segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Indústria calçadista deve criar 400 mil vagas em 2 anos



Produção deve aumentar com a melhora da concorrência diante o produto chinês


Do R7, com agências.

..O aumento do crédito ao consumidor deverá impulsionar o setor calçadista nos próximos dois anos, com a contratação de 400 mil trabalhadores e aumento na produção de 3,3 para 3,5 pares por brasileiro, segundo análise de Marconi Leonel Matias dos Santos, presidente da Ablac (Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados).

- O cenário econômico neste início de ano é favorável e deve permanecer assim nos próximos meses. O bom desempenho do Natal de 2009, quando as vendas do comércio aumentaram em torno de 8%, é um indicativo de que o novo ano será positivo para o varejo.

A perspectiva otimista do setor ocorre graças à criação da tarifa antidumping em 2008 – ano marcado pela crise econômica e demissões no setor. A medida incluía a criação de taxas de R$ 21,44 (US$ 12,44) por par de calçado importado da China. A tarifa tem o objetivo de coibir a prática de dumping – quando o produto é vendido com valor bem abaixo do mercado para desestimular a concorrência.

Desde a criação da taxação aos produtos chineses, 30 mil novas vagas no setor foram criadas no Brasil, segundo o empresário Milton Cardoso, presidente da Abicalçados (que representa a indústria de calçados).

- Encerramos dezembro de 2009 com 327 mil trabalhadores nas fábricas. Somando toda a cadeia do couro/calçados, chegamos a 10% de todos os empregos da indústria brasileira de transformação. É também o mais alto número para o mês de dezembro nos últimos quatro anos.

China

Investigações da Abicalçados apontaram que o calçado chinês era vendido até 435% mais barato que o brasileiro antes da criação da taxa. Devido à falta de competitividade, a indústria diminuiu a produção e demitiu funcionários. Cerca de 40 mil empregos foram cortados somente no último trimestre de 2009.

A tarifa provisória vale até 9 de março deste ano. A partir disso, os sete ministros que integram a Camex (Câmara de Comércio Exterior) terão de votar na criação da tarifa definitiva, que poderá valer por cinco anos e poderá chegar a R$ 32,3 (US$ 18,47) por par.

R7- 18/01/2010

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