domingo, 7 de junho de 2009

Rodada de Negócios supera meta e negocia R$ 12 milhões

DCI- 05/06/09 COMÉRCIO EXTERIOR Agência Sebrae
MOSSORÓ - Pequenos produtores rurais do município de Mossoró, no Rio Grande do Norte, vão exportar, nos próximos 12 meses, manga e melão para países da Europa e para a Argentina. O fornecimento dessas frutas irá gerar negócios na ordem de aproximadamente R$ 12 milhões. A renegociação entre os dois lados foi feita durante Rodada de Negócios Internacional realizada pelo Sebrae/RN. O encontro comercial faz parte da '6ª edição da Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada, a Expofruit 2009, que acontece até esta sexta-feira (5), em Mossoró.
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O valor negociado superou a meta estabelecida pelos organizadores do evento, de R$ 10 milhões. O valor estimado seria a soma dos negócios fechados tanto na Rodada de Negócios Internacional quanto na Rodada de Negócios Nacional, que começa a ser realzada no começo da noite desta sexta-feira (5). “O resultado foi extremamente positivo, tendo em vista que já conseguimos superar a meta estipulada com a realização de apenas uma das rodadas, que foi a internacional”, explica a coordenadora das rodadas de negócios do Sebrae/RN, Maíza Pessoa.
_ Participaram da Rodada de Negócios Internacional 11 importadores, vindos da Argentina, Espanha, Canadá, Holanda, Grã-Bretanha, Inglaterra e Argentina, e 25 empresas brasileiras produtoras e exportadoras dos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Ceará, Piauí e São Paulo. As rodadas de negócios são eventos de curta duração desenvolvidos por meio de reuniões de negócios entre empresários que demandam e ofertam produtos e serviços, acontecendo em locais determinados e em horários pré-determinados.
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Ubiratan Carvalho de Oliveira, representante da Cooperativa de Desenvolvimento Agroindustrial Potiguar (Coodap), da Comunidade Pau Branco, localizada em Mossoró, foi uma das empresas ofertantes que conseguiu fechar contrato no valor de R$ 240 mil com a empresa holandesa JoyFruit Europe B.V. A cooperativa irá fornecer, por um ano, o melão potiguar. Atualmente a Coodap, que conta com 20 produtores, já exporta melão e outras frutas para a Holanda, de onde são distribuídas para demais países da União Européia. Na safra passada, o volume de negócio exportado foi de R$ 150 mil.
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“Passamos a exportar depois que começamos trabalhar em parceria com o Sebrae. A partir da participação em feiras, em capacitações, é que adquirimos conhecimento e conseguimos fazer os primeiros contatos com compradores estrangeiros”, explica Ubiratan. Mas ainda, segundo ele, exportar permanece sendo tarefa difícil. “Ainda hoje enfrentamos dificuldades para atender às exigências de certificações, além do alto custo dos insumos, e as questões da logística e das pragas nas plantações”, afirma.
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Expofruit 2009
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A Expofruit 2009, que trouxe este ano como tema, ‘Fruta. Um pedaço do Brasil que gira o mundo’, teve sua abertura oficial na noite da quinta-feira (4). O evento contou com a presença da diretoria do Sebrae no Rio Grande do Norte, parlamentares, representantes do governo, universidades e entidades parceiras. Na ocasião, o superintendente do Sebrae/RN, José Ferreira de Melo Neto, agradeceu o empenho de todos da Casa e dos parceiros para a realização da Expofruit, considerada a maior feira de fruticultura do País.
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“A Expofruit é uma vitrine. Aqui estão presentes todos os envolvidos na cadeia produtiva da fruticultura. Desde representantes de empresas de navegação até empresas que produzem software, além, claro, do pequeno produtor rural, que é quem faz a roda girar. Neste momento em que a economia do mundo passa por dificuldades, nós devemos nos fortalecer ainda mais, para discutir inovação, tecnologia e abrir novos mercados. E essa feira é uma ótima oportunidade para isso”, disse.
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Ainda com a temática da crise financeira internacional, o vice-governador do Estado do Rio Grande do Norte, Iberê Paiva Ferreira de Souza, enfatizou que não adianta discutir os efeitos da crise de forma isolada, mas com os elos da cadeia produtiva dos setores. “Crises sempre vão existir. O que temos que fazer é um esforço empresarial para nos protegermos. É preciso investimento em tecnologia e capacitação para que possamos melhorar nossos produtos e mercados, e a Expofruit tem um papel fundamental para impulsionar a cadeia da fruticultura nesses aspectos”, afirmou.

Exportação Para o Mercado Asiático- rumo a China

Política comercial do governo brasileiro com vista em ampliar as transações entre o Brasil e os países asiáticos, em especial a China, ganha reforço do setor produtivo. Indústria do setor Coureiro Calçadista de Franca desenvolvem produtos e estratégias especiais para entrar na acirrada competitividade dos produtos chineses. Notícia veiculada na imprensa local, demonstram as iniciativas dos empresários locais afim de ocupar espaço no maior mercado consumidor asiático. Vejam a seguir na integra as publicações.

Gina Mardones Comércio da Franca ANSIOSO - Téti Brigagão deve viajar à China para assinar o contrato de mais de 32 mil pares Fernanda Bufonida Redação
Os calçados fabricados pela Sândalo devem percorrer distâncias mais longas a partir do mês de agosto. Acostumados a aterrissar na Europa e nos Estados Unidos, 32 mil pares de sapatos da empresa francana mudarão de curso e vão invadir a China. Se tudo der certo, o negócio será de mais de US$ 1 milhão. Outra empresa francana, a Anatomic Gel, que já havia exportado pequenas quantidades para a China, agora deve abrir uma rede de lojas naquele país, com mais de 50 mil pares. Juntas, as duas devem exportar quase US$ 3 milhões em calçados. Será a primeira exportação expressiva da história do município para o gigante asiático.
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De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, o ano em que Franca vendeu mais calçados aos chineses foi 2007 - US$ 155 mil - comercialização realizada pela Calçados Anatomic Gel. (Leia mais na página A-5.) Pelo levantamento, ao longo dos últimos 20 anos, as exportações para a China aparecem esporadicamente e não ultrapassam US$ 15 mil.
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Mesmo habituados a fechar negócios com mais de 20 países e com cerca de 30% da produção voltada para a exportação, os diretores da Sândalo foram surpreendidos em setembro do ano passado com o pedido de modelos femininos de alto valor agregado - em média US$ 33, o par. "Quando vi a quantidade e o valor, quase cai de costas. É claro que fiquei desconfiado e foram dez meses de negociações para ter certeza de que o negócio era real. As garantias estão no próprio contrato: transferência imediata de 30% do total a ser pago e os outros 70% do pagamento serão através de carta de crédito de um banco de primeira linha", contou Téti Brigagão, diretor de marketing da Sândalo.
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A oportunidade partiu de uma grande importadora - cujo nome é mantido em sigilo por razões comerciais - da província de Hebei, no Norte do País, e chegou à Sândalo através de um agente de negócios do Rio Grande do Sul.
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Sem capacidade para produzir os milhares de pares no município, a empresa francana terá que contar com os serviços de uma de suas fábricas licenciadas em Jaú (SP) e outra no Estado gaúcho. Os oito modelos que serão produzidos pela empresa francano foram escolhidos pelo comprador e fogem ao estilo brasileiro. "Eles são diferentes em quase tudo. Num deles, por exemplo, é utilizado couro de coelho e o corte tem de ser artesanal", contou o empresário.
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Há alguns anos, a Sândalo tem toda sua produção terceirizada. As mesmas empresas que fazem os modelos masculinos vão fazer o serviço de corte e pesponto dos femininos que serão comercializados do outro lado do mundo. "Quando a primeira parte é bem feita, as chances do calçado ficar perfeito são maiores. Por isso, corte e pesponto ficam aqui. Só a montagem e o acabamento serão feitos fora. Isso porque as empresas que realizarão o serviço tem as formas ideais", explicou Téti.
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Na próxima semana, o calçadista embarca para Pequim onde assinará o contrato. "Eles exigiram que um de nós fosse até lá. Vou aproveitar a viagem para tentar descobrir novos clientes na China e ainda passar em Dubai, na Arábia Saudita, para visitar um grande comprador que temos por lá", contou o calçadista animado.
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Para o consultor calçadista Zdenek Pracuch a iniciativa de abertura do mercado chinês não deveria causar surpresa. "O que surpreende é a demora para que isso acontecesse. A China foi atingida pela recessão do mesmo modo que o resto do mundo, mas continuou crescendo em função do imenso mercado interno e da aplicação da enorme poupança em obras de infraestrutura". Segundo ele, o que deveria interessar aos calçadistas francanos na verdade é como entrar no mercado chinês. "A classe média daquele país, estimada em 200 milhões de pessoas, não para de crescer.
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Imaginem uma classe média igual ou mais do que toda a população brasileira! E a classe dos 'novos ricos' chineses está fascinada com mercadorias do Ocidente. É uma excelente oportunidade", completou Pracuch.
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NA DISPUTA

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Anatomic Gel adota estilo agressivo dos chineses _
Cassiano Lazarini/Comércio da Franca

INVESTINDO - José Rosa Jacometti aposta na abertura de lojas próprias para lucrar com o mercado chinês
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Apesar da iniciativa pioneira, a Sândalo não é única que planeja investir no mercado asiático. A Anatomic Gel está com tudo acertado para assinar contrato de criação de uma rede lojas próprias na China. Com o negócio, a empresa prevê a exportação de 50 mil pares, a US$ 35 cada. Ou seja, mais de US$ 1,7 milhão no total.
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José Rosa Jacometti, proprietário da empresa, dá o negócio como certo e espera apenas pela Francal para levar o novo parceiro comercial para conhecer seu depósito em Londres. "O encontro está marcado para duas semanas após a feira. A ideia é agressiva, mas já vi funcionar. A previsão é começar com 5 lojas e chegar a 32 unidades até meados do ano que vem. A maioria deve ser instalada em shoppings. Eles venderão exclusivamente nossa marca e ficarão com 30%", disse o empresário.
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Jacometti afirma que foi a experiência que o fez optar por uma forma diferente de entrar no mercado chinês. "Já fiz negócios com a China. A cultura deles é muito diferente. Eles são muito instáveis. Compram, param, copiam nossos modelos, depois voltam a importar", disse ele.O histórico de exportações da Anatomic Gel para a China aparecem na estatística do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Os dados, tabulados pelo Sindifranca (Sindicato da Indústria Calçadista de Franca), mostram que a empresa foi a responsável pelas exportações em 2007 - US$ 155 mil -, a maior feita por uma empresa do município para o gigante asiático até hoje.
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CURIOSIDADE
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Ao contrário da Sândalo, que produzirá produtos de acordo com as especificações do comprador, a Anatomic Gel planeja entrar no mercado asiático com modelos de linha própria, que comercializa na Europa. "A proximidade com meu distribuidor de Londres agilizará o abastecimento das lojas", disse Jacometti.Por conta da demanda o empresário já planeja aumentar a fabricação de sapatos de numeração menor. "Os chineses têm pé pequeno e seguem a numeração europeia, indo do 35 ao 42 apenas", explicou.

Missão comercial brasileira à África Subsaariana começa na próxima segunda-feira

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Chefiada pelo ministro Miguel Jorge, a delegação conta com aproximadamente 90 empresários e representantes de entidades setoriais de mais de dez segmentos
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Começa nesta segunda-feira (8/6) a missão comercial brasileira a quatro países da África Subsaariana, chefiada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. A primeira cidade a ser visitada é Acra, capital de Gana (8/6); seguida de Dacar - no Senegal (dia 9); depois Lagos (Nigéria), dias 10 e 11, finalizando a viagem em Malabo (Guiné Equatorial), no dia 12. Seminários, feiras, fóruns e reuniões de negócios integram a programação.
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A missão comercial conta com a presença de cerca de 90 empresários e líderes de entidades dos segmentos de alimentos e bebidas, máquinas e equipamentos, tecnologia da informação, têxteis, calçados, energia, defesa, infra-estrutura e mineração, além de representantes do Governo Brasileiro.
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A finalidade é promover o aumento do comércio e dos investimentos bilaterais e explorar possibilidades de cooperação entre os setores produtivos do Brasil com esses quatro países da África Subsaariana. Organizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a missão tem apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE), da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
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Esta é a segunda das três missões comerciais brasileiras à África previstas, pelo MDIC, para este ano. A primeira foi realizada em janeiro para o Norte do continente, com visitas aos seguintes países: Marrocos, Líbia, Argélia e Tunísia. A terceira missão ocorrerá no segundo semestre para a África do Sul e países vizinhos.
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Senegal
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Além das atividades relacionadas à Missão Comercial à África Subsaariana, a programação no Senegal prevê ainda mais duas ações simultâneas durante a visita da delegação brasileira: o Fórum Brasil-África Subsaariana: Empreendedorismo para o Desenvolvimento, coordenado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE), que será aberto pelo ministro Miguel Jorge; e a Exposição Brasil Agri-Solutions, feira promovida pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), com representantes dos setores brasileiros de máquinas e implementos agrícolas, máquinas e equipamentos para biocombustíveis e alimentos industrializados.
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De janeiro a abril deste ano, o Senegal foi o 86ª destino das exportações brasileiras, uma posição acima, na comparação com igual período de 2008. As vendas brasileiras para o país, nesses quatro meses, totalizaram US$ 37,6 milhões, cifra 17,4% menor que a registrada no mesmo período de 2008, quando as vendas alcançaram US$ 45,5 milhões. Os produtos brasileiros embarcados para o Senegal, nesse período, foram, principalmente, bens industrializados (72,1%) e produtos básicos (27,8%). As importações brasileiras de produtos do Senegal, de janeiro a abril de 2009, somaram US$ 278 mil, sendo que a pauta foi composta de 98% de produtos básicos e 2% de bens industrializados. Nos quatro primeiros meses de 2008, as exportações senegalesas para o Brasil chegaram a US$ 3,2 milhões.
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Gana
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As exportações brasileiras para Gana, de janeiro a abril de 2009, somaram US$ 56,6 milhões, valor 51,3% menor que o registrado em igual período de 2008, quando as vendas brasileiras para o País chegaram a US$ 116,2 milhões. Os produtos brasileiros embarcados para Gana, nesse período, foram, principalmente, bens industrializados (84,1%) e os produtos básicos representaram 15,9% da pauta. Os destaques da pauta foram: açúcar refinado (38%), carne de frango (15%), fio-máquina e barras de ferro ou aço (10,9%). Os embarques brasileiros para Gana representaram 0,13% do total exportado pelo Brasil, nesses primeiros quatro meses de 2009.
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A pasta de cacau ganense foi o principal produto comprado por empresas brasileiras no primeiro quadrimestre deste ano e respondeu por 95% do total das vendas do país para o Brasil. As importações brasileiras provenientes de Gana, nesse período, caíram 83% em relação ao mesmo período do ano passado, ao saírem de US$ 8,5 milhões para US$ 1,47 milhão, em 2009.
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Nigéria
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Nos primeiros quatro meses deste ano, a Nigéria foi 34ª destino das exportações brasileiras e o quarto maior entre os países da África. Nesse período, as vendas brasileiras para empresas nigerianas totalizaram US$ 266 milhões, uma redução de 39,7% na comparação com igual período de 2008 (US$ 441 milhões). A pauta exportadora para a Nigéria foi constituída, principalmente, por produtos industrializados (89,7%) e básicos somaram (10,2%). Os principais itens vendidos para o país foram: açúcar de cana (28,7%), gasolina (10,8%) e álcool etílico (8,6%). ]
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As compras brasileiras de petróleo nigeriano representaram 99,7% das importações nos quatro primeiros meses de 2009. As compras brasileiras de produtos do país, somaram, no período, US$ 989 milhões, valor 45,7% menor que o verificado no mesmo período de 2008 (US$ 1,82 bilhão). O saldo comercial (diferença entre os valores exportados e importados) ficou deficitário em US$ 723 milhões para o Brasil. No mesmo período de 2008, o déficit registrado foi de US$ 1,382 bilhão. A corrente comercial (soma das operações de exportação e importação) chegou a US$ 1,255 bilhão, uma redução de 44,6% em relação à cifra registrada no ano passado (US$ 2,263 bilhões).
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Guiné Equatorial
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De janeiro a abril de 2009, as exportações brasileiras para Guiné Equatorial registraram US$ 12,7 milhões, cifra 5,1% inferior à verificada no mesmo período de 2008, quando as vendas brasileiras para o País chegaram a US$ 13,4 milhões. Os produtos brasileiros embarcados para Guiné Equatorial, nesse período, foram compostos de 68,7% de bens industrializados e 31,3% de produtos básicos. Os principais produtos brasileiros exportados foram: carne de frango (19%), itens de ferro fundido, ferro ou aço (11,1%) e lácteos (9,1%).
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As importações brasileiras provenientes de Guiné Equatorial, no primeiro quadrimestre deste ano, chegaram a US$ 103,6 milhões, contra US$ 115,8 milhões registrados em igual período de 2008, o que representou uma variação negativa de 10,5%. Os produtos comprados de Guiné Equatorial, nesse período, foram óleos brutos de minerais betuminosos (71,1%) e petróleo em bruto (28,9%).
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No ano, até abril, o saldo bilateral ficou deficitário em US$ 90,9 milhões para o Brasil. No mesmo período de 2008, esse déficit chegou a US$ 102,4 milhões. O fluxo comercial (soma dos valores exportados e importados) apresentou redução de 10%, passando de US$ 129,2 milhões de janeiro a abril do ano passado para US$ 116,3 milhões em 2009.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Aline Cruz Mouraaline

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Maioria das empresas brasileiras prefere lucro a ações sustentáveis

_ Valor Online 04/06/2009
_ SÃO PAULO - Os empresários brasileiros ainda preferem manter a rentabilidade de seus negócios a investir em ações de preservação do meio ambiente, mas começam a ficar mais divididos nesse assunto. Pesquisa aplicada em 36 países pela Grant Thornton Internacional revela que, no Brasil, 47% dos empresários consultados não abririam mão do lucro em nome de ações verdes.É grande, no entanto, a fatia de empresas preocupadas com a questão: 43% afirmaram que estariam dispostos a diminuir a margem em favor de melhores práticas ambientais.Na média global, 51% das 7.200 empresas consultadas adotariam ações de preservação ambiental em detrimento dos lucros. Outros 36% optaram pela rentabilidade dos negócios e 13% não souberam responder. No Brasil, 10% dos 150 empresários ouvidos no país também não responderam.Segundo Wanderley Ferreira, sócio da Terco Grant Thornton, que representa o grupo no Brasil, o aumento da preocupação dos consumidores tem pressionado as empresas a adotarem posturas mais responsáveis, tendência que, na avaliação dele, deve aumentar. Também pesa sobre o empresariado as incertezas sobre as matérias-primas e a sustentabilidade de seus negócios no longo prazo.Considerando os países emergentes, a fatia de empresários atentos à questão ambiental também é significativa. Na China, 64% foram favoráveis à atuação ambiental ainda que isso signifique aperto nos lucros. No Chile o percentual é o maior da América Latina, com 89%, seguido de Turquia (83%) Argentina (80%), México (60%) e Índia (44%). Um percentual mais modesto que o do Brasil foi observado na Rússia, onde 36% se mostram favoráveis a praticas verdes. Ainda assim, a fatia é maior do que os 33% do país que afirmaram preferir manter os lucros.Nos Estados Unidos, país fortemente criticado no mundo pelo pouco envolvimento em preservação ambiental, o empresariado ficou mesmo dividido, com 46% de um lado e 46% de outro. Na União Europeia, 46% se dizem favoráveis a ações ambientais, mas 43% ficariam com a opção de manter a rentabilidade.Um outra questão proposta ao grupo envolve a avaliação de cada empresário sobre se a comunidade empresarial do país se preocupa ou não com o meio ambiente. Na média global, 30% responderam positivamente. No caso do Brasil, 34% disseram que há preocupação nesse sentido, mas na América Latina a média ficou em 14%, bem abaixo da fatia de 61% que responderam positivamente entre países nórdicos.
(Valor Online)

Caixa reduz juros nos financiamentos habitacionais

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BRASÍLIA - A Caixa Econômica Federal informou hoje que reduziu os juros nos empréstimos habitacionais. Segundo a instituição, as taxas para os financiamentos com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) estarão entre 8,2% e 11,5% ao ano, acrescidos de TR e passam a valer a partir da próxima segunda-feira. Segundo o banco, as novas regras podem reduzir o valor das prestações em até 10,58%.Para os empréstimos enquadrados no Sistema Financeiro da Habitação (SFH) - imóveis com valor de até R$ 500 mil - a redução chega a 1 ponto percentual. Para unidades habitacionais avaliadas em até R$ 150 mil, as taxas serão de 8,9% ao ano na opção de pagamento via boleto bancário; de 8,4% para o mutuário que escolher o débito em conta e de 8,2% para aqueles que tiverem cesta de produtos (conta corrente, cheque especial e cartão de crédito). Anteriormente, os juros variavam entre 8,4% a 9,4% ao ano.Os empréstimos para compra de imóveis no valor de R$ 150 a R$ 500 mil terão juros anuais de 10,5% no caso do pagamento via boleto; de 10% ao ano para débito em conta e de 9,5% ao ano para cesta de produtos.Antes da redução, os juros da Caixa eram de 9,5% a 10,5% ao ano para imóveis avaliados entre R$ 130 mil e R$ 200 mil e de 11,5% anuais para unidades com custo acima de R$ 200 mil até R$ 500 mil.O banco reduziu também os juros das operações fora do SFH (imóveis acima de R$ 500 mil). Para pagamento por boleto, os juros são de 11,5% ao ano; no débito em conta são de 11% e para quem tem cesta de produto, de 10,5%.Hoje o banco responde por 70% do mercado de financiamento imobiliário do país. O SBPE oferece prazo de pagamento de até 30 anos e as quotas de financiamentos chegam a 90% do valor do bem.No final do mês de maio, a Caixa bateu novo recorde em financiamento habitacional. O banco liberou nos cinco primeiros meses do ano o montante de R$ 13,2 bilhões, em 275.464 contratos.O volume é 106% superior, se comparado ao mesmo período do ano anterior, quando o banco emprestou R$ 6,5 bilhões e o número de pessoas beneficiadas subiu em 113% (130.872 contratos). Até o fim de 2009, a Caixa estima aplicar no setor cerca de R$ 30 bilhões.
Agência Brasil 05/06/2009

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Trem bala Rio São Paulo

Trem-bala entre SP e Rio estará pronto para a Copa de 2014 , prevê Dilma _
BRASÍLIA - O trem-bala que ligará a cidade do Rio de Janeiro à de São Paulo deve ficar pronto para a Copa de 2014. A informação é da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que apresentou ontem o sétimo balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)."Nossa ideia é que o trem de alta velocidade fique integralmente pronto em 2014, ou pelo menos a ligação entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Isso é uma questão importante porque esse meio de transporte vai ser extremamente facilitador numa região que é muito importante na movimentação da Copa", disse.Dilma explicou que o governo não está apresentando o projeto fechado para o investidor para que este tenha mobilidade na construção do empreendimento. "Não estamos apresentando o pacote fechado para o investidor. Vamos deixar que ele busque a melhor solução, a mais eficiente, mais rápida, mais de acordo com a tecnologia que ganhar."A ministra informou ainda que a construção e reforma de estádios para a Copa de 2014 não será de responsabilidade do governo. Segundo ela, o pactuado com a Federação Internacional de Futebol (Fifa) é que essas obras sejam executadas com recursos privados, cabendo ao governo a avaliação de mobilidade urbana e de aeroportos. "Até para deixar um legado da Copa, disse a ministra Dilma. Em abril, o Governo Federal anunciou que trabalha com a possibilidade de no mínimo oito estações no trajeto do futuro trem-bala.
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DCI- 04/06/09 - TRANSPORTES PanoramaBrasil

Exportações de café crescem 22% em maio

SÃO PAULO - As exportações de café em maio totalizaram pouco mais de 2 milhões de sacas, o que representa um aumento de 22,4% ante o mesmo mês de 2008, quando foram embarcadas 1,6 milhão de sacas. A receita cambial, no entanto, apresentou queda de 4,4%, para US$ 258 milhões, em comparação com US$ 269,8 milhões em maio, segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Em relação ao mês anterior, tanto o volume quanto a receita com as exportações recuaram 12,5%.De acordo com o último boletim do Escritório Carvalhaes, mercado físico de café no Brasil vai entrar no último mês do ano-safra 2008/2009 sem que se tenha encontrado uma política eficaz para o equacionamento de grande parte das dívidas dos cafeicultores e defesa dos preços efetivamente pagos ao produtor. "Os leilões de opções estão muito atrasados e com a imagem desgastada, depois de tantos boatos, desmentidos e informações equivocadas, o que diminuiu o alcance e credibilidade necessários para atingir o objetivo esperado deles", avalia Carvalhaes.
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DCI- 04/06/09 - Agronegócio PanoramaBrasil

Depois de 47 anos, Cuba tem suspensão revogada por entidade

DCI- 04/06/2009 > INTERNACIONAL
Agência Estado _ SAN PEDRO SULA - A Organização dos Estados Americanos (OEA) anunciou ontem a revogação de uma medida de 1962 que suspendia Cuba no grupo, abrindo caminho para uma reintegração. "A Guerra Fria terminou neste dia", disse o presidente de Honduras, Manuel Zelaya, ao anunciar oficialmente a decisão. "A medida foi tomada sem condições, como queriam os EUA", disse o ministro de Relações Exteriores do Equador, Fander Falconi, mas estabelece mecanismos para o retorno de Cuba ao grupo - incluindo a concordância do país em cumprir as convenções da OEA sobre direitos humanos e outras questões.
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Os delegados dos países-membros do organismo ratificaram, unanimemente, a decisão adotada pelos chanceleres do grupo de trabalho especial sobre o retorno da ilha. A aprovação foi pedida pela ministra das Relações Exteriores de Honduras, Patricia Rodas, que preside a 39ª Assembleia Geral da OEA. "Este é um momento de alegria para toda a América Latina", disse Falconi.A resolução que levantou o veto, porém, deixa claro que a "participação de Cuba na OEA será o resultado de um processo de diálogo iniciado por solicitação do governo de Cuba e de acordo com as práticas, os propósitos e os princípios da OEA". Assim, a decisão de retornar ou não à OEA dependerá de Havana, que terá que se ajustar aos valores democráticos e de direitos humanos que regem o órgão, entre outros instrumentos. O documento traz também aspectos importantes em seu preâmbulo, ao destacar que a plena participação dos Estados-membros da OEA se guia pelos propósitos e princípios estabelecidos pelo organismo interamericano na Carta da organização. Também por seus instrumentos fundamentais relacionados à segurança, democracia, autodeterminação, não-intervenção, direitos humanos e desenvolvimento, acrescenta a resolução.Segundo analistas, a reincorporação da ilha à OEA é mais simbólica do que prática. Tanto o líder cubano Fidel Castro, como seu irmão e atual presidente, Raúl Castro, anunciaram não estarem interessados em voltar à entidade, por considerarem-na um instrumento dos EUA para o controle regional.Reação americanaSete deputados americanos, a maioria republicanos, apresentaram ontem um projeto de lei para suspender o apoio financeiro de Washington a OEA caso Cuba seja readmitida como país-membro do grupo. A medida foi proposta horas antes dos chanceleres levantarem o veto de 47 anos à ilha.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Indústria apresenta sinal de recuperação, diz CNI

DCI- ASSOCIAÇÕES-02/06/09
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SÃO PAULO - Os primeiros sinais de recuperação da atividade industrial começaram a aparecer. No entanto, ainda é cedo para afirmar que a retomada já se iniciou. É o que sustentam os técnicos da Confederação Nacional da Indústria (CNI) no boletim Notas Econômicas divulgado ontem pela entidade que reúne dados de todas as federações de indústrias do País.
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De acordo com o texto, a atividade industrial continua reprimida se olhados os indicadores de faturamento, produção, horas trabalhadas, emprego e utilização da capacidade instalada referentes ao primeiro trimestre do ano. Devido ao chamado efeito carregamento, a produção industrial terá de crescer 13,5% de abril a dezembro deste ano para ficar no mesmo patamar de 2008.
_ Os primeiros sinais de retomada, contudo, começaram a surgir na pesquisa Indicadores Industriais de março. Naquela edição foi verificado que o faturamento real da indústria cresceu 2,9% em março ante fevereiro, no indicador livre de influências sazonais. A CNI divulgará, na próxima quinta-feira (4/6), os Indicadores Industriais do mês de abril. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também permitem, segundo o boletim Notas Econômicas, crer que o fundo do poço pode ter passado. Em março, houve crescimento da produção industrial de 0,7% ante fevereiro. O IBGE divulgou ontem que o mesmo indicador cresceu 1,1% em abril ante março. Foi o quarto aumento seguido nessa base de comparação.
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Segundo a nota da CNI, os obstáculos à retomada consistente da atividade industrial são o acúmulo indesejado de estoques, inclusive nas empresas de maior porte, e a ainda reprimida demanda, principalmente a internacional.

Parcerias viabilizarão projetos da Copa

DCI- HOTÉIS & TURISMO 02/06/09
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SÃO PAULO - A escolha das 12 cidades-sede que abrigarão as partidas da Copa do Mundo de Futebol em 2014 [Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Cuiabá, Manaus, Curitiba, Brasília, Fortaleza, Salvador, Recife e Natal] deve impulsionar uma série de licitações nos próximos meses - boa parte delas feita por meio de parcerias público-privadas (PPPs) - para a reforma e a construção de estádios, além da viabilização da movimentação de passageiros por trilhos ou aeroportos. Estudo da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib) indica que serão aplicados R$ 110 bilhões (pela cotação do euro, ontem) até 2014, somente em infraestrutura.
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No Estado de São Paulo serão aplicados R$ 32 bilhões, enquanto para o Rio de Janeiro estão previstos R$ 10 bilhões. Mesmo em capitais menores, como Natal (RN), o volume de oportunidades é considerável. Por lá serão aplicados quase R$ 5 bilhões em áreas como hotelaria, malha viária, aeroportos e saneamento. Uma das obras potiguares mais caras, o futuro Complexo de Natal, deve gerar R$ 1 bilhão só com a venda de espaços, sendo sua construção viabilizada por meio de PPPs, de acordo como governo local.
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A verba gerada pelo complexo dará origem ao "Estádio das Dunas", empreendimento em que estão envolvidas companhias européias como a Luso Arenas, de Portugal, e a francesa Buygues, além das nacionais Serveng-Civilsan e Valora. O quadro vai animar certamente as construtoras com know-how em obras públicas, como a Andrade Gutierrez e a Odebrecht, que estudam alguns projetos, além de empresas ligadas ao transporte, como a francesa Alstom, umas das fortes candidatas a participar da concorrência do trem de alta velocidade (TAV) que ligará São Paulo ao Rio de Janeiro e que o Governo Federal pretende viabilizar para 2014.
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A Odebrecht sinalizou ao DCI que "não descarta a possibilidade de participar dos projetos e estudará os editais conforme publicação", porém a companhia prefere dar detalhes só posteriormente, quando as concorrências forem publicadas.
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Potências
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Só em São Paulo, a expectativa é de atrair 500 mil turistas a mais no período da Copa, dos quais 180 mil de fora do País e que devem deixar por aqui R$ 300 por dia - fora hospedagem e transporte. O efeito multiplicador do evento deve representar incremento de 20% no número visitantes, nos dois anos seguintes à Copa. "Os maiores investimentos serão aplicados em infraestrutura viária, metrôs, trens e aeroportos", comentou Gilberto Kassab, prefeito da capital paulista.
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São Paulo, que concentra boa parte dos hotéis das maiores redes internacionais, como a rede Accor Hospitality, e os econômicos Holiday Inn, da IHG, deve ver sua oferta hoteleira saltar de 42 mil quartos, para 50 mil hospedagens em 2014, segundo dados divulgados pela São Paulo Turismo (SP Turis).
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Já no Rio de Janeiro, os R$ 10 bilhões estimados serão divididos entre a expansão do metrô do Rio, para reforço do transporte urbano, e a ampliação do Aeroporto Internacional do Galeão, entre outros aportes. A ampliação do Estádio do Maracanã resultará de uma parceria público-privada cujo processo de licitação está em consulta pública e deve sair até no máximo agosto próximo. Contatada pela reportagem, a assessoria da Odebrecht informou de que empresa "estuda sua participação nas concorrências para os novos estádios".
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O polêmico trem-bala, uma das obras mais cobiçadas para ocorrer até Copa de 2014, o escopo de cuja licitação é estudado a sete chaves pelo Governo Federal, demonstra que será bastante disputada.
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Diversas comitivas estiveram por aqui, entre franceses, japoneses e até coreanos. O setor estima que o custo das obras já está na casa de US$ 15 bilhões, e deve sair fruto de uma PPP com licitação marcada para este ano.
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"Vamos participar para ganhar, temos tecnologia e capacidade financeira", comentou Philippe Delleur, presidente da Alstom no Brasil, que acompanhou, em visita recente, executivos franceses que demonstraram apetite pelo TAV brasileiro.
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Surpresa
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Uma das escolhidas para sediar os jogos, Manaus, foi apontada como surpresa na listagem divulgada pela FIFA. Na capital manauara, o principal estádio pode receber aporte de R$ 500 milhões, fruto de uma licitação que deve acontecer em pouco mais de um mês. A total reforma do estádio Vivaldo Lima deve aumentar sua capacidade de em oito mil lugares, resultando em uma arena para até 60 mil torcedores.

Desemprego recua um pouco na Espanha, mas Zapatero pede "cautela"

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Valor Online 02/06/2009 18:00
_ SÃO PAULO - A taxa de desemprego da Espanha apresentou queda de 0,69% em maio frente a abril, o primeiro recuo em 14 meses. No período, 24,7 mil pessoas conseguiram uma vaga no mercado de trabalho, segundo as informações divulgadas hoje pelo governo do país.
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O primeiro ministro do país José Luis Rodríguez Zapatero afirmou que os dados são "positivos e alentadores" e que podem indicar uma mudança de tendência, mas alertou para o fato de que a crise ainda afeta fortemente a economia do país e que, portanto, as informações devem ser analisadas com "cautela e prudência".
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A queda do desemprego foi verificada em todos os setores, com destaque para a construção, que contratou mais de 15 mil pessoas no período, representando uma queda de 2,1%. Enquanto isso, o desemprego no setor de serviços caiu 0,64%, na indústria houve retração de 0,54% e na agricultura, de 2,57%.
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Em abril, a taxa de desemprego espanhola tinha chegado a 17,36%, evidenciando a situação de retração da economia do país. Para enfrentar a crise, o governo lançou mão de um plano de estímulo econômico de 11 bilhões de euros, dos quais 8 bilhões de euros foram direcionados a um fundo para as prefeituras.
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Segundo o ministério do trabalho espanhol, a queda do desemprego já mostra que estes pacotes de estímulo estão conseguindo amenizar a crise do país. Somente com o Fundo de Inversão das prefeituras, foram criados mais 351 mil empregos, dos quais 144 mil são vagas novas.
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"É sem dúvida uma boa notícia, mas exige-se uma análise prudente, pois será necessário observar ainda o comportamento da atividade econômica nos próximos meses", afirmou Maravillas Rojo, o ministro do Trabalho espanhol.
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O mês de maio é tradicionalmente bom para os dados de emprego na Espanha, pois é quando se iniciam as contratações para a temporada turística do verão espanhol. Hoje, o número de desempregados no país chega a 3,62 milhões, patamar 53,8% maior do que o registrado no ano passado.
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(Vanessa Dezem Valor Online com agências internacionais)

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Indicador antecedente aponta melhora da indústria brasileira

Valor Online
01/06/2009 19:15
_ SÃO PAULO - O nível de atividade industrial alcançou em maio o maior patamar dos últimos oito meses, de acordo com o Índice Gerentes de Compras (PMI) medido pela Markit e divulgado pelo Santander. O indicador, que mede a atividade da indústria, passou de 44,8 pontos em abril para 47,8 pontos em maio.
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Apesar da melhora, é importante ressaltar que leituras abaixo de 50 pontos indicam retração da atividade industrial e, acima deste nível, expansão.
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Formado por 11 variáveis, o índice mostrou sensível melhora na produção, que fechou o mês em 49,6 pontos, próximo do limite dos 50 pontos. Segundo análise do Santander, esse movimento de recuperação se deve principalmente ao mercado interno.
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Os pedidos de exportação continuam a apresentar contração, mas também em menor escala, já que em abril essa componente marcou 37,8 pontos e, em maio, ficou em 40,9 pontos - melhor nível alcançado desde setembro do ano passado. Ainda assim, a avaliação é de que há 17 meses esse indicador não fica acima dos 50, ou seja, está em declínio desde então.
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Ao mesmo tempo, a variável de novos pedidos fechou maio a 48,8 pontos ante 45,7 pontos apurados em abril. No caso do indicador de pedidos em atraso, também houve uma desaceleração no ritmo de retração, com o índice subindo de 45,2 para 47,3 pontos.
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Também pode-se dizer que houve melhora dos níveis de estoques. O levantamento mostra que o índice caiu para 44,7 pontos ante os 46,1 pontos apurados em abril, o que indica redução rápida dos estoques. Neste caso, quanto menor, melhor.
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No caso do emprego, embora a situação ainda possa ser considerada com tendência negativa, a retração diminuiu para o melhor patamar desde outubro, ficando em 46,5 pontos. No mês anterior, o indicador fechou em 41 pontos. O Santander destaca, no entanto, que 18% das empresas consultadas racionalizaram o efetivo no mês passado.
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Em relação a preços, o indicador mostra que, no caso dos bens finais, maio foi mais um mês de redução de preços para aumentar vendas, o que resultou em índice de 42,1 pontos, ante 41,2 pontos no mês de abril. No caso do preços de insumo, eles continuam em baixa, praticamente sem alteração em relação a abril, tendo fechado maio aos 43 pontos.
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Chama atenção no índice a recuperação das compras de insumos. Esse indicador que estava bem deprimido, em 41,8 pontos no mês de abril, avançou para 47,2 pontos no mês de maio, o que indica recuperação de demanda por matérias-primas. Aumentou também a rapidez das entregas dessas matérias-primas pelos fornecedores, cujo índice fechou maio em 52,3 pontos.

Risco Brasil tomba 9,5% e fecha aos 266 pontos

Valor Online 01/06/2009 20:47
SÃO PAULO - Considerado um dos principais termômetros da confiança dos investidores na economia brasileira, o EMBI+, calculado pelo Banco JP Morgan Chase, fechou hoje aos 266 pontos. Foi uma queda de 9,5% perante os 294 pontos do encerramento de sexta-feira.
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Sobre o EMBI+ Brasil
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O Emerging Markets Bond Index - Brasil é um índice que reflete o comportamento dos títulos da dívida externa brasileira. Corresponde à média ponderada dos prêmios pagos por esses títulos em relação a papéis de prazo equivalente do Tesouro dos Estados Unidos, tido como o país mais solvente do mundo, de risco praticamente nulo.
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O indicador mensura o excedente que se paga em relação à rentabilidade garantida pelos bônus do governo norte-americano. Significa dizer que a cada 100 pontos expressos pelo risco Brasil, os títulos do país pagam uma sobretaxa de 1% sobre os papéis dos EUA.Basicamente, o mercado usa o EMBI+ para medir a capacidade de um país honrar os seus compromissos financeiros.
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A interpretação dos investidores é de que quanto maior a pontuação do indicador de risco, mais perigoso fica aplicar no país. Assim, para atrair capital estrangeiro, o governo tido como "arriscado" deve oferecer altas taxas de juros para convencer os investidores externos a financiar sua dívida - ao que se chama prêmio pelo risco.

Governo negocia cotas para exportar à Rússia

BRASÍLIA - Nesta semana o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, estará na Rússia para negociar a ampliação de cotas de exportação de carnes suína e de frango. A visita, que irá ocorrer de amanhã até o dia 8 de junho, inclui reuniões com exportadores de fertilizantes e trigo. O País negocia a importações direta desses produtos."Com essa visita darei continuidade às negociações iniciadas em duas missões oficiais que enviamos ao País. Especialmente no caso de suínos, temos um excedente de produção de 50 mil toneladas que o Brasil tem interesse em exportar para a Rússia", explicou Stephanes.Atualmente, o Brasil está inserido em uma cota anual de exportação de carnes para a Rússia que inclui outros países. Em 2008, esta quantidade foi fixada em 193 mil toneladas para suínos e de 68 mil toneladas para carne de frango. Já em 2009, este valor caiu para 177,5 mil toneladas para suínos e 12,4 mil toneladas para frangos. Apenas Estados Unidos e União Europeia têm cotas exclusivas estabelecidas pelo governo russo. O ministro da Agricultura acredita que o Brasil conseguirá aumentar o valor destas cotas, já que o produto nacional é competitivo e a Rússia é um grande consumidor.Stephanes ainda terá encontros com exportadores de trigo e de fertilizantes. No caso do trigo, a Rússia é uma das opções para fornecer parte do produto que o Brasil precisa para atender sua demanda interna. Com o setor de fertilizantes, o ministro e representantes de cooperativas brasileiras vão discutir a importação direta destes produtos. DCI- AGRONEGÓCIOS 01/06/09 PanoramaBrasil

domingo, 31 de maio de 2009

Formalidade, Empreendedor Individual

Márcia Gouthier/ASN -Coletiva de imprensa com representantes das instituições responsáveis pela implementação da nova categoria fiscal

Novos empreendedores pagarão R$ 5 por conta bancária _________________________________________
Serviço será oferecido pelo Banco do Brasil, a partir de 1º de julho, data em que entra em vigor o Empreendedor Individual; Sebrae atuará em várias frentes para prestar assistência aos informais.
Os profissionais autônomos que aderirem ao Empreendedor Individual, figura jurídica criada para facilitar a formalização de costureiras, manicures, carpinteiros, cabeleireiros, sapateiros, entre outras profissões, poderão abrir a conta bancária de sua empresa pagando apenas R$ 5 de taxa de serviços mensal. A medida foi anunciada pelo gerente-executivo do Banco do Brasil, Antonio Sérgio de Carvalho Rocha, durante coletiva de imprensa das instituições responsáveis pela implementação da nova categoria fiscal, nesta sexta-feira (29) em Brasília. Os novos empreendedores também terão direito a um limite mínimo entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, dependendo do faturamento anual.
Eles poderão ter cartão de crédito, acessar todos os terminais, fazer financiamentos, tirar extratos, realizar transferências, entre outros serviços. O pacote estará disponível a partir de 1º de julho, data em que o Empreendedor Individual entrará em vigor. Para ter acesso aos serviços bancários, o profissional deverá apresentar documentos pessoais, comprovante de renda, que será emitido gratuitamente por contabilistas que aderiram ao Simples Nacional, e o CNPJ emitido no Portal do Empreendedor.
O gerente do BB também anunciou que os empreendedores individuais poderão parcelar a fatura do cartão de crédito em até 18 vezes, com juros de 2,11% ao mês. "O grande diferencial dessa linha será a simplicidade do acesso ao crédito. Uma vez aberta a conta, o cliente poderá comprar em qualquer estabelecimento, com opção de pagar a fatura ou financiá-la com juros baixos", afirmou.
O Empreendedor Individual foi criado pela Lei Complementar 128/08, que aprimorou a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (LC 123/06). A partir de 1º de julho de 2009, poderão se formalizar por meio desse mecanismo empreendedores da indústria, comércio e serviço - exceto locação de mão-de-obra e profissões regulamentadas por lei - com receita bruta anual de até R$ 36 mil. Os interessados devem ter no máximo um funcionário com renda de até um salário mínimo mensal. A coletiva de imprensa foi realizada após a abertura do seminário "Agenda 2009 - Por um Brasil mais simples" e contou com a participação do ministro da Previdência, José Pimentel, do presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, do presidente do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae, senador Adelmir Santana, do presidente da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon), Valdir Pietrobon, além de representantes da Receita Federal e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
O presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, afirmou aos jornalistas que a Instituição colocará toda sua estrutura à disposição dos profissionais interessados na formalização. "Estamos preparando nossos consultores para visitar os lugares com maior concentração de empreendedores, para levar informações, explicar as vantagens da formalização e oferecer assistência técnica. Não vamos ficar esperando o empreendedor, nosso atendimento será presencial", ressaltou Okamotto. Para o presidente do Sebrae, os profissionais autônomos só buscarão a formalização se tiverem a convicção de que vão melhorar de vida. Ele destacou, entre as vantagens, a aposentadoria, o acesso a políticas de redução de impostos, participação em licitações públicas, além de orientação de consultores especializados.
Okamotto disse ainda que é preciso criar no País um ambiente no qual o profissional informal não tenha condições de competir com quem é formalizado. "Queremos inverter a equação de que para ganhar dinheiro é preciso estar na informalidade. Os novos empreendedores serão pessoas mais bem preparadas e terão muito mais chances de êxito nos negócios", afirmou.
Já o ministro da Previdência, José Pimentel, fez questão de afirmar que o governo federal não pretende aumentar a arrecadação de impostos com o Empreendedor Individual e, sim, fortalecer o empreendedorismo no Brasil. "O objetivo é formalizar, no primeiro ano, 10% dos trabalhadores informais, que, de acordo com o IBGE, somam quase 11 milhões de pessoas. Essas pessoas querem crescer, ter crédito barato, local certo para trabalhar. Além disso, poderão contar com os benefícios da Previdência, como aposentadoria e auxílio-maternidade", disse Pimentel.
Fabrício Zago - Agência Sebrae de Notícias 29/05/2009

PARCELAMENTO DE DÍVIDA TRIBUTÁRIA

"Novo Refis" é lei e parcela débitos em 15 anos
__________________________ SÃO PAULO - O "novo Refis" agora é lei: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou ontem, com vetos, a Lei nº 11.941, que teve como base a Medida Provisória 449, que instituiu parcelamento, remissão de tributos, e altera importantes aspectos da legislação tributária foi convertida nesta lei. A conversão se deu, regra geral, de forma mais ampla que o previsto na MP 449. O tópico mais importante do texto, segundo especialistas ouvidos pelo DCI, versa sobre as formas de parcelamento de dívidas que poderá ser feito em até 180 meses, ou seja, 15 anos. Mas isso vale apenas os débitos vencidos até 30 de novembro de 2008.
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Redução de 100% de multa para pagamento a vista
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"A lei prevê que, no pagamento à vista, haja a redução de 100% da multa. Para quem conseguir preparar caixa para quitar a dívida de uma só vez essa é uma boa oportunidade para se livrar dos débitos", afirma a tributarista Denise da Silveira Peres de Aquino Costa, do Martinelli Advocacia. "O parcelamento faz com que as empresas se ajustem com a Fazenda e não fiquem inadimplentes, gerando mais passivos", completa o advogado Gabriel Cabral do Nascimento, do mesmo escritório. Ainda de acordo com a lei, as parcelas terão que ser inferiores a R$ 50 no caso de pessoas físicas e de valor menor que R$ 100 quando se tratar de pessoas jurídicas. Publicada no Diário Oficial da União, a lei traz outras novidades, como: quem pagar a dívida a vista não terá juros de mora, o contribuinte pode escolher quais débitos incluir no programa, a liquidação dos débitos de multa, seja de mora ou ofício, e os juros moratórios, inclusive daqueles já inscritos em dívida ativa, poderá ser feita com a utilização de prejuízo fiscal entre outras.
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Empresa excluída do Refis PAES ou PAEX pode ser consolidado
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A lei oferta, ainda, a possibilidade de consolidação no programa dos créditos tributários de Imposto Sobre Produtos Industrializados, o IPI (matéria prima; embalagem; intermediários; alíquota zero ou não tributada) e oriundos do antigo Programa de Recuperação Fiscal - Refis; PAES e/ou PAEX, ainda que a empresa tenha sido excluída. Apesar das facilidades elencadas às empresas endividadas, o advogado tributarista e diretor da Gasparino, Fabro, Roman e Sachet Advocacia, Felipe Lückmann Fabro, alerta que "antes de aderir ao novo Refis, os contribuintes que têm dívidas com a Previdência Social, precisam tomar as providências para expurgar os valores decaídos [Efeitos da Súmula Vinculante nº 8 do Supremo Tribunal Federal], para não incluir no programa valores manifestamente indevidos".Das mudançasA conversão para a lei se deu, em regra geral, de forma mais ampla que o previsto na MP 449 com inclusões e vetos. O presidente vetou, entre outros, o dispositivo da lei que previa a atualização do parcelamento mensal da dívida pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), ou 60% da Taxa Selic para títulos federais. O presidente justificou o veto afirmando que não faz sentido oferecer mais de uma desoneração fiscal ao contribuinte quando já estão previstos vários benefícios para quem aderir ao parcelamento."Com o veto desse parágrafo há um limbo na lei e isso precisa ser logo ajustado", comenta a advogada Denise Aquino Costa. O parágrafo único do artigo 56, também vetado, previa que a isenção de imposto de renda sobre prêmios de loterias incluiria prêmios em dinheiro também das loterias exploradas pelo Estado. Ao vetá-lo, Lula alegou que ele implicaria "renúncia de receita.""É uma colcha-de-retalhos. O texto da MP 449 já era grande. Essa é maior ainda. Tem que ter paciência para entender. O presidente tinha até o dia 2 de junho para afinar essa MP e ela saiu antes do previsto", afirma a tributarista Valdirene Lopes Franhani, do Braga & Marafon Advogados que, no entanto, aplaude o texto como um todo: "Se a empresa tem tributos antigos, interessante é pagar à vista. Se quiser, também pode pagar em 30 parcelas e os juros caem para 90%. Esse parcelamento é melhor do que anterior. A gente até denomina como um novo Refis. Assim, num contexto geral, o saldo é positivo", afirma.Aprovação em meio à crisePara o presidente do Grupo Paranapanema - produtor de cobre refinado -, Luiz Antonio Ferraz Jr., a sanção é uma medida bastante acertada do governo federal e veio em um momento crucial para o setor industrial brasileiro.
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Lei que beneficia empresas será segulamentada em 60 dias
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"O Brasil precisa de medidas como essa para que possa aproveitar a vantagem natural que está levando nesta crise econômica mundial", afirmou Ferraz Jr. Também para os advogados ouvidos pela reportagem, a aprovação da nova lei veio em boa hora dada a crise mundial. "A lei é benéfica porque dá alívio para quem está endividado. É um respiro", comenta o advogado Celso Botelho de Moraes, sócio do escritório que leva seu nome. Valdirene Lopes Franhani concorda, e completa: "Em um momento de crise essa lei é importante, já que empresa que não paga dívida federal não pode participar de licitações e possíveis execuções comprometem as negociações com penhora de bens". Botelho de Moraes acrescenta, ainda, que o governo federal tem 60 dias para regulamentar a lei, mas as empresas já têm seus direitos garantidos.
DCI- 29/05/2009 JUDICIÁRIO Marina Diana Crislaine Coscarelli- Edição Blog

NEGÓCIO DA CHINA

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Brasil fecha primeiro contrato de venda de frango para a China
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SÃO PAULO - A Doux Frangosul fechou hoje o primeiro contrato de venda de carne de frango brasileira para a China, com embarque de 12 contêineres. A empresa de origem francesa adquiriu a Frangosul em 1998. Segundo a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef), embora o acordo entre de exportação entre os dois países estivesse vigentes desde de dezembro, a negociação só ocorreu após a solução de problemas burocráticos durante viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, na semana passada.A notícia, segundo o presidente da entidade, Francisco Turra, é a "realização de um sonho", já que a China é o maior mercado consumidor do mundo e passa agora a ser cliente efetivo do mercado de frangos do país.
Valor Online 29/05/2009 20:00

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Tesouro, Previdência e BC têm superávit de R$ 10,1 bilhões

SÃO PAULO - O governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrou superávit primário de R$ 10,1 bilhões no mês de abril - em março o resultado foi positivo em R$ 6,5 bilhões. No acumulado do ano, porém, o saldo é de R$ 19,4 bilhões, contra R$ 47,9 bilhões registrados no mesmo período do ano passado - uma queda de 60%. O resultado é o esforço só do governo central para chegar a meta de resultado primário fixada para ele em 1,4% do PIB para este ano. De janeiro a abril, o superávit primário representa 2% do Produto Interna Bruto (PIB), mas no acumulado de 12 meses essa proporção cai para 1,4%. Segundo o economista da Tendências Consultoria , Felipe Salto, em dezembro de 2008, a proporção era de 2,5%. "Os dados evidenciam a redução do esforço fiscal em linha com os objetivos de políticas anticíclicas, mas a qualidade de gastos ainda é ruim, apesar dos investimentos na margem terem registrado crescimento", disse. O maior aumento de despesas foi no item gastos com pessoal, que subiram 24,2% em relação ao primeiro quadrimestre de 2008. A ampliação dos gastos com custeio e capital foi de 21,8% e a com benefícios previdenciários, de 13,5% no mesmo intervalo. Enquanto as receitas previdenciárias registraram aumento de 11,6% de janeiro até abril.Segundo o economista da Tendências, os dados desagregados do governo central para o mês de abril apontam um avanço importante dos investimentos. Comparado com o mesmo período do ano passado, o total de investimentos do governo federal, incluindo os gastos direcionados ao Projeto Piloto de Investimentos (PPI), que pode ser descontado da meta fiscal anual, ficaram em R$ 2,4 bilhões, ante R$ 1,5 bilhão no mesmo mês de 2008.Salto, entretanto, chama a atenção para o fato de que os gastos com pessoal continuam crescendo (passaram de R$ 9,1 bilhões para 11,1 bilhões), assim como os previdenciários (aumentaram de R$ 15,4 bilhões para 17,2 bilhões) e os gastos de custeio (passaram de R$ 7,1 bilhões para R$ 8,5 bilhões). "A restrição orçamentária, dada pela redução real das receitas, e o esforço reduzido do governo em implementar contingenciamentos nos gastos correntes e em deixar de conceder os reajustes ao funcionalismo, reduzirão o espaço para que os investimentos continuem a crescer", acrescentou.A receita total em abril foi de R$ 62,8 bilhões (queda de 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado) e as despesas R$ 43,4 bilhões (crescimento de 19% em relação ao mesmo período ano passado). A participação do Tesouro foi superavitária em R$ 13,2 bilhões, tendo alcançado R$ 48,6 bilhões de receita e R$ 25,9 bilhões em despesas. A receita bruta, no entanto, apresentou redução de 5,2% comparada ao primeiro quadrimestre de 2008. Esse resultado é explicado em parte pela compensação de débitos de Cofins, PIS/Pasep e Cide - Combustíveis no valor de aproximadamente R$ 3,9 bilhões. Já as despesas cresceram 23% em termos nominais em relação ao mesmo período de 2008. Isso se deu, segundo o relatório, entre outros pontos, por conta do pagamento de precatórios e sentenças judiciais de custeio e de pessoal.Na Previdência foi registrado déficit de R$ 3 bilhões, tendo R$ 14 bilhões de receitas em abril e R$ 17,1 bilhões de despesas - em comparação com o mesmo período de 2008, o déficit subiu 20,9%. A arrecadação líquida aumentou R$ 5,6 bilhões, explicada, sobretudo, pelo crescimento da massa salarial, que impacta as contribuições sobre a folha de pagamento. Por outro lado, as despesas com benefícios cresceram R$ 8,2 bilhões em razão do aumento de 12% no valor médio benefícios, resultado do reajuste do salário mínimo e do aumento dos benefícios com valores acima do piso, e da elevação de 3,4% na quantidade média mensal de benefícios pagos.O Banco Central também teve déficit de R$ 63,2 milhões no período. As receitas do órgão em abril ficaram em R$ 175,6 milhões e as despesas R$ 238,8 milhões.As transferências a estados e municípios cresceram 14,4% em termos nominais e as transferências constitucionais cresceram 18,4% frente a março de 2009, reflexo da arrecadação dos tributos compartilhados (IR e IPI).A Dívida Líquida do Tesouro totalizou R$ 665,3 bilhões ou 22,7% do PIB. Comparado ao mês anterior, verificou-se uma redução de R$ 5,1 bilhões em termos nominais. Contribuiu para isso a queda de R$ 22,8 bilhões no estoque total da dívida, interna e externa, compensada em grande parte pela redução de R$ 17,7 bilhões dos haveres do Tesouro. DCI- Política Econômica- 28/05/09 -Patrícia Acioli

Programa de Promoção do Café Brasileiro

Qualidade dos Cafés do Brasil conquista gastronomia chilena
O lançamento da campanha promocional dos cafés do Brasil no Chile, realizado terça-feira (26), em Santiago, foi um sucesso e cumpriu seu objetivo de abrir esse mercado para as indústrias brasileiras. “A estrada está asfaltada e a porteira aberta para que nossas empresas vendam seus cafés”, diz Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café e gerente comercial do PSI – Projeto Setorial Integrado de Promoção à Exportação de Cafés Industrializados, realizado em parceria com a Apex-Brasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos. Cerca de 300 profissionais participaram do coquetel de lançamento, promovido no Grand Hotel Hyatt, entre chefs, restauranteurs, donos de redes de casas de café, de lojas de conveniência, diretores e compradores de supermercados, atacadistas, distribuidores e alunos de gastronomia e hotelaria. “Ficou patente que existe uma demanda por cafés de alta qualidade que poderá ser suprida pelas torrefadoras brasileiras”, avalia Herszkowicz. “Nossa meta, que é dobrar, em dois anos, as exportações para o Chile, que em 2008 foram de US$ 20 milhões, poderá ser atingida dependendo apenas da agressividade e gestão comercial das indústrias, que contarão com o apoio integral do PSI – Cafés do Brasil”.
Workshop em Agosto
Durante o coquetel, a ABIC e a Associação Chilena de Gastronomia – ACHIGA, apresentaram o plano de parceria, que também conta com o apoio da divisão para a América Latina da associação mundial de chefs de cozinha (WACS - World Association of Chefs’ Societies). Entre as ações, está o patrocínio, pelo programa Cafés do Brasil, de dois eventos estratégicos: o 23º Concurso Nacional de Gastronomia, que acontecerá de 27 a 29 de julho, e o Congresso Mundial de Chefs de Cuisine, em janeiro de 2010, ambos em Santiago. O Congresso Mundial, que pela primeira vez acontece na América Latina e que contará com uma palestra sobre os Cafés do Brasil, será a ocasião mais oportuna para a exposição das marcas brasileiras aos mais de 750 profissionais de gastronomia que deverão estar presentes. Uma notícia muito bem recebida pelo público foi sobre a realização, no final do próximo mês de agosto, de um workshop para apresentação de cafés de diferentes regiões do país (terroir, estate coffee), degustação orientada e preparo de café. “Destinado aos proprietários e equipes de cafeterias, restaurantes, hotéis e aos alunos de cursos de gastronomia e hotelaria, esta será uma ação também institucional, mas que poderá ter o patrocínio de empresas brasileiras”, diz Christian Santiago Silva, coordenador executivo do PSI.
Jóia Rara
Apresentando o café do Brasil como uma jóia rara, a campanha, com imagens de anéis, colares e pulseiras, sempre com um grão de café como a pedra preciosa, teve grande repercussão. Todos esses elementos aparecerão nas peças promocionais anunciando eventos da ACHIGA ou poderão fazer parte das vitrines de estabelecimentos, diferenciando os pontos que usam, servem e vendem cafés do Brasil. Grande sucesso do coquetel foi a participação de Bruno Ferreira Silva, da Equipe de Baristas Cafés do Brasil / Brazilian Barista Coffee Team, criada exatamente para essas apresentações. Bruno surpreendeu o público com seu carisma, técnica e criatividade, servindo inclusive uma caipirinha de café feita com pisco (similar à cachaça brasileira). “Foi um verdadeiro show”, diz Herszkowicz, acrescentando que “a maneira como fizemos a apresentação da campanha e das ações e a presença do Barista Coffee Team com certeza criaram uma imagem altamente positiva dos Cafés do Brasil”.
APEX -Brasil 28/05/2009

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Alta do crédito revela retomada do consumo

BRASÍLIA - Alta no volume e redução nas taxas de juros e no spread bancário, com recuo também na inadimplência, marcaram o comportamento do crédito à pessoa física em abril. Esse movimento se repete nos dados parciais de maio e, segundo o Banco Central (BC), indicam maior propensão ao consumo.Para o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, "a tendência é de continuidade" da melhoria desse cenário nesses tempos de crise."A alta no volume de crédito das famílias ratifica pesquisas que apontam melhoras na confiança do consumidor, voltando ao consumo. O consumo alavanca o crédito e, quando o consumo reage, o resto reage em cadeia", comentou Lopes. O recuo no juro médio amplia o retorno da oferta de crédito e começa a derrubar as taxas de inadimplência, que subiam desde o início da crise global em setembro do ano passado. O nível médio dos atrasos de pessoas físicas acima de 90 dias caiu 0,2 ponto percentual e situou-se em 8,2% em abril. "É um comportamento bem melhor em relação à fase aguda da crise, com sinais importantes da volta do crédito pessoal, a taxas elevadas para o consignado", comentou Lopes. O crédito global a pessoas físicas cresceu 1,8% em abril sobre março, sendo que somente os empréstimos pessoais subiram 3,8%, impulsionados pela alta mensal de 3,8% no estoque de empréstimos com desconto em folha de pagamento. Em maio até o dia 14, o BC detecta que a oferta de crédito bancário ao segmento segue crescendo 1,5%. E a taxa de juros para pessoa física, que caiu 1,3 ponto percentual sobre março, fechando em 48,8% anuais no mês passado, registrava redução para 47,9% ao ano até meados de maio. Ainda em abril, os bancos cortaram o spread - a diferença entre o custo de captação e os juros dos empréstimos - em 1,3 ponto percentual para a pessoa física, situando-se em 38,5% ao ano.O corte no ganho das instituições financeiras acompanha a trajetória de queda da taxa básica de juros Selic, iniciada em janeiro pelo BC. Na parcial para maio, o spread pessoa física seguia
diminuindo 0,7 ponto.
(Azelma Rodrigues Valor Online)
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