ASSOCIAÇÕES
Fabíola Binas
SÃO PAULO - Os empresários representantes dos principais setores da indústria nacional, estão otimistas em relação ao cenário de aquecimento econômico do País em 2010. A tendência foi confirmada no primeiro encontro anual do Conselho Superior Estratégico da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que reuniu ontem na capital paulista, as principais figuras executivas de grupos como Vale, Embraer, Votorantim, Marcopolo, Siemens, Gerdau, AmBev, Suzano, entre outros.
De acordo com comentários de Paulo Skaf, presidente da Fiesp, e do conselho que se reuniu ontem, a tendência para este ano é que haja um crescimento na casa de 6% do Produto Interno Bruto (PIB), por conta a atual posicionamento favorável do País. Por outro lado, o presidente da entidade coloca a existência de fatores que devem ser melhorados como impulso ao desenvolvimento econômico.
"Não há nada que justifique um aumento da Taxa Selic", falou o presidente da Fiesp ao discorrer sobre a política de juros do Banco Central que pretende elevar esta taxa ainda em 2010, a patamares parecidos dos do início do ano passado - hoje está na casa dos 8,7% por ano.
Além disso, Skaf alertou sobre a existência de uma carga tributária não recuperável de 5,8% em média, dos produtos que estão sendo exportados pelo País. "Temos de buscar uma forma de recuperar isso para estimular a competitividade brasileira lá fora", analisou.
Entre os assuntos abordados pelo Conselho Empresarial da Fiesp durante o encontro, estava a elaboração de propostas a serem entregues, a partir de abril, aos pré-candidatos à Presidência da República. "Nestas propostas, serão abordados temas como o compromisso com reformas estruturais, a desburocratização e área de infraestrutura", revelou o executivo. A reunião também discutiu o recente decreto do programa Nacional dos Direitos Humanos.
Para o representante da Fiesp, o Brasil precisa deixar de lado o "fantasma da inflação" e direcionar suas ações ao crescimento econômico. "O mercado interno continuará aquecido e não temos de ter medo do desenvolvimento", falou ao analisar os recentes rumores sobre um "superaquecimento".
José Antônio Fernandes Martins, vice-presidente corporativo da Marcopolo, um dos únicos executivos presentes à reunião que conversou com os jornalistas, confirmou o otimismo no mercado.
"Os investimentos previstos na área de infraestrutura, especialmente em vias de alta velocidade vão impulsionar os fabricantes de ônibus", falou.
Os industriais nacionais estão otimistas em relação ao cenário de aquecimento econômico do País em 2010. Segundo eles, tendência é que haja crescimento de 6% do PIB.
DCI-21/01/10
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