domingo, 14 de fevereiro de 2010

Brasil está livre de crise da Europa

Países atingidos pelo desemprego na eurozona devem manter os investimentos
A crise econômica que atinge a Europa não irá custar o emprego dos brasileiros, nem causar um impacto nos investimentos dos países no Brasil, segundo analistas ouvidos pelo R7. A perspectiva é que ocorra um movimento contrário, com o direcionamento de investimentos do exterior para o mercado brasileiro - na tentativa de recuperar as perdas geradas em outros mercados.

Por exemplo, uma fábrica europeia que tenha filial no Brasil pode gerar lucro aqui e mandar o dinheiro para o exterior. Essa movimentação é comum e ajuda a salvar as empresa europeias da crise, segundo Ricardo Tadeu Martins, gerente de pesquisa da Planner Corretora.

- Recursos de lá pra cá, na questão de investimentos sempre foram boas oportunidades, buscavam outras áreas. Portugal e Espanha tendem a buscar investimentos fora do país. Se a situação interna não está boa, a empresa pode buscar rentabilidade fora de seu mercado.

As relações comerciais entre o Brasil, Chile e Estados Unidos são mais fortalecidas do que a dos países da Europa, o que acaba diminuindo o reflexo da crise, segundo Tadeu Martins. Ele afirma que a Bovespa pode até ser um pouco atingida, com a queda das ações de empresas europeias, mas nada que irá causar um "desastre".

- A zona do euro pode atrapalhar a recuperação, mas não é a grande detonadora do cenário internacional. No ano passado estávamos em situação complicada, mas saímos.

A Europa foi a última a sair da crise porque não tem a força do mercado brasileiro, que há meses vive a expansão da classe média. Para Frederico Turolla, professor do mestrado em gestão internacional da ESPM e sócio da consultoria Pesco, o Brasil não está tão ameaçado com a crise na eurozona.

- O Brasil fez o dever de casa e se tornou protegido. O que vem pela frente não é tranquilo, mas não é desesperador.

O risco de calote nos países da eurozona já é maior que no Brasil, segundo os dados que avaliam a medida de risco no pagamento das dívidas entre os país, chamado de CDS (do inglês, credit default swap). Por exemplo, um banco empresta dinheiro para um país e, ao mesmo tempo, compra um CDS de um investidor. Se o tal país não honrar seu compromisso, o banco vai ao investidor cobrar o prejuízo.

No auge da crise global, em outubro de 2008, o prêmio do Brasil chegou a 355 pontos - ou seja, o investidor que comprava seguro contra eventual inadimplência brasileira pagava 3,55 pontos porcentuais a mais de juros sobre o CDS dos Estados Unidos, referência do mercado. Na mesma época, o CDS de Portugal era de 85 pontos, da Espanha, 82, da Irlanda, 113, da Itália, 117, e da Grécia, 134 pontos. Nesta semana, esses valores eram, respectivamente, de 150 (Brasil), 227, 165, 169, 155 e 415 pontos.

R7- 09/02/2010

Zona do euro precisa de condução economica mais forte

Membro do BC europeu defende reforma nas estruturas econômicas da região
A fragilidade da economia e das finanças públicas na zona do euro demonstra a necessidade de ampliar e fortalecer o amplo gerenciamento econômico na região, disse neste sábado (13) o membro do conselho do BCE (Banco Central Europeu) Mario Draghi.

- O euro está sólido - afirmou Draghi em uma reunião de operadores do mercado em Nápoles.

Ele pediu, entretanto, que a União Europeia amplie e reforme suas estruturas econômicas "com o mesmo vigor que dedicou ao longo dos anos para consolidar os orçamentos governamentais".

Draghi disse que os investidores vão comprar novos títulos emitidos pela Grécia - onde a crise da dívida causou nervosismo nos mercados nas últimas semanas -, desde que o governo "ajuste seu orçamento com determinação, com monitoramento cuidadoso da Comissão Europeia e do BCE."

Mais amplamente, ele disse que todos os governos deveriam esclarecer como planejam controlar seu resultados negativos nas contas e as dívidas que cresceram durante a recessão de 2008 e a primeira metade de 2009.

A recuperação econômica da zona do euro é frágil e não há riscos de inflação a médio prazo, disse Draghi, que também é o dirigente do Banco da Itália.

A perspectiva favorável para os preços, contudo, é acompanhada por uma hesitante recuperação econômica no bloco de 16 nações, comentou Draghi, que é cotado como um possível sucessor do chefe do BCE, Jean-Claude Trichet, quando o mandato dele expirar, em novembro de 2011.

- O retorno ao crescimento é frágil, particularmente na área do euro.

A economia na zona do euro cresceu apenas 0,1% no último trimestre de 2009, segundo dados divulgados na sexta-feira (12), desacelerando fortemente em relação ao 0,4% de expansão no trimestre anterior.

Draghi afirmou que os bancos da Itália estão sadios e, tendo fortalecido sua base financeira, estão "bem posicionados para lidar com a situação internacional".

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domingo, 7 de fevereiro de 2010

Dívida da Europa pauta agenda do G7 no Canadá

Euro, moeda mais utilizada no continente, caiu para o menor valor desde maio

A crescente dívida europeia tornou-se na sexta-feira o ponto principal da agenda de um encontro de líderes financeiros do G7 no Canadá, em meio a temores de que os problemas fiscais da Grécia estejam se espalhando.

O ministro das Finanças do Canadá, Jim Flaherty, anfitrião do encontro, afirmou que ele e seus colegas estavam conversando sobre os problemas da Europa antes mesmo de o encontro começar, com particular preocupação sobre a situação da Grécia.

As bolsas mundiais caíram ao nível mais baixo em três meses na sexta-feira com a intensificação das preocupações sobre uma potencial ajuda e uma desestabilização da zona do euro. A moeda europeia caiu ao seu menor valor desde maio, em relação ao dólar. Flaherty pediu cautela:

- Eu acho que temos de ser muito cuidadosos sobre o potencial colapso das economias domésticas e da persistência de alguns ativos tóxicos em alguns bancos.

Países da zona do euro, como Grécia, Espanha e Portugal, estão sob crescente pressão para provar que deixarão as contas públicas sob controle em meio a temores dos mercados financeiros com a possibilidade de a situação de um país se espalhar para outros.

O presidente do Banco Central europeu, Jean-Claude Trichet, negou especulações nos mercados financeiros de que o BCE possa realizar reuniões de emergência neste fim de semana sobre a crise. O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, disse que o euro permaneceria estável apesar dos problemas individuais das nações.

Kathleen Stephansen, diretora e economista chefe da Aladdin Capital Holdings LLC, disse que os representantes precisam mostrar comprometimento.

- Eu não acho que eles devem planejar uma ajuda, mas precisam mostrar que estão comprometidos em resolver esses assuntos. Precisamos ver uma demonstração de unidade em apoiar as medidas tomadas pelos vários governos... Dizer nada sobre elas seria negativo.

Os organizadores do encontro disseram que não haverá comunicado emitido ao final das reuniões, em parte um reflexo da diminuída importância do G7. O grupo foi substituído como o principal fórum de discussão da economia pelo G20, que inclui China, Brasil e outros países em desenvolvimento.


Copyright Thomson Reuters 2009

G7-06-02-2010

Risco Europa já é maior que o do Brasil

Economia

Investidores temem calote de Portugal, Espanha, Irlanda, Itália e Grécia


O crescente temor sobre a situação fiscal de vários países europeus - que voltou a castigar os mercados globais ontem -, aliado à melhora das condições macroeconômicas brasileiras nos últimos anos, transformou em realidade algo impensável há não muito tempo: os investidores temem mais um calote de Portugal, Espanha, Irlanda, Itália e Grécia do que do Brasil. É o que revelam os dados da medida de risco mais usada no mercado global atualmente. Trata-se do prêmio expresso nas negociações de um instrumento derivativo chamado de CDS (do inglês, credit default swap). Em uma definição coloquial, o CDS pode ser traduzido como um seguro anticalote.

Exemplo prático: um banco empresta dinheiro para um país e, ao mesmo tempo, compra um CDS de um investidor. Se o tal país não honrar seu compromisso, o banco vai ao investidor cobrar o prejuízo. No auge da crise global, em outubro de 2008, o prêmio do Brasil chegou a 355 pontos - ou seja, o investidor que comprava seguro contra eventual inadimplência brasileira pagava 3,55 pontos porcentuais a mais de juros sobre o CDS dos Estados Unidos, referência do mercado.

Na mesma época, o CDS de Portugal era de 85 pontos, da Espanha, 82, da Irlanda, 113, da Itália, 117, e da Grécia, 134 pontos. Ontem, esses valores eram, respectivamente, de 150 (Brasil), 227, 165, 169, 155 e 415 pontos.

A economista-chefe do banco ING, Zeina Latif, diz que o Brasil está fortalecido.

- Há duas explicações para a melhora do risco brasileiro em comparação com o desses países: de um lado, o Brasil saiu fortalecido da crise e tem boas perspectivas de crescimento; de outro, essas nações europeias enfrentam enorme desafio fiscal.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

G7

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Renda média do trabalhador aumentou 14% em quatro anos


Economia


SÃO PAULO, 28 de janeiro de 2010 - A renda média do trabalhador brasileiro aumentou 14,3% entre 2003 e 2007 nas seis principais regiões metropolitanas do país. Essa expansão representa um ganho médio anual de R$ 168,43. Houve alta em todas as regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e os destaques foram Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Salvador. Nessas capitais, o avanço da renda média do trabalhador ficou em torno de 19%.

De acordo com o levantamento divulgado hoje pelo IBGE, em 2009, o rendimento médio do trabalhador foi de R$ 1.350,33, atingindo o maior patamar da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego (PME). A região metropolitana de São Paulo registrou o rendimento médio mais alto: R$ 1.502,06. Já a região metropolitana de Recife apresentou o mais baixo: R$ 895,90.

Entre os empregados com carteira assinada, a renda média aumentou 7,3% no período, enquanto a dos trabalhadores sem carteira assinada subiu 18,8%.

Entre os grupamentos de atividade, o IBGE verificou que os serviços domésticos apresentaram o maior aumento relativo, de 26,8%. A expansão no setor foi observada em todas as regiões pesquisadas, especialmente no Nordeste (35%).

O levantamento também revelou que o rendimento médio das mulheres continua sendo menor que o dos homens. A renda média delas ficou em R$ 1.097,93 em 2009, o que representava 72,3% dos ganhos dos homens (R$ 1.518,31).

Discrepância ainda maior foi observada entre os rendimentos dos trabalhadores do grupo formado por pretos e pardos e os de cor branca. O grupo de pretos e pardos recebeu em média R$ 882,42 no ano passado, enquanto os trabalhadores de cor branca tiveram rendimentos de R$ 1.716,44. As informações são da Agência Brasil.

(Redação - Agência IN)

JB- 28/01/2010

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Empréstimos do microcrédito produtivo sobem 26,6% em 2009, para R$ 2,2 bi


Mais de um milhão de microempreendedores tomaram crédito em 2009.
Mulheres representam 60% dos tomadores do microcrédito, diz governo.

Do G1, em Brasília

O Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO) concedeu empréstimos de R$ 2,2 bilhões aos microempreendedores em 2009, com crescimento de 26,6% sobre o volume do ano anterior (R$ 1,8 bilhão), informou nesta segunda-feira (25) o Ministério do Trabalho.

Durante 2009, o governo informou que foram realizadas 1,57 milhão de operações. O número de clientes teve um aumento de 68,60% em relação ao ano anterior, passando de 647.811 para um total de 1,09 milhão, segundo dados do Ministério do Trabalho. As mulheres representam 60% desse público de microempreendedores tomadores de crédito.

"É excelente atingir a marca de um milhão de clientes, mas essa é uma ação que tem potencial para beneficiar até 15 milhões de trabalhadores, movimentando a economia. Para chegar até eles, temos de reduzir os juros e divulgar mais esse programa", disse o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, no Rio de Janeiro.

O que é?

O Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO) foi instituído pela Lei nº 11.110/2005 com o objetivo de gerar trabalho e renda entre os microempreendedores populares por meio do acesso ao microcrédito, informou o governo. O programa possibilita, de acordo com o Ministério do Trabalho, que uma "ampla e diversificada" rede de instituições operadoras possa aproximar-se diretamente de microempreendedores.

Podem participar do programa, os microempreendedores que têm pequenos negócios no campo da produção ou comercialização de bens e serviços, formais ou informais, com faturamento anual de até R$ 120 mil, e que, de acordo com o governo, "precisam de uma ajuda financeira" para desenvolvê-los; além pessoas que querem abrir o seu próprio negócio; e grupos estabelecidos, como associações, cooperativas, sindicatos de classe, entre outros.

O teto máximo de empréstimo é de R$ 15 mil reais por empreendedor, sendo que a média fica em torno de R$ 1,3 mil. Os juros do programa são, no máximo, de 4% ao mês. "No entanto, a maioria das pessoas que participa paga, de fato, de 1% a 2% de juros ao mês", informou o Ministério do Trabalho.

G1-25/01/10 -

sábado, 23 de janeiro de 2010

Sapatos brasileiros ganham espaço nos grandes magazines da Europa

Redes da França e da Ucrânia circularam pela Couromoda, nesta semana.
Produtos nacionais vão dividir vitirines européias com Tom Ford e Gucci.

Ligia Guimarães
Do G1, em São Paulo

Foto: Estande da Couromoda: Sapatos brasileiros chamam a atenção de compradores internacionais estande da Couromoda: Sapatos brasileiros chamam a atenção de compradores internacionais (Foto: Divulgação)

Um trabalho de formiguinha "da indústria calçadista está Permitindo que o sapato brasileiro ganhe espaço entre Grandes Redes Varejistas da Europa. Nesta semana, 30 compradores estrangeiros circularam pelos corredores da Couromoda, a maior feira de sapatos da América Latina, um convite da organização do evento , para conhecer mais sobre o produto nacional e também para fechar negócios.

Os 30 convidados, que Juntaram se a outros internacionais cem empresários que vieram à feira por conta própria, Tiveram tratamento vip ". Além de ganhar passagem e hospedagem, Tiveram enguias carro à disposição e intérpretes para as Reuniões com empresários nacionais.

O objetivo de tanta cerimônia, segundo o presidente da Couromoda, Francisco Santos, mostrar que é, quando se pensa em calçados, produtos de base não apenas Produz o Brasil. "O que fizemos foi um Esforço muito grande para mostrar que o Brasil é diferente da China. Somos uma cultura um pouco mais da próxima Europeia, desse consumidor exigente", diz ele.

Ao lado de Gucci

Karine D'Aste, da Galeries Lafayette:
Referência na França (Foto: Divulgação)

A lista de convidados da Couromoda Incluiu Tetyana Zavgorodnya, diretora de Vendas da Helen Marlen, principal rede de varejo não Mercado de artigos de luxo da Ucrânia, que se mostrou animada com o Produto Nacional.

"Já fizemos encomendas e compramos cerca de 2 mil pares para vender na Ucrânia", disse. Do outro lado do mundo, o Produto Nacional dividirá vitrine uma das 18 lojas da rede com marcas como Tom Ford e Gucci.

"Nem haviamos pensado em vir ao Brasil e agora nos surpreendemos. Há três marcas que eu gostei muito e com uma Manter devemos Quais sem futuro negócios. Provavelmente voltaremos em julho para novas compras", ressalta uma executiva.

Segundo Mylene Borrel, gerente de compras da Magazine Printemps, que vende cerca de 1 milhão de calçados por ano na França, o Brasil não vem à mente Geralmente não VAREJISTA europeu quando o assunto é sapato de qualidade. "Seria muito mais difícil se tivéssemos vindo por conta própria. Provavelmente nem estaríamos aqui, já que habitualmente vamos a feiras de calçados na Itália."

Entre as marcas brasileiras, uma rede já vende Alexandre Birman, Melissa e Havaianas e espera ampliar os negócios. "A qualidade ea beleza dos calçados brasileiros são perfeitas, ótimas para o nível de qualidade exigido pelo mercado francês. O único problema talvez seja o preço, com o real tão valorizado, mas só precisamos trabalhar um pouco nisso", afirma Mylene.


Preço Fator

Uma das grandes redes de calçados da Europa, com 60 revistas em vários pontos da França, além de em Berlim e em Dubai, uma Galeries Lafayette também Pretende incluir sapatos brasileiros em suas prateleiras para Serem vendidos com uma marca do grupo.

"Conhecemos duas ou três marcas que impressionaram porque são muito atraentes, principalmente as femininas", conta um gerente de compras da rede, Karine D'Aste. Ela diz, porém, que ainda é preciso negociar o fator preço: "Pode ser bom aqui no Brasil, mas fica mais caro pelo custo do transporte. Temos que voltar para uma França e pesquisar mais antes de tomar uma decisão."

Para a ucraniana Tetyana Zavgorodnya, entretanto, foram justamente os preços um dos principais atrativos dos fabricantes brasileiros. Vendas "Nossas e diminuindo comprar Estavam sem Brasil e Manter uma Estratégia para conseguir uma qualidade um BONS PREÇOS".

G1-23/01/2010



Comércio vai contratar 14 mil temporários para Páscoa

R7- 23/01/2010




Empresas do varejo reforçam equipe de vendedores, que poderão ser efetivados



Letícia Casado e Raphael Hakime, do R7.

Foto por 21.04.2000/AP 
Mostrar disposição no trabalho temporário pode garantir efetivação no emprego.

.O comércio já começou a contratar trabalhadores temporários para a Páscoa. A indústria de chocolate praticamente já selecionou os funcionários extras para o período, sobretudo em setembro e outubro do ano passado. Mas o comércio ainda tem seleção aberta para, pelo menos, 14 mil vagas (confira os postos de trabalho no quadro abaixo).

Só a Lacta pretende contratar 6.000 auxiliares e promotores de vendas. Os interessados devem ter pelo menos 18 anos, ensino médio completo, boa comunicação e capacidade de abordagem dos clientes. Para participar do processo de escolha, o candidato precisa se cadastrar no site da empresa.

A Nestlé também contará com um reforço expressivo para a Páscoa - 4.000 temporários. O trabalho, que começa em fevereiro, dura de dois a três meses e os funcionários podem ser efetivados. As empresas não divulgam a média salarial, mas a Top Cau, que também está com o processo de seleção em andamento, paga entre R$ 490 e R$ 550.

A Asserttem (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário) projeta que as contratações pelo comércio nesta Páscoa cresçam até 8% na comparação com o ano passado.

A diretora de comunicação da entidade, Jismália Oliveira Alves, ficou surpresa com os números do Natal: as contratações ficaram 8,5% acima do resultado de 2008 e quase 60 mil temporários viraram efetivos - a expectativa era de 7% para o ano passado.

- Ainda não temos pesquisa [para a Páscoa], mas o que aconteceu no Natal nos sinaliza dados positivos. Se a economia continuar se comportando da mesma maneira, teremos resultados positivos na Páscoa. A indústria já sinaliza com essas vagas.

O comportamento do mercado no final do ano passado também agradou ao presidente da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping), Nabil Sahyoun. Na época, os shoppings contrataram 140 mil temporários e efetivaram 35 mil – 25% do total.

Para a Páscoa, Sahyoun projeta que a tendência de contratações vai continuar e afirma que a efetivação depende do perfil do temporário.

- As empresas procuram pessoas talentosa, prestativas, que queiram trabalhar. Se você provar em 15 ou 30 dias que tem iniciativa, que é bom profissional e que quer abraçar a causa da empresa, com certeza vai ser contratado.



Brasil conclui acordo e vira credor do FMI pela primeira vez

Economia


Wellton Máximo, Agência Brasil

BRASÍLIA - O Brasil e o Fundo Monetário Internacional (FMI) concluíram hoje (22) o acordo que permitirá a ampliação da capacidade de empréstimos do fundo em até US$ 10 bilhões. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, assinaram hoje termo de compromisso que aumenta o aporte financeiro do país ao FMI. Com a transação, o país oficialmente vira credor do fundo pela primeira vez na história.

Pelo acordo, o Brasil comprará até US$ 10 bilhões em notas emitidas pelo FMI nos próximos dois anos. A operação ficará a cargo do Banco Central. De acordo com a autoridade monetária, a compra não terá impacto nas reservas internacionais brasileiras porque os papéis serão classificados como direitos especiais de saque (DES).

“A operação apenas alterará a composição das reservas internacionais do país, contribuindo para sua diversificação”, destacou o Banco Central, em comunicado.

As notas vencerão três meses após a emissão, mas podem ser renovadas automaticamente por períodos adicionais de três meses, até o prazo máximo de cinco anos. Ao comprar esses papéis, o Brasil receberá juros trimestrais. A taxa corresponde a uma média das taxas de juro de curto prazo dos EUA, do Japão, do Reino Unido e da zona do Euro.

Em junho, Mantega havia anunciado que o Brasil emprestaria US$ 10 bilhões ao FMI. No final de novembro, o ministro afirmou que o país ampliaria o aporte para US$ 14 bilhões, mas o acordo assinado hoje refere-se apenas aos US$ 10 bilhões iniciais.

JB - 22/01/2010

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Indústria volta aos poucos aos níveis pré-crise


Das 27 atividades avaliadas pelo IBGE em novembro, seis tiveram crescimento

O número de atividades industriais que já retornaram a níveis de produção iguais ou superiores a setembro de 2008 - mês em que o nível de produção foi recorde e o último bom momento do setor antes do início dos efeitos da crise - está crescendo gradativamente. A avaliação de analistas é que o setor industrial deve retomar o nível pré-crise ainda neste semestre.

De 27 atividades industriais pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em novembro, seis tiveram crescimento na produção nessa comparação. Em setembro, eram cinco.

O ex-secretário de política econômica e professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Julio Sérgio Gomes de Almeida, avalia que a maior parte das atividades industriais deve retornar ao nível de antes da crise até abril, com a média do setor industrial mostrando crescimento na produção na comparação com setembro de 2008 já no início do segundo trimestre. Em novembro, segundo os últimos dados do IBGE, a produção ainda estava 5,9% abaixo daquele período.

O gerente executivo da Unidade de Política Econômica da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Flávio Castelo Branco, acredita que em "meados" deste primeiro semestre a maior parte dos ramos de atividade industrial já terá superado as marcas de setembro de 2008, ainda que alguns segmentos predominantemente exportadores devam mostrar uma recuperação mais lenta.

Em novembro, os segmentos que já mostraram resultados positivos em relação ao mês antes da crise (setembro de 2008) são máquinas para escritório e equipamentos de informática (1,1%), outros produtos químicos (2,8%), perfumaria e produtos de limpeza (8,5%), celulose, papel e produtos de papel (2,1%), bebidas (9,7%) e alimentos (0,4%). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
 
R7- Agencia Estado- 22/01/2010

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Empresários apostam em aumento de 6% para economia do País


ASSOCIAÇÕES

Fabíola Binas

SÃO PAULO - Os empresários representantes dos principais setores da indústria nacional, estão otimistas em relação ao cenário de aquecimento econômico do País em 2010. A tendência foi confirmada no primeiro encontro anual do Conselho Superior Estratégico da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que reuniu ontem na capital paulista, as principais figuras executivas de grupos como Vale, Embraer, Votorantim, Marcopolo, Siemens, Gerdau, AmBev, Suzano, entre outros.

De acordo com comentários de Paulo Skaf, presidente da Fiesp, e do conselho que se reuniu ontem, a tendência para este ano é que haja um crescimento na casa de 6% do Produto Interno Bruto (PIB), por conta a atual posicionamento favorável do País. Por outro lado, o presidente da entidade coloca a existência de fatores que devem ser melhorados como impulso ao desenvolvimento econômico.

"Não há nada que justifique um aumento da Taxa Selic", falou o presidente da Fiesp ao discorrer sobre a política de juros do Banco Central que pretende elevar esta taxa ainda em 2010, a patamares parecidos dos do início do ano passado - hoje está na casa dos 8,7% por ano.

Além disso, Skaf alertou sobre a existência de uma carga tributária não recuperável de 5,8% em média, dos produtos que estão sendo exportados pelo País. "Temos de buscar uma forma de recuperar isso para estimular a competitividade brasileira lá fora", analisou.

Entre os assuntos abordados pelo Conselho Empresarial da Fiesp durante o encontro, estava a elaboração de propostas a serem entregues, a partir de abril, aos pré-candidatos à Presidência da República. "Nestas propostas, serão abordados temas como o compromisso com reformas estruturais, a desburocratização e área de infraestrutura", revelou o executivo. A reunião também discutiu o recente decreto do programa Nacional dos Direitos Humanos.

Para o representante da Fiesp, o Brasil precisa deixar de lado o "fantasma da inflação" e direcionar suas ações ao crescimento econômico. "O mercado interno continuará aquecido e não temos de ter medo do desenvolvimento", falou ao analisar os recentes rumores sobre um "superaquecimento".

José Antônio Fernandes Martins, vice-presidente corporativo da Marcopolo, um dos únicos executivos presentes à reunião que conversou com os jornalistas, confirmou o otimismo no mercado.

"Os investimentos previstos na área de infraestrutura, especialmente em vias de alta velocidade vão impulsionar os fabricantes de ônibus", falou.

Os industriais nacionais estão otimistas em relação ao cenário de aquecimento econômico do País em 2010. Segundo eles, tendência é que haja crescimento de 6% do PIB.

DCI-21/01/10

Meirelles prevê expansão econômica de 5,8% em 2010

No ano passado, o crescimento econômico do Brasil ficou próximo de zero

BC aumenta estimativa para crescimento em 2010

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse em teleconferência nesta quarta-feira (20) que o Brasil está em sua "melhor forma macroeconômica", depois de muitas décadas de baixo crescimento.

- Estamos prevendo crescimento econômico de 5,8% para 2010.

Em 2009, o crescimento da maior economia da América Latina ficou perto de zero. Mas a expansão robusta da economia poderá reativar as pressões inflacionárias. No ano passado, a inflação medida pelo IPCA, índice oficial do governo, foi de 4,3%. O centro da meta da inflação estabelecida pelo governo para este ano é de 4,5%.

- Os bancos centrais do mundo todo devem sempre se preocupar com a possibilidade de uma volta da inflação. Mas, no momento, achamos que a inflação para 2010 e 2011 está em torno da faixa da meta.

Meirelles acrescentou que parte da preocupação com inflação envolve "a monitoração cuidadosa da utilização da capacidade [de produção] industrial". Ou seja, se a indústria não consegue ter uma produção suficiente para atender a demanda das empresas, comércio e consumidores, os preços podem subir.

Ele acrescentou que "tem havido uma recuperação gradual na utilização nos últimos meses" e destacou que as autoridades do governo estão muito confiantes em que o crescimento do país em 2010 virá do investimento das empresas.

- O investimento está liderando o crescimento agora, enquanto anteriormente era o consumo que liderava.

- Estamos alcançando um bom equilíbrio macroeconômico; a produção de bens de capital [maquinas e equipamentos] está se recuperando - acrescentou.

R7- 20/01/2010 - Egência Estado

PIB dos emergentes vai passar o dos desenvolvidos

Os sete principais em desenvolvimento devem superar as atuais potências

O PIB (Produto Interno Bruto, que é a soma de todas as riquezas produzidas pelo país) total dos sete maiores países emergentes (E7) superará em 2020 o do G7 dos países mais industrializados - impulsionado principalmente pela China, que tirará o lugar dos Estados Unidos como primeira economia mundial - informou a consultora PricewaterhouseCoopers em um relatório divulgado nesta quinta-feira (21) .

- O motor do fortalecimento do E7 é o rápido crescimento da China. Apesar de esperarmos que este crescimento se desacelere progressivamente nos próximos 20 anos, a China provavelmente destronará os Estados Unidos e ocupará o lugar de primeira economia mundial por volta de 2020.

O peso relativo do "E7" (China, Índia, Brasil, Rússia, México, Indonésia e Turquia) na economia mundial provavelmente deve superar também em 2020 o d G7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Grã-Bretanha, Itália e Canadá).

A PwC assinala que, em 2000, o PIB do G7 era o dobro do PIB do E7. Mas, durante a última década, os emergentes se aproximaram dos desenvolvidos e o processo acelerou com a crise econômica.

A distância entre o G7 e o E7 se reduzirá a 35% este ano e desaparecerá totalmente no final da década, segundo os cálculos da consultora.

A tendência continuará durante a década seguinte e espera-se que em 2030 a classificação das dez maiores economias mundiais seja ocupada na seguinte ordem: China, Estados Unidos, Índia, Japão, Brasil, Rússia, Alemanha, México, França e Grã-Bretanha.

R7- Copyright AFP- 21/01/2010

Crescimento mundial será de 2,7% em 2010

Economia


Se comprovada a expectativa do Banco Mundial, retomada econômica será precária

.Texto: ..O Banco Mundial publicou na quarta-feira (20) previsões econômicas nas quais aponta um crescimento global de 2,7% em 2010, insuficiente, no entanto, para absorver o desemprego. Também prevê cotações estáveis do petróleo, em torno de R$ 136 (US$ 76) o barril, em 2010 e 2011.

A instituição de Washington estima que após um recuo do PIB (produto interno bruto) mundial de 2,2% em 2009, "a retomada econômica ainda é precária".

O crescimento deverá ser de 1,8% nos países "mais industrializados", e de 5,2% nas nações em desenvolvimento. Será mais elevado na China (9%), no sul da Ásia (6,9%), e na Índia (7,5%). Será mais moderado na África subsaariana (3,8%), na América Latina (3,1%) e na Europa central e oriental, assim como na Ásia central (2,7%).

O banco revelou múltiplas consequências da crise mundial. Uma delas é o volume do comércio, que registrou "baixa espetacular de 14,4% em 2009" e não deverá aumentar mais que 4,3% neste ano, segundo o comunicado divulgado ontem.

- Mais 64 milhões de pessoas estarão mergulhadas na miséria, vivendo com menos de R$ 2,2 [US$ 1,25 por dia], em 2010 devido às consequências da crise.


R7- Copyright AFP-21/01/2010

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

G-20 se reúne na Coreia por recuperação global

 INTERNACIONAL


Agência Estado

SEUL - Autoridades de finanças do Grupo dos 20 (G-20 - que reúne os principais emergentes e os países mais ricos) vão se reunir na Coreia do Sul no próximo mês para discutir meios de estimular a recuperação global. Vice-ministros de Finanças e vice-presidentes de bancos centrais se encontrarão nos dias 27 e 28 de fevereiro, na cidade de Incheon, a oeste de Seul, de acordo com o Ministério de Estratégia e Finanças sul-coreano.

Essa será a primeira reunião do G-20 na Coreia do Sul, que vai sediar a cúpula do grupo em novembro. "Como acelerar a recuperação econômica global e como administrar o sistema econômico global depois da crise serão alguns dos principais itens da agenda a ser discutida na reunião de fevereiro", disse uma autoridade do ministério à agência de notícias Yonhap. A Coreia do Sul também vai sediar uma reunião dos ministros de Finanças do G-20 nos dias 4 e 5 de junho, um pouco antes de outro encontro do grupo, no Canadá.

Na semana passada, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Coreia do Sul disseram que vão sediar em conjunto uma conferência internacional sobre a Ásia em Seul, nos dias 12 e 13 de julho. De acordo com a entidade multilateral fórum será realizado "para examinar o dinamismo econômico e o desenvolvimento do papel da Ásia na formação de política internacional", como informaram ontem representantes do Fundo Monetário Internacional e o governo sul-coreano por meio de comunicado.

Fazem parte do Grupo dos 20 Argentina, Austrália, Brasil, Grã-Bretanha, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Estados Unidos, Coreia do Sul, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia e União Europeia.

DCI- 19/01/10

Indústria de calçados esquece a crise e prevê cescer até 80%

CALÇADOS


Gleyma Lima

SÃO PAULO - O mercado de calçados entra em 2010 mais otimista. As entidades que representam o setor afirmaram ontem, no primeiro dia da 37ª edição da Couromoda, que a projeção para este ano é de crescimento físico de 7% no mercado interno. Já para as exportações, a perspectiva é de 3%.

"Considero modesta a meta de 3%, que não leva em conta mudanças relacionadas ao câmbio", frisou o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Milton Cardoso . Ele acredita que o câmbio pode ter mudanças positivas para o setor ainda este ano.

Segundo dados da Abicalçados, o mercado prevê alcançar um número de produção de 800 milhões de pares de calçados durante 2010. Em 2009, foram vendidos cerca de 630 milhões de pares no mercado interno. Porém , apesar do crescimento, o mercado ainda está com uma boa parte da capacidade ociosa e seria capaz de alcançar a produção de 1 bilhão de pares ainda este ano. Quem também está com boas perspectivas para o mercado é o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil que prevê vender cerca de 10% do couro para o setor de calçados. "Hoje, a área de calçados é um dos carros-chefes do setor de couro", afirmou o presidente executivo da entidade, Wolfgang Goerlich.

Projeções empresariais

Fabricantes como a Via Uno, estão ainda mais otimistas que o mercado e esperam crescer 80% em 2010. Em 2009 a empresa fabricou seis milhões de pares durante o ano e em 2010 pretende produzir 10 milhões. "Estamos muito otimistas este ano graças ao investimento que a empresa fez no mercado e o auxilio do governo", afirmou o diretor de marketing Paulo Keeling.

A Paketá Calçados, que possui marcas como Dumond e Capordarte, acredita em um crescimento de produção de 30% em 2010. Apenas a feira corresponde a 20% do relacionamento de vendas da companhia. No ano passado a empresa produziu 1,1 milhão de pares. Neste ano, pretende lançar cerca de mil pares de calçados. "Este número só é possivel porque reservamos cerca de 8,5% do nosso faturamento para os lançamentos", afirmou o gestor superintendente da companhia, Leandro Mosmam.

Já o Grupo Ramarim tem a perspectiva de crescer em 2010 em torno de 15%. No ano anterior, a empresa produziu 40 mil pares de calçados por dia.

Este ano, a companhia também anuncia durante a Couromoda que irá criar uma nova linha de produção na Bahia com capacidade para fabricar 10 mil pares de calçados por dia. "A perspectiva tanto do mercado quanto da nossa companhia são excelentes", afirmou o diretor administrativo, Jakson Wirth .

A Vulcabras pretende vender, este ano, apenas com a linha Grazi Azaleia, dois bilhões de pares de calçados. "Fechamos muito bem as vendas de 2009 e tivemos uma sinalização excelente para o ano de 2010 na nossa pré-venda, realizada em novembro", explica Pedro Bartelle, diretor de marketing da companhia.

No ano anterior a empresa fabricou 40 milhões de pares de sapatos. Nesta feira a empresa está lançando cerca de 1600 versões de calçados entre sapatos femininos, esportivos e chinelos. A empresa tem no seu portfólio marcas como Olympikus, Reebok, Azaleia, Dijean, Funny, Opanka e também as Botas Vulcabras.


Brasil versus Argentina

O setor calçadista terá hoje um audiência a pública final envolvendo o processo de investigação de dumping nas importações de sapatos da China.

DCI-19/01/10

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

FMI alerta contra retirada de pacotes de estímulo




Diretor do órgão reconhece rapidez da recuperação, mas ainda vê fragilidade econômica

O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, reconheceu nesta segunda-feira (18) que a recuperação econômica global está mais rápida do que o previsto, mas alertou os governos contra a retirada antes da hora de medidas contra a crise.

Segundo ele, a demanda do setor privado "ainda está muito fraca" na maior parte dos países, enquanto as taxas de desemprego podem aumentar nos Estados Unidos, Europa e Japão nos próximos meses.

Para Strauss-Kahn, "se você sair cedo demais (das medidas de estímulo), você corre o risco de voltar à recessão". Embora o FMI não esteja prevendo uma recessão com dois vales - ou uma volta da recessão depois um período breve de crescimento - Strauss-Kahn disse que "nunca se sabe. Isso pode ocorrer".

O problema é que muitos governos e bancos centrais já exauriram muitas ferramentas de sua caixa de medidas para sustentar o crescimento, disse ele. Se um fim muito rápido às medidas de estímulo provocar um novo declínio, "eu não sei o que poderemos fazer".

Embora Strauss-Kahn não tenha respondido claramente à pergunta sobre o que acha das preocupações em torno do aperto monetário na China, ele disse que "certamente precisamos de um rápido crescimento" naquele país.

Segundo ele, a demanda do setor privado e as condições do emprego - que podem ser os "melhores" indicadores para determinar os prazos da retirada - estão fracas em muitas economias. Para o comandante do FMI, a demanda privada segue dependente do gasto do governo e "não está em caminho sustentável" em muitos países.

Strauss-Kahn disse ainda que “há um risco de aumento do desemprego nos próximos meses" nos EUA e na Europa em relação às suas taxas atuais de 10%, e no Japão, onde, atualmente, o desemprego está em 5%.

Ele ainda destacou que, se os bancos centrais mantiverem os mercados inundados em dinheiro por tempo demais, outros problemas podem surgir, como bolhas de ativos. A continuação do gasto orçamentário agressivo pode aumentar a dívida pública, que já está crescendo em muitas regiões. Ainda assim, esses riscos são superados pelo risco de um novo declínio, e "nosso conselho é ter muito cuidado com a saída cedo demais".

Strauss-Kahn indicou que o mesmo se aplica ao Japão. Embora o governo do país precise de um plano para voltar a um "caminho mais sustentável em termos de política fiscal, a necessidade de evitar qualquer risco de um novo declínio ainda está aí". O nível da dívida pública do Japão é o mais alto entre os países industrializados, a 180% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas do país). As informações são da Dow Jones.

Agencia Estado- 18/01/2010

Petrobras tem nova estratégia comercial para a Ásia


Estatal quer vender 2 milhões de barris a cada dois meses

.A Petrobras planeja vender aproximadamente 2 milhões de barris para a Ásia a cada dois meses usando os tanques de armazenamento que possui na ilha japonesa de Okinawa como um ponto de distribuição, afirmaram fontes nesta segunda-feira (18) à Reuters .

A Petrobras espera enviar um petroleiro VLCC (Very Large Crude Carrier), de grande porte, carregado com petróleo de Roncador para Okinawa a partir de março. A estratégia é que sejam feitos subsequentes envios do mesmo tamanho a cada dois meses, segundo as fontes.

Tal frequência pode elevar as vendas da empresa brasileira aos clientes asiáticos em mais de 33 mil barris por dia. O primeiro carregamento pode chegar a Okinawa no fim de março ou no início de abril.

O petróleo brasileiro é um produto que corresponde às necessidades asiáticas porque China e Coreia do Sul desenvolveram nos últimos anos melhorias que permitem processar petróleo mais pesado.

Copyright Thomson Reuters 2009

Indústria calçadista deve criar 400 mil vagas em 2 anos



Produção deve aumentar com a melhora da concorrência diante o produto chinês


Do R7, com agências.

..O aumento do crédito ao consumidor deverá impulsionar o setor calçadista nos próximos dois anos, com a contratação de 400 mil trabalhadores e aumento na produção de 3,3 para 3,5 pares por brasileiro, segundo análise de Marconi Leonel Matias dos Santos, presidente da Ablac (Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados).

- O cenário econômico neste início de ano é favorável e deve permanecer assim nos próximos meses. O bom desempenho do Natal de 2009, quando as vendas do comércio aumentaram em torno de 8%, é um indicativo de que o novo ano será positivo para o varejo.

A perspectiva otimista do setor ocorre graças à criação da tarifa antidumping em 2008 – ano marcado pela crise econômica e demissões no setor. A medida incluía a criação de taxas de R$ 21,44 (US$ 12,44) por par de calçado importado da China. A tarifa tem o objetivo de coibir a prática de dumping – quando o produto é vendido com valor bem abaixo do mercado para desestimular a concorrência.

Desde a criação da taxação aos produtos chineses, 30 mil novas vagas no setor foram criadas no Brasil, segundo o empresário Milton Cardoso, presidente da Abicalçados (que representa a indústria de calçados).

- Encerramos dezembro de 2009 com 327 mil trabalhadores nas fábricas. Somando toda a cadeia do couro/calçados, chegamos a 10% de todos os empregos da indústria brasileira de transformação. É também o mais alto número para o mês de dezembro nos últimos quatro anos.

China

Investigações da Abicalçados apontaram que o calçado chinês era vendido até 435% mais barato que o brasileiro antes da criação da taxa. Devido à falta de competitividade, a indústria diminuiu a produção e demitiu funcionários. Cerca de 40 mil empregos foram cortados somente no último trimestre de 2009.

A tarifa provisória vale até 9 de março deste ano. A partir disso, os sete ministros que integram a Camex (Câmara de Comércio Exterior) terão de votar na criação da tarifa definitiva, que poderá valer por cinco anos e poderá chegar a R$ 32,3 (US$ 18,47) por par.

R7- 18/01/2010

domingo, 17 de janeiro de 2010

IGP-10 acelera e registra inflação de 0,20% em janeiro



Economia

JB Online

RIO - O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) variou 0,20%, em janeiro. A taxa apurada em dezembro registrou queda de 0,07%. O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

O Índice de Preços por Atacado (IPA) variou 0,07%, em janeiro. Em dezembro, a retração foi de 0,25%. Os Bens Finais registraram taxa de variação de 0,16%, em janeiro, ante -0,14%, em dezembro. Contribuiu para esta aceleração, o subgrupo de alimentos processados, que teve sua taxa elevada de -0,90% para 1,18%. O índice relativo a Bens Finais (ex), calculado sem os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, registrou variação de 0,34%. No mês anterior, a taxa foi de -0,04%.

Já o índice do grupo Bens Intermediários registrou variação de 0,29%. No mês anterior, a taxa registrou queda de 0,36%. Quatro dos cinco subgrupos apresentaram aceleração, com destaque para materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de -0,25% para 0,47%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, registrou variação de 0,29%. No mês anterior, foi registrada variação de -0,43%.

O índice de Matérias-Primas Brutas passou de -0,22%, em dezembro, para -0,46%, em janeiro. Neste grupo, vale destacar as desacelerações dos itens: laranja (16,34% para -2,37%), soja (em grão) (-0,86% para -3,50%) e milho (em grão) (-0,29% para -3,71%). Em sentido oposto, registraram aumento: café em grão (-0,43% para 4,88%), arroz em casca (-3,18% para 4,82%) e bovinos (-2,50% para -0,98%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,52%, em janeiro, ante 0,28%, em dezembro. O avanço na taxa do índice deveu-se aos grupos: Transportes (0,22% para 1,04%), Alimentação (0,36% para 0,77%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,04% para 0,25%) e Educação, Leitura e Recreação (0,34% para 0,52%). Nestas classes de despesa destacam-se os itens: tarifa de ônibus urbano (0,00% para 1,89%), laticínios (-2,57% para 0,01%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,64% para 0,24%) e cursos formais (0,00% para 0,78%), respectivamente.

Contrários à tendência do índice estão os grupos: Habitação (0,24% para 0,18%) e Vestuário (0,81% para 0,79%). Os itens que mais contribuíram para as desacelerações observadas nestas classes de despesa foram: tarifa de eletricidade residencial (0,50% para 0,03%) e calçados (1,16% para 0,04%), respectivamente.

O grupo Despesas Diversas repetiu a taxa de variação do mês anterior: 0,17%. Em sentido ascendente, vale destacar o item cerveja (1,54% para 2,08%) e em trajetória descendente, o item alimento para animais domésticos (2,24% para -0,55%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em janeiro, taxa de variação de 0,30%, acima do resultado do mês anterior, de 0,25%. Os três grupos componentes do índice apresentaram acréscimos em suas taxas de variação: Materiais e Equipamentos, de 0,20% para 0,23%, Serviços, de 0,43% para 0,58% e Mão de Obra, de 0,25% para 0,29%.


JB - 15/01/2010

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