segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

FMI alerta contra retirada de pacotes de estímulo




Diretor do órgão reconhece rapidez da recuperação, mas ainda vê fragilidade econômica

O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, reconheceu nesta segunda-feira (18) que a recuperação econômica global está mais rápida do que o previsto, mas alertou os governos contra a retirada antes da hora de medidas contra a crise.

Segundo ele, a demanda do setor privado "ainda está muito fraca" na maior parte dos países, enquanto as taxas de desemprego podem aumentar nos Estados Unidos, Europa e Japão nos próximos meses.

Para Strauss-Kahn, "se você sair cedo demais (das medidas de estímulo), você corre o risco de voltar à recessão". Embora o FMI não esteja prevendo uma recessão com dois vales - ou uma volta da recessão depois um período breve de crescimento - Strauss-Kahn disse que "nunca se sabe. Isso pode ocorrer".

O problema é que muitos governos e bancos centrais já exauriram muitas ferramentas de sua caixa de medidas para sustentar o crescimento, disse ele. Se um fim muito rápido às medidas de estímulo provocar um novo declínio, "eu não sei o que poderemos fazer".

Embora Strauss-Kahn não tenha respondido claramente à pergunta sobre o que acha das preocupações em torno do aperto monetário na China, ele disse que "certamente precisamos de um rápido crescimento" naquele país.

Segundo ele, a demanda do setor privado e as condições do emprego - que podem ser os "melhores" indicadores para determinar os prazos da retirada - estão fracas em muitas economias. Para o comandante do FMI, a demanda privada segue dependente do gasto do governo e "não está em caminho sustentável" em muitos países.

Strauss-Kahn disse ainda que “há um risco de aumento do desemprego nos próximos meses" nos EUA e na Europa em relação às suas taxas atuais de 10%, e no Japão, onde, atualmente, o desemprego está em 5%.

Ele ainda destacou que, se os bancos centrais mantiverem os mercados inundados em dinheiro por tempo demais, outros problemas podem surgir, como bolhas de ativos. A continuação do gasto orçamentário agressivo pode aumentar a dívida pública, que já está crescendo em muitas regiões. Ainda assim, esses riscos são superados pelo risco de um novo declínio, e "nosso conselho é ter muito cuidado com a saída cedo demais".

Strauss-Kahn indicou que o mesmo se aplica ao Japão. Embora o governo do país precise de um plano para voltar a um "caminho mais sustentável em termos de política fiscal, a necessidade de evitar qualquer risco de um novo declínio ainda está aí". O nível da dívida pública do Japão é o mais alto entre os países industrializados, a 180% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas do país). As informações são da Dow Jones.

Agencia Estado- 18/01/2010

Petrobras tem nova estratégia comercial para a Ásia


Estatal quer vender 2 milhões de barris a cada dois meses

.A Petrobras planeja vender aproximadamente 2 milhões de barris para a Ásia a cada dois meses usando os tanques de armazenamento que possui na ilha japonesa de Okinawa como um ponto de distribuição, afirmaram fontes nesta segunda-feira (18) à Reuters .

A Petrobras espera enviar um petroleiro VLCC (Very Large Crude Carrier), de grande porte, carregado com petróleo de Roncador para Okinawa a partir de março. A estratégia é que sejam feitos subsequentes envios do mesmo tamanho a cada dois meses, segundo as fontes.

Tal frequência pode elevar as vendas da empresa brasileira aos clientes asiáticos em mais de 33 mil barris por dia. O primeiro carregamento pode chegar a Okinawa no fim de março ou no início de abril.

O petróleo brasileiro é um produto que corresponde às necessidades asiáticas porque China e Coreia do Sul desenvolveram nos últimos anos melhorias que permitem processar petróleo mais pesado.

Copyright Thomson Reuters 2009

Indústria calçadista deve criar 400 mil vagas em 2 anos



Produção deve aumentar com a melhora da concorrência diante o produto chinês


Do R7, com agências.

..O aumento do crédito ao consumidor deverá impulsionar o setor calçadista nos próximos dois anos, com a contratação de 400 mil trabalhadores e aumento na produção de 3,3 para 3,5 pares por brasileiro, segundo análise de Marconi Leonel Matias dos Santos, presidente da Ablac (Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados).

- O cenário econômico neste início de ano é favorável e deve permanecer assim nos próximos meses. O bom desempenho do Natal de 2009, quando as vendas do comércio aumentaram em torno de 8%, é um indicativo de que o novo ano será positivo para o varejo.

A perspectiva otimista do setor ocorre graças à criação da tarifa antidumping em 2008 – ano marcado pela crise econômica e demissões no setor. A medida incluía a criação de taxas de R$ 21,44 (US$ 12,44) por par de calçado importado da China. A tarifa tem o objetivo de coibir a prática de dumping – quando o produto é vendido com valor bem abaixo do mercado para desestimular a concorrência.

Desde a criação da taxação aos produtos chineses, 30 mil novas vagas no setor foram criadas no Brasil, segundo o empresário Milton Cardoso, presidente da Abicalçados (que representa a indústria de calçados).

- Encerramos dezembro de 2009 com 327 mil trabalhadores nas fábricas. Somando toda a cadeia do couro/calçados, chegamos a 10% de todos os empregos da indústria brasileira de transformação. É também o mais alto número para o mês de dezembro nos últimos quatro anos.

China

Investigações da Abicalçados apontaram que o calçado chinês era vendido até 435% mais barato que o brasileiro antes da criação da taxa. Devido à falta de competitividade, a indústria diminuiu a produção e demitiu funcionários. Cerca de 40 mil empregos foram cortados somente no último trimestre de 2009.

A tarifa provisória vale até 9 de março deste ano. A partir disso, os sete ministros que integram a Camex (Câmara de Comércio Exterior) terão de votar na criação da tarifa definitiva, que poderá valer por cinco anos e poderá chegar a R$ 32,3 (US$ 18,47) por par.

R7- 18/01/2010

domingo, 17 de janeiro de 2010

IGP-10 acelera e registra inflação de 0,20% em janeiro



Economia

JB Online

RIO - O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) variou 0,20%, em janeiro. A taxa apurada em dezembro registrou queda de 0,07%. O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

O Índice de Preços por Atacado (IPA) variou 0,07%, em janeiro. Em dezembro, a retração foi de 0,25%. Os Bens Finais registraram taxa de variação de 0,16%, em janeiro, ante -0,14%, em dezembro. Contribuiu para esta aceleração, o subgrupo de alimentos processados, que teve sua taxa elevada de -0,90% para 1,18%. O índice relativo a Bens Finais (ex), calculado sem os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, registrou variação de 0,34%. No mês anterior, a taxa foi de -0,04%.

Já o índice do grupo Bens Intermediários registrou variação de 0,29%. No mês anterior, a taxa registrou queda de 0,36%. Quatro dos cinco subgrupos apresentaram aceleração, com destaque para materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de -0,25% para 0,47%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, registrou variação de 0,29%. No mês anterior, foi registrada variação de -0,43%.

O índice de Matérias-Primas Brutas passou de -0,22%, em dezembro, para -0,46%, em janeiro. Neste grupo, vale destacar as desacelerações dos itens: laranja (16,34% para -2,37%), soja (em grão) (-0,86% para -3,50%) e milho (em grão) (-0,29% para -3,71%). Em sentido oposto, registraram aumento: café em grão (-0,43% para 4,88%), arroz em casca (-3,18% para 4,82%) e bovinos (-2,50% para -0,98%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,52%, em janeiro, ante 0,28%, em dezembro. O avanço na taxa do índice deveu-se aos grupos: Transportes (0,22% para 1,04%), Alimentação (0,36% para 0,77%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,04% para 0,25%) e Educação, Leitura e Recreação (0,34% para 0,52%). Nestas classes de despesa destacam-se os itens: tarifa de ônibus urbano (0,00% para 1,89%), laticínios (-2,57% para 0,01%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,64% para 0,24%) e cursos formais (0,00% para 0,78%), respectivamente.

Contrários à tendência do índice estão os grupos: Habitação (0,24% para 0,18%) e Vestuário (0,81% para 0,79%). Os itens que mais contribuíram para as desacelerações observadas nestas classes de despesa foram: tarifa de eletricidade residencial (0,50% para 0,03%) e calçados (1,16% para 0,04%), respectivamente.

O grupo Despesas Diversas repetiu a taxa de variação do mês anterior: 0,17%. Em sentido ascendente, vale destacar o item cerveja (1,54% para 2,08%) e em trajetória descendente, o item alimento para animais domésticos (2,24% para -0,55%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em janeiro, taxa de variação de 0,30%, acima do resultado do mês anterior, de 0,25%. Os três grupos componentes do índice apresentaram acréscimos em suas taxas de variação: Materiais e Equipamentos, de 0,20% para 0,23%, Serviços, de 0,43% para 0,58% e Mão de Obra, de 0,25% para 0,29%.


JB - 15/01/2010

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Desemprego e crise fiscal são riscos globais

INTERNACIONAL



Agência Estado

SÃO PAULO - A economia global enfrentará como principais riscos nos próximos anos as crises fiscais, o desemprego, a redução dos investimentos em infraestrutura e o impacto das doenças crônicas. A análise é do Relatório de Risco Global divulgado ontem pelo Fórum Econômico Mundial, dias antes do encontro que acontece em Davos no final do mês e que completa 40 anos em 2010.

Na avaliação da entidade, esses riscos não surgiram do dia para a noite, mas a recessão limitou a habilidade dos políticos para combatê-los. Os problemas, que já estavam presentes, acabaram agravados pela forte crise que se abateu sobre a economia global, principalmente após o colapso do Lehman Brothers, em setembro de 2008.

Nos últimos anos, cresceu dramaticamente a percepção de que os riscos estão interconectados e que os choques e vulnerabilidades são realmente globais. Como emergem ao longo do tempo, esses perigos podem ser amplamente subestimados, acredita o Fórum. "Os próximos meses colocarão em teste a disposição dos tomadores de decisões globais para cooperar na solução dos riscos globais", afirma Sheana Tambourgi, editora do relatório.

O documento novamente enfatiza a necessidade de melhora da estrutura da governança global. "Essa estrutura precisa ser apoiada por líderes dispostos a reconciliar a agenda frequentemente divergente e aptos a resolver as questões estruturais de longo prazo, assim como os problemas imediatos", diz.

A entidade aponta que, em razão da crise, diversos países correm o risco de apresentar níveis insustentáveis de endividamento, o que trará pressão sobre juros. Em último caso, a situação pode levar à crise de dívida soberana.

DCI- 15/01/10

IED na China foi de US$ 90,030 bilhões em 2009

NOTA
Economia
SÃO PAULO, 15 de janeiro de 2010 - O Investimento Estrangeiro Direto (IED) na China foi de US$ 90,030 bilhões,em 2009, 2,6% menos que no ano anterior, segundo informou hoje o Ministério de Comércio da China.

O dado de dezembro, no entanto, foi a quinta alta consecutiva deste indicador, com aumento de 103% anualizado até os US$ 12,1 bilhões, informou Yao Jian, porta-voz da pasta.
(Redação - Agência IN)

JB - 15/01/2010

UE pedirá ao Japão que baixe suas barreiras não tarifárias

NOTA
Economia
SÃO PAULO, 15 de janeiro de 2010 -A União Europeia (UE) pedirá ao Japão em sua próxima cúpula de Tóquio, sob a Presidência rotativa espanhola, que reduza suas barreiras não tarifárias para que o comércio entre ambos os blocos econômicos atinja seu potencial.

O embaixador espanhol em Tóquio, Miguel Ángel Carriedo, apresentou hoje as prioridades da Presidência espanhola da UE durante este semestre, que resumiu na plena aplicação do Tratado de Lisboa, impulsionar a recuperação econômica, reforçar a influência da União e desenvolvimento das liberdades dos cidadãos.

(Redação com agências internacionais - Agência IN)

JB - 15/01/2010

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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Focus: mercado eleva previsão da Selic para 11% este ano


JB Online

BRASÍLIA - Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central mostra que o mercado elevou para 11% a previsão da taxa Selic para este ano, ante estimativa de 10,75% na semana passada.

A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2010 foi mantida em 5,20%. A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) permaneceu em 4,50%.

Para 2009, o prognóstico para o PIB foi revisto para queda de 0,26%, ante baixa de 0,24% no relatório anterior.

Já a inflação do ano passado sofreu um pequeno ajuste para 4,29%, contra 4,28% na semana anterior.


JB - 11/01/2010


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China toma mercados do Brasil

Marta Nogueira, Jornal do Brasil

RIO - Depois de se consagrar no posto de maior exportadora do mundo, a China está tomando espaço do Brasil no comércio exterior. Os produtos chineses, dentre eles ferro fundido, máquinas e aço, invadiram os mercados dos principais países que comercializam com o Brasil, como os Estados Unidos, México e Argentina, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A participação dos produtos brasileiros nas importações norte-americanas, de outubro de 2008 a setembro do ano passado, se manteve na casa de 1,38%, praticamente a mesma de 2001, revelaram dados da CNI. Enquanto isso, a presença chinesa avançou para 18,82% no mesmo período, dez pontos percentuais a mais do que os 8,64% registrados em 2001. Os chineses ganharam nos setores de produtos químicos, caldeiras, máquinas, plásticos e alumínio.

Para especialistas, o Brasil não tem uma política de incentivo à exportação eficaz o que o coloca em uma posição de desvantagem perante os concorrentes.

O professor de Economia Internacional da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo, Ernesto Lozardo, afirma que é necessário que o governo se empenhe para mudar esta realidade.

– Nesta competição, o Brasil perde com impostos excessivos e por não ter uma política forte de apoio à exportação – Declarou Lozardo. – A tributação que as empresas exportadoras brasileiras precisam pagar é muito alta, e a infraestrutura existente não favorece.

Lozardo ressalta que o país é um grande exportador de commodities, ao contrário da China que vende mais produtos industrializados, com maior valor agregado. Neste contexto, acaba lucrando muito menos com suas vendas do que o concorrente.

– A realidade da China também favorece este resultado. Ela tem mantido uma taxa de câmbio desvalorizada, e o governo tem total controle da abertura econômica. É tudo muito bem articulado com qualidade e competição – completou.

Nas exportações à Argentina, a participação do Brasil recuou de 35,84% em 2005 para 29,9% no acumulado de outubro de 2008 a setembro de 2009. Em igual período, a fatia dos produtos chineses cresceu de 4,93% para 12,4%.

Já no México não foi diferente, a participação dos produtos brasileiros caiu de 1,78% nos 12 meses terminados em agosto de 2008 para 1,60% em 2009. No mesmo período, a presença chinesa aumentou de 10,98% para 12,91%.

Incentivos

O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral, anunciou, no último

dia 6, a ampliação do alcance do regime de drawback – que isenta exportadoras do pagamento de tributos incidentes sobre a compra de insumos. As médias empresas exportadoras serão as principais beneficiadas pela medida.

Segundo o advogado e sócio do escritório Dannemann Siemsen, especialistas em exportação, Daniel Mariz Gudiño, apesar dos incentivos às exportações receberem uma série de ampliações, os resultados são ainda insuficientes para manter o Brasil em uma posição favorável no comércio internacional.

– Evoluímos ao longo dos últimos anos, mas os resultados são ainda pequenos – disse.

Saldo comercial inicia o ano no negativo

A primeira semana do ano fechou com saldo comercial (diferença entre as exportações e importações) negativo em US$ 375 milhões e média diária de menos US$ 75 milhões, segundo divulgou segunda-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Para especialistas, o resultado já era esperado, porque o país vive um momento de crescimento econômico, com aumento da renda per capita e valorização do câmbio, criando um ambiente propício para o crescimento maior das importações.

O resultado diário desta primeira semana foi 197,7% maior que o registrado no mês de janeiro do ano passado, que ficou deficitário em US$ 529 milhões (média diária de menos US$ 25,2 milhões).

– Ficamos um pouco insatisfeitos porque o Brasil só cresce quando o mundo todo cresce – declarou Ernesto lozardo, professor de Economia Internacional da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo – O governo tem estimulado o desenvolvimento da tecnologia e de renovação do parque industrial. Mas não há uma politica de expansão das exportações eficaz.

Cenário

Foi observada elevação de 10,3% nas exportações de produtos das categorias de manufaturados, com destaque para automóveis, açúcar refinado, óxidos e hidróxidos de alumínio, óleos combustíveis, calçados e etanol. Já na categoria de básicos, ouve um aumento de 7,4%, com destaque para minério de ferro, carne de frango, bovina e suína, farelo de soja e fumo em folhas. Os semimanufaturados tiveram alta de 5,9%, devido a açúcar em bruto, celulose, couros e peles, ferro-ligas e catodos de cobre.

As importações apresentaram crescimento de 18,2% sobre janeiro de 2009, quando a média diária foi de US$ 491 milhões, por conta das expressivas aquisições brasileiras de automóveis e partes (+116,9%), produtos plásticos (+41,7%) e equipamentos elétrico-eletrônicos (+39,8%).

JB- 11/01/2010

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domingo, 10 de janeiro de 2010

China ultrapassa Alemanha ", como o maior exportador do mundo '

Os funcionários aduaneiros disse que a China passaram por um período de comércio fraco


As exportações da China cresceram 17,7% em dezembro, informou a mídia estatal, sugerindo que o país ultrapassou a Alemanha como o maior exportador do mundo.


O aumento, em comparação com um ano antes, quebra um declínio de 13 meses, no comércio, como resultado da desaceleração global.

Xinhua disse que as exportações totais em 2009 foram de US $ 1.2tn (R $ 7.5tn), mas que o comércio externo total ao longo do ano caiu 13,9%.

Correspondentes dizem que os números levará a novas exigências por parte dos concorrentes da China que não desvalorizar o yuan.

No ano passado, uma diminuição contínua no comércio da China como a desaceleração da economia mundial levou a uma queda na demanda por seus produtos.

Mas na últimas semanas do ano, houve um aumento muito maior do que os meteorologistas previam, com as exportações atingindo US $ 130.7bn estrangeiros, de 17,7% sobre dezembro do ano anterior.

China's General Administration of Customs (GAC) disse que as exportações totais no ano foram de US $ 1.2tn, abaixo de 16% a partir de 2008, enquanto as importações foram 11,2% para baixo de um ano antes de US $ 1.01tn.

O superávit comercial politicamente sensível total caiu de 34,2% para US $ 196.1bn, uma queda de quase um terço.

Os números sugerem China vai superar total de exportação da Alemanha para o conjunto de 2009, embora este não será confirmada até integral da Alemanha de dados ano é publicado em fevereiro.


Demanda Yuan

Um porta-voz disse que o aumento do GAC foi "um importante ponto de viragem" para o país.

Muitos dos exportadores da China são os fabricantes de baixo custo

"É seguro dizer agora que os exportadores chineses vêm direito durante o período de fraqueza", Xinhua, estatístico Huang Guohua como dizendo.

O correspondente da BBC Chris Hogg, em Xangai diz que muitos dos produtores da China são os fabricantes de baixo custo que montem equipamentos, tais como i-Pods com componentes estrangeiros.

Os números mais recentes estão a ser visto como uma indicação de que os fabricantes tenham resistido na diminuição e estão beneficiando a reabastecer os seus clientes, diz o correspondente.

Mas os números são susceptíveis de conduzir a renovação queixas dos concorrentes comerciais da China que a sua moeda está desvalorizada, acrescentou.

Liderados por os E.U., eles dizem que é injusto que a China tem sido capaz de fazer o seu bem mais barato, mantendo o yuan fraco, mas o primeiro-ministro Wen Jiabao disse que a China "não vai ceder" às exigências estrangeiras que revalorizar a moeda.

Pequim tem muito tempo disse que não vai permitir que o yuan a comercializar livremente até à sua economia interna era forte o suficiente para pegar qualquer declínio resultante das exportações.

O declínio desaceleração do comércio chinês também foi tomado como um sinal de que o pacote de estímulo econômico do país está funcionando.

Pequim levantadas reduções de impostos sobre as exportações várias vezes em 2009, aumento do reembolso de impostos e seguros de crédito à melhoria das exportações.

BBC- News- 10/01/2010


Mercado vê juro em um dígito para 2010

FINANÇAS



Eduardo Puccioni

SÃO PAULO - O mercado de juro futuro no segmento BM&F da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&F Bovespa) ainda não começou a traçar a alta da taxa básica de juros, prevista por bancos e economistas para 2010. Por conta disso, há especialista que acredita que a taxa encerre este ano na casa de um dígito. Hoje, a taxa básica de juros está em 8,75% ao ano.

"Durante o ano eu não acredito que a taxa de juros volte para a casa dos dois dígitos. É possível que a taxa seja aumentada em um ponto percentual até o final do ano", afirma Mauro Calil, professor e educador financeiro do Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil & Calil. A projeção do Boltime Focus, pesquisa feita pelo Banco Central junto a instituições financeira, é de que os juros básicos fechem esse ano a 10,75%.

Calil justifica a baixa taxa de juros por conta dos investimentos que já foram feitos pelo governo durante 2008 e 2009, podendo ter um maior controle sobre a inflação. "Outro motivo é que as famílias brasileiras também estão muito endividadas, então a demanda deve ter um acalmamento", explica o especialista.

Já para o professor de finanças do Insper Rafael Paschoarelli, o mercado deve sofrer uma elevação dos juros na metade do ano. "O mercado precifica aumento de Selic já no primeiro semestre de 2010. Se o mercado estiver certo, o Banco Central deve elevar a taxa Selic no primeiro semestre, alcançando algo perto de 10%".

"A probabilidade de juros para o primeiro semestre é baixa, em torno de 9%. Para o segundo semestre as taxas continuarão subindo", acrescenta Paschoarelli.

De acordo com o boletim on-line da BM&F Bovespa, a taxa de juros praticada pelo mercado para fevereiro de 2010 está em 8,61%. Outubro de 2010 apresenta taxa de 9,78%. Já para o próximo ano, janeiro de 2011 tem taxa de 10,34% e abril 10,83%.

No caso do dólar comercial futuro, o mercado realiza contratos na BM&F Bovespa projetando uma elevação da moeda. Contratos com vencimento para fevereiro de 2010 mostram o dólar a R$ 1,748 e para abril em R$ 1,770.

"O dólar tem dois fenômenos, primeiro o causado pelo banco central norte-americano, com desvalorização da moeda no longo prazo. O outro fenômeno é causado pelo fluxo e refluxo de capital estrangeiro no Brasil", explica Mauro Calil.

Segundo o educador financeiro, a realização de lucros dos investidores especializados em Bolsa de Valores, deve fazer com que o dólar comercial apresente uma leve valorização durante o ano. "Mesmo com esta alta durante o ano, o dólar comercial deve encerrar o ano abaixo do patamar de hoje", diz Calil.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira negociado a R$ 1,745, uma leve valorização de 0,35% se comparado ao fechamento de R$ 1,739 do dia anterior.

Balanço operacional

A BM&F Bovespa divulgou ontem o balanço de operações do segmento BM&F da Bolsa referente ao ano passado e ao mês de dezembro de 2009.

Os mercados negociaram 373,41 milhões de contratos, com volume financeiro de R$ 26,78 trilhões em 2009, ante 391,62 milhões de contratos e giro financeiro de R$ 28,01 trilhões em 2008. A média diária de contratos, no ano passado foi de 1.517.941, ante 1.572.783 no ano anterior.

Em dezembro, os mercados do segmento BM&F totalizaram 31.457.555 contratos negociados e giro financeiro de R$ 1,96 trilhão. No mês anterior, foram registrados 27.422.967 contratos e volume financeiro de R$ 1,76 trilhão no mercado futuro.

DCI- 08/01/10

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Brasil terá a segunda maior colheita de grãos da história


RIO - O Brasil terá a segunda maior produção da história de safra de grãos, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgado nesta quinta-feira (7) pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes. É estimado volume de 141,35 milhões de toneladas. O resultado é 4,6% superior a temporada de 2008/09. Serão 6,21 milhões de toneladas a mais que as 135,13 milhões toneladas registradas na colheita anterior. A maior safra registrada até agora é de 144,1 milhões de toneladas, em 2007/08.

Já em relação ao mês anterior - 140,60 milhões toneladas - o crescimento é de 0,53%. A estimativa favorável deve-se às boas condições climáticas ocorridas durante o desenvolvimento dos grãos (algodão, arroz, feijão primeira safra, milho primeira safra e soja), nos meses de outubro a dezembro e cujo plantio está praticamente concluído. O incremento do quadro atual é devido, sobretudo, à recuperação das lavouras de milho primeira safra e da soja, culturas que na safra passada sofreram com a estiagem, principalmente nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e de Mato Grosso do Sul.

No caso específico da soja, o estudo confirma a oleaginosa como a que mais cresce no país, com 65,16 milhões toneladas, 14% ou 7,99 milhões toneladas a mais que as 57,17 milhões produzidas em 2008/09. Se não houver alterações significativas no clima nos próximos meses, a produção de soja será recorde.

Outra cultura que registra crescimento, mesmo com redução de área,é o feijão primeira safra, com aumento de 8,3%, ou colheita de 111,1 mil toneladas, resultado da recuperação da produtividade afetada no ano passado pela estiagem, especialmente no Paraná.

Por outro lado, apresentam retração na produção, o milho (-3,9% ou 1,31 milhão toneladas),o algodão (-1,2% ou 22 mil toneladas) e o arroz (-4,6% ou 572,3 mil toneladas),sendo que a semeadura deste ainda não foi finalizada no Rio Grande do Sul por causa do excesso de chuvas.

A área total plantada está calculada em 47,88 milhões de hectares, superior em 0,4%, ou 208 mil hectares que a ocupação do ciclo anterior. À exceção da soja, todas as culturas pesquisadas acusaram redução de área.

A atualização dos números foi realizada pelos técnicos da Conab entre 14 e 18 de dezembro, de acordo com informações prestadas por produtores, representantes de cooperativas e sindicatos rurais,órgãos públicos e privados.

JB - 07/01/2010





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domingo, 27 de dezembro de 2009

Industrial diz que país está preparado para crescimento sustentável

Economia


Daniel Lima, Agência Brasil

BRASÍLIA - O Brasil termina 2009 preparado para estabelecer uma base de crescimento sustentável no próximo ano. A perspectiva é do presidente da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy.

- De como começou a ano, com crise, [o resultado conseguido neste fim de ano] só pode ser positivo - disse lembrando que a expectativa não era nada boa.

Ele lembrou que 2009 chegou com os analistas prevendo uma situação caótica na economia mundial, com reflexo no Brasil. As consequências, porém, não foram tão graves como se imaginou e consequentemente os problemas foram amenizados no Brasil.

O empresário, no entanto, acredita que mesmo diante das dificuldades provocadas pela crise, o país preparou o ambiente para que sejam estabelecidas as bases de um crescimento sustentável do ano que vem em diante.

Godoy alerta, porém, para os problemas na área de infraestrutura. De acordo com ele, nesta base de crescimento um dos problemas que terão que ser resolvidos é a agilização dos investimentos em infraestrutura.

- Isso está impedindo que deslanchemos a economia de uma forma definitiva - reclamou.

Outro problema é a competição com a China pela importância que o gigante asiático tem em diversos setores, principalmente no industrial, e o volume das vendas chinesas ao Brasil, que tem crescido cada vez mais.

Para Godoy é preciso adotar medidas que resolvam isso, além de compensar o desequilíbrio do câmbio, outro problema que o Brasil terá que resolver com a forte valorização do real frente ao dólar.

- Então, são medidas que nós temos que fazer para compensar esse desequilíbrio no câmbio que nós temos aqui. Investimento em logística, diminuição de custo tributário, enfim diminuição do custo Brasil para poder equilibrar esse jogo.

Mesmo com a reclamação, o Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior informou que as exportações até novembro para a China cresceram este ano 20%. Enquanto as importações caíram 22,74% em comparação ao mesmo período do ano passado.

JB-26/12/2009

Economia brasileira crescerá mais de 5% em 2010, afirma Meirelles

Agência Brasil

O PIB (Produto Interno Bruto), soma dos bens e serviços produzidos no país, deve crescer acima de 5% em 2010, na avaliação do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Ele participou nesta quinta-feira de entrevista a emissoras de rádio durante o programa "Bom Dia, Ministro".

Para Meirelles, 2009 termina do jeito esperado e 2010 terá crescimento, "ancorado na geração de emprego e aumento do crédito". Ele enfatizou que o crescimento se dará com a inflação sob controle.

De acordo com Meirelles, caso surja pressão sobre os preços, o Banco Central está preparado para "tomar uma decisão a tempo e a hora".

"O Banco Central está sempre alerta para o risco de inflação. Existe sempre a possibilidade de algum descompasso entre a capacidade de produzir e o consumo", disse.

Meirelles acrescentou que os Estados Unidos tiveram de manter uma política monetária, com taxas de juros muito baixas, o que gera muito dinheiro em circulação. Segundo ele, essa situação leva desequilíbrio aos preços e à moeda. "Estamos tomados todos os cuidados para evitar que venha algum desequilíbrio para o Brasil", afirmou.

Ele lembrou, porém, que as projeções dos analistas do mercado financeiro indicam inflação dentro da meta de 4,5% para 2010, com limite inferior de 2,5% e superior de 6,5%. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é o escolhido pelo governo para acompanhar a meta.

Segundo Meirelles, o crescimento do crédito no próximo ano será equilibrado. "Haverá aumento saudável. Estamos tomando todas as providências normativas e de fiscalização para evitar que haja desequilíbrio", disse. Há analistas que esperam crescimento do crédito em relação ao PIB acima de 50% em 2010.

Meirelles evitou comentar a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), divulgada hoje. Na reunião, o comitê decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, em 8,75% ao ano. "Temos uma política de governança de não comentar a ata, principalmente no dia de divulgação. Estamos no momento em que os analistas estão lendo a ata. Acho importante não perturbar essa leitura", disse.

Folha- 17/12/2009

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Governo deve destinar R$ 2 bilhões em apoio ao café no próximo ano

AGRONEGÓCIOS


Agência EstadoPanoramaBrasil

SÃO PAULO - O Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), deve aplicar aproximadamente R$ 2 bilhões em apoio à cafeicultura no próximo ano. A informação é de Lucas Ferreira, diretor do Departamento de Café do Mapa. Segundo ele, o recurso será investido nas oito linhas de crédito contempladas este ano.
Ainda de acordo com dados do Ministério da Agricultura, o Funcafé, contratou R$ 1,9 bilhão para apoiar a cafeicultura este ano. Deste montante, R$ 1,5 bilhão já foi liberado às instituições financeiras. Do total, R$ 292 milhões foram para o financiamento de custeio e R$ 398 milhões para a colheita.

A estocagem totalizou R$ 441 milhões e o financiamento para aquisição de café (FAC) somou R$ 299 milhões.

Para financiar a cédula do produtor rural (CPR), foram liberados R$ 35 milhões. Para a recuperação das lavouras atingidas por granizo foram utilizados recursos da ordem de R$ 27 milhões. Já para o reescalonamento de dívidas do setor foram aplicados R$ 36 milhões. Para a linha especial para cooperativas de crédito da cafeicultura foram usados R$ 27 milhões.
"Os recursos beneficiaram toda a cadeia produtiva do café, além de ser a real demanda apresentada pelos produtores, cooperativas, exportadores e demais agentes do agronegócio que têm acesso aos créditos do Funcafé", disse Ferreira.
Na semana passada, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que a safra 2009/2010 de café deve alcançar 39,5 milhões de toneladas de sacas de 60 quilos. Em setembro a Conab havia estimado uma produção de 39 milhões de sacas para o período. Vale lembrar que a colheita da temporada 2009/2010 foi encerrada.

Na ocasião, Reinhold Stephanes, ministro da Agricultura, considerou um exagero as projeções que já começam a aparecer no mercado de que a safra 2010/2011 de café poderá atingir a marca de 55 milhões de sacas. "É uma irresponsabilidade dizer que vai chegar a 55 milhões", afirmou Stephanes.

"Não quero antecipar, mas com certeza ficará longe desse número", previu o ministro.

Na safra 2009/2010, a produção de café arábica correspondeu a 73,1% da produção total do País. Minas Gerais segue como a maior região produtora do grão, com 19,6 milhões de sacas - o equivalente a 68,08% do total nacional.

Este ano foi um ano de bianualidade negativa: a cada dois anos é esperada redução da colheita de café por conta da característica produtiva do grão.
DCI- 23/12/09

Petrobras assina memorando de entendimentos com a Petrochina

 INDÚSTRIA


PanoramaBrasil

RIO DE JANEIRO - A Petrobras, sua subsidiária Petrobras Biocombustível S.A. (PBio) e a estatal chinesa Petrochina International Company Limited, celebraram um Memorando de Entendimentos (MOU),com prazo de vigência de seis meses, cujo objetivo é a realização de estudos conjuntos para avaliar a viabilidade técnica e econômica do desenvolvimento de projetos de produção de etanol no Brasil, em parceria entre a Petrochina e a PBio, e projetos de exportação de etanol para a China, em parceria entre a Petrochina e a Petrobras.

Devido à necessidade de adoção da mistura de etanol à gasolina em uma maior parte do território chinês e à falta de condições para abastecer aquele mercado exclusivamente com produção local, a China pretende não só buscar suprimento mas também investir em produção própria do produto no Brasil. Neste sentido, a Petrochina considera a Petrobras o parceiro natural para tais empreendimentos, devido ao excelente relacionamento comercial entre ambas as empresas e à possibilidade de sinergias.

DCI- 23/12/09

Crise Econômica Mundial



Editado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Brasília, 22 de Dezembro de 2009

Leia os principais trechos da entrevista do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ao programa Bom Dia Ministro, que é transmitido ao vivo para emissoras de rádio em todo o Brasil.

O Brasil trabalhou sério, de forma correta e com bastante esforço nos últimos anos para crescer a taxas maiores, criar mais empregos e, também, estar mais preparado para enfrentar crises como esta.

No passado, crises muito menores traziam consequências dramáticas para o País e para a população brasileira. Desta vez entramos na crise crescendo a taxas elevadas. O consumo da população, a produção e o investimento cresciam a quase 20% ao ano, com a inflação estabilizada. Além disso, o País estava com mais de US$ 200 bilhões de reservas internacionais. Tudo isso fez com que enfrentássemos esta situação mais fortalecidos.

Ao mesmo tempo, durante o colapso financeiro soubemos reagir de forma rápida e eficaz. O Banco Central (BC) atacou os canais da crise. Assim, o BC ofertou empréstimos em dólar e substituiu, na prática, o Sistema Financeiro Internacional, que tinha deixado de financiar os exportadores e os bancos brasileiros. Usamos os depósitos compulsórios para prover recursos para bancos pequenos e médios que estavam deixando de oferecer financiamento em muitos setores importantes. Atuamos fortemente nisso, nos chamados derivativos, que estavam em crise em função de todo esse desequilíbrio e de uma série de outras questões.

Em seguida o governo começou com a isenção do IPI. No momento em que o governo tirou o IPI do automóvel, por exemplo, impulsionou a economia. Quando o comprador foi ao revendedor, em dezembro, atraído pela queda do IPI, já havia crédito, o mercado já estava funcionando normalmente, que não aconteceu em outros países. As ações tomadas pelo Brasil neste período são consideradas exemplares. Órgãos multilaterais, como o FMI, bancos de compensações internacionais e analistas independentes classificam a nossa atuação como modelo a ser seguido. O que devemos fazer agora é manter uma política monetária responsável, fiscal e cambial à frente, também responsáveis para o Brasil continuar na trajetória de sucesso.

Dívida Externa

O Brasil, de fato, teve como um dos grandes problemas, durante todas as nossas vidas, a chamada dívida externa. Quem de nós viveu no Brasil numa época em que não ouviu falar em algum momento da crise da dívida externa? Um dia, pesquisando sobre o assunto, verifiquei que o nosso problema de dívida externa, na realidade, começou na independência. Em 1822, como parte da negociação da independência, o País assumiu uma dívida externa de Portugal. O Brasil sempre viveu um problema da dívida externa elevada, não só o governo, mas também as empresas. Na medida em que havia uma crise internacional qualquer, tínhamos dificuldade de renegociar, de continuar tomando empréstimos e enfrentávamos problemas internos graves em função da dívida. Nos últimos anos fizemos um grande trabalho de recuperação e reforma da economia brasileira que, entre outras coisas, fez com que pudéssemos acumular reservas e pagar dívidas. Para termos uma ideia, o País era um devedor do FMI, devia uns US$30 bilhões de dólares. Pré-pagamos outros credores e, portanto, acumulamos reservas e, em 2006, o País se tornou um credor líquido internacional pela primeira vez na história. Isso significa que agora este é um problema do passado.

Crédito

A previsão de crescimento para o mercado de crédito no ano de 2010 é bastante positiva. Cresceu a taxas elevadas antes da crise, durante a crise caiu bastante, agora já se recuperou e a essa altura está em expansão. O custo do crédito também está caindo e o volume aumentando, que é a trajetória correta. Não há dúvida de que a taxa de juros na ponta do empréstimo ainda é elevada, já foi muito mais no passado, está caindo como resultado da estabilização da economia brasileira e a tendência é que continue a cair. Com a estabilização da economia brasileira, isto é, com a inflação controlada e, também com as reservas internacionais, poderemos assegurar, nos próximos anos, uma continuidade desse processo. Basta mantermos as políticas adequadas. Agora, em termos de volume, o total de crédito concedido aumentou, está bastante forte, saudável e retomando um padrão de normalidade que prevalecia antes da crise.

Taxa Selic

O BC tem uma política de governança, como a maior parte dos bancos centrais do mundo, de não fazer previsões sobre as próprias ações. Isto é, quais serão as decisões tomadas no que diz respeito à taxa Selic. O importante é que se olhe as previsões de inflação para o ano de 2010. Elas fornecem dados importantes para tomar a decisão sobre as medidas necessárias. O BC evidentemente se baseia nas próprias projeções. Mas as projeções feitas pelos analistas também são olhadas por todos e são importantes. O relatório Focus do Banco Central indica uma inflação que está consistente com a meta em 2010.


Inflação e estabilidade dos preços

O BC tem um compromisso com uma meta de inflação de 4,5% e toma todas as medidas necessárias para que seja atingida. A meta tem um intervalo de tolerância que pode variar e temos conseguido cumpri-la. Tomaremos todas as providências necessárias, seja no controle das taxas base do BC, seja por meio da fixação da política monetária adequada, e também, com a política de câmbio flutuante bem administrada. Em resumo, o importante é que a população pode ficar tranquila de que o BC tem os mecanismos e o comprometimento para manter a estabilidade de preços durante 2010.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Taxa de desemprego no Brasil recua para 7,4% em novembro



SÃO PAULO, 18 de dezembro de 2009 - A taxa de desocupação no Brasil recuou para 7,4% em novembro deste ano, ante 7,5% observada no mês anterior e face a 7,6% em novembro de 2008, de acordo com informações da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O rendimento real habitual registrou ligeira retração, passando de R$ 1.354,74 em outubro deste ano para R$ 1.353,60 em novembro. No entanto houve um crescimento de 2,2% na comparação com igual mês do ano anterior, cuja rendimento estava em R$ 1.324,67.

De acordo com levantamento, por grupamentos de atividade foi verificado estabilidade na comparação com outubro e, em relação a novembro do ano passado. Houve variação significativa apenas nos serviços prestados às empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (3,9%). O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado (9,6 milhões) também não se alterou nem em relação a outubro deste ano, nem em relação a novembro de 2008.

O IBGE informou ainda que o contingente de ocupados no agregado das seis regiões metropolitanas (21,6 milhões) também ficou estável tanto na comparação com mensal quanto anual. Dentre as regiões metropolitanas, houve variação significativa apenas em Salvador, onde a população ocupada cresceu 3,6% na comparação anual.


(Redação - Agência IN)

JB- 18/12/2009
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Produção de petróleo no Brasil cresce 7,9% em novembro



Agência Brasil

RIO - A produção média diária de petróleo e gás natural da Petrobras nos campos do país em novembro foi de 2.309.567 milhões de barris de óleo equivalente (boe), volume 6,6% maior que o produzido no mesmo mês do ano passado - 2.167.236 milhões de barris de petróleo equivalente por dia.

Os dados divulgados pela estatal indicam que somente a produção de petróleo, sem levar em consideração a extração de gás, cresceu 7,9% nos últimos 12 meses, enquanto a produção de gás natural manteve-se no mesmo nível de novembro de 2008 e de outubro de 2009 - 50,7 milhões de metros cúbicos/dia.

Considerando apenas a produção nos campos nacionais, porém, houve redução de 0,5% - o equivalente a menos 9.800 barris por dia - em relação ao volume extraído em outubro.

Segundo a Petrobras, essa pequena variação deveu-se, principalmente, ao encerramento do teste de longa duração (TLD) no campo de Cachalote, no mar do Espírito Santo, conduzido com a utilização da unidade de produção FPSO Seilllean. A empresa esclareceu, porém, que o campo de Cachalote voltará a produzir em meados de 2010, quando será instalado na área outra unidade de produção.


JB- 18/12/2009

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Combustível: China deve comprar derivado do Brasil

Jornal do Brasil

DA REDAÇÃO - Depois da decisão da China de reduzir a tarifa sobre as importações de álcool de 30% para 5%, a medida pode se aplicar ao etanol, na opinião de especialistas, podendo abrir caminho para importações do biocombustível do Brasil.

Analistas, contudo, não esperam grandes compras devido à falta de capacidade de misturar o biocombustível à gasolina, mesmo que as importações sejam viáveis. O Brasil, maior exportador mundial de etanol, tem pressionado a China para importar o biocombustível brasileiro como um complemento à produção limitada do país.

– A tarifa baixa parece tornar as importações viáveis. Mas estamos estudando se há outras restrições – disse um analista.

O Ministério das Finanças informou na quarta-feira que a taxa de importação sobre o álcool e outras bebidas desnaturadas vai cair para 5% a partir de 1º de janeiro de 2010.

Para outro especialista, a redução da tarifa – parte do compromisso de Pequim de reduzir as taxas gerais de importação como membro da Organização Mundial de Comércio – não vai resultar em grandes importações em breve.

– A redução pode levar a importações de uma maneira indireta, o que será a tendência futura. Mas não esperamos que as importações aconteçam dentro de um curto período de tempo – disse.

Ele afirmou que os compradores têm de construir instalações de mistura, atualmente sob controle de empresas estatais. Pequim determina o uso de gasolina misturada com etanol apenas em cerca de um terço das províncias chinesas.

A China não permitirá nenhuma grande expansão de produção de etanol à base de grãos devido a preocupações com a segurança alimentar, e a expansão da produção de biocombustível utilizando outras matérias-primas é restrita devido à quantidade limitada de terras e de recursos hídricos.

O governo quer misturar 2 milhões de toneladas de etanol na gasolina até 2010 e 10 milhões até 2020, como parte de esforços para ajudar a reduzir as emissões de gases do efeito estufa. Já autoridades da indústria duvidam que a meta poderá ser cumprida com as atuais instalações, que só podem produzir cerca de 1,35 milhão de toneladas.

Exportações de etanol brasileiro para a China são improváveis no curto prazo, uma vez que a safra de cana está acabando no centro-sul e os estoques do combustível estão apertados. Mas a notícia é vista como positiva num período mais longo, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

Com agências

JB- 18/12/2009
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