Economia
REUTERS
RIO - A taxa de desemprego brasileira diminuiu mais que o esperado em setembro, igualando-se ao patamar de igual período do ano passado, antes do aprofundamento da crise global. O dado foi também o menor para um mês de setembro na série histórica iniciada em 2002 e o mais baixo desde dezembro do ano passado.
O mercado, no entanto, minimizou os dados positivos, apontando que a composição do índice continua mostrando que o mercado de trabalho não se recuperou totalmente.
A taxa caiu para 7,7% em setembro, ante 8,1% em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. Em setembro de 2008, o desemprego também foi de 7,7%.
Analistas ouvidos pela Reuters previam 8,1%, segundo a mediana de 18 projeções que oscilaram de 7,8 a 8,4%.
- O desemprego (cheio) é bom, mas os dados abertos mostram algumas coisas. A PEA (População Economicamente Ativa) teve uma redução forte. Se você olha a dinâmica entre ocupados e desocupados, ela não é tão boa. A população ocupada subiu pouco e a desocupada caiu bem... o que pode significar um aumento do desalento (pessoas que desistem de procurar emprego porque não acham) - afirmou Flávio Serrano, economista sênior do BES Investimento.
Segundo o IBGE, a população ocupada subiu 0,4% em setembro ante agosto e 0,6% contra igual mês de 2008, para 21,520 milhões de pessoas empregadas.
O total de desocupados foi de 1,799 milhão, queda de 4,8% na comparação mensal e alta de 1,3% na anual.
A PEA caiu 0,1% em setembro contra agosto e subiu 0,6% na comparação com o ano passado.
- No geral, o dado do mercado de trabalho não muda nossa visão de que a dinâmica continua fraca. O patamar do emprego está, na nossa estimativa, 0,7% pior que a tendência - afirmou Diego Donadio, analista sênior para América Latina do BNP Paribas, em nota.
O rendimento médio real subiu 0,6% na comparação mensal e 1,9% frente a setembro do ano passado, para 1.346,70 reais.
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