segunda-feira, 1 de junho de 2009

Indicador antecedente aponta melhora da indústria brasileira

Valor Online
01/06/2009 19:15
_ SÃO PAULO - O nível de atividade industrial alcançou em maio o maior patamar dos últimos oito meses, de acordo com o Índice Gerentes de Compras (PMI) medido pela Markit e divulgado pelo Santander. O indicador, que mede a atividade da indústria, passou de 44,8 pontos em abril para 47,8 pontos em maio.
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Apesar da melhora, é importante ressaltar que leituras abaixo de 50 pontos indicam retração da atividade industrial e, acima deste nível, expansão.
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Formado por 11 variáveis, o índice mostrou sensível melhora na produção, que fechou o mês em 49,6 pontos, próximo do limite dos 50 pontos. Segundo análise do Santander, esse movimento de recuperação se deve principalmente ao mercado interno.
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Os pedidos de exportação continuam a apresentar contração, mas também em menor escala, já que em abril essa componente marcou 37,8 pontos e, em maio, ficou em 40,9 pontos - melhor nível alcançado desde setembro do ano passado. Ainda assim, a avaliação é de que há 17 meses esse indicador não fica acima dos 50, ou seja, está em declínio desde então.
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Ao mesmo tempo, a variável de novos pedidos fechou maio a 48,8 pontos ante 45,7 pontos apurados em abril. No caso do indicador de pedidos em atraso, também houve uma desaceleração no ritmo de retração, com o índice subindo de 45,2 para 47,3 pontos.
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Também pode-se dizer que houve melhora dos níveis de estoques. O levantamento mostra que o índice caiu para 44,7 pontos ante os 46,1 pontos apurados em abril, o que indica redução rápida dos estoques. Neste caso, quanto menor, melhor.
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No caso do emprego, embora a situação ainda possa ser considerada com tendência negativa, a retração diminuiu para o melhor patamar desde outubro, ficando em 46,5 pontos. No mês anterior, o indicador fechou em 41 pontos. O Santander destaca, no entanto, que 18% das empresas consultadas racionalizaram o efetivo no mês passado.
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Em relação a preços, o indicador mostra que, no caso dos bens finais, maio foi mais um mês de redução de preços para aumentar vendas, o que resultou em índice de 42,1 pontos, ante 41,2 pontos no mês de abril. No caso do preços de insumo, eles continuam em baixa, praticamente sem alteração em relação a abril, tendo fechado maio aos 43 pontos.
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Chama atenção no índice a recuperação das compras de insumos. Esse indicador que estava bem deprimido, em 41,8 pontos no mês de abril, avançou para 47,2 pontos no mês de maio, o que indica recuperação de demanda por matérias-primas. Aumentou também a rapidez das entregas dessas matérias-primas pelos fornecedores, cujo índice fechou maio em 52,3 pontos.

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