terça-feira, 15 de setembro de 2009

Lula: Brasil superou crise e é hora de ampliar mercado interno

Economia
Laryssa Borges, Portal Terra
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a comemorar nesta terça-feira o fato de o Brasil ter conseguido superar a crise financeira mundial e disse que, depois da "febre", o País precisa de "vitamina" para se fortalecer e continuar a ampliar o mercado interno e o montante de investimentos.
"Não temos obrigação de ficar vangloriando sobre quem é responsável por sair da crise. Foi a primeira crise que todos sabiam que era uma crise internacional começada nos Estados Unidos. (Agora) É a saída gloriosa dela, é como se a febre estivesse passado. Agora então não é mais dar antibiótico, é para dar vitamina", afirmou o presidente ao participar da reunião extraordinária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
De acordo com Lula, mesmo com um cenário mais favorável ao Brasil neste período de um ano após o auge das turbulências mundiais, o governo não pretende deixar de monitorar a pressão inflacionária ou de garantir a responsabilidade fiscal.
"Não vamos abrir mão da nossa responsabilidade fiscal ou de controlar a inflação. Ela não vai voltar porque toda vez que volta desgraça a vida e a economia desse país", disse, lembrando que atualmente existe no Brasil "um espaço fértil para fazer investimento".
"Agora é hora de fazer investimento. Quem tem investimento e parou por conta da crise comece a fazer investimento. Quem estiver mais preparado vai sair na frente", afirmou, cobrando ainda empenho dos empresários principalmente na discussão de uma cadeia produtiva para exploração do petróleo encontrado na camada pré-sal.
"As obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), quem quer que venha governar esse país, vai ter muito mais obra. E ao mesmo tempo temos essa novidade extraordinária do pré-sal. Acho que a preparação tem que ser anterior. Todos nós precisamos começar a discutir e pensar como estruturar a cadeia produtiva", disse.
"A verdade que estamos descobrindo uma coisa importante. Não existe possibilidade de o governo sobreviver sozinho, de o empresário viver sozinho, de o trabalhador viver se as empresas estiverem enfraquecidas ou (se houver) um exército infinito de miseráveis", salientou.
"Seria importante que os empresários começassem a preparar grupos de trabalho junto aos trabalhadores para a gente começar a (...) estruturação da cadeia produtiva do pré-sal", afirmou, dizendo que o Brasil precisará de mais indústrias, de maior produção de aço e de mais infraestrutura para arcar com a exploração plena do pré-sal.
"É um desafio tão excepcional que ainda não temos a dimensão e noção do que pode acontecer os seis, sete ou oito anos depois. Qual é o Brasil que nos espera na hora que a gente começar a explorar o pré-sal? Não temos dimensão das coisas que estão por vir e temos que nos antecipar. O que a gente pode fazer dentro do Brasil? Esse é o desafio: fazer que grande parte desses produtos (relacionados à exploração do pré-sal) sejam fabricados dentro do nosso País. Isso vai aumentar classe média, vai aumentar a formação profissional e vai qualificar o brasileiro para ser mais competitivo", declarou o presidente.
JB-15/09/2009

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentario

________________________________________________________