terça-feira, 22 de setembro de 2009

Coutinho vê retomada dos investimentos no final do 3º trimestre


REUTERS


RIO DE JANEIRO - Animado com a saída da recessão técnica, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, prevê que ao final deste terceiro trimestre haverá um movimento generalizado de retomada dos investimentos no país.

- Iniciamos uma recuperação em 'V' da economia. Neste trimestre provavelmente já estaremos próximos de recompor o nível de utilização da capacidade instalada e provavelmente no fim do trimestre estaremos próximos de um nível que começa a induzir condições generalizadas de investimento - disse na abertura de um seminário no Rio de Janeiro.

No segundo trimestre, a formação bruta de capital fixo permaneceu estável ante o primeiro trimestre e teve um declínio recorde sobre igual período de 2008, ainda sob efeito da crise financeira internacional.

- A retomada do investimento nos permite pensar na recuperação sustentável da economia, recuperação da política de investimento e desenvolvimento do país - acrescentou o presidente do BNDES.

Ele defendeu que, no mundo pós-crise, o Brasil invista mais em inovação tecnológica, o que será o diferencial entre as economias.

- A inovação é ingrediente essencial para a recuperação da economia mundial. A criação de produtos novos, de novos processos e aperfeiçoamento de produtos permitirão às empresas ter uma vantagem competitiva e sair na frente das concorrentes... Essa nova etapa na concorrência mundial será acirrada - avaliou.

JB-22/09/2009

domingo, 20 de setembro de 2009

Indústria nacional busca apoio do governo na luta contra importados

Economia

Gabriel Costa e Marta Nogueira, Jornal do Brasil

RIO - A economia brasileira pode ter engrenado a primeira marcha da recuperação pós-crise internacional, mas isso não quer dizer que os obstáculos no caminho possam ser desprezados. A melhora do panorama econômico e a valorização do real frente ao dólar ameaçam a indústria brasileira com uma nova onda de importações. Preocupados com o movimento, sobretudo de produtos asiáticos, representantes das indústrias têxtil, calçadista, de eletroeletônicos e de máquinas pediram ao governo medidas contra o que chamam de invasão.

Além da recente taxação de sapatos e pneus chineses, outros ramos se preparam para reduzir os impactos vindos do Oriente. Para estimular a competitividade dos respectivos setores, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e a Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) negociam com o governo medidas de incentivo de investimentos, programas de ampliação da exportação e redução dos custos de produção.

E também defendem a necessidade de elevação da cotação do dólar frente ao real, uma vez que a combinação do câmbio livre com taxas de juros altas estimula a entrada de capital especulativo e derruba as vendas externas do país. O efeito da valorização cambial do real no mercado interno é mais evidente em grupos do varejo que apresentam parcelas de importados, componentes trazidos de fora ou que têm os preços mais fortemente influenciados pelo mercado internacional, explicam especialistas.

A atividade de móveis e eletrodomésticos registrou o primeiro aumento positivo no volume de vendas internas em seis meses, 1,9% em julho, na comparação com junho. Mas a melhora veio com empurrão das importações de eletroeletrônicos, de 11,4% no mesmo período, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).

Em linha com a solicitação dos outros setores, o presidente da Abinee, Humberto Barbato, ressalta que, para ser competitivo, o Brasil precisa rever a política cambial para minimizar a importação indiscriminada de produtos acabados.

– Os países asiáticos são os que mais exportam para o Brasil e é difícil competir com eles, pois as condições econômicas, de empregos e necessidades, facilitam que os preços finais de seus artigos sejam bem abaixo dos apresentados pelos brasileiros – alerta o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Aguinaldo Diniz Filho.

Segundo Diniz Filho, que também preside a companhia de fiação e tecidos Cedro e Cachoeira, a indústria têxtil e de confecção brasileira emprega hoje 1,65 milhão de pessoas diretamente e 8 milhões direta e indiretamente. Para o executivo, é preciso que o país invista na sustentabilidade.
– Não podemos aceitar que a política desleal e predatória de preços aplicada por países da Ásia continuem atrapalhando nossos negócios internos – acrescenta.

Governo taxa compras externas

Uma conquista importante para dos setores mais abalados pela concorrência desleal dos importados, o de calçados, foi alcançada no início deste mês, quando o Brasil passou a taxar as importações de calçados da China em US$ 12,47 por par, a partir de solicitação da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). A medida abre um precedente para outros setores prejudicados, enquanto o próprio segmento de calçados ainda espera maior rigidez.

– Nós iremos continuar atuando para a aplicação de um valor maior, de US$ 18,44 o par – ressaltou o presidente da Abicalçados, Milton Cardoso na ocasião do anúncio da medida do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. – Foram 42 mil desempregados no último trimestre de 2008. Queremos recuperá-los e ainda aumentar a oferta de trabalho.

Por outro lado

Segundo cálculos da consultoria Tendências, baseados no índice de preços de importados da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), no acumulado do ano, os preços de bens duráveis importados tiveram queda de 4,5% em dólar, que representa uma retração de 22,9% quando convertida em reais.

Uma dos argumentos dos que defendem a livre concorrência está na comparação de preços dos produtos fabricados no Brasil e os made in China. O comportamento dos preços da indústria nacional de têxteis e calçados continuam estão acima inflação, reforçados pelas novidades da coleção primavera-verão. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 4,5%, enquanto a variação do grupo vestuário foi de 7,6%.Neste ponto, os produtos brasileiros saem em desvantagem.

Os empregos que deixam de existir no Brasil não são considerados pelos consumidores, nem há algum tipo de campanha para tanto, como acontece em outros países vizinhos, como a Argentina.

Consumidor não se “importa”

Os brasileiros não se preocupam com a procedência dos produtos que compram, a julgar pelos milhares de clientes que lotam diariamente as ruelas da Sociedade dos Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega (Saara). Basta uma passada no maior centro comercial popular do Rio de Janeiro para notar a grande procura por preços baixos e a total falta de interesse pela origem dos produtos.

Andressa Liebemann, de 21 anos, confessa que até deveria pensar sobre o assunto, mas quando encontra algo que quer, por um valor abaixo do habitual, não se importa que seja estrangeiro.

– Pode ter vindo da África, da China que eu não estou nem aí. O que eu gosto, pego e levo – afirmou a estudante.

Outros até se preocupam, mas continuam em busca do preço menor. É o caso de Laelson das Virgens, motorista particular, que acredita que se houvesse maior preocupação com o assunto, o país poderia estar em melhor situação.

– Seria bom se todos se conscientizassem e comprassem mais produtos brasileiros, pois fortalece a indústria interna e gera empregos. Mas com certeza o que mais atrai na hora de fazer compras são os preços – diz das Virgens.

Adelziro Ferreira de Oliveira, que no momento está afastado do trabalho, se diz mais atento à qualidade do que vai comprar.

– Posso até pagar mais caro, mas gosto de sentir segurança de que estou comprando um artigo que vai funcionar. Quanto à procedência, acho que é o governo que deve se preocupar, arrumando uma forma de fazer com que o país ofereça bons produtos com preços viáveis – pondera Adelziro.

JB- 19/09/2009

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Aumento de rendimento foi maior entre os mais pobres em 2008

Economia

 
Agência Brasil

BRASÍLIA - Embora tenha reduzido o ritmo de crescimento devido aos efeitos da crise internacional, o rendimento médio mensal de trabalho do brasileiro (pessoas com 10 anos ou mais de idade) aumentou 1,7% de 2007 para 2008, passando de R$ 1.019 para R$ 1.036. De 2005 para 2006, a elevação havia sido de 7,2%, e de 2006 para 2007, de 3,1%.

O acréscimo, no entanto, foi observado com mais intensidade entre a parcela mais pobre da população. Para os 10% das pessoas ocupadas com rendimentos mais baixos, o crescimento da renda média mensal foi de 4,3%, enquanto para os 10% com rendimentos mais elevados, de 0,3%.

Os dados, divulgados hoje (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) relativa ao ano de 2008. O estudo, publicado anualmente, traz uma radiografia da situação econômica do país, com informações sobre população, migração, educação, trabalho, família, domicílios e rendimentos.

De acordo com o gerente da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, Cimar Azeredo, a melhora nos rendimentos da população de mais baixa renda está associada, além do cenário econômico favorável, aos programas de transferência de renda do governo, como o Bolsa Família.

- Além de incentivar o aumento da escolarização das pessoas, o que já tem impacto direto no nível de rendimento, com a elevação da renda do trabalhador, ele pode cobrar mais por sua atividade laboral. Se antes se sujeitava a capinar por um preço baixo, sem a mesma necessidade ele passa a poder cobrar mais caro pelo que faz - afirmou.

O estudo mostra também que em termos regionais os maiores ganhos foram observados no Nordeste (5,4%) e no Centro-Oeste (3,2%). As regiões Sul (2,1%) e Sudeste (0,5%) também registraram elevação, enquanto a Norte não sofreu variação significativa. O Centro-Oeste continuou registrando o maior rendimento médio mensal de trabalho (R$ 1.261) e o Nordeste, o menor (R$ 685).

Segundo a pesquisa, houve redução na concentração dos rendimentos para o conjunto do país, tendo o Índice de Gini (que mede o grau de distribuição da renda) caído de 0,528 para 0,521 de uma ano para o outro.

Também foi observada queda nesse indicador nas regiões Norte (de 0,494 para 0,479), Sudeste (de 0,505 para 0,496) e Sul (de 0,494 para 0,486). Na Região Nordeste, como houve aumento do rendimento em todos os estratos sociais, a concentração deles não sofreu alteração relevante (de 0,547 para 0,546). O Centro-Oeste, que continuou liderando o ranking, também manteve o mesmo índice de concentração de rendimentos (0,552).

O estudo revela que os 10% da população ocupada com rendimentos mais baixos detiveram, em 2008, 1,2% do total de remunerações de trabalho, praticamente o mesmo patamar observado em 2007 (1,1%). Oos 10% com rendimentos mais elevados responderam, em 2008, por 42,7%, pouco menos do que os 43,3% observados em 2007.

A pesquisa mostra ainda que na categoria dos empregados (com e sem carteira assinada, exceto trabalhadores domésticos), os sem carteira assinada, que respondiam pelo menor rendimento médio (R$ 604) obtiveram o maior ganho real (2,7%) no período. Os militares e funcionários públicos recebiam a maior remuneração média (R$ 1.759) e tiveram ganho real de 0,4%; os empregados com carteira assinada, apresentaram incremento de 1,3% no rendimento médio mensal (R$ 1.034).

Na categoria dos trabalhadores domésticos, tanto com carteira assinada, que ganhavam em média R$ 523 em seu trabalho principal, quanto os sem carteira assinada, com renda média de R$ 300 apresentaram ganhos reais de 2,1% e 2,7%, respectivamente. Os que trabalham por conta própria tiveram queda de 4,8% no rendimento (R$ 799).

Na análise por gênero, o estudo mostra que as mulheres têm remuneração de trabalho média de R$ 839. O valor representa 71,6% do recebido por homens (R$ 1.172).

18/09/2009
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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Conselho Monetário aprova mais R$ 2 bilhões para apoio à cafeicultura

Agência Brasil
BRASÍLIA - O governo aplicará mais R$ 2 bilhões até junho de 2010 para apoiar os cafeicultores brasileiros por meio de prorrogação de dívidas, da criação de uma linha de crédito e redução de juros. A maioria das medidas que regulamentam o apoio à cafeicultura foi aprovada hoje (16), pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), e têm o objetivo de retirar do mercado cerca de 25% da safra atual.
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse que as decisões tomadas pelo governo farão com que o preço do produto se eleve antes dos produtores comercializarem sua produção. Assim, a renda dos produtores aumenta, são formados estoques públicos, que estavam praticamente zerados, e se equilibra a oferta e demanda do produto.
Na semana passada, já tinha sido anunciado um investimento de cerca de R$ 1 bilhão na aquisição de café por compra direta e conversão, em produto, de dívida de estocagem. Esse montante é suficiente para aquisição de cerca de 4 milhões de sacas. O ministro disse que, se for necessário, o governo poderá adquirir até 10 milhões de sacas de café, mas ele não acredita que será preciso.
"No limite, pode chegar a 10 milhões de sacas, mas eu acredito que o mercado vai reagir antes e se ajustar aos novos preços", afirmou. Ele disse que os problemas enfrentados pela cafeicultura brasileira, a maior do mundo, se devem, em grande parte, à ineficiência do governo ao aplicar as políticas de sustentação de preços.
"Se o produtor vai colher em abril, ele tem que receber crédito em abril, mas não é o que tem acontecido. Tem vezes que o crédito só chega em julho", disse Stephanes. Para ele, inclusive, as próximas medidas para o setor são relativas ao planejamento das próximas safras, para garantir que os recursos sejam liberados no momento certo, e também à avaliação sobre as áreas que terão condições de se manter no plantio de café.
Valor Online 16/09/2009

Retomada pós-crise agita os negócios do setor de logística

 LOGÍSTICA
Fabíola Binas
SÃO PAULO - O reaquecimento da indústria se reflete nos negócios das empresas de logística, ocasionando a abertura de novos contratos ao longo de 2009. Ontem, a Júlio Simões Logística anunciou mais uma operação para a Suzano Papel e Celulose, ao assumir a movimentação interna na sede da empresa, o que deve se estender às cinco fábricas da contratante até o fim do ano. A Júlio Simões prevê que os novos trabalhos conquistados este ano, contribuam com um incremento de 15% nos ganhos. Já a francesa ID Logistics conquistou parte das operações na Nadir Figueiredo, depois de ter assumido clientes como AmBev, Casa Show e Danone. Com isso, a operadora espera um crescimento de 20% ainda em 2009.
Em relação ao projeto da Júlio Simões, serão necessários aportes de cerca de R$ 18 milhões em equipamentos e infraestrutura, fora a mão de obra, para a efetivação total da nova operação. "É um cliente para o qual transportávamos a matéria prima para a fábrica e o também o produto acabado. Ao assumir a movimentação interna das plantas fabris, fechamos um ciclo logístico completo", explicou ao DCI Irecê Andrade, diretora comercial da Júlio Simões Logística.
As novas atividades para a Suzano terão início na sede da empresa, na cidade paulista de mesmo nome, passando depois às plantas Rio Verde, também em Suzano, às fábricas de Embu e Limeira, em São Paulo, e à de Mucuri (BA).
O setor de papel e celulose corresponde a 13% dos negócios de logística do grupo, que atua em serviços que vão do corte das árvores, carregamento e transporte da matéria-prima e distribuição para as plantas fabris, ao embarque para exportação no porto. "Neste setor atendemos também companhias como Aracruz-VCP e Veracel, sendo que já desenvolvemos algo para a Cenibra", disse Irecê.
Em 2009, a Júlio Simões também iniciou o atendimento a companhias o setor sucroalcooleiro e incluiu no portfólio e clientes como Cosan e Brenco. "É um setor com perspectiva de expansão", falou a executiva, sem revelar projeções.
O Grupo Júlio Simões faturou R$ 2,3 bilhões em 2008. Ele também atua na área de revendas de veículos - são mais de 20 da marca Volkswagen, além de terceirização de frotas e serviços de limpeza urbana. Em outros segmentos, atende clientes como MMX, Vale, Cummins e General Motors.
Tecnologia
Especializada em tecnologia para gestão de armazenagem em centros de distribuição, a europeia ID Logistics anuncia seu quarto contrato do ano para prestar serviços à empresas no País. Com isso, deve chegar, por aqui, à casa dos R$ 90 milhões de faturamento em 2009.
Agora a ID passa a cuidar da gestão dos estoques, da recepção de cargas e da movimentação interna da fábrica Nadir Figueiredo na região metropolitana de São Paulo. "A Nadir estima que sua produção irá crescer consideravelmente nos próximos anos", disse Nicolas Derouin, diretor-geral da ID Logistics no Brasil, ao colocar que por isso a fabricante de vidros e cristais procurou um operador que garantisse soluções flexíveis e ágeis: para obter vantagem competitiva.
Este ano ID conquistou operações junto a AmBev, Casa Show e Danone, mas já prestava serviços no Brasil a corporações como Carrefour, Leroy Merlin, ArvinMeritor e Chevron Texaco.
O Brasil já corresponde à segunda maior operação da ID Logistics no mundo, sendo que o grupo mantém 63 unidades, dividas entre mais de 1,5 milhão de metros quadrados de estoques espalhados por quatro continentes. O faturamento global da companhia chegou a R$ 930 milhões no ano passado.
Fusão
Outra operadora que confirma a retomada do mercado é a nacional Trafti, resultado da fusão que uniu os negócios de Ajofer, Fantinati, Trans-Postes, Transvec e Mestralog em junho passado.
"O mercado começa a reagir além do que esperávamos, sinalizando haver oportunidade de novos negócios", analisou Marco Capitano, presidente da Trafti.
O executivo disse que a empresa trabalha para fortalecer os serviços para os atuais clientes (não revelados), oferecendo novos serviços de acordo com a formatação integrada de todas as empresas que formaram a Trafti.
Além disso, Capitano confirmou que até o fim deste ano a empresa deve anunciar novas operações com grandes clientes e que as negociações estão em curso.
Entre os principais setores-alvo da empresa, estão as indústrias automobilística, sucroalcooleira, alimentícia, de eletroeletrônicos e farmacêutica.
A Trafti nasceu com ganhos próximos aos R$ 250 milhões, mas o objetivo é chegar a R$ 400 milhões em cinco anos.
Antônio Wrobleski (ex-Ryder Logística) deixou a presidência da Trafti depois de ter cumprido a missão de liderar a integração entre as empresas, mas ele permanece no conselho administrativo.

Emprego tem agosto recorde e ministro vê setembro ainda melhor

Economia


REUTERS
BRASÍLIA - O emprego com carteira assinada no Brasil teve o melhor agosto desde 1992 e setembro deve ser ainda melhor, avaliou nesta quarta-feira o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
A economia brasileira abriu 242.126 postos de trabalho com carteira assinada em agosto, melhor desempenho mensal deste ano e melhor leitura para o mês desde o início da série histórica iniciada em 1992, mostraram dados do ministério.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), 1.457.455 trabalhadores foram admitidos no mês passado e 1.215.329 foram demitidos.
Lupi disse que o resultado de setembro será melhor do que o de agosto e reafirmou a previsão de que 2009 encerrará com mais de um milhão de vagas criadas. Ele acrescentou que 2010 será o melhor ano do governo Lula em termos de emprego.
Segundo o ministro, a indústria vai ter contratação muito forte porque os estoques estão baixos, já que o setor vinha sofrendo perda de demanda em meio à crise global.
Outro impulso deve vir da construção civil, disse Lupi, lembrando que o programa 'Minha casa, minha vida' para o setor começará a ganhar fôlego.
No acumulado do ano, o saldo líquido de criação de vagas é de 680.034.
JB- 16/09/2009

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Lula: Brasil superou crise e é hora de ampliar mercado interno

Economia
Laryssa Borges, Portal Terra
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a comemorar nesta terça-feira o fato de o Brasil ter conseguido superar a crise financeira mundial e disse que, depois da "febre", o País precisa de "vitamina" para se fortalecer e continuar a ampliar o mercado interno e o montante de investimentos.
"Não temos obrigação de ficar vangloriando sobre quem é responsável por sair da crise. Foi a primeira crise que todos sabiam que era uma crise internacional começada nos Estados Unidos. (Agora) É a saída gloriosa dela, é como se a febre estivesse passado. Agora então não é mais dar antibiótico, é para dar vitamina", afirmou o presidente ao participar da reunião extraordinária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
De acordo com Lula, mesmo com um cenário mais favorável ao Brasil neste período de um ano após o auge das turbulências mundiais, o governo não pretende deixar de monitorar a pressão inflacionária ou de garantir a responsabilidade fiscal.
"Não vamos abrir mão da nossa responsabilidade fiscal ou de controlar a inflação. Ela não vai voltar porque toda vez que volta desgraça a vida e a economia desse país", disse, lembrando que atualmente existe no Brasil "um espaço fértil para fazer investimento".
"Agora é hora de fazer investimento. Quem tem investimento e parou por conta da crise comece a fazer investimento. Quem estiver mais preparado vai sair na frente", afirmou, cobrando ainda empenho dos empresários principalmente na discussão de uma cadeia produtiva para exploração do petróleo encontrado na camada pré-sal.
"As obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), quem quer que venha governar esse país, vai ter muito mais obra. E ao mesmo tempo temos essa novidade extraordinária do pré-sal. Acho que a preparação tem que ser anterior. Todos nós precisamos começar a discutir e pensar como estruturar a cadeia produtiva", disse.
"A verdade que estamos descobrindo uma coisa importante. Não existe possibilidade de o governo sobreviver sozinho, de o empresário viver sozinho, de o trabalhador viver se as empresas estiverem enfraquecidas ou (se houver) um exército infinito de miseráveis", salientou.
"Seria importante que os empresários começassem a preparar grupos de trabalho junto aos trabalhadores para a gente começar a (...) estruturação da cadeia produtiva do pré-sal", afirmou, dizendo que o Brasil precisará de mais indústrias, de maior produção de aço e de mais infraestrutura para arcar com a exploração plena do pré-sal.
"É um desafio tão excepcional que ainda não temos a dimensão e noção do que pode acontecer os seis, sete ou oito anos depois. Qual é o Brasil que nos espera na hora que a gente começar a explorar o pré-sal? Não temos dimensão das coisas que estão por vir e temos que nos antecipar. O que a gente pode fazer dentro do Brasil? Esse é o desafio: fazer que grande parte desses produtos (relacionados à exploração do pré-sal) sejam fabricados dentro do nosso País. Isso vai aumentar classe média, vai aumentar a formação profissional e vai qualificar o brasileiro para ser mais competitivo", declarou o presidente.
JB-15/09/2009

domingo, 13 de setembro de 2009

PIB sobe 1,9% no 2º tri e encerra recessão; em um ano queda é de 1,2%

11/09/2009
CIRILO JUNIOR
A economia brasileira voltou crescer no segundo trimestre deste ano, com alta de 1,9% frente aos três meses imediatamente anteriores, informou nesta sexta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em relação a igual período em 2008, no entanto, o PIB (Produto Interno Bruto) teve recuo de 1,2%.
A alta frente ao trimestre anterior configura que o país saiu do quadro de recessão técnica, quando há duas retrações consecutivas. No primeiro trimestre, a queda foi de 1% após revisão (a leitura inicial era de queda de 0,8%), e no quarto trimestre de 2008, o recuo havia sido de 3,4% após revisão (o dado anterior era de queda de 3,6%).
No acumulado do semestre, a economia caiu 1,5% frente aos seis primeiros meses de 2008, a maior retração para um semestre em toda a série histórica, inciada em 1996.
Ao todo, a economia movimentou R$ 756,2 bilhões de abril a junho. A taxa acumulada dos últimos 12 meses (encerrados em junho) indica alta de 1,3% do PIB em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.
O PIB, que mostra o comportamento de uma economia, é a soma das riquezas produzidas por um país. O indicador é composto por indústria, agropecuária e serviços. O PIB também pode ser analisado a partir do consumo, ou seja, pelo ponto de vista de quem se apropriou do que foi produzido. Neste caso, é dividido pelo consumo das famílias, pelo consumo do governo, pelos investimentos feitos pelo governo e empresas privadas e pelas exportações.
O consumo das famílias, um dos principais componentes do PIB, teve aumento de 2,1% em relação ao primeiro trimestre, o que mostra que os brasileiros continuaram a comprar apesar da crise, estimulados pela redução de impostos. Quando confrontado com o segundo trimestre de 2008, o consumo teve alta de 3,2%. Ao longo do primeiro semestre, os gastos das famílias cresceu 2,3%, e no acumulado dos últimos 12 meses, acumula incremento de 3,5%.
Já o consumo do governo no segundo trimestre registrou variação negativa de 0,1% em relação ao primeiro trimestre. Sobre igual período em 2008, constatou-se crescimento de 2,2%. No primeiro semestre, registra alta de 2,5%, e nos últimos 12 meses, o aumento chega a 4,2%.
O investimento --medido pela chamada Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) e que indica a confiança das empresas--, ficou estável em relação ao primeiro trimestre. Em relação ao segundo trimestre de 2008, houve retração de 17%. No acumulado do semestre, a queda foi de 15,6%, e nos últimos 12 meses, a queda chega a 2,2%.
A taxa de investimento de abril a junho representou 15,7% do PIB, a menor para um segundo trimestre desde 2003 (14,8%); em igual período em 2008, a taxa significou 18,5%. No acumulado do semestre, o investimento representou 16,1% do PIB, menor taxa desde o primeiro semestre de 2005.
O setor industrial, após dois trimestres negativos, teve alta de 2,1% frente ao primeiro trimestre. Em relação ao período de abril a junho do ano passado, a indústria caiu 7,9%. De janeiro a junho, a queda foi de 8,6%, e no acumulado em 12 meses, houve retrocesso de 3%.
Já o setor de serviços registrou incremento de 1,2% na comparação com o primeiro trimestre. Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o PIB dos serviços subiu 2,4%, assim como no acumulado do primeiro semestre, cujo avanço chegou a 2,1%. Nos últimos 12 meses encerrados em junho, verifica-se alta de 3,1%.
O setor agropecuário, por sua vez, teve variação negativa de 0,1% na comparação com o período de janeiro a março deste ano. Em relação ao segundo trimestre de 2008, a agropecuária teve queda de 4,2%. A retração do setor chegou a 3% quando o desempenho de janeiro a junho é comparado a igual período no ano passado. Nos últimos 12 meses, foi constatado avanço de 0,2%.
Folha Online

sábado, 12 de setembro de 2009

BANCO DO BRASIL JÁ TEM MAIS DE 99% DO CAPITAL DA NOSSA CAIXA

AÇÕES

PanoramaBrasil

SÃO PAULO - O Banco do Brasil (BB) informou que aconteceu ontem a liquidação financeira do leilão de compra de ações da Nossa Caixa, realizado em 4 de setembro. Segundo o BB, foram negociadas 865.807 ações a vista, pelo preço de R$ 73,59 cada, e 29.175.597 ações a prazo, por R$ 76,82. Com isso, a oferta soma R$ 2,304 bilhões. A quantidade negociada representa 97,62% do total em posse dos acionistas minoritários (30.772 541). Concluída a oferta, o BB passa a deter 106.304.316 ações, correspondentes a 99,32% do capital da Nossa Caixa.
Ouvidorias
O Banco Central (BC) passou a divulgar na internet, a partir de ontem, a lista dos ouvidores dos bancos e os canais de contato das ouvidorias com o cidadão. Segundo nota do BC, a medida tem o objetivo de facilitar a comunicação entre o cidadão e as instituições, principalmente no que diz respeito à solução de eventuais conflitos entre as partes.
O BC ressalta que as ouvidorias dos bancos não substituem os canais convencionais de atendimento. O cliente ou usuário deve procurar primeiramente o responsável por sua conta ou o gerente da agência e, em segundo lugar, o serviço de atendimento ao consumidor (SAC). A orientação é que, se esses canais não oferecerem uma solução, então sim, será a hora de buscar a ouvidoria. Desde 2007 as instituições financeiras e as demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central são obrigadas a ter ouvidoria, segundo o BC. A exigência veio com a Resolução n. 3.477 e visa a assegurar o cumprimento das normas legais relativas aos direitos do consumidor. A ideia é possibilitar que a ouvidoria seja um canal de comunicação entre a instituição, os clientes e os usuários de serviços, inclusive na mediação de conflitos, e evitar que o BC fique sobrecarregado com o volume de reclamações.

DCI-11/09/09

Ações de países emergentes têm maior alta em nove anos

 INTERNACIONAL

Nova York - As ações dos países em desenvolvimento subiram, elevando o Índice MSCI de Mercados Emergentes ao seu nível mais caro de nove anos.
Os papéis das fabricantes de software da Índia dispararam e a alta nos preços do petróleo aumentaram o potencial de renda das economias sustentadas pelas exportações.
O Índice MSCI de Mercados Emergentes registrava alta de 0,4% para 883,13 pontos às 9:46 de ontem em Nova York, empurrando as cotações para 19,9 vezes os lucros informados pela primeira vez desde 29 de junho de 2000, segundo dados compilados pela Bloomberg.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

PNEUS E CALÇADOS CHINESES TERÃO SOBRETAXA

Valor Online
BRASÍLIA - As importações de calçados da China passam a pagar a sobretaxa de US$ 12,47 por par, como punição antidumping. Também pneus para automóveis vindos da China, séries 65 e 70 com aros 13 " e 14 " , terão o adicional de US$ 0,75 por quilo, pelos próximos cinco anos.
A decisão é da Câmara de Comércio Exterior (Camex), publicada hoje em duas resoluções no Diário Oficial da União. O Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (Mdic) explicou que as medidas antidumping valem a partir de hoje, e foram fruto de investigação de denúncias pelo Departamento de Defesa Comercial (Decon).
No caso dos calçados, a denúncia contra exportações chinesas ao Brasil a preços abaixo do custo foi protocolada pela Associação Brasileira de Calçados (Abicalçados), em dezembro de 2008.
A alíquota adicional vale para as importações da China de vários tipos de calçados, com exceção de sandálias praianas e exclusivos para esportes como esqui, surf de neve, patinação, lutas, boxe e ciclismo.
Também ficam de fora pantufas chinesas, sapatilhas para dança, calçados descartáveis, aqueles utilizados como item de segurança em unidades fabris, fabricados totalmente em material têxtil, sapatos de bebês cuja parte superior seja totalmente fabricada em tecido, além dos calçados de couro natural com a parte superior em tiras, popularmente chamados de alpercatas.
A investigação da prática de dumping nas exportações chinesas de pneus para o Brasil foi aberta em julho de 2008. O Mdic atendeu solicitação da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip).
O Mdic justificou em nota que "a prática de dumping, ou a exportação de bens para outros mercados com preços inferiores ao praticado no mercado de origem é considerada desleal pela Organização Mundial do Comércio (OMC). O direito antidumping é uma medida clássica de defesa comercial utilizada para evitar que produtores nacionais sejam prejudicados por importações desleais".
 09/09/2009

SELIC MENOR TRAZ NOVO PANORAMA PARA INVESTIMENTOS

Economia
SÃO PAULO, 9 de setembro de 2009 - A crise financeira mundial, que até alguns meses assustou a todos, diminuindo a atividade econômica nos países desenvolvidos e derrubando a cotação das commodities, trouxe para o Brasil a necessidade de redução efetiva da taxa de juros básica da economia, como uma das medidas para amenizar os efeitos nocivos que uma crise como esta pode proporcionar. Porém, o mais importante foi que o Copom baixou os juros básicos a níveis que não se imaginavam no passado, pois a cada crise a resposta era alta dos juros para não afastar as reservas em moeda forte.
"A redução feita desde novembro do ano passado modificou a estrutura da taxa de juros no País, reduzindo a diferença entre a inflação e os juros para patamares mais próximos as que são praticadas em outros países", comenta Mauro Giorgi, gestor de recursos da Hera Investment.
Para ele, a primeira constatação é que a renda variável passa a ter uma competição mais coerente, apesar do imposto de renda sobre o ganho em ações ainda ser uma distorção. Na visão do especialista, a conseqüência é que pode haver uma maior atração de investidores que buscam um pouco mais de risco e rentabilidade.
Giorgi afirma que as estratégias de gestores de recursos na criação de produtos para os novos investidores do mercado de ações será muito importante para fidelizá-los e cativá-los. "Vejo que o Brasil pode chegar em curto espaço de tempo a números próximos aos seus pares em desenvolvimento, quanto a investidores nacionais detentores de fatias de empresas, o que democratiza ganhos, eleva a capacidade de captação de recursos mais baratos, e atrai mais investimentos produtivos", diz.
Mauro acredita que a grande transformação se dará na renda fixa. Como primeira e já bastante alardeada mudança, a elevação ao nível de investimento rentável será na popular, em todos os sentidos, caderneta de poupança, avisa o economista. De acordo com ele, para o investidor de pequeno e médio porte, entre R$ 10 mil e R$ 100 mi, as taxas de administração cobradas por administradores e gestores de recursos na renda fixa eram compatíveis, ou aceitas, para uma estrutura de juros acima da casa de 10% a.a. líquidos.
Com a taxa Selic atual a 8,75% a.a. e taxas de administração e gestão cobradas acima de 1% a.a., a caderneta de poupança é mais rentável, levando-se em consideração a isenção fiscal da mesma. Mauro Giorgi considera que esse panorama condiz com uma rentabilidade real, acima da inflação, com elevada dose de segurança.
Porém, as mudanças na renda fixa são maiores para um investidor com um aporte mais elevado, ou seja, acima de R$ 100 mil. Acostumado a uma margem próxima a 100%, esse indivíduo terá que assumir riscos para manter a rentabilidade, pois somente a iniciativa privada oferecerá taxas compatíveis com ganhos reais mais robustos, avalia o especialista.
Segundo Giorgi, as conseqüências para essa tentativa de manutenção de ganhos reais serão as mais diversas. "O primeiro efeito será a redução da remuneração dos administradores e gestores. O segundo será a criação de novos produtos, sempre embutindo uma nova dose de risco. E o terceiro será o crescimento de um mercado maior e mais forte de títulos privados de renda fixa, mas da mesma maneira embutindo nova e às vezes elevada dose de risco", finaliza.
(SSB - Agência IN)

domingo, 6 de setembro de 2009

COM SINAIS POSITIVOS SOBRE ECONOMIA, G20 MUDA O FOCO DO DEBATE

da Reuters, em Londres
Líderes mundiais de finanças mudaram o foco da luta contra a crise para reformas no setor bancário, diante de mais evidências de que a pior recessão global em décadas está finalmente chegando ao fim.
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, pediu exigências mais duras de capital dos bancos, com o objetivo de evitar práticas mais arriscadas de empréstimos que foram apontadas como causa da crise. Outra grande potência do setor bancário, a Inglaterra, apoia a posição dos EUA.
Mas a criação de um consenso mais amplo entre os minitros de Finanças do G20, que se reúnem neste final de semana em Londres, pode ser difícil. A ministra de Finanças da França, Christine Lagarde, disse que a revisão das atuais regras de capital, conhecidas como Basileia II, deve ser suficiente.
Enquanto o grupo prepara a reunião de chefes de Estado no final do mês nos EUA, houve amplo entendimento em pelo menos um assunto: ninguém tem pressa de retirar o apoio financeiro emergencial até estar certo de que a retomada é sustentável.
"Há o perigo de pessoas dizerem que o trabalho já foi feito e que agora podemos acelerar e voltar ao normal", disse à Reuters o ministro de Finanças inglês, Alistair Darling. "Já cometemos esses erros antes --o mais evidente sendo nos EUA, no final dos anos de 1930, que viram uma recuperação na hora errada e voltaram a cair em recessão de novo."
Fontes do G7 afirmaram à Reuters que o comunicado do G20, que deve ser divulgado no sábado, provavelmente irá reiterar a promessa de manter políticas expansionistas pelo tempo que for necessário.
Em um discurso feito hoje em Berlim (Alemanha), o diretor geral do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, chamou a atenção para a necessidade de pensar em estratégias claras de saída para a crise.
"Chegou o momento para os dirigentes de desenvolver suas estratégias de saída, já que se não conseguirem desenvolver suas estratégias de saída, se não conseguirem esclarecer e formular seus planos, correm o risco de acabar com a confiança e com o próprio processo de recuperação", afirmou. "Retirar o estímulo cedo demais implica um risco real de tirar a recuperação dos trilhos, com implicações potenciais significativas para o crescimento e o emprego."
Com taxas de juros em recordes de baixa e trilhões de dólares colocados nas economias para driblar a crise, os formuladores de política querem mostrar que eles têm estratégias de saída para que os mercados não temam eventuais ameaças inflacionárias.
O presidente do BCE (Banco Central Europeu), Jean-Claude Trichet, por sua vez, disse que "agora não é o momento de retirar" as ajudas, mas destacou que o banco "tem uma estratégia de retirada e estamos prontos para colocá-la em ação quando for apropriado".
Bric
Líderes de Brasil, Rússia, Índia e China, os quatro mercados emergentes que compõem as economias do Bric, reuniram-se com Geithner. Em comunicado, os representantes das áreas econômicas do chamado Bric afirmaram nesta que querem ampliar suas cotas gerais do FMI (Fundo Monetário Internacional) e prometeram dar US$ 80 bilhões para reforçar o órgão.
O grupo também apontou que o pior da crise global pode ter ficado para trás, mas é muito cedo para dizer que acabou. Para os países do Bric, o G20 deve continuar a implementar políticas anticíclicas de maneira coordenada.
Bônus
Com o desemprego ainda propenso a crescer por ora, os políticos também estão buscando alguém para culpar e irão enfatizar que os bancos não podem regressar à atividade normal.
França, Alemanha e Grã-Bretanha encaminharam propostas conjuntas para mudar a cultura de bônus nos bancos, o que muitos dizem ter sido a raiz da atual crise.
Outras questões em negociação são garantir que o FMI consiga todos os recursos prometidos na cúpula de abril, realizada em Londres, quando líderes se comprometeram a aumentar em US$ 1,1 trilhão potencial de empréstimo.
O governo dos Estados Unidos também quer tornar as mudanças climáticas um importante tópico na cúpula de Pittsburgh e pedirá aos demais membros do G20 que eliminem subsídios concedidos a combustíveis fósseis e aumentem a transparência do mercado de petróleo.
Folha Online- 04/09/2009

BB cortará ainda mais o juro, mesmo sem redução da Selic



Economia
Apesar da interrupção nos cortes da taxa básica de juros, a Selic, o Banco do Brasil pretende manter a política de redução nos juros como instrumento para avançar sobre a concorrência e ganhar mercado, informam Sheila D'Amorim e Toni Sciarretta, em reportagem da Folha neste domingo (a íntegra está disponível para assinantes do UOL e do jornal).
"Taxa de juros sempre vai ser o grande diferencial da concorrência", disse, em entrevista à Folha, o presidente do banco, Aldemir Bendine. Segundo ele, o comportamento da inadimplência será determinante para os novos cortes.
Perto de completar cinco meses no cargo para o qual foi indicado pelo presidente Lula com a incumbência de induzir concorrência para reduzir o "spread" (diferença entre a taxa de captação e a repassada), Bendine afirmou que o banco errou ao precificar um medo exagerado de calote no auge da crise. "O cenário para a inadimplência é benigno." ]

Aldemir Bendine afirmou ainda que os bancos não precisam mais do estímulo para compra de carteiras dado pelo governo no auge da crise, como liberação de depósito compulsório. Ele alfineta o presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, que afirmou que os bancos públicos praticam "taxas insustentáveis" no longo prazo. "Talvez ele tenha feito isso baseado na estrutura de custos dentro do banco dele, que é totalmente diferente do meu", disse.

Folha Online 06/09/2009

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Poupança registra segunda maior captação do ano

Economia
SÃO PAULO, 4 de setembro de 2009 - A captação líquida da poupança ficou positiva pelo quarto mês consecutivo, em R$ 3,098 bilhões em agosto, informou hoje o Banco Central (BC). O montante é resultado dos depósitos em caderneta de poupança, que atingiram R$ 83,689 bilhões, menos os saques, que somaram R$ 80,590 bilhões, em 21 dias úteis no mês.
Apesar de ser o segundo melhor resultado no ano, o volume dos depósitos na caderneta de poupança que superaram os saques ficou abaixo da registrada em julho (R$ 6,7 bilhões), entre outros fatores, devido ao menor número de dias úteis- dois a menos.
Os depósitos em poupança são atualizados pela Taxa Referencial (TR), acrescidos de juros de 0,5% ao mês. A taxa usada é a do dia do depósito e o banco não pode cobrar pela manutenção da conta de poupança. Os valores depositados e mantidos por menos de um mês não são remunerados.
Ao todo, o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que destina recursos ao setor imobiliário e da poupança rural acumula captação líquida de R$ 294,9 bilhões neste ano. A retomada dos investimentos na caderneta de poupança acompanha a recuperação do emprego e da economia brasileira nos últimos meses.
Simone e Silva Bernardino - Agência IN
JB- 04/09/2009

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Economia cresceu até 2% no 2º trimestre, diz Mantega

Economia

Jornal do Brasil
LONDRES - Depois de cair por dois trimestres consecutivos e entrar em recessão, a economia brasileira cresceu entre 1,8% e 2%, de abril a junho, disse sexta-feira Guido Mantega. O ministro da Fazenda comentou o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, em Londres, onde participou de uma reunião dos países do Bric, bloco de economias emergentes formado pelo Brasil, pela Rússia, Índia e a China.
Na próxima sexta-feira, dia 11, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará o PIB do segundo trimestre. O resultado, segundo estimativas de instituições financeiras, deve confirmar que o país saiu da recessão.
Em julho e agosto, afirmou o ministro, a economia reagiu ainda mais por causa do aquecimento da atividade industrial e das medidas de combate à crise, como a redução de impostos e o estímulo ao crédito. O PIB do terceiro trimestre, no entanto, só será divulgado em dezembro.
Para 2009, o ministro manteve a projeção de 1% de crescimento, mesma estimativa que consta na revisão do orçamento feita no final de julho. Em relação ao ano que vem, ele aposta em expansão de 5%, acima da previsão de 4,5% que aparece no projeto de lei do Orçamento Geral da União de 2010, enviado para o Congresso na última segunda-feira.
Apesar de o país estar reagindo à crise, Mantega afirmou que ainda é cedo para abandonar a política anticíclica, quando o Estado gasta mais para estimular a economia. Segundo ele, o Brasil gastou 1% do PIB para reativar a atividade econômica, menos que os países desenvolvidos, e a economia ainda não tem condições de caminhar sozinha. As declarações foram confirmadas pela assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda.
JB-04/09/2009

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

SERASA: COMÉRCIO TEM MAIOR CRESCIMENTO DO ANO EM AGOSTO

Economia
Portal Terra
PORTAL TERRA - A atividade do comércio varejista do País cresceu 0,7% em agosto, na comparação com julho, na série com ajuste sazonal, informou nesta quinta-feira a consultoria Serasa Experian. De acordo com a pesquisa, na comparação com o mesmo mês do ano passado, o indicador teve alta de 6,3%, a maior taxa de crescimento nesta base de comparação registrada no ano.
Na passagem de julho para agosto, os segmentos com alta destacada foram combustíveis e lubrificantes (1,4%); material de construção (0,8%) e móveis, eletroeletrônicos e informática (0,7%). Na contramão, o destaque foi para veículos, motos e peças, com recuou de 1,9%.
No acumulado do ano de 2009, o indicador registrou alta de 4,3%, "liderado pelo setor de móveis, eletroeletrônicos e informática, com alta de 10,1%", destacou a Serasa Experian. Em seguida aparecem tecidos, vestuário, calçados e acessórios (3%) e veículos, motos e peças (2,6%). No território negativo, o destaque vai para combustíveis e lubrificantes (-1,7%) e material de construção (-13,8%).
Segundo a consultoria, o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio analisa eventos ocorridos em todo o Brasil e reflete a evolução da atividade do comércio varejista em âmbito nacional. O indicador considera as consultas registradas à base de dados da Serasa Experian de aproximadamente 6 mil empresas comerciais.
JB-03/09/2009

Produção industrial cresce em dez das 14 regiões pesquisadas em julho

Economia
Agência Brasil
RIO DE JANEIRO - A produção da indústria brasileira subiu em julho em relação ao mês anterior em dez das 14 áreas pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As principais altas foram observadas no Paraná (15,3%), no Espírito Santo (8,9%), em Goiás (6,0%) e no Amazonas (3,6%), que tiveram crescimento acima da média nacional relativa ao mesmo período do ano passado (2,2%).
Dados da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física - Regional, divulgados hoje (3) pelo IBGE, revelam que também houve expansão na produção do Rio de Janeiro e de Minas Gerais (ambos com alta de 1,8%), de São Paulo (1,4%), do Rio Grande do Sul (1,1%), do Ceará (0,9%) e de Santa Catarina (0,8%).
As áreas onde houve queda na atividade fabril foram a Bahia (-6,0%), a Região Nordeste (-3,5%), Pernambuco (-1,5%) e o Pará (-1,0%).
Na comparação com o mesmo período do ano passado, os índices mostram queda em todos os locais, com exceção de Goiás, que avançou 4,4%. As reduções mais fortes foram notadas no Espírito Santo (-20,0%), em Minas Gerais (-16,1%) e em São Paulo (-11,9%). As demais regiões, conforme aponta a pesquisa, tiveram queda menos intensa do que a média nacional.
O levantamento do IBGE revela também que de janeiro a julho o setor acumula queda generalizada, com todos os locais apontando índices negativos, especialmente Espírito Santo (-27,9%) e Minas Gerais (-20,5%).
JB- 03-09-2009

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Pior pode ter passado na zona do euro, mas ajuda não deve acabar

REUTERS
BRUXELAS - O pior já passou para a economia da zona do euro, mas ainda é muito cedo para retirar os estímulos fiscais, avaliaram economistas e autoridades europeias da área de finanças nesta quarta-feira, após dados mostrarem que a pior recessão da região desde a Segunda Guerra Mundial pode estar terminando.
A agência de estatísticas Eurostat confirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) dos 16 países que utilizam o euro caiu apenas 0,1% no segundo trimestre, após contração de 2,5% nos três meses anteriores.
- O pior já passou, por enquanto - disse o presidente do conselho de ministros de Finanças da zona do euro, Jean-Claude Juncker, antes de um encontro dos ministros e do Banco Central Europeu (BCE).
O Japão está tecnicamente fora da recessão com um crescimento de 0,9% no segundo trimestre, mas a economia dos Estados Unidos segue retraída, com queda de 0,3% na comparação trimestral no mesmo período.
Economistas acreditam que, após um grande desmonte de estoques nos trimestres passados, as empresas da zona do euro começarão a refazê-los no segundo semestre do ano, impulsionando a produção. Uma retomada gradual da demanda global deve ajudar as exportações da zona do euro.
- Os tempos de recessão acabaram e a recuperação pode começar - disse Carsten Brzeski, economista no ING. 'O fluxo recente de dados indica que a zona do euro como um todo deve abandonar a recessão técnica no terceiro trimestre.'
Os números, contudo, mostraram que o PIB do segundo trimestre foi influenciado pelos estímulos fiscais, que elevaram os investimentos do governo e a demanda das famílias.
Juncker disse que é muito cedo para encerrar o apoio público.
 - O momento ainda não é de retirar os estímulos fiscais. Nós precisamos continuar com o esforço ao longo deste ano e do próximo, então teremos que concordar com uma estratégia de saída - afirmou.
Fontes disseram que ministros de Finanças de 27 países da União Europeia provavelmente enviarão uma mensagem similar no final do encontro desta quarta-feira e apresentarão isso aos ministros do G20 nos dias 4 e 5 de setembro, em Londres.
ESTRATÉGIAS DE SAÍDA
Governos ao redor do mundo têm gastado trilhões de dólares em pacotes de estímulo econômico, levando a um debate sobre como eventualmente remover esse suporte. As economias podem se enfraquecer novamente se a ajuda for retirada cedo demais, mas pressões inflacionárias podem crescer se ela permanecer por muito tempo.
O ministro das Finanças da Grã-Bretanha, Alistair Darling, disse nesta quarta-feira que o os ministros de Finanças do G20 devem concentrar suas conversas em formas de assegurar a recuperação das economias do mundo.
A Alemanha conclamou outros países da UE esta semana para começar a retirada da ajuda pública com a recuperação ganhando corpo, e o ministro de Finanças holandês, Wouter Bos, disse nesta quarta-feira que uma estratégia de saída é necessária para proteger o valor do euro.
Mas a ministra da Economia da França, Christine Lagarde, disse à Reuters na terça-feira que a economia ainda não está fora da crise e, assim, é muito cedo para remover as medidas de estímulo.
Fontes próximas do encontro dos ministros da UE disseram que as 27 nações do bloco provavelmente discutirão no início de 2010 quando e como conter os estímulos dos governos.
02/09/2009

Copom interrompe cortes e mantém Selic em 8,75% ao ano

Portal Terra

DA REDAÇÃO - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central interrompeu uma sequência de cinco quedas consecutivas e anunciou nesta quarta-feira a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 8,75% ao ano. O valor continua como o menor da história da taxa, criada em 1999.

A decisão corrobora a opinião do mercado financeiro de que o Copom cessaria com os cortes. Desde o resultado da última reunião, em julho, analistas já previam a manutenção da taxa.


Desde janeiro, quando a Selic estava em 13,75% ao ano, a taxa perdeu 5 pontos percentuais. Mesmo assim, de acordo com a consultoria Uptrend, o Brasil mantém a quarta maior taxa de juros real (juros nominais descontada a inflação) do mundo. O País, com taxa real de 4,5% ao ano, tem taxa menor somente que China (7,2%), Tailândia (5,9%) e Argentina (4,7%).

02/09/2009

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Superávit comercial de agosto chega a US$ 3,074 bilhões

Pela média diária, valor é 15% maior que o de julho deste ano e está 33,7% acima do verificado em agosto de 2008
A balança comercial do mês de agosto de 2009, com 21 dias úteis, apresentou superávit (diferença entre exportações e importações) de US$ 3,074 bilhões (media diária de US$ 146,4 milhões). Frente a julho deste ano (US$ 127,3 milhões), o acréscimo foi de 15% e em comparação a agosto de 2008 (US$ 109,5 milhões), o valor apresentou aumento de 33,7% - ambos pelo critério da média diária. No período, a corrente de comércio (soma dos valores exportados e importados) fechou em US$ 24,608 bilhões (média diária de US$ 1,172 bilhão) e cresceu 6,3% na média por dia útil, em relação a julho passado (US$ 1,102 milhão) . Na comparação com agosto de 2008 (US$ 1,171 bilhão), houve queda de 33,8%.

As exportações, por sua vez, ficaram em US$ 13,841 bilhões (média diária de US$ 659,1 milhões). Na comparação pelo resultado médio diário, o valor foi acrescido em 7,2% em relação a julho de 2009, quando o Brasil exportou US$ 14,142 bilhões (média diária de US$ 614,9 milhões). Com relação a agosto do ano passado - exportações de US$ 19,747 bilhões e média diária de US$ 940,3 milhões -, o valor é 29,9% menor.

Já as importações de agosto foram de US$ 10,767 bilhões (média diária de US$ 512,7 milhões). Em relação ao mês anterior, houve um aumento de 5,1% pelo valor médio diário - importações de US$ 11,215 bilhões e média diária de US$ 487,6 milhões -, mas em comparação ao mesmo período do ano passado, a queda foi de 38,3% - importações de US$ 17,447 bilhões, com média diária de US$ 830,8 milhões.

Quarta e quinta semanas

A balança da quarta semana de agosto, dos dias 24 a 30 (com cinco dias úteis) fechou com saldo positivo de US$ 647 milhões (média diária de US$129,4 milhões). A corrente de comércio do período foi de US$ 5,889 bilhões (média diária de 1,178 bilhão), com exportações de US$ 3,268 bilhões (média diária de US$ 653,6 milhões) e importações de US$ 2,621 bilhões (média diária de US$ 524,2 milhões).

Já a quinta semana do mês, com apenas um dia útil (31), teve superávit e média diária de US$ 397 milhões, com exportações de US$ 972 milhões, importações de US$ 575 milhões e corrente de comércio no valor de US$ 1,547 bilhão.

Ano

No acumulado do ano, com 166 dias úteis, o saldo comércio foi positivo em US$ 19,968 bilhões (media diária de US$ 120,3 milhões). A corrente de comércio fechou em US$ 175,902 bilhões (média diária de US$ 1,060 bilhão) - exportações de US$ 97,935 bilhões (média diária de US$ 590 milhões) e importações de US$ 77,697 bilhões (média diária de US$ 469,7 milhões).

Na comparação por valores, o saldo comercial do acumulado de 2009 ficou 18% acima do verificado no mesmo período de 2008 e 18,7% maior pelo critério da média diária. De janeiro a agosto de 2008, o superávit foi de US$ 16,928 bilhões e a média diária alcançou US$ 101,4 milhões.

Brasil se mantém como o maior mercado acionário do BRIC

 FINANÇAS
PanoramaBrasil
SÃO PAULO - O Brasil superou a Índia como o maior mercado acionário dos países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) em 10 de julho passado e segue liderando o grupo, com base na capitalização de mercado ajustada para o free float. Em 28 de agosto, a capitalização de mercado do Brasil era estimada em US$ 477,899 bilhões, a da Índia estava em US$ 457,12 bilhões, a da China era projetada em US$ 330,57 bilhões e a da Rússia, em US$ 216,81 bilhões. O cálculo tem como base o índice Dow Jones Bric 50.
David Krein, diretor de Desenvolvimento de Produtos do Dow Jones Indexes, afirma em relatório que, desde 31 de dezembro de 2002, os papéis brasileiros representados no índice Dow Jones Brazil Titans 20 ADR acumulam desempenho bem melhor do que os reunidos no índice Dow Jones Bric 50. O retorno total do Dow Jones Brazil Titans supera em 150% o do Dow Jones Bric, afirma Krein. O retorno anualizado no período foi de 36,46% para os ADRs brasileiros e de 32,23% para os 50 papéis selecionados dos BRICs. Os dois índices tiveram performance melhor do que os mercados globais amplos medidos pelo índice Dow Jones Global Total Stock Market, que apresenta retorno anualizado de 9,05%.
Krien indica que a liderança por capitalização de mercado do Brasil entre os BRICs terá vida curta. A China deve tornar-se o maior dos países do grupo BRIC quando for feita a reclassificação das chamadas ações "red chips" das companhias de Hong Kong para companhias chinesas na revisão trimestral de alguns índices Dow Jones marcada para setembro. As "red chips" são ações de companhias com sede na China continental, incorporadas internacionalmente fora da China e listadas em Hong Kong.
Ontem, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou em queda de 2,10%, aos 56.488 pontos.
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