REUTERS
WASHINGTON - O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta terça-feira estimativa de que os mercados emergentes, excluindo China e exportadores de petróleo, podem ter uma necessidade de reservas entre 400 bilhões e 900 bilhões de dólares nos próximos cinco anos, enquanto os países se recuperam da crise financeira global.
O FMI informou também que a necessidade de reserva do grupo de 119 países emergentes que acompanha, também excluindo China e os exportadores de petróleo, pode ficar em algo em torno de 1,3 trilhão e 2 trilhões de dólares nos próximos 10 anos.
'Existe um potencial para uma demanda futura por reservas cada vez maior que o esperado', alertou o FMI, acrescentando que suas estimativas presumem que não haja uma nova hemorragia de reservas além de 2009.
- Superando a crise, muitos países na verdade desejam ter cada vez mais colchões de reservas e proteção, porque crises estão sendo acontecimentos recorrentes - avaliou o fundo.
As projeções foram incluídas no relatório do FMI publicado nesta terça-feira, que esboçou uma proposta para alocar 250 bilhões de dólares em Direitos Especiais de Saque (SDR, na sigla em inglês) - criados pela organização em 1969 como uma reserva internacional de ativos - a seus 186 países membros para impulsionar a liquidez global.
A proposta foi aprovada pelo quadro de dirigentes do FMI em 20 de julho e a alocação pode ser realizada até o fim de agosto, seguindo votação dos membros do organismo.
No relatório, o FMI informa que as reservas internacionais foram substancialmente drenadas, enquanto os governos tentam proteger suas economias do impacto da crise e da recessão global. As necessidades futuras para reconstruir os níveis de reservas serão 'grandes', destacou o Fundo.
Muitos países venderam reservas para impulsionar a liquidez monetária externa, enquanto outros forneceram instrumentos de moeda estrangeira para ajudar o setor privado a lidar com o colapso global de crédito e a queda dramática no fluxo de capital privado.
O FMI divulgou que as estimativas para o fluxo líquido de entrada de capital privado em países em desenvolvimento são de redução de 100 bilhões de dólares em 2009.
- Os riscos para os fluxos de capital devem permanecer até a estabilidade financeira se recuperar, o que deve levar tempo - acrescentou o organismo.
JB- Economia
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentario