segunda-feira, 18 de maio de 2009

Apex-Brasil inaugura Centro de Negócios na China

Espaço de 340m” localizado na região empresarial de Pequim tem capacidade para abrigar empresas e terá foco na geração de negócios
A partir do dia 19 de maio o exportador brasileiro terá um forte apoio para efetuar negócios na China. Neste dia, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Miguel Jorge, e o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Alessandro Teixeira, inauguram em Pequim o primeiro Centro de Negócios Brasileiro na Ásia. Um coquetel para empresários que acompanham a missão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país, bem como para empresários e autoridades chinesas, marcará a inauguração do Centro de Negócios de 340 m2, que fica localizado na região empresarial de Pequim. O espaço tem capacidade para abrigar mais de 20 empresas, em ambiente fechado ou coletivo (dividido por baias). Há, ainda, salas de reunião wireless e ambiente para realizar pequenas recepções. O Centro não disponibiliza armazém para estoque de mercadoria, pois já foi constituído dentro do novo conceito de atender o empresário com foco na geração de negócios, por meio de apoio técnico. O executivo responsável pelo CN, Cesar Yu, está apto a apoiar o empresário brasileiro que se instalar no local a identificar oportunidades comerciais, auxiliar em agendamentos, indicar empresas de consultoria, contabilidade e/ou advocacia, entre outras necessidades. Mercado PrioritárioEstudo elaborado pela Apex-Brasil destaca que o tamanho e o dinamismo da economia chinesa têm atraído cada vez mais investidores estrangeiros. Em 2007, a China foi a principal receptora de investimentos externos, com US$ 79 bilhões injetados em sua economia. "A China é um país estratégico e um mercado prioritário para o Brasil", ressalta Alessandro Teixeira. Segundo ele, a percepção sobre a China tem mudando. "Cada vez mais encontramos executivos brasileiros morando lá e abrindo seus negócios no país. Esses empresários vêem a China como um desafio e não como ameaça", acrescenta. O estudo mostra ainda que para os próximos dez anos uma grande expansão do consumo é esperada, guiada pela combinação do aumento dos salários, maiores lucros e ampliação do investimento governamental em áreas rurais. Estima-se que o número de famílias ganhando mais que US$ 5 mil por ano cresça 24%. Cerca de 5,8 milhões de famílias chinesas já possuem o estilo "ocidental" de consumo, com renda superior a US$ 10 mil por ano. Nos últimos onze anos houve acentuado aumento no fluxo comercial entre os dois países. Essa variação ocorreu tanto nas exportações quanto nas importações brasileiras. Entre os US$ 905 milhões exportados pelo Brasil para a China em 1998 e os US$ 16,4 bilhões exportados em 2008 houve uma variação de 1.712%. Já entre US$ 1 bilhão importado pelo Brasil da China em 1998 e os US$ 9,788 bilhões de 2008, houve acréscimo de 878,8%. Contudo, analisando o valor agregado das exportações brasileiras à China, observa-se que do total comercializado pelo Brasil ao país, em 2008, somente 6,6% são de produtos manufaturados. Desta forma, denota-se que, de forma geral, os produtos brasileiros de alto valor agregado não estão consolidados no mercado chinês, seja por motivos de falta de competitividade, dificuldades de acesso ao mercado, baixo conhecimento de mercado ou ausência de política de promoção do produto. "Com os CNs, a Apex-Brasil negocia condições diferenciadas para o exportador, diminuindo os custos e aumentando a competitividade das empresas", observa Teixeira acrescentando: "a ação de exportação quando trabalhada isolada é cara, difícil e complexa. Mas, orientados, os empresários brasileiros podem organizar ofertas e demandas, reduzindo custos". Centro de NegóciosCriados em 2005 e após passar por reformulações, os Centros de Negócios são unidades da Apex-Brasil no exterior que ajudam na internacionalização das empresas brasileiras, auxiliando desde a prospecção de mercado até a distribuição de produtos. "Não atuaremos apenas como distribuidores e armazenadores de mercadorias, mas no uso inteligente de informações para criar espaço para produtos brasileiros nos mercados prioritários", explica o presidente da Agência. Além de permitir às empresas manter estoque de produtos, mostruário e escritório destinado a atividades comerciais e administrativas, os CNs disponibilizam serviços agregados, como consultorias, suporte a negócios e armazenagem logística. Além de Pequim, a Agência mantém Centros de Negócios em Miami, Dubai (Emirados Árabes Unidos), Varsóvia (Polônia) e Havana (Cuba). Até o final do ano, Moscou (Rússia) receberá a estrutura. Brasil e ChinaDados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior apontam que, em março, pela primeira vez, a China foi o principal destino dos produtos nacionais, desbancando a liderança histórica dos Estados Unidos. As exportações para China no primeiro trimestre cresceram 62,67% em valor e 41,47% em quantidade na comparação com o mesmo período de 2008. Considerando o período de janeiro a abril, o Brasil despachou para o país asiático o equivalente a US$ 5,626 bilhões. A Apex-Brasil tem atualmente 18 projetos com ações comerciais com foco no mercado chinês. São parcerias com entidades nas áreas de moda, carne de frango, carne bovina, máquinas e equipamentos, rochas, equipamentos de ventilação e refrigeração, produtos para animais de companhia, componentes para couros e calçados, jóias, vinhos, máquinas e implementos agrícolas, peças para veículos, gesso, etanol e indústria mecânica. Em 2009, a Apex-Brasil tem previstos nove eventos na China, entre missões comerciais, rodadas de negócios com empresários chineses e participação em feiras. Ainda neste início de ano concluiu-se uma série de 50 pequenos seminários em 33 províncias chinesas. O primeiro deles aconteceu na província de Changzhou com a presença de representantes de entidades governamentais e comerciais, e dos setores de equipamentos, eletrônica, energia, produtos químicos e médicos. No ano passado, a Apex-Brasil promoveu, em cinco estados brasileiros, seminários de apresentação de estudo de Inteligência Comercial detalhando aspectos importantes do mercado chinês. O levantamento apontava características regionais como trâmites aduaneiro e logístico, importações chinesas, comércio entre os dois países, setores com potencial de venda para a China, comércio via Hong Kong e exportação de serviços, entre outros.
APEX-Brasil

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