domingo, 29 de novembro de 2009

IGP-M acelera para 0,10% em novembro


SÃO PAULO, 27 de novembro de 2009 - O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou variação de 0,10% em novembro deste ano, ante taxa de 0,05% apurada no mês anterior, segundo informações divulgadas há pouco pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Enquanto isso, o Índice de Preços por Atacado (IPA) acelerou para 0,08% em novembro, contra taxa de 0,04% em outubro. O índice referente aos bens finais passou de 0,07% para 0,39%. O que mais contribuiu para este desempenho foi o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa subiu de -7,07% para 4,50%. Excluindo os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de bens finais (ex) apresentou taxa de -0,21%.

Por sua vez, o grupo bens intermediários variou -0,18% em novembro, frente a uma taxa de 0,12% em outubro. O subgrupo materiais e componentes para construção reportou declínio na taxa, passando de 0,18% para -0,56%.

De acordo comunicado da FGV, no estágio inicial da produção, o índice de matérias-primas brutas acelerou para 0,05% em novembro. Os principais itens responsáveis pelo comportamento foram soja (em grão) (-2,93% para -0,31%), milhão (em grão) (1,19% para 5,22%) e cana-de-açúcar (2,62% para 4,36%).

Na direção contrária ficaram bovinos (0,42% para -1,26%), arroz (em casca) (4,97% para -2,08%) e mandioca (aipim) (12,46% para 3%).

(Redação - Agência IN)

JB- 27/11/2009

Dubai: Meirelles não vê risco para o Brasil


Economia



BRASÍLIA - Os bancos brasileiros não estão expostos aos problemas de dívida de Dubai, segundo afirmou sexta-feira o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. O conglomerado estatal Dubai World pediu que os credores esperem seis meses para o pagamento da dívida de quase US$ 60 bilhões do grupo. Segundo ele, a questão mostra que ainda existem incertezas na economia mundial (em processo de recuperação da crise imobiliária americana) e que novos contratempos podem ocorrer. Por isso, o Banco Central manterá sua política de acúmulo de reservas internacionais.

– O Brasil está preparado para enfrentar como enfrentou no passado situações muito piores – disse Meirelles – Os bancos brasileiros não estão expostos a este fundo ou a este tipo de problema, inclusive pelas próprias restrições da regulação brasileira – declarou o presidente do BC.

Ele ressaltou que o Brasil foi bem-sucedido ao sair da crise financeira mundial e tem plenas condições de superar oscilações nos mercados internacionais. Meirelles afirmou que o crescimento brasileiro está ancorado no aumento da renda, do emprego e do crédito doméstico, o que torna o país menos vulnerável à instabilidade externa.

Segundo o presidente do BC, autoridades regulatórias e monetárias de outros países já enviaram sinais de que o ocorrido não deve provocar grande abalo no sistema financeiro dos países centrais por exposição do seus bancos àquela instituição.

– São sinais, vamos aguardar os próximos dias. As previsões que temos recebido de fora são de que não se espera um colapso, que está muito longe do que ocorreu no ano passado – comentou Meirelles – O fato concreto é que o ambiente hoje é de cuidado. Alguns bancos devem perder recursos nesta instituição, mas não é algo que possa lembrar episódios passados.

Os bancos internacionais possuem as ferramentas para enfrentar a situação, segundo os testes de estresse feitos pelo Federal Reserve (o BC dos EUA) neste ano para determinar as necessidades de capitalização das instituições.

Com agências

Credores europeus minimizam exposição à dívida do Emirado

Os temores de uma moratória sacudiram os mercados globais, mas os bancos de fora do Golfo Pérsico minimizaram sexta-feira sua exposição à dívida de Dubai. Líderes europeus disseram que a economia mundial está forte o suficiente agora para enfrentar o problema.

A crise começou na quarta-feira, quando Dubai pediu para adiar o pagamento da dívida de US$ 60 bilhões da Dubai World e da Nakheel, sua principal subsidiária e incorporadora de três ilhas em formato de palmeira que já atraíram celebridades e milionários. Os bancos europeus estão entre os maiores credores do Emirado.

Mas não há comparação aos US$ 2,8 trilhões de baixas contábeis que instituições dos EUA e da Europa terão registrado entre 2007 e 2010 como resultado da crise global de crédito, segundo estima o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Dubai, com 4 mil quilômetros quadrados, é um dos sete que compõem os Emirados Árabes Unidos, reunidos em 1971, no Golfo Pérsico, donos da sexta maior reserva de petróleo do mundo.

JB-27/11/2009

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Desemprego cai 7,5% em outubro

IBGE

A taxa de desemprego caiu de 7,7% para 7,5%, em outubro, nas seis regiões metropolitanas pesquisadas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre), após cair 0,4 pontos percentuais entre agosto e setembro. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou também alta de 0,8% no mês e de 3,6% no ano no rendimento domiciliar per capita dos ocupados. A população ocupada, de 21,5 milhões, ficou estável nas comparações mensal e anual, assim como o número de trabalhadores com carteira assinada (9,5 milhões). O rendimento médio real dos ocupados, de R$ 1.349,70, ficou estável no mês e teve alta de 3,2% frente a outubro de 2008.

Os empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foram a única categoria a apresentar redução no rendimento médio real, registrando queda de 0,4% em relação a setembro deste ano. Os trabalhadores sem carteira tiveram a maior alta neste indicador, que foi de 7,2% em relação a outubro de 2008. Entre os sete grupos de atividade analisados pelo IBGE, três tiveram altas e quatro apresentaram recuos. A população inativa, 17,8 milhões no total, das seis regiões investigadas não variou em relação a setembro, mas cresceu 4,2% em relação a outubro do ano passado.

Veja mais....  http://www.ibge.gov.br/.






quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Índia ditará ritmo do mercado internacional de commodities

AGRONEGÓCIOS


Priscila MachadoBloomberg

NOVA DÉLHISÃO PAULO - Depois de a China ditar o ritmo no mercado de commodities, principalmente em razão do seu apetite por soja ao longo da última temporada, agora, na safra 2009/2010, será a vez da Índia apontar os rumos do comércio agrícola mundial. Além da explosão dos preços do açúcar, que já subiram 92% este ano, a Índia deve alavancar a demanda por óleo de soja e arroz.

As importações de óleo por parte da Índia, o maior comprador do produto no mercado internacional depois da China, deverão permanecer próximas de sua maior alta dos últimos 15 anos. De acordo com a Associação dos Extratores de Solventes, a elevação é efeito da concorrência com produtos estrangeiros mais baratos, o que torna pouco lucrativo o processamento da soja e do amendoim locais. As processadoras de soja estão operando suas unidades de produção a cerca de 50% de sua capacidade. "As compras de óleos de cozinha por parte da Índia, entre os quais o de palma, deverão ultrapassar 2 milhões de toneladas no período de três meses a encerrar-se em 31 de janeiro, comparativamente aos 2,1 milhões de toneladas do trimestre anterior", diz B.V. Mehta, diretor-executivo da associação.

As importações de óleos vegetais dispararam para seu maior volume desde 2004, quando o governo indiano pôs fim às tarifas incidentes sobre os óleos de palma e de soja, deprimindo os preços internos e forçando as usinas a desacelerar o processamento das lavouras semeadas durante as chuvas de monção. O aumento das vendas ajudou a alimentar a alta de 37% registrada pelo preço do óleo de palma este ano. "As pessoas não estão operando plenamente suas unidades de produção porque não há lucratividade operacional", disse Rajesh Agrawal, porta-voz da Associação dos Processadores de Soja da Índia. "Ou os preços das sementes têm de baixar ou os preços do óleo e do farelo precisam subir para tornar o processamento lucrativo", avaliou. O preço do óleo de palma saltou para sua maior alta de 11 semanas, puxado pela previsão de um aumento das compras por parte da Índia. Os contratos futuros para entrega em janeiro subiram até 3,1%, para US$ 695 a tonelada, seu patamar mais alto desde 28 de agosto.

Balizadora das cotações de açúcar durante todo o ano de 2009 a nova atitude da Índia já começa a influenciar o mercado da commodity novamente, desta vez puxando os preços para baixo. De acordo com avaliação da Archer Consulting, com o mercado de açúcar na Bolsa de Nova York tendo fechado a semana com alta inferior US$ 10 por tonelada, é possível observar, mais claramente, que a diferença de preços entre o março de 2010 e o março de 2011 se manteve em torno de 330 pontos, ou seja, os preços apontam para uma baixa de US$ 73 por tonelada para a safra 2011/2012 em comparação com a 2010/2011. No período seguinte, a diferença entre o março de 2011 e o março 2012 é de nova baixa de US$ 62 por tonelada. "Em resumo, a percepção do mercado, levando em conta os fatores de recuperação da Índia já para a 2010/2011 - que para eles inicia-se em outubro do ano que vem - é de queda nos preços em US$ 135 por tonelada em dois anos. Ainda assim, com retorno de 27% sobre o custo de produção previsto", analisa Arnaldo Luiz Corrêa, gestor de riscos da Archer.

Segundo Corrêa, se por um lado as perspectivas de importação continuam variando entre sete e nove milhões de toneladas, volume considerado elevado, por outro, os indianos têm mais tempo para comprar e assim deixam o mercado spot (a vista) mais ou menos largado. "Agora, é esperar para ver, já que na última sexta-feira, a Organização Internacional do Açúcar afirmou que o déficit mundial é de 7,2 milhões de toneladas comparado com os 8,4 milhões anteriormente divulgados. Daqui para frente, muita coisa pode mudar no cenário de altas do açúcar que tivemos até aqui", finaliza o gestor da Archer.

Até mesmo o mercado de arroz deve sofrer forte influência da Índia. O País cuja previsão inicial era de exportações da ordem de 4 milhões de toneladas deverá entrar agora no mercado internacional buscando adquirir cerca de 3 milhões de toneladas. A reversão no equilíbrio entre a oferta e demanda de arroz na Índia é atribuída à uma forte estiagem que atingiu o país este ano.

Depois de a China ditar o ritmo no mercado de commodities, principalmente em razão do seu apetite por soja ao longo da última temporada, chgou a vez da Índia. Na safra 2009/2010, o mercado indiano vai apontar os rumos do comércio agrícola mundial. Além da explosão dos preços do açúcar, que já subiram 92% este ano, a Índia deve alavancar a demanda por óleo de soja e arroz. As importações de óleo da Índia, o maior comprador do produto depois da China, deverão permanecer próximo de sua maior alta dos últimos 15 anos. Segundo os exportadores do produto, a elevação é efeito da concorrência com produtos estrangeiros mais baratos.

DCI-18/11/09





Participação do Sudeste no PIB do País cai em 12 anos


No mesmo período, a região Nordeste teve o maior avanço: de 12,0% para 13,1%.

Portal Terra

RIO - A região Sudeste viu sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) do País cair de 59,1% em 1995 para 56,4% em 2007. O dado foi divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).



A concentração do PIB brasileiro também ficou menor em relação aos Estados que mais contribuem para a formação da riqueza do País. Os oito Estados mais industrializados (SP, MG, RS, PR, RJ, SC, BA e AM) concentravam 88,7% da indústria de transformação nacional em 1995. Essa participação caiu para 87,2% em 2007.

Segundo o IBGE, o maior PIB per capita continua sendo o do Distrito Federal (R$ 40.696,08), cerca de três vezes o PIB per capita nacional (R$ 14.464,73). Entre 1995 e 2007, os três maiores PIB per capita permaneceram na mesma ordem (Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro) assim como os dois menores (Maranhão e Piauí).

JB- 18/11/2009

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Brasil tem melhor outubro e supera 1 milhão de vagas no ano


Portal Terra

BRASÍLIA - Assim como havia adiantado o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, no começo do mês, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostraram que o Brasil superou o saldo de 1 milhão de empregos formais em 2009. De janeiro a outubro foram criadas 1.163.607 vagas a mais que as fechadas em todo o País.

Segundo Lupi, o número confirma as previsões feitas pelo governo no primeiro semestre deste ano. O mês de outubro fechou com saldo de 230.956 mil empregos formais.

- Foi o melhor outubro da história, corresponde a previsão que tinha feito no primeiro semestre do ano. Neste segundo semestre todos os setores tiveram recuperação na geração de empregos, principalmente a indústria de transformação, que mais demitiu no primeiro semestre - disse Lupi.

JB- 16/11/2009
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Setor de massas cresce acima do PIB e investe em expansão

ALIMENTOS

Laelya Longo

SÃO PAULO - A crise financeira mundial passou longe do segmento de massas alimentícias, que deve fechar o ano com crescimento bem superior ao Produto Interno Bruto (PIB), apoiado na retração do setor de alimentação fora do lar. A avaliação das indústrias do setor apontam para um 2010 ainda mais otimista, com grande volume de aportes em expansão.

Segundo Cláudio Zanão, diretor presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias (Abima), o segmento teve bom desempenho em todos os mercados, principalmente os que mais sofreram com a crise financeira. "Os Estados Unidos estão tendo um aumento de 20% nas vendas de massas", afirma. "A recessão econômica norte-americana alavancou o consumo de massas, em função das características próprias do produto: preço baixo, valor nutritivo e facilidade de preparo."

Zanão evita antecipar o crescimento do setor para 2009, pois o consumo durante o primeiro semestre do ano é tradicionalmente inferior ao do segundo. "Prevíamos uma alta equivalente ao PIB [Produto Interno Bruto], mas com a expressiva melhora do cenário econômico do segundo semestre, devemos fechar em 3% a 4%, mas ainda é cedo para determinar um índice", ressalta.

Expansão

O Grupo Selmi, dono das marcas Renata e Galo, já registra 17% de alta no volume de vendas de suas massas. Para Ricardo Selmi, presidente do grupo, esse aumento é fruto, basicamente, da queda de preços dos produtos, atendendo à necessidade de consumo das camadas sociais mais baixas e das que sofreram com a recessão.

Até outubro, a empresa contabiliza um aumento de 20% na produção, na comparação com 2008. Segundo Selmi, o preço do trigo contribuiu fortemente para a expansão da produção. Nesse sentido, a empresa deve fechar o ano com aumento da capacidade produtiva, com uma nova linha de espaguete com capacidade de 4.500 quilos por hora.

Além disso, até o final de 2010, a empresa vai lançar uma nova linha de cream cracker, biscoitos doces e bolinhos prontos em monoporções. Outro foco será o de armazenagem, com incremento da unidade de Sumaré, no interior de São Paulo. O valor total desses investimentos gira em torne de R$ 30 milhões.

A Selmi acrescenta que, para 2011, está planejando a construção de uma planta em Pernambuco para fortalecer a presença no mercado nordestino. "O mercado consumidor do Nordeste está crescendo muito e queremos acompanhar essa tendência", justifica. Atualmente, a Selmi tem 13% de market share no Sudeste e Centro-oeste, além de Santa Catarina e Paraná, onde possui a segunda unidade, em Londrina, na região Sul. A implantação da unidade do Nordeste deve alavancar essa participação e irá consumir R$ 15 milhões, produzindo espaguete e macarrão instantâneo.

Para Selmi, no próximo ano, o setor deve crescer entre 3% e 4%. "O crescimento desse segmento é descolado do PIB, pois possui características próprias", declara. Mas a meta da empresa é mais ambiciosa e está fixada em 10%.

Outra empresa que aposta na expansão para atender ao aumento da demanda é a J. Macedo, responsável pelas marcas Dona Benta, Petybon e Brandini, líder no Norte-Nordeste. "Acreditamos que o mercado brasileiro apresenta um grande potencial para o crescimento do consumo", afirma Marcos Povoa, diretor comercial e de novos negócios da J.Macedo. "De olho nessa oportunidade, estamos trabalhando na expansão da capacidade produtiva de nossa unidade de São José dos Campos, aumentando o volume de massas de 63 mil toneladas ao ano para 93 mil toneladas".

Lacuna

Para ocupar o lugar deixado pela Frescarini, que deixou de ser produzida em abril, pela General Mills, o Grupo Bertin lançou, no fim de setembro, sua linha de massas frescas com a marca Vigor. Presente em grandes e médias redes de varejo, o objetivo da empresa é alcançar, em 12 meses, 15% do mercado de massas frescas em São Paulo, chegando ao pequeno varejo em março do próximo ano. "A Vigor tem uma forte atuação no pequeno varejo por conta de seus produtos lácteos, mas estamos definindo como se dará a logística de distribuição das massas", explica Marcos Scaldelai, diretor de marketing de produtos lácteos da Bertin.

Sem revelar os números, Scaldelai conta que, em outubro, a produção já dobrou de volume e que, este mês, deverá dobrar novamente. A fabricação das massas da Vigor é feita pela Pastitex, que também possui marca própria no segmento. "Nosso produto é voltado para as classes B/C e possui desde massa de pastel, responsável pelo maior volume de vendas, até as recheadas, que tem maior valor agregado e incrementa o faturamento", afirma o diretor de Marketing.

DCI- 16/11/09

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Brasil impulsionará o setor de turismo nos âmbitos nacional, estadual e municipal com auxílio do BID

13 Novembro, 2009


Brasil e o BID


Apoio ao Programa de Desenvolvimento do Turismo Nacional (PRODETUR NACIONAL)

Um empréstimo de US$ 15 milhões ajudará a estimular um setor cujas receitas internacionais triplicaram entre 2000 e 2008

O Banco Interamericano de Desenvolvimento aprovou um empréstimo de US$ 15 milhões para ajudar o setor de turismo brasileiro a se expandir nos âmbitos nacional, estadual e municipal a fim de fazer melhor uso de seu potencial.

Embora as receitas internacionais do turismo tenham triplicado para US$ 5,8 bilhões entre 2000 e 2008, as ofertas turísticas continuam concentradas essencialmente no litoral do país, deixando de lado outras atrações de alta qualidade.

A falta de conexões diretas para muitos destinos, deficiências de infraestrutura e serviços e acesso insuficiente a dados de mercado atualizados, recursos humanos habilitados e fórmulas de marketing eficazes são fatores que acabam limitando as ofertas de destinos turísticos. O turismo brasileiro também é prejudicado por uma coordenação ruim entre os diferentes níveis de governo.

O empréstimo do BID apoiará o Programa de Desenvolvimento do Turismo Nacional (PRODETUR Nacional) do governo federal, que pretende vencer esses desafios além de consolidar as políticas nacionais de turismo por meio de uma gestão pública cooperativa e descentralizada.

O programa tem três componentes:

Fortalecimento da gestão nacional do turismo, melhorando o sistema de estatísticas e informações de mercado e capacitando funcionários do Ministério do Turismo em projetos de investimento.

Apoio à preparação de planos de desenvolvimento do turismo nos âmbitos estaduais e municipais, seguindo diretrizes estratégicas e técnicas consistentes.

Apoio a investimentos estaduais e municipais dentro do PRODETUR, incluindo o estabelecimento de uma estrutura técnica integrada por diferentes especialistas que ajudarão a implementar projetos locais com metodologias comuns e compartilhadas.

O empréstimo tem prazo de 20 anos, com um período de carência de 4 anos e taxa de juros variável baseada na LIBOR. Outros US$ 10 milhões serão fornecidos como fundos de contrapartida locais.

Fonte : BID

Mais informações
Adela Moreda
Líder de equipe do BID
adelam@iadb.org
Líder da equipe na Representação do BID no Brasil
Juan Poveda
juanpo@iadb.org
Peter Bate
terb@iadb.org
(202) 623-2609

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Emprego industrial em SP tem maior crescimento em 18 meses

Ocupação sobe 0,28% em outubro ante setembro, com ajuste sazonal; resultado representa 9 mil novas vagas

RICARDO LEOPOLDO - Agencia Estado

SÃO PAULO - O nível de emprego da indústria paulista subiu 0,41% em outubro ante setembro, na série sem ajuste, de acordo com informações divulgadas nesta quarta-feira, 11, pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Com o ajuste sazonal, a elevação no período atingiu 0,28%, que é a maior marca em 18 meses. O resultado representa a criação de 9 mil vagas no mês.

De janeiro a outubro de 2009, o patamar de empregos caiu 1,49%. Em outubro, houve queda de 7,61% em relação ao mesmo mês do ano passado. Dos 22 setores pesquisados, 16 contrataram no mês, quatro demitiram e dois permaneceram estáveis.

Nível de confiança

Já a confiança dos dirigentes das indústrias paulistas atingiu a marca de 56,3 pontos na primeira quinzena de novembro, segundo informou hoje a Fiesp. Na segunda quinzena de outubro, o indicador Sensor da entidade registrou o patamar de 58,3 pontos.

O levantamento é feito desde junho de 2006. Dos cinco componentes do Sensor, o item Mercado atingiu 65 pontos na primeira quinzena de novembro, ante 65,5 pontos apurados na segunda quinzena de outubro. No mesmo período de análise, o tópico Vendas registrou 56,5 pontos, marca inferior aos 59,6 pontos apurada na quinzena anterior.

Já o item Emprego atingiu 56 pontos, um pouco abaixo dos 56,8 pontos contabilizados nos últimos 15 dias do mês passado. Estoque ficou praticamente estável, pois registrou 49,5 pontos ante 49,7 pontos da quinzena anterior. Já o item Investimento registrou 54,6 pontos, abaixo dos 58,5 pontos das duas últimas semanas de outubro.

Na pesquisa, o patamar de 50 pontos sinaliza estabilidade. Resultados inferiores a essa marca sugerem pessimismo dos empresários, enquanto uma pontuação superior indica otimismo.

Crescimento do PIB em 2010 dever ser revisto para 5%


POLÍTICA ECONÔMICA

Agência Estado

SÃO PAULO - O governo deve rever ainda este mês a projeção oficial de crescimento para 2010 dos atuais 4,5% para 5%, segundo informou uma fonte do governo. A nova projeção deverá servir de referência para as discussões do projeto de lei orçamentária para 2010, que está em tramitação no Congresso Nacional. Uma previsão de crescimento mais elevado tende a aumentar também a estimativa de receitas considerada para a distribuição de despesas na peça orçamentária do ano que vem.

De acordo com a fonte, a previsão de 5% também pode ser considerada "conservadora", uma vez que há possibilidades reais de o crescimento do País no ano que vem ser maior do que isso, como alguns analistas do mercado financeiro já comentam.

Governo e analistas esperam que 2010 comece com um carregamento estatístico positivo - o impulso que a atividade econômica deixa de um ano para outro -, ao contrário do que aconteceu neste ano, quando a economia já começou o jogo tendo que correr atrás do prejuízo legado pelo tombo do quarto trimestre de 2008. O tamanho do carregamento positivo para o ano que vem dependerá do ritmo de crescimento do último trimestre.

Um dos fatores que leva à opção do governo por uma projeção conservadora de crescimento para 2010 é a incerteza em torno de qual será o tamanho da contribuição negativa do setor externo para o Produto Interno Bruto (PIB). Quando as importações crescem mais rápido que as exportações e a expectativa é de que o cenário do governo para próximo ano, ocorra uma redução no resultado do PIB.

O governo também tem buscado evitar um excesso de otimismo por parte do mercado com a demanda no ano que vem, que pode provocar um temor de alta da inflação e uma postura mais defensiva do Banco Central na condução da política monetária. Por isso, apesar de nos bastidores e até em declarações públicas de autoridades já ser mencionada a projeção de crescimento de 5% para 2010, até agora o governo ainda não revisou formalmente a estimativa de 4,5%, retardando ao máximo as informações desse movimento econômico.

As discussões do Orçamento 2010 no Congresso, contudo, tornam inevitável a revisão dessa projeção. O próprio ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse recentemente em audiência pública na Comissão Mista de Orçamento que considerava razoável uma revisão de 4,5% para 5% na projeção de crescimento do PIB em 2010.

JB-11/11/09

terça-feira, 10 de novembro de 2009

13º salário deve injetar R$ 85 bilhões na economia

(Maria de Lourdes Chagas - Agência IN)

SÃO PAULO, 10 de novembro de 2009 - Até dezembro de 2009 devem ser injetados na economia brasileira cerca de R$ 85 bilhões em decorrência do pagamento do 13º salário, um aumento de 8,7% em relação ao ano passado. O número de pessoas que receberá o 13º salário em 2009 é cerca de 2,4% superior ao observado em 2008, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Estima-se que 1,7 milhões de pessoas passaram a receber o benefício, por terem requerido aposentadoria ou pensão ou se incorporado ao mercado de trabalho ou ainda formalizado o vínculo empregatício.

Este montante representa aproximadamente 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e engloba os trabalhadores do mercado formal, inclusive os empregados domésticos e beneficiários da Previdência Social, aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados.

Cerca de 70 milhões de brasileiros serão beneficiados. Pelos cálculos da instituição, os R$ 85 bilhões devem ser pagos a 69.925 mil pessoas.

A estimativa feita pelo Dieese leva em conta dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Também foram consideradas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente a 2008, e informações do Ministério da Previdência e Assistência Social e da Secretaria Nacional do Tesouro (STN).

JB - 10/11/2009

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Valor da cesta básica cai em outubro, diz Procon-SP

Maria de Lourdes Chagas - Agência IN

SÃO PAULO, 9 de novembro de 2009 - O valor da cesta básica de outubro apresentou queda de 0,12%, revela pesquisa realizada pela Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, em convênio com o Dieese. O preço médio da cesta, que em 30 de setembro era de R$ 283,30, passou para R$ 282,96 em 30 de outubro.

Dos 31 produtos pesquisados, 16 apresentaram queda, 13 altas e dois mantiveram-se estáveis. O grupo Alimentação foi o único que apresentou queda, -0,35%. Os grupos Higiene Pessoal e Limpeza apresentaram variação positiva de 0,61% e 1,09%, respectivamente.

Entre os produtos que compõem o grupo Alimentação, destacamos os que registraram as maiores quedas de preço neste mês: feijão carioquinha - pac. 1kg (-4,98%); ovos brancos - dz (-4,46%); frango resfriado inteiro - kg (-4,37%); batata - kg (-3,95%) e queijo muzzarela fatiado - kg (-3,47). Cabe destacar também o arroz - pac. 5kg (-2,47%), que foi o segundo produto que mais pressionou a queda no período. O maior aumento de preço foi o da cebola - kg (20,16%).

A variação no ano é de -1,68% (base 26/12/2008), e nos últimos 12 meses, de -4,79% (base 30/10/2008).

O último recorde da cesta básica desde o Plano Real foi de R$ 305,30, em 23 de julho2008.

É importante salientar que os aumentos ou quedas de preço dos produtos que compõem a cesta básica nem sempre estão atrelados a algum desequilíbrio entre oferta e demanda, motivado por razões internas (quebras de safra, política de preços mínimos aos produtores, conjuntura econômica do país, etc.) ou por razões externas (mudanças no cenário internacional, restrições políticas ou sanitárias às importações brasileiras, etc.).

As alterações de preços, especialmente as de pequena magnitude, podem refletir tão somente procedimentos adotados por determinados supermercados da amostra, seja para estimular a concorrência, para se destacar em algum segmento, ou simplesmente para "desovar" estoques através do rebaixamento temporário dos preços.

Brasil registra criação de mais de 1 milhão de empregos em 2009, diz Lupi

 Rio

O ministro Carlos Lupi (Trabalho) anunciou nesta segunda-feira que já foram criados, este ano, mais de 1 milhão de empregos formais. O saldo superou as metas do governo. Ao longo de 2008, foram geradas 1,452 milhão de vagas.

Ele antecipou dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) relativos a outubro, que serão divulgados nos próximos dias, que indicam que no acumulado de janeiro outubro, o número de novos empregos já superou a meta traçada por ele para este ano.

Lupi lembrou que poucos acreditavam na sua previsão, em meio à recuperação do país após a crise. Em dezembro, o país chegou a registrar perda de 654 mil empregos, recorde em dez anos, pelo números do Caged.

"Acharam que eu era maluco, os pessimistas não acreditavam. Mas os números estão aí e provam que minha previsão estava certa", afirmou, ao participar da abertura da Fenashore, em Niterói, região metropolitana do Rio.

O ministro acrescentou que o país já vê a crise pelo retrovisor. "Crise é coisa de gringo", comentou.

Em setembro, houve a criação de 252.617 empregos. No ano, o saldo de empregos está em 932.651 postos, até setembro, superando as mais de 800 mil vagas fechadas entre novembro e janeiro, por conta da crise econômica.

Folha Online - 09/11/2009

Taxa de desemprego na OCDE se estabiliza em 8,6% em setembro

Valor Online

SÃO PAULO - A taxa de desemprego nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE, apresentou estabilidade em setembro, permanecendo no patamar dos 8,6%, o mesmo registrado em agosto.

O desemprego nos países mais ricos do mundo vem começando a mostrar certa estabilidade nos últimos meses, com taxa de 8,4% em julho e de 8,5 % em junho, por exemplo.

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, no entanto, houve um avanço de 2,3 pontos percentuais na taxa de desemprego desses países.

Na zona do euro, o desemprego atingiu 9,7% da população em setembro, sendo que no mês anterior essa proporção tinha ficado em 9,6%. No Japão, a taxa saiu de 5,5% em agosto para 5,3%. Nos EUA, os dados são referentes a outubro, quando a taxa ficou em 10,2%, 0,4 ponto percentual acima do registrado no mês anterior.

A Espanha continua a liderar no que diz respeito a desemprego e alcançou a proporção de 19,3% de pessoas desempregadas em setembro. Em agosto, o índice foi de 18,8%, segundo a OCDE.

Valor ONLINE- 09/11/2009

sábado, 7 de novembro de 2009

IBGE e Conab elevam projeção para a safra a 139 mi de toneladas

 AGRONEGÓCIOS

Agência EstadoPanoramaBrasil

RIO DE JANEIRO - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem a primeira estimativa para a safra de grãos 2010, que aponta uma produção de 139,3 milhões de toneladas, volume 3,8% maior que o da safra 2009 que, segundo o instituto, será de 134,1 milhões de toneladas.

A projeção para a soja é de uma produção de 63,7 milhões de toneladas, com alta de 11,8% ante a safra anterior. Para o milho na primeira safra, a estimativa é de colheita de 33,1 milhões de toneladas, com queda de 2,2%. Deve ocorrer expansão na safra do feijão (primeira safra), para 1,9 milhão de toneladas, com alta de 13,9%. Estão previstas quedas na safra do arroz em casca (11,9 milhões de toneladas, com queda de 5,1%) e no algodão em caroço (2,7 milhões de toneladas, queda de 8,1%).

Para 2009, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2009 deve ser 8,1% menor do que a safra recorde de 2008 e totalizar 134,1 milhões de toneladas, 8,5 mil toneladas a menos do que a projeção divulgada em setembro. Devido às condições climáticas que afetaram a Região Sul.

De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, a retração da colheita este ano reflete os impactos das chuvas sobre as culturas de inverno, em especial, a queda da produção de trigo, a principal lavoura da estação, em Santa Catarina e no Paraná. Devido a esses efeitos climáticos, o Mato Grosso ultrapassará o Paraná e, neste ano, será o maior produtor nacional de grãos.

Conab

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) manteve praticamente inalterada sua projeção para a safra de grãos 2009/2010 em relação à primeira estimativa, feita no início de outubro.

Para a estatal, o ciclo ficará entre 139,04 milhões de toneladas e 141,69 milhões de toneladas, segundo divulgação feita ontem. Na primeira estimativa, as projeções iam de 139,06 milhões de toneladas a 141,62 milhões de toneladas.

Mesmo com a pequena redução do intervalo esperado ante a previsão anterior, a safra 2009/2010 deverá registrar crescimento entre 3% e 5% na comparação com o ciclo anterior.

A previsão da Companhia Nacional de Abastecimento é a de que a área a ser plantada em todo o País fique entre 47,44 milhões de hectares e 48,18 milhões de hectares. Se for levado em conta o piso da projeção, a área total registrará uma queda de 0,5% na comparação com a safra 2008/2009. Já se houver confirmação do teto das expectativas, a alta será de 1,1%.


DCI-06/11/09


Ministros do G20 concordam em manter estímulo econômico

Brown (centro) propôs taxa sobre transações financeiras internacionais


Os ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 – grupo que reúne os principais países ricos e em desenvolvimento – se comprometeram a manter medidas de estímulo até que a recuperação da economia global esteja consolidada.

“As condições econômicas e financeiras melhoraram após a nossa resposta coordenada à crise. No entanto, a recuperação ainda é instável e permanece dependente de políticas de apoio, e a alta taxa de desemprego é uma grande preocupação”, diz o documento final do encontro do G20 encerrado neste sábado na cidade escocesa de Saint Andrews.

“Para restaurar a saúde da economia global e do sistema financeiro, nós concordamos em manter o apoio à recuperação até que ela esteja consolidada”, diz o texto.

Segundo o correspondente da BBC no encontro, Andrew Walker, a reunião foi ofuscada pela proposta do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, de um novo “contrato social” para os bancos, que os tornariam mais responsáveis diante da sociedade.

Imposto sobre transações

Brown sugeriu a criação de um fundo para ajudar bancos em dificuldades no futuro, que poderia ser financiado por um imposto sobre transações financeiras internacionais.

O premiê disse que o setor financeiro é tão importante que os governos não têm opção, a não ser intervir quando ele entra em colapso.

“E não pode ser aceitável que os benefícios do sucesso deste setor sejam colhidos por uns poucos, mas os custos de seu fracasso pesem sobre todos nós”, afirmou.

No passado, a Grã-Bretanha se opôs a impostos sobre transações financeiras, acreditando que eles poderiam prejudicar as atividades da City de Londres, o distrito financeiro da capital.

Brown disse que é necessária uma ação “global” para reformar o sistema bancário mundial e que “a Grã-Bretanha não vai agir, a não ser que os outros ajam conosco”.

A proposta do premiê britânico, porém, foi recebida sem entusiasmo pelos outros países do G20.

O secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, disse que seu país não está preparado para apoiar um imposto sobre transações internacionais.

Os ministros e presidentes de bancos centrais do G20 também se comprometeram com ações para garantir o financiamento necessário no combate às mudanças climáticas e em trabalhar juntos para o sucesso da conferência da ONU em Copenhague, na Dinamarca.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Brasil deve criar 1,1 milhão de empregos até o fim do ano, diz Lupi

Economia


Lourenço Canuto, Agência Brasil

BRASÍLIA - O Brasil deve criar 1,1 milhão de empregos, até o fim do ano, e cerca de 2 milhões de postos de trabalho em 2010. A previsão é do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. Segundo ele, essa era a previsão, mesmo no auge da crise financeira internacional, no final do ano passado.

Lupi disse, durante o programa Bom Dia Ministro, que o Brasil é o país que melhor se recuperou dos efeitos da crise mundial e deve registrar em 2010 o melhor ano da sua economia. Os resultados foram possíveis porque o governo tomou medidas pontuais.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado neste mês registrou a geração 252 mil empregos diretos em setembro, computando 934 mil vagas criadas nos nove meses de 2009.

O ministro se declarou favorável à redução da carga horária para 40 horas semanais, defendida pelas centrais sindicais e disse que nos países europeus a média é de 37 horas. Ele argumenta que no Brasil grande parte dos trabalhadores leva até 3 horas para se locomover de casa para o trabalho e isso afeta o seu desempenho. Segundo ele, as empresas ganharão mais produtividade, com a oferta de mais empregos, e farão justiça social com a medida. "Não há pressão que possa abater a convicção", disse, defendendo a aprovação da medida pelo Congresso Nacional.

JB - 22/10/2009

Desemprego brasileiro tem menor nível desde dezembro

Economia


REUTERS

RIO - A taxa de desemprego brasileira diminuiu mais que o esperado em setembro, igualando-se ao patamar de igual período do ano passado, antes do aprofundamento da crise global. O dado foi também o menor para um mês de setembro na série histórica iniciada em 2002 e o mais baixo desde dezembro do ano passado.

O mercado, no entanto, minimizou os dados positivos, apontando que a composição do índice continua mostrando que o mercado de trabalho não se recuperou totalmente.

A taxa caiu para 7,7% em setembro, ante 8,1% em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. Em setembro de 2008, o desemprego também foi de 7,7%.

Analistas ouvidos pela Reuters previam 8,1%, segundo a mediana de 18 projeções que oscilaram de 7,8 a 8,4%.

- O desemprego (cheio) é bom, mas os dados abertos mostram algumas coisas. A PEA (População Economicamente Ativa) teve uma redução forte. Se você olha a dinâmica entre ocupados e desocupados, ela não é tão boa. A população ocupada subiu pouco e a desocupada caiu bem... o que pode significar um aumento do desalento (pessoas que desistem de procurar emprego porque não acham) - afirmou Flávio Serrano, economista sênior do BES Investimento.

Segundo o IBGE, a população ocupada subiu 0,4% em setembro ante agosto e 0,6% contra igual mês de 2008, para 21,520 milhões de pessoas empregadas.

O total de desocupados foi de 1,799 milhão, queda de 4,8% na comparação mensal e alta de 1,3% na anual.

A PEA caiu 0,1% em setembro contra agosto e subiu 0,6% na comparação com o ano passado.

- No geral, o dado do mercado de trabalho não muda nossa visão de que a dinâmica continua fraca. O patamar do emprego está, na nossa estimativa, 0,7% pior que a tendência - afirmou Diego Donadio, analista sênior para América Latina do BNP Paribas, em nota.

O rendimento médio real subiu 0,6% na comparação mensal e 1,9% frente a setembro do ano passado, para 1.346,70 reais.

JB-22/10/2009

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Copom mantém taxa básica de juros em 8,75% ao ano

Boletim do Banco Central só prevê juros maiores em 2010

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu por unanimidade, nesta quarta-feira, manter a Selic – taxa básica de juros do país – em 8,75% ao ano.

“ Levando em conta, por um lado, a flexibilização da política monetária implementada desde janeiro, e, por outro, a margem de ociosidade dos fatores produtivos, entre outros fatores, o Comitê avalia que esse patamar de taxa básica de juros é consistente com um cenário inflacionário benigno", afirma o comunicado divulgado pelo Copom.

A mais recente alteração na taxa Selic ocorreu em julho, quando o Banco Central fez uma redução de 0,5 ponto percentual e levou a taxa básica ao patamar atual – o menor da série histórica, iniciada em 1996. Desde janeiro, os cortes haviam sido de 1 ponto ou 1,5 p.p.

A manutenção da taxa Selic já havia sido prevista na última pesquisa semanal Focus, realizada pelo BC com diversos analistas e que traz expectativas sobre o mercado financeiro.

De acordo com o boletim, divulgado na última sexta-feira, a Selic deve seguir nesse patamar até julho de 2010, quando a taxa então passaria a 9,25% - um aumento de 0,50 ponto percentual.

Segundo a projeção do Focus, ao longo do segundo semestre, haveria aumento na taxa básica de juros, que encerraria 2010 em 10,50% ao ano.

BBC-Brasil

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Dólar sobe 2,1% e bolsa cai com IOF sobre capital estrangeiro

Economia


No início da tarde Bovespa já operava com baixa de mais de 4%

Diante da cobrança de imposto sobre o capital estrangeiro, que entrou em vigor nesta terça-feira, o dólar comércial encerrou o dia com alta de 2,10%, a R$ 1,748 – a maior variação diária desde junho.

A mudança também prejudicou os negócios na bolsa. O índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou o dia com queda de 2,88%.

A cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi anunciada na segunda-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Os investimentos estrangeiros em bolsa e títulos do governo foram taxados em 2%.

Mantega disse nesta terça-feira que um dos objetivos da medida é evitar uma "bolha" na bolsa de valores e, em consequencia, a "sobrevalorização do real". Segundo ele, "daqui a pouco vamos estar importando tudo e não exportando nada".

O ministro disse ainda que o impacto da cobrança do IOF será suficiente para "atenuar" a valorização da moeda brasileira, mas que não será possível evitá-la.

"Acredito que (as medidas) nas vão evitar a valorização do real porque ele reflete a força da economia", disse Mantega, depois de participar de um evento em São Paulo.

Excesso

O diretor excutivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme, diz que a medida é "frágil", pois a atual valorização do real não é apenas reflexo do "excesso" de dólares no país.

"Esse excesso o Banco Central está comprando. Inclusive, o Banco Central está retirando do mercado mais do que o excedente", diz.

Segundo ele, o dólar vem caindo também em função das operações dos bancos no país. "As instituições estão com posição vendida (apostam na queda do dólar) e acabam operando de forma que forçam a desvalorização da moeda americana", diz.

Ainda na avaliação de Nehme, a cobrança do IOF tem impacto "parcial" diante da "estrutura" dos grandes bancos de investimento internacionais. "São instituições com estrutura para driblar, de forma lícita, o pagamento desse tipo de imposto", diz.

Ele lembra que, em março do ano passado, o governo adotou medidas parecidas, como a cobrança de 1,5% de IOF sobre investimentos estrangeiros em renda fixa. "Meses depois o dólar já estava caindo", diz.

Nos dia seguinte ao anúncio da medida, a moeda americana fechou em R$ 1,69. Quatro meses depois, o dólar comercial valia R$ 1,58.

Recuperação

O atual ritmo de valorização do real começou em março, mês em que os indicadores econômicos no país mostraram os primeiros sinais de recuperação frente à crise financeira.

Com os bons resultados da economia brasileira, investidores estrangeiros voltaram a procurar investimentos no país, sobretudo na bolsa de valores e em títulos públicos.

De janeiro a outubro deste ano, as entradas de dólares superaram as saídas em US$ 4,418 bilhões, segundo dados do Banco Central. No mesmo período do ano passado houve déficit de US$ 29,465 bilhões.

Em relatório divulgado a seus clientes nesta terça-feira, agência de classificação de risco Moodys diz que o Brasil é "vítima de seu próprio sucesso".

"O Brasil se tornou a economia emergente mais atraente, não apenas por ter se recuperado da crise financeira, mas também em função de perspectivas promissoras. O país é visto como a nova estrela da América Latina", diz o documento, justificando o ingresso de dólares no país.

A agência diz ainda que medidas como a anunciada ontem pelo governo brasileiro têm "apenas efeitos de curto prazo" e que "tendem a desaparecer com o tempo, na medida em que os investidores se acostumam com ela".

Fabrícia Peixoto


Da BBC Brasil em Brasília
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