Rio de Janeiro - A tendência de valorização do real mostra que a situação macroeconômica melhorou, amparada na bonança recente nos mercados internacionais, e depende da continuidade do ambiente favorável para prosseguir. A avaliação é do professor de Economia da PUC-Rio, Márcio Garcia, especialista em Finanças Internacionais, Economia Monetária e Econometria. Contudo, afirmou, o problema fundamental de redução do crédito no sistema financeiro internacional ainda não foi resolvido. "Acho que o otimismo está exagerado".Para Garcia, houve resultado em evitar falência dos bancos nos Estados Unidos e Europa, mas é necessário também normalizar o crédito. "Não se conseguiu fazer com que os bancos voltem a dar crédito e o importante é isso".Garcia considera que o aumento da entrada líquida de dólares no Brasil, que provoca a valorização do real, está ligado à aversão ao risco e à volatilidade internacional e possui várias causas. Ele citou o investimento para aproveitar a diferença de juros interno e externo; o investimento direto; a recuperação dos preços de commodities e a redução das importações.A modalidade de intervenção no mercado de câmbio feita pelo Banco Central na semana passada, por meio de leilão de swap cambial reverso, "chama o investidor" estrangeiro para o Brasil.Segundo ele, a operação do BC de fato reduz a volatilidade sem alterar a tendência do câmbio. "O real está se valorizando e é isso mesmo que se deveria esperar, a se acreditar no discurso do BC de que não quer alterar a tendência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentario