% para o mutuário que escolher o débito em conta e de 8,2% para aqueles que tiverem cesta de produtos (conta corrente, cheque especial e cartão de crédito). Anteriormente, os juros variavam entre 8,4% a 9,4% ao ano.Os empréstimos para compra de imóveis no valor de R$ 150 a R$ 500 mil terão juros anuais de 10,5% no caso do pagamento via boleto; de 10% ao ano para débito em conta e de 9,5% ao ano para cesta de produtos.Antes da redução, os juros da Caixa eram de 9,5% a 10,5% ao ano para imóveis avaliados entre R$ 130 mil e R$ 200 mil e de 11,5% anuais para unidades com custo acima de R$ 200 mil até R$ 500 mil.O banco reduziu também os juros das operações fora do SFH (imóveis acima de R$ 500 mil). Para pagamento por boleto, os juros são de 11,5% ao ano; no débito em conta são de 11% e para quem tem cesta de produto, de 10,5%.Hoje o banco responde por 70% do mercado de financiamento imobiliário do país. O SBPE oferece prazo de pagamento de até 30 anos e as quotas de financiamentos chegam a 90% do valor do bem.No final do mês de maio, a Caixa bateu novo recorde em financiamento habitacional. O banco liberou nos cinco primeiros meses do ano o montante de R$ 13,2 bilhões, em 275.464 contratos.O volume é 106% superior, se comparado ao mesmo período do ano anterior, quando o banco emprestou R$ 6,5 bilhões e o número de pessoas beneficiadas subiu em 113% (130.872 contratos). Até o fim de 2009, a Caixa estima aplicar no setor cerca de R$ 30 bilhões.
Agência Brasil 05/06/2009

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Trem bala Rio São Paulo

Trem-bala entre SP e Rio estará pronto para a Copa de 2014 , prevê Dilma _
BRASÍLIA - O trem-bala que ligará a cidade do Rio de Janeiro à de São Paulo deve ficar pronto para a Copa de 2014. A informação é da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que apresentou ontem o sétimo balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)."Nossa ideia é que o trem de alta velocidade fique integralmente pronto em 2014, ou pelo menos a ligação entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Isso é uma questão importante porque esse meio de transporte vai ser extremamente facilitador numa região que é muito importante na movimentação da Copa", disse.Dilma explicou que o governo não está apresentando o projeto fechado para o investidor para que este tenha mobilidade na construção do empreendimento. "Não estamos apresentando o pacote fechado para o investidor. Vamos deixar que ele busque a melhor solução, a mais eficiente, mais rápida, mais de acordo com a tecnologia que ganhar."A ministra informou ainda que a construção e reforma de estádios para a Copa de 2014 não será de responsabilidade do governo. Segundo ela, o pactuado com a Federação Internacional de Futebol (Fifa) é que essas obras sejam executadas com recursos privados, cabendo ao governo a avaliação de mobilidade urbana e de aeroportos. "Até para deixar um legado da Copa, disse a ministra Dilma. Em abril, o Governo Federal anunciou que trabalha com a possibilidade de no mínimo oito estações no trajeto do futuro trem-bala.
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DCI- 04/06/09 - TRANSPORTES PanoramaBrasil

Exportações de café crescem 22% em maio

SÃO PAULO - As exportações de café em maio totalizaram pouco mais de 2 milhões de sacas, o que representa um aumento de 22,4% ante o mesmo mês de 2008, quando foram embarcadas 1,6 milhão de sacas. A receita cambial, no entanto, apresentou queda de 4,4%, para US$ 258 milhões, em comparação com US$ 269,8 milhões em maio, segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Em relação ao mês anterior, tanto o volume quanto a receita com as exportações recuaram 12,5%.De acordo com o último boletim do Escritório Carvalhaes, mercado físico de café no Brasil vai entrar no último mês do ano-safra 2008/2009 sem que se tenha encontrado uma política eficaz para o equacionamento de grande parte das dívidas dos cafeicultores e defesa dos preços efetivamente pagos ao produtor. "Os leilões de opções estão muito atrasados e com a imagem desgastada, depois de tantos boatos, desmentidos e informações equivocadas, o que diminuiu o alcance e credibilidade necessários para atingir o objetivo esperado deles", avalia Carvalhaes.
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DCI- 04/06/09 - Agronegócio PanoramaBrasil

Depois de 47 anos, Cuba tem suspensão revogada por entidade

DCI- 04/06/2009 > INTERNACIONAL
Agência Estado _ SAN PEDRO SULA - A Organização dos Estados Americanos (OEA) anunciou ontem a revogação de uma medida de 1962 que suspendia Cuba no grupo, abrindo caminho para uma reintegração. "A Guerra Fria terminou neste dia", disse o presidente de Honduras, Manuel Zelaya, ao anunciar oficialmente a decisão. "A medida foi tomada sem condições, como queriam os EUA", disse o ministro de Relações Exteriores do Equador, Fander Falconi, mas estabelece mecanismos para o retorno de Cuba ao grupo - incluindo a concordância do país em cumprir as convenções da OEA sobre direitos humanos e outras questões.
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Os delegados dos países-membros do organismo ratificaram, unanimemente, a decisão adotada pelos chanceleres do grupo de trabalho especial sobre o retorno da ilha. A aprovação foi pedida pela ministra das Relações Exteriores de Honduras, Patricia Rodas, que preside a 39ª Assembleia Geral da OEA. "Este é um momento de alegria para toda a América Latina", disse Falconi.A resolução que levantou o veto, porém, deixa claro que a "participação de Cuba na OEA será o resultado de um processo de diálogo iniciado por solicitação do governo de Cuba e de acordo com as práticas, os propósitos e os princípios da OEA". Assim, a decisão de retornar ou não à OEA dependerá de Havana, que terá que se ajustar aos valores democráticos e de direitos humanos que regem o órgão, entre outros instrumentos. O documento traz também aspectos importantes em seu preâmbulo, ao destacar que a plena participação dos Estados-membros da OEA se guia pelos propósitos e princípios estabelecidos pelo organismo interamericano na Carta da organização. Também por seus instrumentos fundamentais relacionados à segurança, democracia, autodeterminação, não-intervenção, direitos humanos e desenvolvimento, acrescenta a resolução.Segundo analistas, a reincorporação da ilha à OEA é mais simbólica do que prática. Tanto o líder cubano Fidel Castro, como seu irmão e atual presidente, Raúl Castro, anunciaram não estarem interessados em voltar à entidade, por considerarem-na um instrumento dos EUA para o controle regional.Reação americanaSete deputados americanos, a maioria republicanos, apresentaram ontem um projeto de lei para suspender o apoio financeiro de Washington a OEA caso Cuba seja readmitida como país-membro do grupo. A medida foi proposta horas antes dos chanceleres levantarem o veto de 47 anos à ilha.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Indústria apresenta sinal de recuperação, diz CNI

DCI- ASSOCIAÇÕES-02/06/09
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SÃO PAULO - Os primeiros sinais de recuperação da atividade industrial começaram a aparecer. No entanto, ainda é cedo para afirmar que a retomada já se iniciou. É o que sustentam os técnicos da Confederação Nacional da Indústria (CNI) no boletim Notas Econômicas divulgado ontem pela entidade que reúne dados de todas as federações de indústrias do País.
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De acordo com o texto, a atividade industrial continua reprimida se olhados os indicadores de faturamento, produção, horas trabalhadas, emprego e utilização da capacidade instalada referentes ao primeiro trimestre do ano. Devido ao chamado efeito carregamento, a produção industrial terá de crescer 13,5% de abril a dezembro deste ano para ficar no mesmo patamar de 2008.
_ Os primeiros sinais de retomada, contudo, começaram a surgir na pesquisa Indicadores Industriais de março. Naquela edição foi verificado que o faturamento real da indústria cresceu 2,9% em março ante fevereiro, no indicador livre de influências sazonais. A CNI divulgará, na próxima quinta-feira (4/6), os Indicadores Industriais do mês de abril. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também permitem, segundo o boletim Notas Econômicas, crer que o fundo do poço pode ter passado. Em março, houve crescimento da produção industrial de 0,7% ante fevereiro. O IBGE divulgou ontem que o mesmo indicador cresceu 1,1% em abril ante março. Foi o quarto aumento seguido nessa base de comparação.
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Segundo a nota da CNI, os obstáculos à retomada consistente da atividade industrial são o acúmulo indesejado de estoques, inclusive nas empresas de maior porte, e a ainda reprimida demanda, principalmente a internacional.

Parcerias viabilizarão projetos da Copa

DCI- HOTÉIS & TURISMO 02/06/09
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SÃO PAULO - A escolha das 12 cidades-sede que abrigarão as partidas da Copa do Mundo de Futebol em 2014 [Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Cuiabá, Manaus, Curitiba, Brasília, Fortaleza, Salvador, Recife e Natal] deve impulsionar uma série de licitações nos próximos meses - boa parte delas feita por meio de parcerias público-privadas (PPPs) - para a reforma e a construção de estádios, além da viabilização da movimentação de passageiros por trilhos ou aeroportos. Estudo da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib) indica que serão aplicados R$ 110 bilhões (pela cotação do euro, ontem) até 2014, somente em infraestrutura.
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No Estado de São Paulo serão aplicados R$ 32 bilhões, enquanto para o Rio de Janeiro estão previstos R$ 10 bilhões. Mesmo em capitais menores, como Natal (RN), o volume de oportunidades é considerável. Por lá serão aplicados quase R$ 5 bilhões em áreas como hotelaria, malha viária, aeroportos e saneamento. Uma das obras potiguares mais caras, o futuro Complexo de Natal, deve gerar R$ 1 bilhão só com a venda de espaços, sendo sua construção viabilizada por meio de PPPs, de acordo como governo local.
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A verba gerada pelo complexo dará origem ao "Estádio das Dunas", empreendimento em que estão envolvidas companhias européias como a Luso Arenas, de Portugal, e a francesa Buygues, além das nacionais Serveng-Civilsan e Valora. O quadro vai animar certamente as construtoras com know-how em obras públicas, como a Andrade Gutierrez e a Odebrecht, que estudam alguns projetos, além de empresas ligadas ao transporte, como a francesa Alstom, umas das fortes candidatas a participar da concorrência do trem de alta velocidade (TAV) que ligará São Paulo ao Rio de Janeiro e que o Governo Federal pretende viabilizar para 2014.
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A Odebrecht sinalizou ao DCI que "não descarta a possibilidade de participar dos projetos e estudará os editais conforme publicação", porém a companhia prefere dar detalhes só posteriormente, quando as concorrências forem publicadas.
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Potências
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Só em São Paulo, a expectativa é de atrair 500 mil turistas a mais no período da Copa, dos quais 180 mil de fora do País e que devem deixar por aqui R$ 300 por dia - fora hospedagem e transporte. O efeito multiplicador do evento deve representar incremento de 20% no número visitantes, nos dois anos seguintes à Copa. "Os maiores investimentos serão aplicados em infraestrutura viária, metrôs, trens e aeroportos", comentou Gilberto Kassab, prefeito da capital paulista.
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São Paulo, que concentra boa parte dos hotéis das maiores redes internacionais, como a rede Accor Hospitality, e os econômicos Holiday Inn, da IHG, deve ver sua oferta hoteleira saltar de 42 mil quartos, para 50 mil hospedagens em 2014, segundo dados divulgados pela São Paulo Turismo (SP Turis).
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Já no Rio de Janeiro, os R$ 10 bilhões estimados serão divididos entre a expansão do metrô do Rio, para reforço do transporte urbano, e a ampliação do Aeroporto Internacional do Galeão, entre outros aportes. A ampliação do Estádio do Maracanã resultará de uma parceria público-privada cujo processo de licitação está em consulta pública e deve sair até no máximo agosto próximo. Contatada pela reportagem, a assessoria da Odebrecht informou de que empresa "estuda sua participação nas concorrências para os novos estádios".
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O polêmico trem-bala, uma das obras mais cobiçadas para ocorrer até Copa de 2014, o escopo de cuja licitação é estudado a sete chaves pelo Governo Federal, demonstra que será bastante disputada.
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Diversas comitivas estiveram por aqui, entre franceses, japoneses e até coreanos. O setor estima que o custo das obras já está na casa de US$ 15 bilhões, e deve sair fruto de uma PPP com licitação marcada para este ano.
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"Vamos participar para ganhar, temos tecnologia e capacidade financeira", comentou Philippe Delleur, presidente da Alstom no Brasil, que acompanhou, em visita recente, executivos franceses que demonstraram apetite pelo TAV brasileiro.
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Surpresa
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Uma das escolhidas para sediar os jogos, Manaus, foi apontada como surpresa na listagem divulgada pela FIFA. Na capital manauara, o principal estádio pode receber aporte de R$ 500 milhões, fruto de uma licitação que deve acontecer em pouco mais de um mês. A total reforma do estádio Vivaldo Lima deve aumentar sua capacidade de em oito mil lugares, resultando em uma arena para até 60 mil torcedores.

Desemprego recua um pouco na Espanha, mas Zapatero pede "cautela"

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Valor Online 02/06/2009 18:00
_ SÃO PAULO - A taxa de desemprego da Espanha apresentou queda de 0,69% em maio frente a abril, o primeiro recuo em 14 meses. No período, 24,7 mil pessoas conseguiram uma vaga no mercado de trabalho, segundo as informações divulgadas hoje pelo governo do país.
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O primeiro ministro do país José Luis Rodríguez Zapatero afirmou que os dados são "positivos e alentadores" e que podem indicar uma mudança de tendência, mas alertou para o fato de que a crise ainda afeta fortemente a economia do país e que, portanto, as informações devem ser analisadas com "cautela e prudência".
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A queda do desemprego foi verificada em todos os setores, com destaque para a construção, que contratou mais de 15 mil pessoas no período, representando uma queda de 2,1%. Enquanto isso, o desemprego no setor de serviços caiu 0,64%, na indústria houve retração de 0,54% e na agricultura, de 2,57%.
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Em abril, a taxa de desemprego espanhola tinha chegado a 17,36%, evidenciando a situação de retração da economia do país. Para enfrentar a crise, o governo lançou mão de um plano de estímulo econômico de 11 bilhões de euros, dos quais 8 bilhões de euros foram direcionados a um fundo para as prefeituras.
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Segundo o ministério do trabalho espanhol, a queda do desemprego já mostra que estes pacotes de estímulo estão conseguindo amenizar a crise do país. Somente com o Fundo de Inversão das prefeituras, foram criados mais 351 mil empregos, dos quais 144 mil são vagas novas.
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"É sem dúvida uma boa notícia, mas exige-se uma análise prudente, pois será necessário observar ainda o comportamento da atividade econômica nos próximos meses", afirmou Maravillas Rojo, o ministro do Trabalho espanhol.
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O mês de maio é tradicionalmente bom para os dados de emprego na Espanha, pois é quando se iniciam as contratações para a temporada turística do verão espanhol. Hoje, o número de desempregados no país chega a 3,62 milhões, patamar 53,8% maior do que o registrado no ano passado.
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(Vanessa Dezem Valor Online com agências internacionais)

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Indicador antecedente aponta melhora da indústria brasileira

Valor Online
01/06/2009 19:15
_ SÃO PAULO - O nível de atividade industrial alcançou em maio o maior patamar dos últimos oito meses, de acordo com o Índice Gerentes de Compras (PMI) medido pela Markit e divulgado pelo Santander. O indicador, que mede a atividade da indústria, passou de 44,8 pontos em abril para 47,8 pontos em maio.
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Apesar da melhora, é importante ressaltar que leituras abaixo de 50 pontos indicam retração da atividade industrial e, acima deste nível, expansão.
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Formado por 11 variáveis, o índice mostrou sensível melhora na produção, que fechou o mês em 49,6 pontos, próximo do limite dos 50 pontos. Segundo análise do Santander, esse movimento de recuperação se deve principalmente ao mercado interno.
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Os pedidos de exportação continuam a apresentar contração, mas também em menor escala, já que em abril essa componente marcou 37,8 pontos e, em maio, ficou em 40,9 pontos - melhor nível alcançado desde setembro do ano passado. Ainda assim, a avaliação é de que há 17 meses esse indicador não fica acima dos 50, ou seja, está em declínio desde então.
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Ao mesmo tempo, a variável de novos pedidos fechou maio a 48,8 pontos ante 45,7 pontos apurados em abril. No caso do indicador de pedidos em atraso, também houve uma desaceleração no ritmo de retração, com o índice subindo de 45,2 para 47,3 pontos.
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Também pode-se dizer que houve melhora dos níveis de estoques. O levantamento mostra que o índice caiu para 44,7 pontos ante os 46,1 pontos apurados em abril, o que indica redução rápida dos estoques. Neste caso, quanto menor, melhor.
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No caso do emprego, embora a situação ainda possa ser considerada com tendência negativa, a retração diminuiu para o melhor patamar desde outubro, ficando em 46,5 pontos. No mês anterior, o indicador fechou em 41 pontos. O Santander destaca, no entanto, que 18% das empresas consultadas racionalizaram o efetivo no mês passado.
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Em relação a preços, o indicador mostra que, no caso dos bens finais, maio foi mais um mês de redução de preços para aumentar vendas, o que resultou em índice de 42,1 pontos, ante 41,2 pontos no mês de abril. No caso do preços de insumo, eles continuam em baixa, praticamente sem alteração em relação a abril, tendo fechado maio aos 43 pontos.
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Chama atenção no índice a recuperação das compras de insumos. Esse indicador que estava bem deprimido, em 41,8 pontos no mês de abril, avançou para 47,2 pontos no mês de maio, o que indica recuperação de demanda por matérias-primas. Aumentou também a rapidez das entregas dessas matérias-primas pelos fornecedores, cujo índice fechou maio em 52,3 pontos.

Risco Brasil tomba 9,5% e fecha aos 266 pontos

Valor Online 01/06/2009 20:47
SÃO PAULO - Considerado um dos principais termômetros da confiança dos investidores na economia brasileira, o EMBI+, calculado pelo Banco JP Morgan Chase, fechou hoje aos 266 pontos. Foi uma queda de 9,5% perante os 294 pontos do encerramento de sexta-feira.
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Sobre o EMBI+ Brasil
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O Emerging Markets Bond Index - Brasil é um índice que reflete o comportamento dos títulos da dívida externa brasileira. Corresponde à média ponderada dos prêmios pagos por esses títulos em relação a papéis de prazo equivalente do Tesouro dos Estados Unidos, tido como o país mais solvente do mundo, de risco praticamente nulo.
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O indicador mensura o excedente que se paga em relação à rentabilidade garantida pelos bônus do governo norte-americano. Significa dizer que a cada 100 pontos expressos pelo risco Brasil, os títulos do país pagam uma sobretaxa de 1% sobre os papéis dos EUA.Basicamente, o mercado usa o EMBI+ para medir a capacidade de um país honrar os seus compromissos financeiros.
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A interpretação dos investidores é de que quanto maior a pontuação do indicador de risco, mais perigoso fica aplicar no país. Assim, para atrair capital estrangeiro, o governo tido como "arriscado" deve oferecer altas taxas de juros para convencer os investidores externos a financiar sua dívida - ao que se chama prêmio pelo risco.

Governo negocia cotas para exportar à Rússia

BRASÍLIA - Nesta semana o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, estará na Rússia para negociar a ampliação de cotas de exportação de carnes suína e de frango. A visita, que irá ocorrer de amanhã até o dia 8 de junho, inclui reuniões com exportadores de fertilizantes e trigo. O País negocia a importações direta desses produtos."Com essa visita darei continuidade às negociações iniciadas em duas missões oficiais que enviamos ao País. Especialmente no caso de suínos, temos um excedente de produção de 50 mil toneladas que o Brasil tem interesse em exportar para a Rússia", explicou Stephanes.Atualmente, o Brasil está inserido em uma cota anual de exportação de carnes para a Rússia que inclui outros países. Em 2008, esta quantidade foi fixada em 193 mil toneladas para suínos e de 68 mil toneladas para carne de frango. Já em 2009, este valor caiu para 177,5 mil toneladas para suínos e 12,4 mil toneladas para frangos. Apenas Estados Unidos e União Europeia têm cotas exclusivas estabelecidas pelo governo russo. O ministro da Agricultura acredita que o Brasil conseguirá aumentar o valor destas cotas, já que o produto nacional é competitivo e a Rússia é um grande consumidor.Stephanes ainda terá encontros com exportadores de trigo e de fertilizantes. No caso do trigo, a Rússia é uma das opções para fornecer parte do produto que o Brasil precisa para atender sua demanda interna. Com o setor de fertilizantes, o ministro e representantes de cooperativas brasileiras vão discutir a importação direta destes produtos. DCI- AGRONEGÓCIOS 01/06/09 PanoramaBrasil
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