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Chefiada pelo ministro Miguel Jorge, a delegação conta com aproximadamente 90 empresários e representantes de entidades setoriais de mais de dez segmentos
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Começa nesta segunda-feira (8/6) a missão comercial brasileira a quatro países da África Subsaariana, chefiada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. A primeira cidade a ser visitada é Acra, capital de Gana (8/6); seguida de Dacar - no Senegal (dia 9); depois Lagos (Nigéria), dias 10 e 11, finalizando a viagem em Malabo (Guiné Equatorial), no dia 12. Seminários, feiras, fóruns e reuniões de negócios integram a programação.
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A missão comercial conta com a presença de cerca de 90 empresários e líderes de entidades dos segmentos de alimentos e bebidas, máquinas e equipamentos, tecnologia da informação, têxteis, calçados, energia, defesa, infra-estrutura e mineração, além de representantes do Governo Brasileiro.
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A finalidade é promover o aumento do comércio e dos investimentos bilaterais e explorar possibilidades de cooperação entre os setores produtivos do Brasil com esses quatro países da África Subsaariana. Organizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a missão tem apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE), da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
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Esta é a segunda das três missões comerciais brasileiras à África previstas, pelo MDIC, para este ano. A primeira foi realizada em janeiro para o Norte do continente, com visitas aos seguintes países: Marrocos, Líbia, Argélia e Tunísia. A terceira missão ocorrerá no segundo semestre para a África do Sul e países vizinhos.
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Senegal
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Além das atividades relacionadas à Missão Comercial à África Subsaariana, a programação no Senegal prevê ainda mais duas ações simultâneas durante a visita da delegação brasileira: o Fórum Brasil-África Subsaariana: Empreendedorismo para o Desenvolvimento, coordenado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE), que será aberto pelo ministro Miguel Jorge; e a Exposição Brasil Agri-Solutions, feira promovida pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), com representantes dos setores brasileiros de máquinas e implementos agrícolas, máquinas e equipamentos para biocombustíveis e alimentos industrializados.
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De janeiro a abril deste ano, o Senegal foi o 86ª destino das exportações brasileiras, uma posição acima, na comparação com igual período de 2008. As vendas brasileiras para o país, nesses quatro meses, totalizaram US$ 37,6 milhões, cifra 17,4% menor que a registrada no mesmo período de 2008, quando as vendas alcançaram US$ 45,5 milhões. Os produtos brasileiros embarcados para o Senegal, nesse período, foram, principalmente, bens industrializados (72,1%) e produtos básicos (27,8%). As importações brasileiras de produtos do Senegal, de janeiro a abril de 2009, somaram US$ 278 mil, sendo que a pauta foi composta de 98% de produtos básicos e 2% de bens industrializados. Nos quatro primeiros meses de 2008, as exportações senegalesas para o Brasil chegaram a US$ 3,2 milhões.
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Gana
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As exportações brasileiras para Gana, de janeiro a abril de 2009, somaram US$ 56,6 milhões, valor 51,3% menor que o registrado em igual período de 2008, quando as vendas brasileiras para o País chegaram a US$ 116,2 milhões. Os produtos brasileiros embarcados para Gana, nesse período, foram, principalmente, bens industrializados (84,1%) e os produtos básicos representaram 15,9% da pauta. Os destaques da pauta foram: açúcar refinado (38%), carne de frango (15%), fio-máquina e barras de ferro ou aço (10,9%). Os embarques brasileiros para Gana representaram 0,13% do total exportado pelo Brasil, nesses primeiros quatro meses de 2009.
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A pasta de cacau ganense foi o principal produto comprado por empresas brasileiras no primeiro quadrimestre deste ano e respondeu por 95% do total das vendas do país para o Brasil. As importações brasileiras provenientes de Gana, nesse período, caíram 83% em relação ao mesmo período do ano passado, ao saírem de US$ 8,5 milhões para US$ 1,47 milhão, em 2009.
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Nigéria
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Nos primeiros quatro meses deste ano, a Nigéria foi 34ª destino das exportações brasileiras e o quarto maior entre os países da África. Nesse período, as vendas brasileiras para empresas nigerianas totalizaram US$ 266 milhões, uma redução de 39,7% na comparação com igual período de 2008 (US$ 441 milhões). A pauta exportadora para a Nigéria foi constituída, principalmente, por produtos industrializados (89,7%) e básicos somaram (10,2%). Os principais itens vendidos para o país foram: açúcar de cana (28,7%), gasolina (10,8%) e álcool etílico (8,6%). ]
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As compras brasileiras de petróleo nigeriano representaram 99,7% das importações nos quatro primeiros meses de 2009. As compras brasileiras de produtos do país, somaram, no período, US$ 989 milhões, valor 45,7% menor que o verificado no mesmo período de 2008 (US$ 1,82 bilhão). O saldo comercial (diferença entre os valores exportados e importados) ficou deficitário em US$ 723 milhões para o Brasil. No mesmo período de 2008, o déficit registrado foi de US$ 1,382 bilhão. A corrente comercial (soma das operações de exportação e importação) chegou a US$ 1,255 bilhão, uma redução de 44,6% em relação à cifra registrada no ano passado (US$ 2,263 bilhões).
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Guiné Equatorial
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De janeiro a abril de 2009, as exportações brasileiras para Guiné Equatorial registraram US$ 12,7 milhões, cifra 5,1% inferior à verificada no mesmo período de 2008, quando as vendas brasileiras para o País chegaram a US$ 13,4 milhões. Os produtos brasileiros embarcados para Guiné Equatorial, nesse período, foram compostos de 68,7% de bens industrializados e 31,3% de produtos básicos. Os principais produtos brasileiros exportados foram: carne de frango (19%), itens de ferro fundido, ferro ou aço (11,1%) e lácteos (9,1%).
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As importações brasileiras provenientes de Guiné Equatorial, no primeiro quadrimestre deste ano, chegaram a US$ 103,6 milhões, contra US$ 115,8 milhões registrados em igual período de 2008, o que representou uma variação negativa de 10,5%. Os produtos comprados de Guiné Equatorial, nesse período, foram óleos brutos de minerais betuminosos (71,1%) e petróleo em bruto (28,9%).
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No ano, até abril, o saldo bilateral ficou deficitário em US$ 90,9 milhões para o Brasil. No mesmo período de 2008, esse déficit chegou a US$ 102,4 milhões. O fluxo comercial (soma dos valores exportados e importados) apresentou redução de 10%, passando de US$ 129,2 milhões de janeiro a abril do ano passado para US$ 116,3 milhões em 2009.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Aline Cruz Mouraaline