domingo, 10 de janeiro de 2010

China ultrapassa Alemanha ", como o maior exportador do mundo '

Os funcionários aduaneiros disse que a China passaram por um período de comércio fraco


As exportações da China cresceram 17,7% em dezembro, informou a mídia estatal, sugerindo que o país ultrapassou a Alemanha como o maior exportador do mundo.


O aumento, em comparação com um ano antes, quebra um declínio de 13 meses, no comércio, como resultado da desaceleração global.

Xinhua disse que as exportações totais em 2009 foram de US $ 1.2tn (R $ 7.5tn), mas que o comércio externo total ao longo do ano caiu 13,9%.

Correspondentes dizem que os números levará a novas exigências por parte dos concorrentes da China que não desvalorizar o yuan.

No ano passado, uma diminuição contínua no comércio da China como a desaceleração da economia mundial levou a uma queda na demanda por seus produtos.

Mas na últimas semanas do ano, houve um aumento muito maior do que os meteorologistas previam, com as exportações atingindo US $ 130.7bn estrangeiros, de 17,7% sobre dezembro do ano anterior.

China's General Administration of Customs (GAC) disse que as exportações totais no ano foram de US $ 1.2tn, abaixo de 16% a partir de 2008, enquanto as importações foram 11,2% para baixo de um ano antes de US $ 1.01tn.

O superávit comercial politicamente sensível total caiu de 34,2% para US $ 196.1bn, uma queda de quase um terço.

Os números sugerem China vai superar total de exportação da Alemanha para o conjunto de 2009, embora este não será confirmada até integral da Alemanha de dados ano é publicado em fevereiro.


Demanda Yuan

Um porta-voz disse que o aumento do GAC foi "um importante ponto de viragem" para o país.

Muitos dos exportadores da China são os fabricantes de baixo custo

"É seguro dizer agora que os exportadores chineses vêm direito durante o período de fraqueza", Xinhua, estatístico Huang Guohua como dizendo.

O correspondente da BBC Chris Hogg, em Xangai diz que muitos dos produtores da China são os fabricantes de baixo custo que montem equipamentos, tais como i-Pods com componentes estrangeiros.

Os números mais recentes estão a ser visto como uma indicação de que os fabricantes tenham resistido na diminuição e estão beneficiando a reabastecer os seus clientes, diz o correspondente.

Mas os números são susceptíveis de conduzir a renovação queixas dos concorrentes comerciais da China que a sua moeda está desvalorizada, acrescentou.

Liderados por os E.U., eles dizem que é injusto que a China tem sido capaz de fazer o seu bem mais barato, mantendo o yuan fraco, mas o primeiro-ministro Wen Jiabao disse que a China "não vai ceder" às exigências estrangeiras que revalorizar a moeda.

Pequim tem muito tempo disse que não vai permitir que o yuan a comercializar livremente até à sua economia interna era forte o suficiente para pegar qualquer declínio resultante das exportações.

O declínio desaceleração do comércio chinês também foi tomado como um sinal de que o pacote de estímulo econômico do país está funcionando.

Pequim levantadas reduções de impostos sobre as exportações várias vezes em 2009, aumento do reembolso de impostos e seguros de crédito à melhoria das exportações.

BBC- News- 10/01/2010


Mercado vê juro em um dígito para 2010

FINANÇAS



Eduardo Puccioni

SÃO PAULO - O mercado de juro futuro no segmento BM&F da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&F Bovespa) ainda não começou a traçar a alta da taxa básica de juros, prevista por bancos e economistas para 2010. Por conta disso, há especialista que acredita que a taxa encerre este ano na casa de um dígito. Hoje, a taxa básica de juros está em 8,75% ao ano.

"Durante o ano eu não acredito que a taxa de juros volte para a casa dos dois dígitos. É possível que a taxa seja aumentada em um ponto percentual até o final do ano", afirma Mauro Calil, professor e educador financeiro do Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil & Calil. A projeção do Boltime Focus, pesquisa feita pelo Banco Central junto a instituições financeira, é de que os juros básicos fechem esse ano a 10,75%.

Calil justifica a baixa taxa de juros por conta dos investimentos que já foram feitos pelo governo durante 2008 e 2009, podendo ter um maior controle sobre a inflação. "Outro motivo é que as famílias brasileiras também estão muito endividadas, então a demanda deve ter um acalmamento", explica o especialista.

Já para o professor de finanças do Insper Rafael Paschoarelli, o mercado deve sofrer uma elevação dos juros na metade do ano. "O mercado precifica aumento de Selic já no primeiro semestre de 2010. Se o mercado estiver certo, o Banco Central deve elevar a taxa Selic no primeiro semestre, alcançando algo perto de 10%".

"A probabilidade de juros para o primeiro semestre é baixa, em torno de 9%. Para o segundo semestre as taxas continuarão subindo", acrescenta Paschoarelli.

De acordo com o boletim on-line da BM&F Bovespa, a taxa de juros praticada pelo mercado para fevereiro de 2010 está em 8,61%. Outubro de 2010 apresenta taxa de 9,78%. Já para o próximo ano, janeiro de 2011 tem taxa de 10,34% e abril 10,83%.

No caso do dólar comercial futuro, o mercado realiza contratos na BM&F Bovespa projetando uma elevação da moeda. Contratos com vencimento para fevereiro de 2010 mostram o dólar a R$ 1,748 e para abril em R$ 1,770.

"O dólar tem dois fenômenos, primeiro o causado pelo banco central norte-americano, com desvalorização da moeda no longo prazo. O outro fenômeno é causado pelo fluxo e refluxo de capital estrangeiro no Brasil", explica Mauro Calil.

Segundo o educador financeiro, a realização de lucros dos investidores especializados em Bolsa de Valores, deve fazer com que o dólar comercial apresente uma leve valorização durante o ano. "Mesmo com esta alta durante o ano, o dólar comercial deve encerrar o ano abaixo do patamar de hoje", diz Calil.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira negociado a R$ 1,745, uma leve valorização de 0,35% se comparado ao fechamento de R$ 1,739 do dia anterior.

Balanço operacional

A BM&F Bovespa divulgou ontem o balanço de operações do segmento BM&F da Bolsa referente ao ano passado e ao mês de dezembro de 2009.

Os mercados negociaram 373,41 milhões de contratos, com volume financeiro de R$ 26,78 trilhões em 2009, ante 391,62 milhões de contratos e giro financeiro de R$ 28,01 trilhões em 2008. A média diária de contratos, no ano passado foi de 1.517.941, ante 1.572.783 no ano anterior.

Em dezembro, os mercados do segmento BM&F totalizaram 31.457.555 contratos negociados e giro financeiro de R$ 1,96 trilhão. No mês anterior, foram registrados 27.422.967 contratos e volume financeiro de R$ 1,76 trilhão no mercado futuro.

DCI- 08/01/10

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Brasil terá a segunda maior colheita de grãos da história


RIO - O Brasil terá a segunda maior produção da história de safra de grãos, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgado nesta quinta-feira (7) pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes. É estimado volume de 141,35 milhões de toneladas. O resultado é 4,6% superior a temporada de 2008/09. Serão 6,21 milhões de toneladas a mais que as 135,13 milhões toneladas registradas na colheita anterior. A maior safra registrada até agora é de 144,1 milhões de toneladas, em 2007/08.

Já em relação ao mês anterior - 140,60 milhões toneladas - o crescimento é de 0,53%. A estimativa favorável deve-se às boas condições climáticas ocorridas durante o desenvolvimento dos grãos (algodão, arroz, feijão primeira safra, milho primeira safra e soja), nos meses de outubro a dezembro e cujo plantio está praticamente concluído. O incremento do quadro atual é devido, sobretudo, à recuperação das lavouras de milho primeira safra e da soja, culturas que na safra passada sofreram com a estiagem, principalmente nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e de Mato Grosso do Sul.

No caso específico da soja, o estudo confirma a oleaginosa como a que mais cresce no país, com 65,16 milhões toneladas, 14% ou 7,99 milhões toneladas a mais que as 57,17 milhões produzidas em 2008/09. Se não houver alterações significativas no clima nos próximos meses, a produção de soja será recorde.

Outra cultura que registra crescimento, mesmo com redução de área,é o feijão primeira safra, com aumento de 8,3%, ou colheita de 111,1 mil toneladas, resultado da recuperação da produtividade afetada no ano passado pela estiagem, especialmente no Paraná.

Por outro lado, apresentam retração na produção, o milho (-3,9% ou 1,31 milhão toneladas),o algodão (-1,2% ou 22 mil toneladas) e o arroz (-4,6% ou 572,3 mil toneladas),sendo que a semeadura deste ainda não foi finalizada no Rio Grande do Sul por causa do excesso de chuvas.

A área total plantada está calculada em 47,88 milhões de hectares, superior em 0,4%, ou 208 mil hectares que a ocupação do ciclo anterior. À exceção da soja, todas as culturas pesquisadas acusaram redução de área.

A atualização dos números foi realizada pelos técnicos da Conab entre 14 e 18 de dezembro, de acordo com informações prestadas por produtores, representantes de cooperativas e sindicatos rurais,órgãos públicos e privados.

JB - 07/01/2010





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domingo, 27 de dezembro de 2009

Industrial diz que país está preparado para crescimento sustentável

Economia


Daniel Lima, Agência Brasil

BRASÍLIA - O Brasil termina 2009 preparado para estabelecer uma base de crescimento sustentável no próximo ano. A perspectiva é do presidente da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy.

- De como começou a ano, com crise, [o resultado conseguido neste fim de ano] só pode ser positivo - disse lembrando que a expectativa não era nada boa.

Ele lembrou que 2009 chegou com os analistas prevendo uma situação caótica na economia mundial, com reflexo no Brasil. As consequências, porém, não foram tão graves como se imaginou e consequentemente os problemas foram amenizados no Brasil.

O empresário, no entanto, acredita que mesmo diante das dificuldades provocadas pela crise, o país preparou o ambiente para que sejam estabelecidas as bases de um crescimento sustentável do ano que vem em diante.

Godoy alerta, porém, para os problemas na área de infraestrutura. De acordo com ele, nesta base de crescimento um dos problemas que terão que ser resolvidos é a agilização dos investimentos em infraestrutura.

- Isso está impedindo que deslanchemos a economia de uma forma definitiva - reclamou.

Outro problema é a competição com a China pela importância que o gigante asiático tem em diversos setores, principalmente no industrial, e o volume das vendas chinesas ao Brasil, que tem crescido cada vez mais.

Para Godoy é preciso adotar medidas que resolvam isso, além de compensar o desequilíbrio do câmbio, outro problema que o Brasil terá que resolver com a forte valorização do real frente ao dólar.

- Então, são medidas que nós temos que fazer para compensar esse desequilíbrio no câmbio que nós temos aqui. Investimento em logística, diminuição de custo tributário, enfim diminuição do custo Brasil para poder equilibrar esse jogo.

Mesmo com a reclamação, o Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior informou que as exportações até novembro para a China cresceram este ano 20%. Enquanto as importações caíram 22,74% em comparação ao mesmo período do ano passado.

JB-26/12/2009

Economia brasileira crescerá mais de 5% em 2010, afirma Meirelles

Agência Brasil

O PIB (Produto Interno Bruto), soma dos bens e serviços produzidos no país, deve crescer acima de 5% em 2010, na avaliação do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Ele participou nesta quinta-feira de entrevista a emissoras de rádio durante o programa "Bom Dia, Ministro".

Para Meirelles, 2009 termina do jeito esperado e 2010 terá crescimento, "ancorado na geração de emprego e aumento do crédito". Ele enfatizou que o crescimento se dará com a inflação sob controle.

De acordo com Meirelles, caso surja pressão sobre os preços, o Banco Central está preparado para "tomar uma decisão a tempo e a hora".

"O Banco Central está sempre alerta para o risco de inflação. Existe sempre a possibilidade de algum descompasso entre a capacidade de produzir e o consumo", disse.

Meirelles acrescentou que os Estados Unidos tiveram de manter uma política monetária, com taxas de juros muito baixas, o que gera muito dinheiro em circulação. Segundo ele, essa situação leva desequilíbrio aos preços e à moeda. "Estamos tomados todos os cuidados para evitar que venha algum desequilíbrio para o Brasil", afirmou.

Ele lembrou, porém, que as projeções dos analistas do mercado financeiro indicam inflação dentro da meta de 4,5% para 2010, com limite inferior de 2,5% e superior de 6,5%. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é o escolhido pelo governo para acompanhar a meta.

Segundo Meirelles, o crescimento do crédito no próximo ano será equilibrado. "Haverá aumento saudável. Estamos tomando todas as providências normativas e de fiscalização para evitar que haja desequilíbrio", disse. Há analistas que esperam crescimento do crédito em relação ao PIB acima de 50% em 2010.

Meirelles evitou comentar a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), divulgada hoje. Na reunião, o comitê decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, em 8,75% ao ano. "Temos uma política de governança de não comentar a ata, principalmente no dia de divulgação. Estamos no momento em que os analistas estão lendo a ata. Acho importante não perturbar essa leitura", disse.

Folha- 17/12/2009

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Governo deve destinar R$ 2 bilhões em apoio ao café no próximo ano

AGRONEGÓCIOS


Agência EstadoPanoramaBrasil

SÃO PAULO - O Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), deve aplicar aproximadamente R$ 2 bilhões em apoio à cafeicultura no próximo ano. A informação é de Lucas Ferreira, diretor do Departamento de Café do Mapa. Segundo ele, o recurso será investido nas oito linhas de crédito contempladas este ano.
Ainda de acordo com dados do Ministério da Agricultura, o Funcafé, contratou R$ 1,9 bilhão para apoiar a cafeicultura este ano. Deste montante, R$ 1,5 bilhão já foi liberado às instituições financeiras. Do total, R$ 292 milhões foram para o financiamento de custeio e R$ 398 milhões para a colheita.

A estocagem totalizou R$ 441 milhões e o financiamento para aquisição de café (FAC) somou R$ 299 milhões.

Para financiar a cédula do produtor rural (CPR), foram liberados R$ 35 milhões. Para a recuperação das lavouras atingidas por granizo foram utilizados recursos da ordem de R$ 27 milhões. Já para o reescalonamento de dívidas do setor foram aplicados R$ 36 milhões. Para a linha especial para cooperativas de crédito da cafeicultura foram usados R$ 27 milhões.
"Os recursos beneficiaram toda a cadeia produtiva do café, além de ser a real demanda apresentada pelos produtores, cooperativas, exportadores e demais agentes do agronegócio que têm acesso aos créditos do Funcafé", disse Ferreira.
Na semana passada, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que a safra 2009/2010 de café deve alcançar 39,5 milhões de toneladas de sacas de 60 quilos. Em setembro a Conab havia estimado uma produção de 39 milhões de sacas para o período. Vale lembrar que a colheita da temporada 2009/2010 foi encerrada.

Na ocasião, Reinhold Stephanes, ministro da Agricultura, considerou um exagero as projeções que já começam a aparecer no mercado de que a safra 2010/2011 de café poderá atingir a marca de 55 milhões de sacas. "É uma irresponsabilidade dizer que vai chegar a 55 milhões", afirmou Stephanes.

"Não quero antecipar, mas com certeza ficará longe desse número", previu o ministro.

Na safra 2009/2010, a produção de café arábica correspondeu a 73,1% da produção total do País. Minas Gerais segue como a maior região produtora do grão, com 19,6 milhões de sacas - o equivalente a 68,08% do total nacional.

Este ano foi um ano de bianualidade negativa: a cada dois anos é esperada redução da colheita de café por conta da característica produtiva do grão.
DCI- 23/12/09

Petrobras assina memorando de entendimentos com a Petrochina

 INDÚSTRIA


PanoramaBrasil

RIO DE JANEIRO - A Petrobras, sua subsidiária Petrobras Biocombustível S.A. (PBio) e a estatal chinesa Petrochina International Company Limited, celebraram um Memorando de Entendimentos (MOU),com prazo de vigência de seis meses, cujo objetivo é a realização de estudos conjuntos para avaliar a viabilidade técnica e econômica do desenvolvimento de projetos de produção de etanol no Brasil, em parceria entre a Petrochina e a PBio, e projetos de exportação de etanol para a China, em parceria entre a Petrochina e a Petrobras.

Devido à necessidade de adoção da mistura de etanol à gasolina em uma maior parte do território chinês e à falta de condições para abastecer aquele mercado exclusivamente com produção local, a China pretende não só buscar suprimento mas também investir em produção própria do produto no Brasil. Neste sentido, a Petrochina considera a Petrobras o parceiro natural para tais empreendimentos, devido ao excelente relacionamento comercial entre ambas as empresas e à possibilidade de sinergias.

DCI- 23/12/09

Crise Econômica Mundial



Editado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Brasília, 22 de Dezembro de 2009

Leia os principais trechos da entrevista do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ao programa Bom Dia Ministro, que é transmitido ao vivo para emissoras de rádio em todo o Brasil.

O Brasil trabalhou sério, de forma correta e com bastante esforço nos últimos anos para crescer a taxas maiores, criar mais empregos e, também, estar mais preparado para enfrentar crises como esta.

No passado, crises muito menores traziam consequências dramáticas para o País e para a população brasileira. Desta vez entramos na crise crescendo a taxas elevadas. O consumo da população, a produção e o investimento cresciam a quase 20% ao ano, com a inflação estabilizada. Além disso, o País estava com mais de US$ 200 bilhões de reservas internacionais. Tudo isso fez com que enfrentássemos esta situação mais fortalecidos.

Ao mesmo tempo, durante o colapso financeiro soubemos reagir de forma rápida e eficaz. O Banco Central (BC) atacou os canais da crise. Assim, o BC ofertou empréstimos em dólar e substituiu, na prática, o Sistema Financeiro Internacional, que tinha deixado de financiar os exportadores e os bancos brasileiros. Usamos os depósitos compulsórios para prover recursos para bancos pequenos e médios que estavam deixando de oferecer financiamento em muitos setores importantes. Atuamos fortemente nisso, nos chamados derivativos, que estavam em crise em função de todo esse desequilíbrio e de uma série de outras questões.

Em seguida o governo começou com a isenção do IPI. No momento em que o governo tirou o IPI do automóvel, por exemplo, impulsionou a economia. Quando o comprador foi ao revendedor, em dezembro, atraído pela queda do IPI, já havia crédito, o mercado já estava funcionando normalmente, que não aconteceu em outros países. As ações tomadas pelo Brasil neste período são consideradas exemplares. Órgãos multilaterais, como o FMI, bancos de compensações internacionais e analistas independentes classificam a nossa atuação como modelo a ser seguido. O que devemos fazer agora é manter uma política monetária responsável, fiscal e cambial à frente, também responsáveis para o Brasil continuar na trajetória de sucesso.

Dívida Externa

O Brasil, de fato, teve como um dos grandes problemas, durante todas as nossas vidas, a chamada dívida externa. Quem de nós viveu no Brasil numa época em que não ouviu falar em algum momento da crise da dívida externa? Um dia, pesquisando sobre o assunto, verifiquei que o nosso problema de dívida externa, na realidade, começou na independência. Em 1822, como parte da negociação da independência, o País assumiu uma dívida externa de Portugal. O Brasil sempre viveu um problema da dívida externa elevada, não só o governo, mas também as empresas. Na medida em que havia uma crise internacional qualquer, tínhamos dificuldade de renegociar, de continuar tomando empréstimos e enfrentávamos problemas internos graves em função da dívida. Nos últimos anos fizemos um grande trabalho de recuperação e reforma da economia brasileira que, entre outras coisas, fez com que pudéssemos acumular reservas e pagar dívidas. Para termos uma ideia, o País era um devedor do FMI, devia uns US$30 bilhões de dólares. Pré-pagamos outros credores e, portanto, acumulamos reservas e, em 2006, o País se tornou um credor líquido internacional pela primeira vez na história. Isso significa que agora este é um problema do passado.

Crédito

A previsão de crescimento para o mercado de crédito no ano de 2010 é bastante positiva. Cresceu a taxas elevadas antes da crise, durante a crise caiu bastante, agora já se recuperou e a essa altura está em expansão. O custo do crédito também está caindo e o volume aumentando, que é a trajetória correta. Não há dúvida de que a taxa de juros na ponta do empréstimo ainda é elevada, já foi muito mais no passado, está caindo como resultado da estabilização da economia brasileira e a tendência é que continue a cair. Com a estabilização da economia brasileira, isto é, com a inflação controlada e, também com as reservas internacionais, poderemos assegurar, nos próximos anos, uma continuidade desse processo. Basta mantermos as políticas adequadas. Agora, em termos de volume, o total de crédito concedido aumentou, está bastante forte, saudável e retomando um padrão de normalidade que prevalecia antes da crise.

Taxa Selic

O BC tem uma política de governança, como a maior parte dos bancos centrais do mundo, de não fazer previsões sobre as próprias ações. Isto é, quais serão as decisões tomadas no que diz respeito à taxa Selic. O importante é que se olhe as previsões de inflação para o ano de 2010. Elas fornecem dados importantes para tomar a decisão sobre as medidas necessárias. O BC evidentemente se baseia nas próprias projeções. Mas as projeções feitas pelos analistas também são olhadas por todos e são importantes. O relatório Focus do Banco Central indica uma inflação que está consistente com a meta em 2010.


Inflação e estabilidade dos preços

O BC tem um compromisso com uma meta de inflação de 4,5% e toma todas as medidas necessárias para que seja atingida. A meta tem um intervalo de tolerância que pode variar e temos conseguido cumpri-la. Tomaremos todas as providências necessárias, seja no controle das taxas base do BC, seja por meio da fixação da política monetária adequada, e também, com a política de câmbio flutuante bem administrada. Em resumo, o importante é que a população pode ficar tranquila de que o BC tem os mecanismos e o comprometimento para manter a estabilidade de preços durante 2010.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Taxa de desemprego no Brasil recua para 7,4% em novembro



SÃO PAULO, 18 de dezembro de 2009 - A taxa de desocupação no Brasil recuou para 7,4% em novembro deste ano, ante 7,5% observada no mês anterior e face a 7,6% em novembro de 2008, de acordo com informações da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O rendimento real habitual registrou ligeira retração, passando de R$ 1.354,74 em outubro deste ano para R$ 1.353,60 em novembro. No entanto houve um crescimento de 2,2% na comparação com igual mês do ano anterior, cuja rendimento estava em R$ 1.324,67.

De acordo com levantamento, por grupamentos de atividade foi verificado estabilidade na comparação com outubro e, em relação a novembro do ano passado. Houve variação significativa apenas nos serviços prestados às empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (3,9%). O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado (9,6 milhões) também não se alterou nem em relação a outubro deste ano, nem em relação a novembro de 2008.

O IBGE informou ainda que o contingente de ocupados no agregado das seis regiões metropolitanas (21,6 milhões) também ficou estável tanto na comparação com mensal quanto anual. Dentre as regiões metropolitanas, houve variação significativa apenas em Salvador, onde a população ocupada cresceu 3,6% na comparação anual.


(Redação - Agência IN)

JB- 18/12/2009
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Produção de petróleo no Brasil cresce 7,9% em novembro



Agência Brasil

RIO - A produção média diária de petróleo e gás natural da Petrobras nos campos do país em novembro foi de 2.309.567 milhões de barris de óleo equivalente (boe), volume 6,6% maior que o produzido no mesmo mês do ano passado - 2.167.236 milhões de barris de petróleo equivalente por dia.

Os dados divulgados pela estatal indicam que somente a produção de petróleo, sem levar em consideração a extração de gás, cresceu 7,9% nos últimos 12 meses, enquanto a produção de gás natural manteve-se no mesmo nível de novembro de 2008 e de outubro de 2009 - 50,7 milhões de metros cúbicos/dia.

Considerando apenas a produção nos campos nacionais, porém, houve redução de 0,5% - o equivalente a menos 9.800 barris por dia - em relação ao volume extraído em outubro.

Segundo a Petrobras, essa pequena variação deveu-se, principalmente, ao encerramento do teste de longa duração (TLD) no campo de Cachalote, no mar do Espírito Santo, conduzido com a utilização da unidade de produção FPSO Seilllean. A empresa esclareceu, porém, que o campo de Cachalote voltará a produzir em meados de 2010, quando será instalado na área outra unidade de produção.


JB- 18/12/2009

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Combustível: China deve comprar derivado do Brasil

Jornal do Brasil

DA REDAÇÃO - Depois da decisão da China de reduzir a tarifa sobre as importações de álcool de 30% para 5%, a medida pode se aplicar ao etanol, na opinião de especialistas, podendo abrir caminho para importações do biocombustível do Brasil.

Analistas, contudo, não esperam grandes compras devido à falta de capacidade de misturar o biocombustível à gasolina, mesmo que as importações sejam viáveis. O Brasil, maior exportador mundial de etanol, tem pressionado a China para importar o biocombustível brasileiro como um complemento à produção limitada do país.

– A tarifa baixa parece tornar as importações viáveis. Mas estamos estudando se há outras restrições – disse um analista.

O Ministério das Finanças informou na quarta-feira que a taxa de importação sobre o álcool e outras bebidas desnaturadas vai cair para 5% a partir de 1º de janeiro de 2010.

Para outro especialista, a redução da tarifa – parte do compromisso de Pequim de reduzir as taxas gerais de importação como membro da Organização Mundial de Comércio – não vai resultar em grandes importações em breve.

– A redução pode levar a importações de uma maneira indireta, o que será a tendência futura. Mas não esperamos que as importações aconteçam dentro de um curto período de tempo – disse.

Ele afirmou que os compradores têm de construir instalações de mistura, atualmente sob controle de empresas estatais. Pequim determina o uso de gasolina misturada com etanol apenas em cerca de um terço das províncias chinesas.

A China não permitirá nenhuma grande expansão de produção de etanol à base de grãos devido a preocupações com a segurança alimentar, e a expansão da produção de biocombustível utilizando outras matérias-primas é restrita devido à quantidade limitada de terras e de recursos hídricos.

O governo quer misturar 2 milhões de toneladas de etanol na gasolina até 2010 e 10 milhões até 2020, como parte de esforços para ajudar a reduzir as emissões de gases do efeito estufa. Já autoridades da indústria duvidam que a meta poderá ser cumprida com as atuais instalações, que só podem produzir cerca de 1,35 milhão de toneladas.

Exportações de etanol brasileiro para a China são improváveis no curto prazo, uma vez que a safra de cana está acabando no centro-sul e os estoques do combustível estão apertados. Mas a notícia é vista como positiva num período mais longo, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

Com agências

JB- 18/12/2009

domingo, 13 de dezembro de 2009

Brasil deve terminar ano com inflação próxima de 4%

SÃO PAULO, 10 de dezembro de 2009 - O Brasil deverá terminar 2009 com inflação próxima a 4%, taxa Selic em torno dos atuais 8,75%, dólar na casa de R$ 1,75 e crescimento do PIB atingindo 1,0%, estima Equifax, líder mundial em informação e inteligência para decisão e gestão empresarial. Para 2010 estima-se o aumento da inflação devido ao aquecimento da economia e o consequente aumento da demanda. Este aumento será mais intenso nos setores de serviços já que não há concorrência das importações.

No que diz respeito ao setor externo, o saldo da balança comercial deverá fechar o ano de 2009 com superávit de US$ 26 bilhões. As exportações poderão chegar a US$ 150 bilhões e as importações a US$ 124 bilhões. Embora o resultado da balança comercial em 2009 tenha sido superior ao de 2008, a soma das exportações mais as importações (corrente de comércio) cairá cerca de US$ 90 bilhões, devido aos efeitos da crise sobre o comércio exterior. No início do próximo ano espera-se uma pequena melhora no saldo da balança comercial, contudo com uma corrente de comércio bastante superior a de 2009.


Ainda em 2009 o total de investimentos diretos estrangeiros no Brasil deve chegar a US$ 20 bilhões, volume bastante inferior ao registrado em 2008, US$ 45 bilhões. No entanto, considerando a situação de crise financeira internacional, o volume líquido alcançado em 2009 foi bastante satisfatório. "A economia brasileira tem conseguido se sobressair no cenário internacional, a ponto de conseguir atrair mais investimentos estrangeiros e desfrutar de uma posição de destaque no quadro político e econômico mundial", diz Alcides Leite coordenador do Centro de Conhecimento Equifax.

(Simone e Silva Bernardino - Agência IN)

JB - 10/12/2009

domingo, 29 de novembro de 2009

IGP-M acelera para 0,10% em novembro


SÃO PAULO, 27 de novembro de 2009 - O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou variação de 0,10% em novembro deste ano, ante taxa de 0,05% apurada no mês anterior, segundo informações divulgadas há pouco pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Enquanto isso, o Índice de Preços por Atacado (IPA) acelerou para 0,08% em novembro, contra taxa de 0,04% em outubro. O índice referente aos bens finais passou de 0,07% para 0,39%. O que mais contribuiu para este desempenho foi o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa subiu de -7,07% para 4,50%. Excluindo os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de bens finais (ex) apresentou taxa de -0,21%.

Por sua vez, o grupo bens intermediários variou -0,18% em novembro, frente a uma taxa de 0,12% em outubro. O subgrupo materiais e componentes para construção reportou declínio na taxa, passando de 0,18% para -0,56%.

De acordo comunicado da FGV, no estágio inicial da produção, o índice de matérias-primas brutas acelerou para 0,05% em novembro. Os principais itens responsáveis pelo comportamento foram soja (em grão) (-2,93% para -0,31%), milhão (em grão) (1,19% para 5,22%) e cana-de-açúcar (2,62% para 4,36%).

Na direção contrária ficaram bovinos (0,42% para -1,26%), arroz (em casca) (4,97% para -2,08%) e mandioca (aipim) (12,46% para 3%).

(Redação - Agência IN)

JB- 27/11/2009

Dubai: Meirelles não vê risco para o Brasil


Economia



BRASÍLIA - Os bancos brasileiros não estão expostos aos problemas de dívida de Dubai, segundo afirmou sexta-feira o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. O conglomerado estatal Dubai World pediu que os credores esperem seis meses para o pagamento da dívida de quase US$ 60 bilhões do grupo. Segundo ele, a questão mostra que ainda existem incertezas na economia mundial (em processo de recuperação da crise imobiliária americana) e que novos contratempos podem ocorrer. Por isso, o Banco Central manterá sua política de acúmulo de reservas internacionais.

– O Brasil está preparado para enfrentar como enfrentou no passado situações muito piores – disse Meirelles – Os bancos brasileiros não estão expostos a este fundo ou a este tipo de problema, inclusive pelas próprias restrições da regulação brasileira – declarou o presidente do BC.

Ele ressaltou que o Brasil foi bem-sucedido ao sair da crise financeira mundial e tem plenas condições de superar oscilações nos mercados internacionais. Meirelles afirmou que o crescimento brasileiro está ancorado no aumento da renda, do emprego e do crédito doméstico, o que torna o país menos vulnerável à instabilidade externa.

Segundo o presidente do BC, autoridades regulatórias e monetárias de outros países já enviaram sinais de que o ocorrido não deve provocar grande abalo no sistema financeiro dos países centrais por exposição do seus bancos àquela instituição.

– São sinais, vamos aguardar os próximos dias. As previsões que temos recebido de fora são de que não se espera um colapso, que está muito longe do que ocorreu no ano passado – comentou Meirelles – O fato concreto é que o ambiente hoje é de cuidado. Alguns bancos devem perder recursos nesta instituição, mas não é algo que possa lembrar episódios passados.

Os bancos internacionais possuem as ferramentas para enfrentar a situação, segundo os testes de estresse feitos pelo Federal Reserve (o BC dos EUA) neste ano para determinar as necessidades de capitalização das instituições.

Com agências

Credores europeus minimizam exposição à dívida do Emirado

Os temores de uma moratória sacudiram os mercados globais, mas os bancos de fora do Golfo Pérsico minimizaram sexta-feira sua exposição à dívida de Dubai. Líderes europeus disseram que a economia mundial está forte o suficiente agora para enfrentar o problema.

A crise começou na quarta-feira, quando Dubai pediu para adiar o pagamento da dívida de US$ 60 bilhões da Dubai World e da Nakheel, sua principal subsidiária e incorporadora de três ilhas em formato de palmeira que já atraíram celebridades e milionários. Os bancos europeus estão entre os maiores credores do Emirado.

Mas não há comparação aos US$ 2,8 trilhões de baixas contábeis que instituições dos EUA e da Europa terão registrado entre 2007 e 2010 como resultado da crise global de crédito, segundo estima o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Dubai, com 4 mil quilômetros quadrados, é um dos sete que compõem os Emirados Árabes Unidos, reunidos em 1971, no Golfo Pérsico, donos da sexta maior reserva de petróleo do mundo.

JB-27/11/2009

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Desemprego cai 7,5% em outubro

IBGE

A taxa de desemprego caiu de 7,7% para 7,5%, em outubro, nas seis regiões metropolitanas pesquisadas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre), após cair 0,4 pontos percentuais entre agosto e setembro. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou também alta de 0,8% no mês e de 3,6% no ano no rendimento domiciliar per capita dos ocupados. A população ocupada, de 21,5 milhões, ficou estável nas comparações mensal e anual, assim como o número de trabalhadores com carteira assinada (9,5 milhões). O rendimento médio real dos ocupados, de R$ 1.349,70, ficou estável no mês e teve alta de 3,2% frente a outubro de 2008.

Os empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foram a única categoria a apresentar redução no rendimento médio real, registrando queda de 0,4% em relação a setembro deste ano. Os trabalhadores sem carteira tiveram a maior alta neste indicador, que foi de 7,2% em relação a outubro de 2008. Entre os sete grupos de atividade analisados pelo IBGE, três tiveram altas e quatro apresentaram recuos. A população inativa, 17,8 milhões no total, das seis regiões investigadas não variou em relação a setembro, mas cresceu 4,2% em relação a outubro do ano passado.

Veja mais....  http://www.ibge.gov.br/.






quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Índia ditará ritmo do mercado internacional de commodities

AGRONEGÓCIOS


Priscila MachadoBloomberg

NOVA DÉLHISÃO PAULO - Depois de a China ditar o ritmo no mercado de commodities, principalmente em razão do seu apetite por soja ao longo da última temporada, agora, na safra 2009/2010, será a vez da Índia apontar os rumos do comércio agrícola mundial. Além da explosão dos preços do açúcar, que já subiram 92% este ano, a Índia deve alavancar a demanda por óleo de soja e arroz.

As importações de óleo por parte da Índia, o maior comprador do produto no mercado internacional depois da China, deverão permanecer próximas de sua maior alta dos últimos 15 anos. De acordo com a Associação dos Extratores de Solventes, a elevação é efeito da concorrência com produtos estrangeiros mais baratos, o que torna pouco lucrativo o processamento da soja e do amendoim locais. As processadoras de soja estão operando suas unidades de produção a cerca de 50% de sua capacidade. "As compras de óleos de cozinha por parte da Índia, entre os quais o de palma, deverão ultrapassar 2 milhões de toneladas no período de três meses a encerrar-se em 31 de janeiro, comparativamente aos 2,1 milhões de toneladas do trimestre anterior", diz B.V. Mehta, diretor-executivo da associação.

As importações de óleos vegetais dispararam para seu maior volume desde 2004, quando o governo indiano pôs fim às tarifas incidentes sobre os óleos de palma e de soja, deprimindo os preços internos e forçando as usinas a desacelerar o processamento das lavouras semeadas durante as chuvas de monção. O aumento das vendas ajudou a alimentar a alta de 37% registrada pelo preço do óleo de palma este ano. "As pessoas não estão operando plenamente suas unidades de produção porque não há lucratividade operacional", disse Rajesh Agrawal, porta-voz da Associação dos Processadores de Soja da Índia. "Ou os preços das sementes têm de baixar ou os preços do óleo e do farelo precisam subir para tornar o processamento lucrativo", avaliou. O preço do óleo de palma saltou para sua maior alta de 11 semanas, puxado pela previsão de um aumento das compras por parte da Índia. Os contratos futuros para entrega em janeiro subiram até 3,1%, para US$ 695 a tonelada, seu patamar mais alto desde 28 de agosto.

Balizadora das cotações de açúcar durante todo o ano de 2009 a nova atitude da Índia já começa a influenciar o mercado da commodity novamente, desta vez puxando os preços para baixo. De acordo com avaliação da Archer Consulting, com o mercado de açúcar na Bolsa de Nova York tendo fechado a semana com alta inferior US$ 10 por tonelada, é possível observar, mais claramente, que a diferença de preços entre o março de 2010 e o março de 2011 se manteve em torno de 330 pontos, ou seja, os preços apontam para uma baixa de US$ 73 por tonelada para a safra 2011/2012 em comparação com a 2010/2011. No período seguinte, a diferença entre o março de 2011 e o março 2012 é de nova baixa de US$ 62 por tonelada. "Em resumo, a percepção do mercado, levando em conta os fatores de recuperação da Índia já para a 2010/2011 - que para eles inicia-se em outubro do ano que vem - é de queda nos preços em US$ 135 por tonelada em dois anos. Ainda assim, com retorno de 27% sobre o custo de produção previsto", analisa Arnaldo Luiz Corrêa, gestor de riscos da Archer.

Segundo Corrêa, se por um lado as perspectivas de importação continuam variando entre sete e nove milhões de toneladas, volume considerado elevado, por outro, os indianos têm mais tempo para comprar e assim deixam o mercado spot (a vista) mais ou menos largado. "Agora, é esperar para ver, já que na última sexta-feira, a Organização Internacional do Açúcar afirmou que o déficit mundial é de 7,2 milhões de toneladas comparado com os 8,4 milhões anteriormente divulgados. Daqui para frente, muita coisa pode mudar no cenário de altas do açúcar que tivemos até aqui", finaliza o gestor da Archer.

Até mesmo o mercado de arroz deve sofrer forte influência da Índia. O País cuja previsão inicial era de exportações da ordem de 4 milhões de toneladas deverá entrar agora no mercado internacional buscando adquirir cerca de 3 milhões de toneladas. A reversão no equilíbrio entre a oferta e demanda de arroz na Índia é atribuída à uma forte estiagem que atingiu o país este ano.

Depois de a China ditar o ritmo no mercado de commodities, principalmente em razão do seu apetite por soja ao longo da última temporada, chgou a vez da Índia. Na safra 2009/2010, o mercado indiano vai apontar os rumos do comércio agrícola mundial. Além da explosão dos preços do açúcar, que já subiram 92% este ano, a Índia deve alavancar a demanda por óleo de soja e arroz. As importações de óleo da Índia, o maior comprador do produto depois da China, deverão permanecer próximo de sua maior alta dos últimos 15 anos. Segundo os exportadores do produto, a elevação é efeito da concorrência com produtos estrangeiros mais baratos.

DCI-18/11/09





Participação do Sudeste no PIB do País cai em 12 anos


No mesmo período, a região Nordeste teve o maior avanço: de 12,0% para 13,1%.

Portal Terra

RIO - A região Sudeste viu sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) do País cair de 59,1% em 1995 para 56,4% em 2007. O dado foi divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).



A concentração do PIB brasileiro também ficou menor em relação aos Estados que mais contribuem para a formação da riqueza do País. Os oito Estados mais industrializados (SP, MG, RS, PR, RJ, SC, BA e AM) concentravam 88,7% da indústria de transformação nacional em 1995. Essa participação caiu para 87,2% em 2007.

Segundo o IBGE, o maior PIB per capita continua sendo o do Distrito Federal (R$ 40.696,08), cerca de três vezes o PIB per capita nacional (R$ 14.464,73). Entre 1995 e 2007, os três maiores PIB per capita permaneceram na mesma ordem (Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro) assim como os dois menores (Maranhão e Piauí).

JB- 18/11/2009

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Brasil tem melhor outubro e supera 1 milhão de vagas no ano


Portal Terra

BRASÍLIA - Assim como havia adiantado o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, no começo do mês, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostraram que o Brasil superou o saldo de 1 milhão de empregos formais em 2009. De janeiro a outubro foram criadas 1.163.607 vagas a mais que as fechadas em todo o País.

Segundo Lupi, o número confirma as previsões feitas pelo governo no primeiro semestre deste ano. O mês de outubro fechou com saldo de 230.956 mil empregos formais.

- Foi o melhor outubro da história, corresponde a previsão que tinha feito no primeiro semestre do ano. Neste segundo semestre todos os setores tiveram recuperação na geração de empregos, principalmente a indústria de transformação, que mais demitiu no primeiro semestre - disse Lupi.

JB- 16/11/2009
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Setor de massas cresce acima do PIB e investe em expansão

ALIMENTOS

Laelya Longo

SÃO PAULO - A crise financeira mundial passou longe do segmento de massas alimentícias, que deve fechar o ano com crescimento bem superior ao Produto Interno Bruto (PIB), apoiado na retração do setor de alimentação fora do lar. A avaliação das indústrias do setor apontam para um 2010 ainda mais otimista, com grande volume de aportes em expansão.

Segundo Cláudio Zanão, diretor presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias (Abima), o segmento teve bom desempenho em todos os mercados, principalmente os que mais sofreram com a crise financeira. "Os Estados Unidos estão tendo um aumento de 20% nas vendas de massas", afirma. "A recessão econômica norte-americana alavancou o consumo de massas, em função das características próprias do produto: preço baixo, valor nutritivo e facilidade de preparo."

Zanão evita antecipar o crescimento do setor para 2009, pois o consumo durante o primeiro semestre do ano é tradicionalmente inferior ao do segundo. "Prevíamos uma alta equivalente ao PIB [Produto Interno Bruto], mas com a expressiva melhora do cenário econômico do segundo semestre, devemos fechar em 3% a 4%, mas ainda é cedo para determinar um índice", ressalta.

Expansão

O Grupo Selmi, dono das marcas Renata e Galo, já registra 17% de alta no volume de vendas de suas massas. Para Ricardo Selmi, presidente do grupo, esse aumento é fruto, basicamente, da queda de preços dos produtos, atendendo à necessidade de consumo das camadas sociais mais baixas e das que sofreram com a recessão.

Até outubro, a empresa contabiliza um aumento de 20% na produção, na comparação com 2008. Segundo Selmi, o preço do trigo contribuiu fortemente para a expansão da produção. Nesse sentido, a empresa deve fechar o ano com aumento da capacidade produtiva, com uma nova linha de espaguete com capacidade de 4.500 quilos por hora.

Além disso, até o final de 2010, a empresa vai lançar uma nova linha de cream cracker, biscoitos doces e bolinhos prontos em monoporções. Outro foco será o de armazenagem, com incremento da unidade de Sumaré, no interior de São Paulo. O valor total desses investimentos gira em torne de R$ 30 milhões.

A Selmi acrescenta que, para 2011, está planejando a construção de uma planta em Pernambuco para fortalecer a presença no mercado nordestino. "O mercado consumidor do Nordeste está crescendo muito e queremos acompanhar essa tendência", justifica. Atualmente, a Selmi tem 13% de market share no Sudeste e Centro-oeste, além de Santa Catarina e Paraná, onde possui a segunda unidade, em Londrina, na região Sul. A implantação da unidade do Nordeste deve alavancar essa participação e irá consumir R$ 15 milhões, produzindo espaguete e macarrão instantâneo.

Para Selmi, no próximo ano, o setor deve crescer entre 3% e 4%. "O crescimento desse segmento é descolado do PIB, pois possui características próprias", declara. Mas a meta da empresa é mais ambiciosa e está fixada em 10%.

Outra empresa que aposta na expansão para atender ao aumento da demanda é a J. Macedo, responsável pelas marcas Dona Benta, Petybon e Brandini, líder no Norte-Nordeste. "Acreditamos que o mercado brasileiro apresenta um grande potencial para o crescimento do consumo", afirma Marcos Povoa, diretor comercial e de novos negócios da J.Macedo. "De olho nessa oportunidade, estamos trabalhando na expansão da capacidade produtiva de nossa unidade de São José dos Campos, aumentando o volume de massas de 63 mil toneladas ao ano para 93 mil toneladas".

Lacuna

Para ocupar o lugar deixado pela Frescarini, que deixou de ser produzida em abril, pela General Mills, o Grupo Bertin lançou, no fim de setembro, sua linha de massas frescas com a marca Vigor. Presente em grandes e médias redes de varejo, o objetivo da empresa é alcançar, em 12 meses, 15% do mercado de massas frescas em São Paulo, chegando ao pequeno varejo em março do próximo ano. "A Vigor tem uma forte atuação no pequeno varejo por conta de seus produtos lácteos, mas estamos definindo como se dará a logística de distribuição das massas", explica Marcos Scaldelai, diretor de marketing de produtos lácteos da Bertin.

Sem revelar os números, Scaldelai conta que, em outubro, a produção já dobrou de volume e que, este mês, deverá dobrar novamente. A fabricação das massas da Vigor é feita pela Pastitex, que também possui marca própria no segmento. "Nosso produto é voltado para as classes B/C e possui desde massa de pastel, responsável pelo maior volume de vendas, até as recheadas, que tem maior valor agregado e incrementa o faturamento", afirma o diretor de Marketing.

DCI- 16/11/09

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Brasil impulsionará o setor de turismo nos âmbitos nacional, estadual e municipal com auxílio do BID

13 Novembro, 2009


Brasil e o BID


Apoio ao Programa de Desenvolvimento do Turismo Nacional (PRODETUR NACIONAL)

Um empréstimo de US$ 15 milhões ajudará a estimular um setor cujas receitas internacionais triplicaram entre 2000 e 2008

O Banco Interamericano de Desenvolvimento aprovou um empréstimo de US$ 15 milhões para ajudar o setor de turismo brasileiro a se expandir nos âmbitos nacional, estadual e municipal a fim de fazer melhor uso de seu potencial.

Embora as receitas internacionais do turismo tenham triplicado para US$ 5,8 bilhões entre 2000 e 2008, as ofertas turísticas continuam concentradas essencialmente no litoral do país, deixando de lado outras atrações de alta qualidade.

A falta de conexões diretas para muitos destinos, deficiências de infraestrutura e serviços e acesso insuficiente a dados de mercado atualizados, recursos humanos habilitados e fórmulas de marketing eficazes são fatores que acabam limitando as ofertas de destinos turísticos. O turismo brasileiro também é prejudicado por uma coordenação ruim entre os diferentes níveis de governo.

O empréstimo do BID apoiará o Programa de Desenvolvimento do Turismo Nacional (PRODETUR Nacional) do governo federal, que pretende vencer esses desafios além de consolidar as políticas nacionais de turismo por meio de uma gestão pública cooperativa e descentralizada.

O programa tem três componentes:

Fortalecimento da gestão nacional do turismo, melhorando o sistema de estatísticas e informações de mercado e capacitando funcionários do Ministério do Turismo em projetos de investimento.

Apoio à preparação de planos de desenvolvimento do turismo nos âmbitos estaduais e municipais, seguindo diretrizes estratégicas e técnicas consistentes.

Apoio a investimentos estaduais e municipais dentro do PRODETUR, incluindo o estabelecimento de uma estrutura técnica integrada por diferentes especialistas que ajudarão a implementar projetos locais com metodologias comuns e compartilhadas.

O empréstimo tem prazo de 20 anos, com um período de carência de 4 anos e taxa de juros variável baseada na LIBOR. Outros US$ 10 milhões serão fornecidos como fundos de contrapartida locais.

Fonte : BID

Mais informações
Adela Moreda
Líder de equipe do BID
adelam@iadb.org
Líder da equipe na Representação do BID no Brasil
Juan Poveda
juanpo@iadb.org
Peter Bate
terb@iadb.org
(202) 623-2609
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