A distribuição dos pisos salariais, segundo critérios que os definem, não apresenta modificações substanciais diante do observado em 2007. Os pisos definidos segundo a função desempenhada pelo trabalhador continuam mais frequentes, constando em pouco mais de 46% das unidades de negociação estudadas. Na sequência, mantêm-se em destaque os acordos que definem pisos únicos para a empresa ou categoria (34%) e os que definem pisos diferenciados por tempo de serviço1 (17%). O percentual de acordos que utilizam a dimensão da empresa como parâmetro é o que apresentou o maior aumento em relação ao ano anterior: subiu de 7,7%, em 2007, para 10%, em 2008. Permanecem em baixa proporção as negociações que utilizam critérios como localidade, presente em 3,2% dos casos; vigência do piso, observada em 2,5%; e duração da jornada contratada, presente em 2,1% dos documentos analisados. Em 2008, cerca de 56% das unidades de negociação estudadas estabeleceram pisos que não ultrapassaram o valor de 1,25 salário mínimo e; 77% não superaram o valor de 1,5 salário mínimo (Tabela 2). No que diz respeito aos valores mais elevados, pouco mais de 2% das categorias estudadas conquistaram pisos salariais superiores a 2,5 salários mínimos. Ao confrontar o resultado de 2008 com os publicados nos três estudos anteriores, nota-se o aumento na proporção dos pisos salariais em valores próximos ao do salário mínimo. Esse aumento é mais acentuado entre 2005 e 2006, mas também se verifica entre 2006 e 2007 e, mais discretamente, entre 2007 e 2008. Entre os fatores que podem ser arrolados como causas dessa aproximação destaca-se a atual política de valorização do salário mínimo, que tem reajustado o valor desta remuneração em percentuais superiores à variação da inflação e à média dos reajustes salariais acompanhados pelo DIEESE.
A íntegra deste texto está disponível para sócios do DIEESE e assinantes das publicações Notas Técnicas e Estudos e Pesquisas.
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