INTERNACIONAL
Agência Estado
SÃO PAULO - A economia global enfrentará como principais riscos nos próximos anos as crises fiscais, o desemprego, a redução dos investimentos em infraestrutura e o impacto das doenças crônicas. A análise é do Relatório de Risco Global divulgado ontem pelo Fórum Econômico Mundial, dias antes do encontro que acontece em Davos no final do mês e que completa 40 anos em 2010.
Na avaliação da entidade, esses riscos não surgiram do dia para a noite, mas a recessão limitou a habilidade dos políticos para combatê-los. Os problemas, que já estavam presentes, acabaram agravados pela forte crise que se abateu sobre a economia global, principalmente após o colapso do Lehman Brothers, em setembro de 2008.
Nos últimos anos, cresceu dramaticamente a percepção de que os riscos estão interconectados e que os choques e vulnerabilidades são realmente globais. Como emergem ao longo do tempo, esses perigos podem ser amplamente subestimados, acredita o Fórum. "Os próximos meses colocarão em teste a disposição dos tomadores de decisões globais para cooperar na solução dos riscos globais", afirma Sheana Tambourgi, editora do relatório.
O documento novamente enfatiza a necessidade de melhora da estrutura da governança global. "Essa estrutura precisa ser apoiada por líderes dispostos a reconciliar a agenda frequentemente divergente e aptos a resolver as questões estruturais de longo prazo, assim como os problemas imediatos", diz.
A entidade aponta que, em razão da crise, diversos países correm o risco de apresentar níveis insustentáveis de endividamento, o que trará pressão sobre juros. Em último caso, a situação pode levar à crise de dívida soberana.
DCI- 15/01/10
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